sábado, dezembro 24

Minha mãe vai ser operada, meu pai vai ser internado, brigeui com meu irmão, furou um cano na cozinha, 5 meses na seca, 100 reais na conta, precisando virar 5 semana que vem.
Feliz o quê mesmo?

quarta-feira, dezembro 14

Do Medo

Acho engraçado a forma que minha filha tem de lidar com os seus medos.

Há uns meses atrás, um coleguinha from hell fez o favor de contar pra ela a história d"A Loura do Banheiro" - uma coisa bastante precoce, se a gente levar em consideração que eles tem só 7 anos.
Foi um inferno.
Durante um mês inteiro ela não ia ao banheiro sozinha, fez xixi nas calças religiosamente.
Depois de muita conversa e muita briga, a coisa meio que voltou ao normal.

A diferença é que ela pegou esse medo dela e transformou numa brincadeira.

Agora ela inventa A Loura do Poste, A Loura da Beleza, A Loura do Cachorro - uma infinidade de louras que assombram outras coisas fora do banheiro.

A mesma coisa aconteceu com a "Cabra Cabriola", que virou até peça de teatro.

Invejo minha filha por conseguir brincar com as coisas que a amedrontam.

***********************************

Enquanto isso, na Terra Materna, meus medos e angústias foram mascarados por planos de viagem.
Tenho passado as últimas noites acertando detalhes, vendo notícias, tomando coragem e, assim, relaxando do trabalho, esquecendo a solidão esmagadora, fingindo que não vão existir tempos e dias um pouco tensos pra caramba ainda antes do ano terminar.

quinta-feira, dezembro 8

Pais doentes, ex-namorados renascidos das trevas cercando, falta crônica de grana.

Acaba logo 2011, peloamordedeus.

segunda-feira, novembro 28

Tô triste. :(

quinta-feira, novembro 24

Carreira acadêmica pelo ralo.
Não passei.
Acadêmicos não curtem parábolas, estou arrasada e sem saber qual vai ser...
Um exemplo.

Além de irritada, estou naquele momento do mês em que a raiz branca já está aparecendo, que as unhas precisam de um resgate - além de estar inchada.
Aliado a isso, tem o fator trabalho pra caralho, que me faz ter uma cara de cansaço eterna e uma vontade absoluta de usar chinelos pra sempre, sempre que volto pra casa.
É meu Momento Bagulho.

Pois bem.
Surtei e resolvi por A + B que ia me comprar um presente caro.
Shampoo, condicionador, sabonete - mas, dos phynos.
Excelente!
As moças da loja fina estão super minhas amigas por que eu já estou acometida do vírus natalino - estou deveras desconfiada de que estou descontando minhas frustrações no Natal, mas isso é outra história - e já fui lá umas duas vezes, pelo menos.
Aí shopping, aproveitei para ir passando nas lojas e tendo idéias para outros presentes.
Entrei numa joalheria.

Estava de chinelos, um pouco descabelada, sem bolsa; a criança quase no mesmo nível.
Eu ia andando e a Dona Moça da Loja me rondando com cara de poucos amigos.
Olhei tudo calmamente.
E tive um prazer um tanto quanto sádico quando me virei de costas e a bolsa da loja fina ficou evidente (minhas mãos estavam nas costas o tempo todo).
Sim, me deu um prazer perverso deixar aquela mulher ver que eu usava produtos caros. Que, se eu quisesse, poderia comprar não um colar, mas certamente um pingente na joalheria. Que, o fato deu estar desarrumada nesta noite, não quer dizer que eu esteja sempre.

As pessoas têm muito, muito a aprender.
Eu tô irritada.
Dura, na seca, na TPM, trabalhando feito uma filha da puta e trancada em casa há um tempo demasiadamente longo pros meus padrões.

Aí o ex que bombardeia no fb toda vez que eu faço comentários obviamente sarcásticos e despretenciosos sobre um sujeitinho de sunga qualquer, me irrita.

Pedestre na calçada que pára pra conversar e bloqueia o caminho, leva uns 4 tiros de escopeta mental.

Carro que não bota seta gera explosões nível "Duro de Matar".

Resolvo ficar na minha.
Me recolher e guardar o Zebedeu (meu bode) para apreciação solitária.
Mas, eu tenho um quê masoquista e adoro tirar uma de "Big Brother" e ficar espiando a vida alheia.

Então, hoje de manhã, vejo que alguns amigos estavam postando uma foto duma moça musculosa pelada.
Os comentários eram todos na base do "ai, que nojo!", "credo, que coisa feia!".
E isso me irritou.
Me irritou por que as pessoas que estavam tecendo estes comentários e postando a foto legendando um "e aí, vai encarar?", eram pessoas que dizem não ter preconceito nenhum. Elas têm amigos gays e negros, olha que maravilha!
Ao mesmo tempo, algumas dessas pessoas têm o corpo todo tatuado, usam alargadores de orelha - na estética deles isso é lindo.
Assim como na estética da moça se bombar ao extremo é lindo pra ela.
Me irrita que as pessoas vejam sempre só um lado da moeda, que pensem só no que é bom e adequado à elas.
Acho hipócrita.
Acho feio.
Eu tenho alguns preconceitos, sim.
Assim como tenho algumas preferências estéticas, sim.
A mim não é agradável uma mulher extremamente musculosa - mas acho interessante e curioso observar que isso pode, sim, ser um padrão de beleza.
Tive uma vizinha de prédio que era assim, e, pra mim, ela era uma mulher muito bonita - apesar dos músculos.

Tenho preconceitos e não gosto de muitas coisas.
Mas eu assumo isso.

E, acordar com um "alô, hipocrisia!" foi de lascar.

sexta-feira, novembro 18

Pronto, fiz minha prova.
Uma prova "esquema Renata".
Senta, escreve, acaba antes de todo mundo e seja o que Deus quiser.
Com direito a parábolas.
Ainda não sei me acho um gênio por ter posto referências às rodas de pogo ou se minha carreira acadêmica foi pelo ralo com essa.
Saberemos semana que vem.

terça-feira, novembro 8

Tudo que eu quero essa semana é conseguir ler mais umas 40 páginas e chegar viva na sexta-feira. :/

domingo, novembro 6

Minha tia acabou de chegar da China e contou pra gente que os shoppings de lá (os baratos, pirata, sem grife) são tipo Avenida Central amplificado, cheio de boxes e andares um atrás do outro. Que, se você pára pra ver alguma coisa, a vendedora já acha que você VAI  levar, que se você pergunta o preço isso É certo, e que se você resolve não levar, elas ficam furiosas.
Numa dessas, ela contou que a amiga dela chegou a ser empurrada pela vendedora.
Eu disse que, se fosse eu, provavelmente ia acabar dando uma voadora numa chinesa, ela achou engraçado, folclórico.
Admiro pessoas que conseguem ser assim.
Em algum lugar de mim, admiro...
Eu ando resistente a sair de casa à noite.
Por uma série de motivos já bem elucidados na minha cabeça e que eu estou trabalhando pra resolver.

Mas aí, ontem à noite, percebi que daqui a menos de uma semana não estaria mais dormindo na cama velha.
E lembrei da sensação que tive há 7 anos atrás, quando tive que abrir mão dela.
No dia que ela foi embora temporariamente, chorei copiosamente, por que aquilo era um símbolo da enormidade das mudanças que estavam rolando na minha vida.
Quando ela voltou pra mim, foi um outro marco da enormidade de novas mudanças.
Agora ela vai embora de novo, ser substituída de vez, num novo marco.

Cancerianos não aceitam bem mudanças.
Sofrem.

Ainda que eu continue acreditando que é um móvel amaldiçoado neste exato momento, mandar ela embora é difícil.

Por que significa novas mudanças à vista.
Além do rompimento de uma relação de anos e anos e anos...
Tô me sentindo assassina da cama.

quinta-feira, novembro 3

Eu vou sentir falta de várias coisas do meu trabalho; mas, a que eu vou sentir mais falta é da Minha Amiga Aranha.

Minha Amiga Aranha só eu sei que existe.
Ela vive pacificamente ali na dobra da janela.
Todos os dias aparece pra dar um "oi" - outro dia almoçamos no mesmo horário, eu e ela.
Ela já cresceu um pouco desde que eu fui sentar no meu buraco.

E o mais legal é isso: só eu sei que ela existe.

Ela é Minha Amiga Aranha.
E eu vou super sentir saudades dela.
Um amigo que está fazendo portfólio se ofereceu para fazer umas fotos da família.
Como enquanto fotógrafa eu sou uma ótima mãe, achei uma idéia supimpa.
Aí ele me manda a seguinte mensagem:
"Que ótimo! A gente vai se divertir à beça!"
Meu lado troll teve uma vontade IMENSA de responder:
"Eu não me divirto".
Mas fiquei com pena.
Ele é legal. :P

terça-feira, novembro 1

Também quando eu era mais nova, uma pessoa me disse que, todos os dias, deveríamos agradecer pelo que ainda não tínhamos. Era uma maneira de mandar boas vibrações pro universo, e que ele responderia enviando o que estávamos agradecendo.
Eu, que acredito em quase tudo, passei anos da minha vida agradecendo por desejos não realizados.
Obviamente, isso só veio a gerar toneladas de frustações para com o universo de minha parte.
Hoje só agradeço pelo que tenho no dia que tenho e quando eu tenho.
Mas, por mais que acredite piamente estar virando uma mulher cada vez mais "dura", de vez em quando a Pollyana, que eu odeio tanto, aflora.
Ela veio, por exemplo, ao passar por uma moça na rua outro dia que chorava enquanto esperava o sinal fechar.
Minha vontade foi dizer pra ela: "Chora, não, gata. Podia ser pior".
Nem eu, nem nenhum dos outros pedestres falou coisa alguma - apenas seguimos nossos caminhos sem saber o que foi da garota que chorava.
Mesmo assim, não pude deixar de lembrar de quando agradecida por graças não alcançadas, ou de pensar "que pensamento escroto esse meu agora".

É que lembrando dessas coisas - coisas que me assaltam, coisas que eu acredito - me toquei aqui da minha loucura.

De um mês pra cá, não pude deixar de pensar como é curioso que minha vida sexual tenha caído no ostracismo logo depois de comprar um suprimento de guerra para cavalarias intensas.
Assim como, a partir do momento que ganhei o voucher para uma cama nova, que a culpa deste ostracismo é da cama velha.
Ganhei a cama ainda adolescente, na época do primeiro namorado, passaram-se mais de 15 anos e não tivemos sucesso no meio de campo amoroso - culpa de quem? Da cama.
A cama por onde passaram o primeiro, o segundo, homens que amei muito, homens que não significaram nada.
Mas lá fui eu embutir a culpa no móvel.
E cá estou, de novo, prospectando um futuro excitante e sensacional, esperando a chegada do móvel novo, virgem, desprovido de bad karma, com uma ansiedade adolescente.

Os anos passam, e eu só pioro.

segunda-feira, outubro 31

Tem algum tempo já que me pego com a sensação de que está tarde para fazer, ter, conseguir realizar algumas das coisas que eu queria da vida.

Pensar em começar uma nova carreira lá pelos 40 e no longo caminho que eu ainda tenho pela frente até que isso aconteça, às vezes me faz ter essa sensação.

Pensar que nunca mais nesta vida eu vou ter a oportunidade de completar bodas de ouro com alguém, me faz ter essa sensação.

Depender financeiramente de ajuda, me faz ter essa sensação.

Ver minha filha cada dia maior, me faz feliz, mas com essa sensação.

Aí, um dia eu acordo e resolvo retomar um hábito antigo, sem querer.

Quando era bem mais nova, costumava andar pelas ruas cantando. Cantando mesmo. Sem me importar com quem estava em volta, se alguém estava vendo ou ouvindo.
Semana passada, vinha eu pela rua, e de repente: "We will never surrender!!!" - bem alto.

Não sei se alguém viu, não me importei, só ri.
Passei a fazer quase todos os dias.
Por que pra isso, ainda tenho tempo.

sábado, outubro 22

Sem querer me arranhei de tirar sangue.
Fundo.
Nível filme de terror.
Hora de cortar as unhas.

sexta-feira, setembro 30

Durante um momento, um mísero momento, quando eu olhei o saxofonista, me veio a imagem dele chegando em casa e dizendo pra mãe:

- Eu vou tocar na banda do Stevie Wonder!

Aí ele começou a cantar "você abusou" e toda, toda a mágica do momento se foi.

- FIM -

quarta-feira, setembro 28

Esquema "quando morrer eu durmo"...

segunda-feira, setembro 12

Neste momento, neste exato momento, tudo o que eu precisava era mais duas no dia (para poder dormir) e/ou mais dois mil reais por mês (para pagar uma empregada) e/ou um marido (para um cafuné pór perrengue).

Sim, eu ainda mitifico.

Inacreditavelmente.
Foi só eu resolver voltar a dar as caras no facebook que 5 minutos depois a criança levantou e deu uma vomitada profissional no quarto - daquelas que pegam parede, porta, chão...
Odeio vômito.
Morro de nojo.
Nem sendo de filho eu limpo feliz.
Achei um mau auspício...
A Frase que mais me marcou em "Um Dia" é quando ela se vira pra ele e diz:

- Eu te amo (...), mas eu não gosto mais de você.

Ela me bateu tão fundo, mas tão fundo, muito provavelmente por que eu já estive nessa situação mais de uma vez na vida, infelizmente.
E eu não quero mais essa situação pra mim.
Nunca mais.
A simples percepção de que esse tipo de situação se aproxima e poderia acontecer de novo é ruim.

A percepção de que você gosta de alguém que sequer liga se você está respirando também é de um desconforto cruel.
E eu também não quero mais isso.
A percepção vinha me acompanhando há alguns dias - hoje se transformou em fato.
Não posso dizer o "eu te amo", mas já posso afirmar que eu não gosto mais dele.

E assim segue a vida...

sexta-feira, setembro 2

"Sexta-feira, 02 de setembro de 2011

A lua em escorpião move você na direção do amor e dos romances. A fase continua tensa, mas você deve tentar se entregar, pois a tentativa de controle não terá nenhum sucesso."

Já pode chorar?

quinta-feira, setembro 1

Find me, I'm drowning
Then once again
There's nothing left I fear
There's nothing more to say
And no more games to play
...Eu sabia que tinha uma vibe "Asas do Desejo"...
...Senti o cheiro lá no início...

*Não existe esperança*

terça-feira, agosto 30

Chafurdando no vasto mar da infelicidade.
Detesto me sentir assim.
Preciso chorar.
Um choradão daqueles - copioso.
Meia hora de leitura, depois, um breve cochilo.
Agora vivo de breves cochilos.
Esse fim de semana minha mãe se mudou.
De consultório, não de casa.
Mas, se a gente levar em consideração que ela passa mais tempo no consultório do que em casa...
...Enfim, fui ajudar.

Mudança quando a gente paga é aquilo, se você não tomar cuidado, os caras embalam você junto.
E ela estava há muitos anos no mesmo lugar, e não teve tempo para fazer uma limpeza prévia do que deveria ir ou não na mudança; resultado, cada caixa que se abria, tinha coisas do arco da velha.
E é na hora do entulho que a gente percebe que a mãe da gente está envelhecendo.

Ela anda com uma mania, que eu só percebi e se agravou desde que eu saí de casa, de cultivar coisas com prazo de validade vencidos. Tanto na casa dela, como lá, joguei algumas coisas fora à força. O pior é que ela usa as tais coisas...!
É uma praga de família passada geração pós geração de entulhação.
Não tiro o meu da reta - aqui em casa tem muito entulho. Tenho caixas que ainda não abri desde a minha mudança.
Mas os produtos vencidos...

Pensei cá com os meus botões e acabei expondo o medo que eu tenho do dia que ela morrer e eu tiver que fazer aquela "limpeza na casa dela". Nós rimos muito, mas ela confessou que também já pensou nisso.
Penso nos armários, nas gavetas dela e me dá um certo desespero.

No fim do dia, saímos, fomos a um balé.
E, em alguns pedaços ela dormiu quase que sonoramente.
Pensei que não era uma idade boa para fazer mudanças.
Que ninguém deveria se mudar aos 61 anos, se não fosse para A Casa dos Sonhos ou algo que o valha.
Mas lá estava ela.
Firme e forte.

Hoje penso aqui o Quanto ela é importante e me dá força nessa vida.
O exemplo que ela é.
Em tudo.
E o quanto eu realmente não quero fazer a tal limpeza tão cedo - com ou sem produtos vencidos.

segunda-feira, agosto 29

Tô quase começando a ficar preocupada com a quantidade de vezes que eu tenho repetido "Eu não tô ficando louca" esse mês.
Cá estava eu de novo, pensando que a melhor coisa a fazer no momento é tomar um chá de sumiço.
Pensado no assunto e fazendo todos os trocadilhos já imaginados pela mente humana.
Não seria o chá ideal, nem eu quero ficar sem ver e falar com as pessoas durante muito tempo, mas um cházinho - colherzinha de chá de sumiço.
Faz parte do processo de cura...

Me peguei pensando no meu vasto e negro passado.
Fiz elocubrações em torno do nome - já passaram outros 3 com o mesmo nome, o mesmo modus operandi, o mesmo incômodo perverso...
Fiz elocubrações sobre os times de futebol - achei que estava salva, visto que o rapaz não era flamenguista e estes têm sido perigosos nos últimos anos, mas me lembrei de um outro do mesmo time há muitos e muitos anos atrás que também não foi um sucesso de público e bilheteria. Fui feliz por algum tempo com torcedores do Fluminense.
Cheguei à conclusão de que meu sonho dourado seria um homem que simplesmente não gostasse de futebol, mas isso não existe até onde eu saiba - acho que fecharia com um time obscuro, de fora do Rio. Feliz.
Elocubrei bastante.

E, contrariando todas recomendações, me deu uma vontade louca de me render e ir ler "Um Dia". Historinha de amor.
Historinhas de amor pra quem não tem sorte nenhuma nesse campo há muito, muito, muito tempo são altamente contraindicadas. Comecei, já passaram vá rios anos (no livro) e eu não consigo largar, na esperança de que a Emma ainda consiga ser feliz. Algo me diz que isso não vai acontecer, que a esperança que eu preciso, quero e procuro para que a minha própria esperança não definhe de vez não vai estar ali.
Por enquanto eu só me identifico fortemente - tô entendendo o porquê dos caracteres terem virado um tremendo best seller.

E assim continuo eu, procurando a minha historinha de amor...

domingo, agosto 28

E ontem no meio de todo o furacão todo eu saí.
Saí de casa toda trabalhada no pecado, inundada de más intenções, mas acabei me comportando...
...Mais ou menos...
O pecado em si não aconteceu - teve uma conversa ali, da qual eu não me lembro absolutamente do contexto, mas nada aconteceu.
Fato é que foi uma noite muito boa.
Teve balet, teve jantar chique e depois teve uma penca de amigos, muitas e muitas músicas, muitos risos - me diverti imensamente.
Acho que estava merecedora de uma noite assim.
Me conforta saber que eu posso sempre ter noites assim.
Que eu tenho amigos bacanas.
Não sei como fui deitar na cama e acordei no sofá; mas foi tão revigorante que não tive um pingo de ressaca e estou trabalhando sem sequer me importar com o fato de que hoje é domingo.
Noites e dias assim são bons.

sexta-feira, agosto 26

A lógica da sandália nova é: quanto mais perto você vai chegando do seu destino final, da possibilidade de tirar ela dos pés, mais ela aperta, machuca, retira lascas concretas da sua pele.
Ontem perdi lascas em cinco dedos, nos calcanhares, ganhei uma dor digna de ser chamada de dor.
Um pouco depois começaram as cólicas...
Mais um pouco depois, o arquivo trava, eu perco tudo e sou obrigada a refazer o que já estava pronto.
Ninguém mandou cantar vitória antes do tempo - o tão esperado banho fervendo, que cura cólica, alivia os pés maltratados, demorou para sair.
Mas saiu.
Na hora de deitar, até o lençol me doía no corpo.

Acordei sem dores nos pés, nas costas e nas outras partes que reclamavam quando as luzes apagaram.
A dor de hoje é diferente, ao mesmo tempo familiar.
Veio forte e violenta numa manhã chuvosa, ao invés de no fim do dia, quando tudo mais se apaga.

Há uns 3 dias, amigos conclamam o fim do mês de agosto - o mês do desgosto.
Hoje, faço minhas as palavras deles.
Sonho com uma noite bem dormida - sem despertadores tocando, homens cavando do lado de fora, hora de escola e trabalho, sem dores gritando no corpo.
Sonho com um abraço.
Com o fim do desgosto.

quarta-feira, agosto 24

Acordei num azedume sem fim.
Aí resolvi onde vou investir a verba literária do mês - mesmo estando sem tempo até de ler o jornal.
Aí me senti um pouquinho - só um pouquinho - melhor.

terça-feira, agosto 23

Segundo dia de comida tailandesa...
Meu estômago não se sente lá muito feliz com isso.
Um mês sem, por outro lado.
A cabeça internaliza, processa a informação e se conforma, mas meu coração também não anda muito feliz com isso.

segunda-feira, agosto 15


Foi como quando você prova uma comida nova e descobre que gosta demais dessa comida nova, aí vai e come uma comida velha e lamenta muitíssimo - não se sente pleno depois, sabe?

sábado, agosto 13

E chega, né?
Bora amarrar o burro noutro poste...

terça-feira, agosto 9

Inferno... (Ou música do dia)

Life is just a lonely highway
I'm out here on the open road
I'm old enough to see behind me
But young enough to feel my soul
I don't wanna lose you baby
And I don't wanna be alone
Don't wanna live my days without you
But for now I've got to be without you

I've got a pocket full of money
And pocket full of keys that have no bounds
But then I think of lovin'
And I just can't get you off of my mind

Babe can't you see
That this is killing me
I don't want to push you baby
And I don't want you to be told
It's just that I can't breathe without you
Feel like I'm gonna lose control

I've got a pocket full of money oh yes I do
And a pocket full of keys that have no bounds
But when it comes to lovin'
I just can't get you off of my mind, yeaaah

Am I a fool to think that there's a little hope
Yeah yeahhhhhheee yeah
Tell me baby, yeah
What are the rules the reasons and the do's and don'ts
Yeah yeahhhhhheee yeah
Tell me baby tell me baby, yeah
What do you feel inside?

I've got a pocket full of money
And a pocket full of keys that have no bounds
Oh yeah
But when it comes down to lovin'
I just can't get you off of my mind, yeah
I just can't get you off of my mind, yeah.

domingo, agosto 7

Triste...

quarta-feira, agosto 3

Mais facebook:

"não quero vc por aí sofrendo
mas queria tanto q ele enxergasse q vcs são alams gêmeas
ahahahaha
eu ia achar muito maneiro"


Apaixonada de novo.
Me fodendo de novo.

Saco essa onda de ver o filme todo de novo.
Uma conhecida no facebook:

" (...)e aquele ogro que você conheceu sem querer, que te trata como objeto, é insensível, frio, se acha e nem liga para os seus sentimentos? então amiga, ele não vai te trair, mas também nunca vai te amar!"

Ui.
Identifiquei-me.

terça-feira, agosto 2

You are far
When I could have been your star
You listened to people
Who scared you to death, and from my heart
Strange that you were strong enough
To even make a start
But you'll never find
Peace of mind
Till you listen to your heart


People
You can never change the way they feel
Better let them do just what they want
For they will
If you let them
Steal your heart from you
People
Will always make a lover feel a fool
But you knew I loved you
We could have shown them all
We should have seen love through


Fooled me with the tears in your eyes
Covered me with kisses and lies
So goodbye
But please don't take my heart


You are far
But I'm never gonna be your star
I'll pick up the pieces
And mend my heart
Maybe I'll be strong enough
I don't know where to start
But I'll never find
Peace of mind
While I listen to my heart


People...

But remember this
Every other kiss
That you ever give
Long as we both live
When you need the hand of another man
One you really can surrender with
I will wait for you
Like I always do
There's something there
That can't compare with any other


You are far
When I could have been your star
You listened to people
Who scared you to death, and from my heart
Strange that I was wrong enough
To think you'd love me too
I guess you were kissing a fool
You must have been kissing a fool
No meio da ressaca emocional que me assolou hoje, lá fui eu fuxicar o facebook alheio.
Aí, pronto, já fiquei aqui de novo pensando: será que ele também fuxica o meu? Procura saber notícias, olha notícias, espia, pensa e sente saudades?
E por que eu ainda sinto saudades, curiosidade, olho praquela foto e penso "putz, bonito pra cacete"?
Que vida essa minha...
Eu sei fazer um montão de coisas.
E aprendo a fazer novas coisas sempre.
Mas em matéria de escolher homem eu sou SEMPRE reprovada com louvor.

*triste*
Bolhas nos pés, tosse intermitente, vários compromissos e horários, faxineira a cada 15 dias, um sono eterno e nenhuma vida pessoal...
De repente tô me sentindo tão adulta.

sábado, julho 30

Veio aniversário.
Primeiro dia fiquei cercada de filha, sobrinha torta e irmão; segundo dia, filha e amigos queridos; terceiro dia, metal com surpresa fofa vem cá minha nêga; quarto dia, chopp com os amigos.
Me senti muito amada e festejada.
E, junto com a ressaca da Melhor Comemoração que tive um anos, do dia pra noite, mudou minha vida toda.

De repente tem emprego novo, novas coisas novas, novos esquemas dentro de casa.
Além do coração...
Ah, o coração!
Que apanha, apanha, apanha...
Que eu nunca sei dele - quase desisto todos os dias...

Falta-me tempo, sabe?
E isso é bom.
Tem sido muito bom!

terça-feira, julho 26

Embolou o meio de campo.

quarta-feira, julho 13

...Já pode reclamar que tá demorando pra caralho...?

terça-feira, julho 12

A Flip é uma glória em termos de alimento pra minha alma e contatos humanos, mas uma bomba pra minha vida sexual/ afetiva.
Fato.
Pior recepção ever...

quinta-feira, julho 7

Aí senta que lá vem horóscopo!

"Venus em seu signo é pressionada por plantes poderosos e faz você refletir sobre alguns aspectos de sua vida, especialmente os relacionamentos. Cuidado com ilusões e excesso de emocionalismo. "

E foi justo no momento que eu tava aqui decidindo se fazia uma overexposição da minha pessoa ou não.
Ninguém lê isso.
Mas, toda vez que eu acho que ninguém lê isso e fico confortável o suficiente para começar a fazer vergonhas públicas, alguém lê.
Não me incomodo, que fique claro, mas suprimo e reprimo um bocado por conta disso.
E não curto expor terceiros.

Mas...
Achei que valia o registro.

Como eu disse ali embaixo, existe um rapaz novo no pedaço.
Nó não somos namorados, sequer discutimos algo relativo a isso ainda e mal nos conhecemos.
Mas o pouco que anda acontecendo tem sido bom.
Tem sido o tipo da coisa que o Universo andava me devendo - não vou entrar em detalhes.
E hoje eu queria muito que ele viesse pra cá ficar comigo.
Pra viajar tranquila, feliz...
Tudo combinado, acertado, cerveja na geladeira...
...E ele me pergunta se não pode vir porque está preocupado pela minha filha estar em casa.
Não cheguei nem perto de ficar ofendida.
Muito pelo contrário.
Obviamente, minhas necessidades femininas lamentaram (e lamentam) um bocado, mas achei lindo ele ter esse cuidado com ela, sabe?
Ilusão?
Excesso de emocionalismo?
Não sei. O que vem eu não sei.
Mas o cuidado mereceu registro, sabe?
Tão, tão raro...

quarta-feira, julho 6

E no som...

"(...)One day you'll live in happiness
With a heart that's full of joy
You'll say the word "tomorrow" without fear
The feeling of togetherness will be at your side
You'll say you love your life and you'll know why
...
Cause we all live in Future World
A world that's full of love
Our future life will be glorious
Come with me(...)"

Na verdade...

...Vou escrever, sim.

Agora há pouco, uma das vizinhas (que até onde eu sei tem dois filhos, de pais diferentes e é separada e festeira e eu só tô contando isso porque é relevante), me encontrou na porta quando eu entregava a criança pro pai levar pra dar um passeio.
Aí ela olhou pra ele, olhou pra mim...
(O porteiro mumificado entre nós.)
...E lá vem:
- Separada, é?
- É...
- Difícil, né?
Eu ri.
- Olha, podia ser pior. Pensa bem, ele podia estar morto!
- Não dar bola pra ela...
- Então! Desse jeito, eu tenho folga de 15 em 15 dias, de vez em quando ele passeia... Nem acho ruim!
Ela riu.
- É, pensando assim...

Tanta coisa pra me aborrecer... Desse jeito eu tô no lucro, né?

Enquanto isso...

 João Ubaldo, seu fofo, me espera que eu tô chegando!!!
É...
Julho once again....
E lá vou eu pegar a estrada amanhã...
Once again...

Hoje foi um dia quase perfeito.
Pela primeira vez, acabei cedo o trabalho antes de uma viagem - com folga larga.
Pela primeira vez em algum tempo, a mala está praticamente pronta sem nada esquecido, antes da hora.
Tem gatinho na parada - tô começando a curtir de verdade essa coisa de Tia Sukita.
Tem pouca grana, mas planos.
Perdemos alguns gramas, apesar da chutação de balde...
Quase me senti como se estivesse vivendo um inferno astral às avessas.

Não convém elogiar, não é mesmo?

Mãe me espera, amigos me esperam - tanto na ida como na volta.

Eu podia escrever sobre o quanto eu odeio as pessoas que tomam a calçada pra si e não me dizem obrigada - mas isso eu já fiz.
Podia escrever sobre as agruras da nova dieta nova - mas isso eu também já fiz.
Sobre como é cruel, CRUEL, lavar a louça com o frio que está fazendo; ou o medo do frio durante a viagem.
Sobre a minha animação com o aniversário vindouro pela primeira vez em muitos, muitos anos de apatia.
Sobre o tanto que eu preciso estudar e arrumar um novo problema para a minha vida já tão problemática.
Sobre a alegria do segundo "emprego".
Sobre a minha filha, que agora lê.
Sobre como ela é e fica cada dia mais LINDA.
Sobre como eu fico menos a cada dia.
Sobre o período que me eu mesma me impus de não comprar novos livros - e de como eu quebrei ele.
Puxa...
Podia escrever sobre muita, muita coisa...
Mas, nada disso me parece realmente engraçado agora.

segunda-feira, julho 4

Se eu ainda tinha um fígado, larguei na boate sábado...

sexta-feira, julho 1

E aí eu penso que vou acordar amanhã e ter que lavar uma pilha de roupa, fazer as unhas, alimentar a criança...
Fico cansada por conta, mas...
Sabe do que mais...?
A vida é maneira à vezes!
Hoje era meu dia de folga.
Não por que eu ganhei, não por que eu pedi, ele simplesmente caiu no meu colo.
Como a gente aproveita um dia desses tão sonhado e dado, assim, de graça?
Vai ao cinema!
Mas no cinema não tem nada que me interesse - mentira, tem, mas só na Barra; tipo, outro lado do meu planeta.
Então, eu aluguei um filme.
Tinha planos também de fazer as unhas, que estão precisando ur-gen-te de umas alicatadas.
Também, sobrando tempo, ia me tacar na minha caverna e adiantar ou, quem sabe, terminar o livro que ando lendo.
Auspicioso pra caramba, né?
Nada, NADA, saiu conforme planejado.
A manhã, um caso perdido.
O único sucesso foi ter ido à academia.
Tá, comprei o presente da menina que vai fazer aniversário no fim de semana também - acho que a gente pode chamar isso de sucesso, ainda que eu ande a mãe mais sem imaginação da face da Terra (tenho dado basicamente o mesmo presente para todas as amiguinhas).
Paguei contas - Ah, felicidade!
Lavei meia tonelada de louça...
Depois do almoço, fui comprar roupas, pagar mais contas, comprar o presente de aniversário da minha mãe, correr atrás de uma fita métrica...
Impressionante como um bairro tão sinistro de gigante como Botafogo possa ser tão desprovido de armarinhos!
Ganhei uma bolha no pé.
É inegável que adiantei algumas coisas, resolvi outra meia dúzia, mas...
...E meu filme?
...E meu livro?
...E minhas unhas...?
Deveria estar feliz, mas estou estupidamente exausta.
E nada apaziguada culturalmente.
A vida do lar é tão punk às vezes...

segunda-feira, junho 27

Reclamei tanto...
...E o fim de semana foi tão bom...

Aprende, Renata.

sexta-feira, junho 24

- Tô te ligando pra avisar que tá tudo engarrafado...
- Tô te esperando... O único problema é que eu já bebi metade das cervejas que eu comprei.

Não pode me deixar sozinha assim...

quinta-feira, junho 23

Tá.
Surtei.
Acordei hoje e tava lá no FB...

"Beth I hear you calling
But I can't come home right now
Cause me and the boys are playing
But we just can't find the sound


Just a few more hours
And I'll be right home to you
I think I hear them calling
Oh Beth what can I do"

Tentei fazer a fina...
Tô tentando fingir que não tô ligando...
Mas assim tá difícil, Pai.
Tá difícil...

quarta-feira, junho 22

Nem cerveja de trigo tá fazendo feliz...
Inda teve o seguinte: se a vida fosse um videogame, hoje eu teria zerado umas 20 vezes tamanha a quantidade de transeuntes que eu alvejei mentalmente.

Não, nem perder 3 quilos na primeira semana de dieta, nem ouvir várias vezes ao dia que eu sou gostosa, nada disso melhorou meu humor.

Continuo azeda.
Pensa aí, amiga, quantas vezes você antecipou a coisa?
Se depilou, pintou as unhas, os cabelos, escolheu ou comprou aquela lingerie sensacional...
Botou criança pra fora de casa, comprou a cervejinha, um estoque infindável de camisinhas...
Borrifou aquele perfume francês, ficou jóia jóinha esperando que o macho da vez penetrasse não só na sua casa como em outras partes do seu ser...
...E veio aquele telefonema - ou nem ele, em alguns casos.

Num primeiro momento, você se acabava de chorar, tomava você mesma sozinha todas as cervejas da geladeira, caindo na besteira de mandar smss coléricos, e-mails ou telefonemas de morte.
Começava a se achar o cocô da pulga do cavalo do bandido.
E dá-lhe bossa nova nos ouvidos!

Com o tempo e o costume, você foi aprendendo a fazer planos "b", pro caso de...
Não deixava de ficar triste, não deixava de sentir a última das mulheres do Planeta dos Macacos; pior! a última e que eles nem sequer queriam!
Mas, quem tem amigo ou cara de pau, tem tudo, você recorria ao plano "b" e, em alguns casos, deu até a "sorte" de encontrar um substituto pro tal macho sem coração.

Depois, além do plano "b", baixou um São Tomé que incorpora toda vez que um encontro teoricamente auspicioso é proclamado.
Você não só faz planos, como só acredita que o encontro vai de fato acontecer quando o macho da vez já está sem sapatos dentro da sua casa.

"Olha, eu desmarquei outras coisas e tudo..."

Mal ae, eu não.
Tô chata pra caralho hoje.

segunda-feira, junho 20

...Segura a onda inferno astral...
...Faltam mais de 24 horas ainda...

domingo, junho 19

"Você sabe o que é ter um amor, meu senhor?
Ter loucura por uma mulher
E depois encontrar esse amor, meu senhor,
Ao lado de um tipo qualquer?


Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
E por ele quase morrer
E depois encontrá-lo em um braço,
Que nem um pedaço do seu pode ser?


Há pessoas de nervos de aço,
Sem sangue nas veias e sem coração,
Mas não sei se passando o que eu passo
Talvez não lhes venha qualquer reação.


Eu não sei se o que trago no peito
É ciúme, é despeito, (...) ou horror.
Eu só sei é que quando a vejo
Me dá um desejo de morte ou de dor."


Sem mais por hoje,
RR.
Eu sei o que parece...
...Mas, você se dar a outra pessoa e essa pessoa apagar você sem a menor consideração, como se faz com uma guimba de cigarros, é uma coisa muito difícil de superar.
Ainda mais se forem 3 vezes seguidas (sim, é o caso).
Muda tanto a sua visão de mundo...
Traz tanta coisa feia e ruim, mas tanta, que jogar isso fora, bicho...
...É muito black metal pruma pessoa só.
Ontem teve mais um renascido das trevas via internet...
"Oi, lembrei de vc, vamos marcar um chopp, blablabla"
Me deu preguiça.
Agora, abri a janelinha e vi um outro cidadão online lá.
Um cidadão que me deu um perdido e sumiu nesse mundão grande sem porteira.
Aí, pronto, tava tão feliz, vou dormir azeda.
Foi um fim de semana ótimo, coalhado de amigos, de risadas, de boas coisas, mas ver o nome do cidadão ali me azedou.
Bateu a mágoa.
Bateu mágoa dele, do papelão.
Bateu mágoa do outro, que eu pedi tanto pra não me foder (tá bastante óbvio pra mim hoje que pedir pro cara não te foder, é praticamente suplicar que ele assim o faça).
Do outro, que... Aff!
Não tem muito jeito - quando a mágoa bate, é sempre essa santíssima trindade das profundezas do inferno que me vem à cabeça.
Os três que acordam a minha síndrome de tourette e fazem sair da minha boca e do meu coração uma enxurrada de palavrões muito da sisnistra.
Canceriano é um povo rancoroso... E eu carrego comigo a certeza absoluta de que fui boa, legal, bacana mesmo com eles - logo, não merecia o que me fizeram - então eles ainda despertam coisas desagradáveis.
Vou deletar esse palhaço, os outros já deletei faz muito tempo - em um monte de aspectos.
Falta um pouco, mas um dia, um dia eu vou conseguir não sentir mais isso.
Não acho mais saudável essa vibe de ódio aos ex-namorados que me assalta quando se trata desses 3 elementos.

sexta-feira, junho 17

É...
Curti os bons auspícios aí abaixo...
Mas aí, lê ali, "ocorrido anteriormente em maio de 2010".
Aí eu fui lá, né? Sacar como andava a vida em maio de 2010.
Vênus tinha sido subjugado, estava no limbo, só existia monografia naquela época.
Sim, preciso ur-gen-te-men-te voltar a estudar.
Já decidi pra quê, já estou vendo os livretos, a Academia que me espere que eu estou voltando, mas...
...É...
Pode ser que eu dê uma chance a Vênus esse ano...

Bons auspícios

O momento da beleza
Vênus em conjunção com Vênus natal

DE: 17/06 (Hoje) , 2h27
ATÉ: 29/06 , 9h19
Ocorrido anteriormente em: maio/2010

Atenção, Renata:
Entre os dias 17/06 (Hoje) e 29/06, você estará vivendo o seu aniversário de Vênus! Trata-se de um momento especial, em que o planeta Vênus completa um ciclo revolutivo em torno do Sol. A qualidade deste momento envolve você se perceber mais atraente, como se irradiasse mais beleza. Este também é um momento de renovação da sua vida afetiva, em que você repensará suas prioridades e seus valores no que tange às suas relações. O momento também é propício para cuidar do visual, fazer coisas que lhe dão prazer. O aniversário de Vênus é uma fase em que percebemos que merecemos prazer em nossas vidas. Usufrua!

segunda-feira, junho 13

Ai, Pai, e como faz, hein?
Fazia muito tempo que meu dinheiro não acabava dia 13...

Tô tão desoladinha que nem vou virar Santo Antonio de cabeça pra baixo hoje...
Na última reunião de condomínio, eu não estava com a menor vontade de me juntar ao povo do The Bramford.
Nêgo é chegado numa baixaria entre vizinhos e eu não ando com o menor bom humor pra isso.
Muito astutamente, compareci ao primeiro horário de convocação e escrevi lá meu voto para síndico e aumento de condomínio.
O povo da arruaça não aceitou.
Arbitrário, eu sei.
Poderia e deveria bater pé e fazer beicinho, mas deixei passar.

Pois bem, chegou aqui em casa uma carta anônima (o que é bastante ridículo uma vez que todos no prédio sabem quem escreve essas cartas - não é a primeira) choramingando e convocando todos que comparecessem na próxima reunião para não permitir o aumento etcétera e tal.
Meu pensamento:
Não aceitaram meu voto, bem feito.
A pessoa quando entra pro Mãe Solteira Futebol Clube e não tem babá, na rebarba assina o Vale Perrengue Premium.
Tudo bem, vale a pena, é legal e tal, mas bye bye qualquer mísero programinha durante a semana decidido em cima da hora.
De repente, você vira a Rainha da logística e tudo tem que ser meticulosamente planejado com uma certa antecedência. Não chega nem a ser exatamente ruim, já que a idade ruge e o pique também não continua mais o mesmo - apesar da liberdade de ir e vir fazer falta às vezes.
E junho está sendo um mês entupido de eventos sociais (graçasadeus).
Então, quando veio semana passada o e-mail que incitava uma "girls night out", imediatamente me animei toda. Liguei pro pai, pedi penico, combinei tudo.
Hoje, véspera da saidinha, as meninas começam a esmorecer.
E aí vem a parte que elas não entendem, já que não precisam de todo um rebolado pra poder ir pra rua desfilar a boniteza; por que eu fico mega chateada quando eu tenho esse trabalho todo e a coisa não acontece.
Não existe uma obrigatoriedade, a princípio, em se cumprir combinados deste porte; mas, para uma pessoa que tem poucas oportunidades de enfiar o focinho pra fora de casa no meio da semana, quando o combinado não acontece é extremamente broxante.
Num primeiro momento, armei um bico que ia daqui de casa à praia de Ipanema.
Num segundo momento, acho que, ao invés de desmarcar com meu pai, se realmente entrar água no meu chopp, resolvi que vou me enfeitar e vou sair mesmo que seja sozinha - pra ver aquele filme que eu ainda não vi, por exemplo.

sábado, junho 11

Amanhã (hoje) vai ser um loooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooongo dia...

sexta-feira, junho 10

O "Às vezes eles voltam" ainda é uma constante na minha vida.
Alguns dos meus ex são bastante queridos, outros eu deletei e ficaria imensamente grata se Deus me proporcionasse a felicidade nunca mais encontrar com eles na vida, mas, numa média, mantenho bons relacionamentos com alguns deles.
Mas, de vez em quando... Aparece um renascido das trevas, daqueles que me fazem perder a vontade de até conhecer novos espécimes do sexo masculino.
A moda não é nova, mas a prática anda em alta por aqui...

Encontrei o rapaz na rua, depois de um loooooooongo e feliz inverno (tenebroso é o que segue).
Bati um papo, fui simpática, vamos nos adicionar no Facebook e toda aquela lenga lenga...
Imediatamente começou um papinho mole, que eu fui cortando sutilmente.
O primeiro passo para mudanças é deixar de sair com eles, sair do que é confortável e já não prestou antes. Além do mais, o cara terminou meio mal comigo...

Ontem, finalmente, perguntou com todas as letras se eu não queria sair com ele.
Declinei.
Também com todas as letras disse que não estava com a menor vontade de encarar um "vale a pena ver de novo".
Aí vem: "Depois que eu te encontrei, fiquei aqui pensando que não devia ter deixado de sair com você... Era tão bom."
É. Era. Mas deixou de sair, então um abraço.
Eu cá do meu lado estou com meu saco muito cheio de ouvir isso dos meus amados ex... Como era legal, como eu sou bacana, como fulano sentiu minha falta.
Cansei de ser a mocinha que cuida deles, que dá pra eles e se apaixona por eles até eles ficarem com a bola cheia e decidirem que é hora de puxar o carrinho e ir correr atrás da primeira gostosinha que passa na frente. Que eles voltam correndo prum repeteco quando a mocinha dança, ouve esses disparates e logo leva outro pé na bunda.
Cansei de dar chance pra quem não merece.

(Fora a prepotência que TODOS eles tem de achar que eu estou SEMPRE solteira, disponível e virginal esperando por eles..)

E antes a coisa tivesse terminado por aí...
Se prolongou e virou uma enorme d.r....
Outra.
E eu não gosto de d.r.. Não quero d.r..

Fico enjoada cada vez que um deles que faz isso comigo.
Mas, por outro lado, extremamente feliz por estar conseguindo mandar, um a um, dar uma bela e longa volta bem longe de mim.
Sempre achei que nós (eu e eles) podíamos ser amigos - se eu gostei dos caras, alguma coisa eles tinham de bom (todos eles, infelizmente, me dói um pouco confessar) - mas sem d.r., sem pretensões, sem encheção do meu santo e inexistente saco.
Eis que a vida vem me ensinando que não é bem assim que a banda toca, né?
Acabou, acabou.
Melhor que fique cada um no seu quadrado mesmo...

quarta-feira, junho 8

Enquanto isso, os planos de voltar à ginástica e à dieta foram passados para a semana que vem.
Não é mais uma semana que vai me matar.
Além do mais, sábado eu vou MERECER sair pra beber com os amigos.
Ah, se vou!
Preciso aprender a dizer "não".
Fui ao Saara, comprei o chapéu de cowboy com sucesso absoluto de preço e crítica.
Aí vem a criança e diz pra mim que a mãe da melhor amiga perguntou se eu podia comprar o chapéu pra ela também.
Fiquei com pena da criança, fiquei com pena da mãe que tem outra que é de colo e tá na enrolação pós-parto/ quê que eu faço da minha vida.
Lá vou eu de novo pro Saara...

terça-feira, junho 7

Insônia Malvada!

segunda-feira, junho 6

Você sabe por A + B que a idéia não vai dar certo.
Você sabe, aliás, que É uma má idéia.
Mas é uma idéia divertida.
E ela te faz companhia.
Te deixa vaidosa.
Aí você se convence por A + B que não vai dar certo mesmo.
Que você nem merece TER essa idéia.
Você começa a cansar dela.
E, no fundo, no fundo, tem CERTEZA que nem nunca vai passar de idéia.
Você resolve desistir da idéia.
Mas aí a idéia bate na tua porta, te dá um sorriso - e, droga! porque ela tem que ser uma idéia tão bonita, caramba? - e a perna amolece um pouco.
Você QUER  a idéia.
Mesmo sabendo por A + B que ela não vai dar certo.
Que você deveria, deveria, PRECISAVA arrumar outra idéia pra tomar o lugar dela...
Raios...
Você estava tão quietinha...
E de repente, veio a festa junina do colégio.
Quer dizer, não veio ainda, mas uma semana semana antes veio a circular.
Daí pra frente é muito malabarismo.
Não era fim de semana meu, vamos negociar com o pai. Tudo certo, beleza, liberado.
Dia seguinte, outra circular. Não basta ser festa junina.
Mãe precavida que sempre fui, já existia uma caipira e um chapéu a postos para a investida que eu sabia que viria, mas, colégio... O traje exigido é uma coisa cowgirl.
A criança cresceu as pampas (graçasadeus), logo, não mais existiam saias jeans nesta casa.
Ela gosta de rosa. Nenhuma camisa xadrez também.
As botas já não cabem há milênios.
E ainda precisa de chapéu de cowboy.
Delícia, né?
Uma soma rápida me disse que eu ia morrer em uma grana séria para providenciar o figurino - mas, filho é filho, a gente faz tudo pela felicdade deles.
A saia achei, promoção Leader Magazine, show de bola.
Num lampejo de genialidade, resolvi pedir emprestada uma camisa xadrez da minha mãe.
Ficou bem bom, mas minha tia estava junto e não se conformava, assim sendo, resolver sair ela e comprar a camisa e a bota. Bagatela de 100 pratas.
A casa agradece muito.
Já passei a semana passada indócil aqui porque perdi um show que queria ter visto, porque a grana tá curta e a ginástica financeira constante.
Uma ida ao Saara resolve a questão amanhã eficientemente.
Pouco pra você? Pode até ser, mas aqui foram 5 dias de agonia.
Coisa de mãe...
Mas aí é o seguinte: quem tem tia tem tudo.

Estraguei de novo

É muita pretensão minha, muita pretensão mesmo...

sexta-feira, junho 3

Mistério no Latifúndio

Se meu pai saiu e deixou a chave em cima da estante, quem foi que trancou a porta?

quinta-feira, junho 2

E sabe do que mais?
Filho crescendo tem seu lado jóia, mas devo confessar que ando deprimida a valer com isso.
Os dentes estão caindo, mas não foi isso que fez com que constatasse meu declínio...
Foi essa coisa dela estar começando a ler, que tem sido uma facada - daquelas que nego gira a faca pra abrir mais o buraco e não dar pra consertar - no meu coração de mãe.
Óbvio que é incrível que ela esteja começando a ler e curiosa e feliz com isso.
A paixão pela leitura definitivamente vai ser um dos meus maiores presentes pra ela.
Mas é que caiu a ficha de que ela está, de fato, crescendo.
Que, daqui a pouco, não vai mais precisar de mim.
Que as noites de leitura na cabeceira da cama estão com os dias contados.
Quando eu percebi isso, deu uma tristeza tão grande...
Pra arrematar, outro dia o pai dela veio buscar ela em casa, e quando eu me levantei, ela já estava vestida, penteada e de bolsa pronta - tinha feito tudo sozinha.
A independência do filho dói.
A gente pare e cria sabendo que um dia vai ser o maior mico agarrão de mãe no colégio, que muitas portas ainda vão bater na casa e que gritos de "eu te odeio, você arruína a minha vida" ainda serão ouvidos.
Que um dia, ela vai conhecer um fulano (ou fulana) qualquer que vai quebrar o coração dela em 10mil pedaços...
Que a convicção de que quer morar comigo até a morte vai sumir rapidinho daqui a uns anos...
Mas quando o processo começa - Nossa!
Como dói, como dói, como dói...
Criar um filho é estupidamente diferente do que as pessoas dizem que é.
É difícil.
É divertido também.
Mas assim como ninguém me contou como era de verdade antes, desconfio que ninguém vá me contar como faz de agora em diante...
Ontem eu li num livro que a gente procria e depois disso não serve mais pra nada; e eu tô começando a me sentir assim.
Claro que é uma glória ver esse amadurecer, esse crescimento; mas no que ela cresce, como eu faço?
É muito bonito, mas não tem a menor graça...

quarta-feira, junho 1

Tem dias em que a gente sente que o dia vai ser difícil, né?
Que a gente SABE que ficar na cama seria a coisa mais sábia a se fazer, né?
Daonde saiu o debaixo, ainda tem muito mais dentro da cabeça - o inferno astral ainda não começou, mas...
Na falta de outra opção, a gente levanta e vai fazer o que tem que ser feito - mesmo não estando nem com uma centelha de vontade.
E aí, do alto de tudo isso, você vai dar uma espreguiçada porque hoje está tudo muito, muito chato e o sono impera na sua vida e dá um bico no estabilizador do computador, perdendo uma hora de trabalho chato.
Tem dias que a gente sabe.
Tem dias que a vida NÃO é bonita.
Exemplo de approach.Há uns quinze dias atrás resolvi ir num show de uma banda que eu gosto muito, muito, muito.
Não tinha companhia, nem dei bola e fui sozinha.
Eu parto do princípio de que a) sou solteira, logo, é isso aí, b) não nasci grudada em ninguém, c) sou de maior e vacinada. Qual é problema, né?
Quando eu pergunto, a resposta unânime é : nenhum.
No entanto, não é assim que a humanidade acaba vendo isso.
E digo humanidade justamente porque aqui eu falo tanto de homens quanto de mulheres.
Enquanto esperava o início do show, encontrei uma conhecida que ia para outro lugar e logo ouvi: "Nossa! Fez a louca e veio sozinha mesmo?!?".
Louca? Hein?
Depois disso, foi ladeira abaixo.
Porque aí começaram os homens.
Os homens tem por hábito achar que mulher que sai sozinha está querendo dar pra alguém.
Então vamos esclarecer: não é fato.
No dia em questão estava tranquilona, tinha deixado pra trás problemas, visões que chegaram a passar bem na minha frente, estava lá curtindo estar sozinha e para ver o show.
Sabia que encontraria outras pessoas (e encontrei), mas o primordial era ver o show.
E lá vem o primeiro...
"Tá sozinha?"
"Tô."
"Posso te fazer companhia?"
"Não, obrigada."
(Nota: Antes que alguém venha falar que eu reclamo que não estou sem namorado e saio rechaçando pessoas novas, vale adicionar que os caras aqui citados realmente não faziam meu tipo.)
"Mas, você está sozinha, deixa eu te fazer companhia..."
"Não obrigada, tô bem assim."
A variação da coisa era: por que você está sozinha, gata?
Seguia sempre uma feição que misturava pena com "vou te comer, ganhou pra hoje".
Ai, me libera.
A cena aconteceu umas 3 vezes pelo menos.
O primeiro passo é estimular a pessoa, sentir pena dela não tem nada a ver.
Até porque não existe nada do que ter pena. Gostar de sair sozinho é muito bacana, viu?
Eu gosto. Nem sempre, mas gosto. Vou a shows, cinema, teatro, boate...
Geralmente é na boate que a louca lá de cima pega.
As pessoas simplesmente não aceitam que você possa ir a uma boate sozinha, ficar hooooooooras dançando sozinha e achar aquilo divertido.
Faço muito, viu?
Acham logo que você é louca (já ouvi em alto e bom som, uma vez uns playboyzinhos até ficaram me cutucando o que foi altamente irritante) ou está bêbada de cair - essa última parte às vezes confere, mas nem por isso torna o ato de dançar consigo mesmo menos divertido.
Então, approach.
O olho, a conversa, a dança, eu preciso querer não ficar sozinha - e muitas vezes eu quero, sim.
Precisa melhorar...
Precisa melhorar isso aí.
O inferno astral ainda não começou......Mas, de repente, já estamos em junho.
E eu já comecei a choramingar porque perdi mais um semestre sem estudar - um total de atividade cerebral de praticamente zero, que desencadeou um movimento quero ficar na rua, odeio meu trabalho, minha vida está uma merda.
Merda, merda não está, mas às vésperas dos 34, era de se esperar que estivesse um pouquinho mais ajeitadinha.
Assim sendo, nada mais normal que eu comece a ter calafrios quanto ao meu futuro acadêmico e profissional.
Ainda que me atrapalhem, a convivência com outras pessoas, a troca de experiências (nem que seja para constatar o quanto elas são estúpidas ou me deslumbrar com umas outras duas) também tem me feito falta.
E quando a gente chega ao ponto de questionar tanto, de pensar tanto e se incomodar tanto com isso tudo, também é porque chegou num ponto que até correr atrás disso é um processo lento e doloroso. Um processo que envolve nosso valor no mundo.
Sim, meus amigos são ótimos (alguns), minha filha é uma benção de Deus (se ele existe), um pouco da minha família é bacana, não falta nada, blablabla; mas nada disso resolve a gente com a gente mesmo.
Infelizmente.
Além disso, essa coisa toda é muito bonita e bacana, mas não pode existir só isso na vida, né, não?
Definitivamente, não quero que meu epitáfio seja "mãe amorosa, bebia bem, era divertida e fazia uma comidinha show de bola".
O inferno astral ainda não começou, mas eu ando um bocado intratável.É aquele pensamento básico: não é que eu não goste do mundo - gosto - as pessoas que me atrapalham.
Não bastassem todas as crises pessoais correntes e recorrentes, existem pessoas que vem aqui bulir comigo.
Relacionamentos de um modo geral deveriam ser menos complicados.
Minha visão deles mudou bastante e muda constantemente. Quanto mais velha eu fico, menos eu curto aquilo que homem tem de achar que qualquer mau humor da sua parte tem a ver com existência deles no seu mundo. Não, cara, eu tenho outros problemas.
Menos eu curto essa coisa que eles tem de quererem ser pau amigo e depois acharem que só podem encontrar com você, falar com você, sair pra beber com você ou serem seus "amigos" se o negócio incluir sexo. Eu sei separar. Cada vez mais descubro que eles não sabem.
Aí vem a parte mais pouco legal da coisa: de repente eles resolvem ter d.r.s...
Não nego meu passado, já tive a fase d.r. aguda, assim como a Glenn Close aguda; mas hoje em dia eu evoluí, nada me irrita mais que d.r.. Ainda mais quando não existe sequer algo que possa ser classificado nos termos globais como r. A parada se resume a pura e simples pentelhação.
Sim, depois de uma pá de tempo sozinha (nem tão sozinha assim, mas sem um namorado de facto para chamar de meu e trocar minhas lâmpadas), começo a ter uma certa vontade de me relacionar de novo com o sexo oposto num patamar mais elevado; porém, falta-me paciência.
Mal tenho paciência para lidar com os homens que tem estado no meu caminho, imagina um novo!
O approach tá errado, tá tudo errado com eles, logo, comigo, também não tá essa maravilha toda...

terça-feira, maio 31

No Dia das Mães, a coreografia da Olívia foi ao som de "Meteoro da Paixão". Deixei passar e até chorei porque ela é linda até ao som de Luan Santa e coisa e tal.
Ontem no dever de casa, o texto era "Brincadeira de criança" do Molejo.
Acho que vou falar com a diretora antes que isso fique mais grave.

quarta-feira, maio 4

Hoje eu fui ao banco

E daí, você pergunta?
É uma tarefa normal, desempenhada por reles mortais todos os dias...
Eu, que de reles tenho muito e muito pouco, porém, só costumo executar este ritual medieval uma, no máximo duas vezes por mês.
E, quando o faço, costumo levar comigo "o livro da vez" para tentar não me aborrecer.

Acontece que "o livro da vez" foi esquecido na estante da mamãe; os outros dois não são exemplares com quem eu esteja furiosamente atracada; então hoje, excepcionalmente, levei meu mp3 - na minha opinião um aparelho supervalorizado pela maioria do povaréu.

E então eu entrei na fila.

A vibe anda metal, mas deparei-me com o Flaming Lips e pensei cá com meus botões que Wayne poderia ser uma boa companhia naquele momento de infelicidade.

A fila do banco, por motivos que não vou nem gastar neurônios tentando adivinhar, ao invés de fazer o típico zig zag de fila de banco, dava a volta em toda a extensão do porãozinho claustrofóbico onde a administração resolveu instalar os caixas para atendimento da plebe; logo, entre todos nós existia um enorme espaço, demarcado apenas por diversas setinhas cinzas (o caminho do zig zag).
Logo nos primeiros acordes, me deu uma vontade imensa de derepente ir ali pro meio e começar uma performance, uma apresentação solo, o apogeu da minha inexistente carreira de dançarina.
Mas desisti.
Fiz a fina e balancei a cabeça, tentando ignorar a Dona Moça Com Pressa que invadia meu espaço e ficava grudada no meu pescoço, como se isso fosse fazer a fila andar mais depressa - mas isso é outro assunto.

Uma ou duas músicas depois, enquanto eu dava discretas reboladinhas e batia meu pézinho no chão feliz e contente, uma senhorinha adentra o recinto e pede para falar com o gerente (se eu realmente quisesse era possível ouvir o que acontecia "do lado de fora") e começou uma parlamentação desenfreada típica das pessoas raivosas.
Neste momento tocava uma música particularmente animada, feliz mesmo, e me deu vontade de sair da fila e pôr os fones de ouvido na senhorinha para ver se ela se contagiava e ficava feliz junto comigo. Já que a dor é inevitável, melhor dançar do que gritar, não é mesmo?
Mas, fiquei com medo de ser contagiada pela enorme ira da senhorinha enfurecida e fiquei na minha, como a maior parte das pessoas - inclusive meu papagaio de pirata.

Depois disso, a coisa mais excitante que veio a me acontecer foi realizar, mais uma vez, o quanto eu gosto de músicas que têm palminhas - ainda que eu não bata palmas.

Depois disso, pensei cá com meus botões o quão lisérgica pode ser uma simples ida ao banco, quando se tem um pouco de imaginação (de qualquer tipo) e um pouco de música (de qualquer tipo).

segunda-feira, abril 4


Faltam 3 dias!
Sim, existe felicidade nessa vida!

sexta-feira, abril 1

Primeiro de abril

Aniversário do meu pai.

Hora, dia, mês de voltar a animar a vida.

Preciso correr atrás do sono que me abandonou...
Preciso correr atrás de mendigar o conhecimento alheio e voltar a estudar, antes que eu desista dessa idéia - a linha é tênue, e anda bamba, bamba...
Preciso correr...

E voltar.

Preencher o nada.
Ler mais.
Preencher o nada.

Conviver com o nada é uma sensação estranha.
Quando sempre se viveu um milhão de confusões, amores e afins ao mesmo tempo, a sensação de torpor que o nada representa é nova.
Não é exatamente ruim.
É bom não sentir nada.
Não ter nada acontecendo.

É bom quando o seu maior problema na vida é conseguir passar de fase em algum joguinho acéfalo ou ficar com preguiça de arrumar mais um bombeiro na esperança de que o próximo, sim, seja O Cara que vai consertar a meleca da sua descarga.
Às vezes é bom ter a tranquilidade de saber que você não tem como ter o coração partido de novo e de novo e de novo.

Mas perde a graça...
Depois de um tempo o nada perde a graça.
Você acalmou, esvaziou a mente e o coração; se afundou no nada; incorporou o nada.
Se apaixonou pelo nada.
Mas começa a sentir falta do tudo.

E resolve não começar com o tudo, mas com um pouco dele - ainda existem partes do nada que estão muito bem aonde estão e lá vão ficar um tempo, porque é feliz, tranquilo e seguro - resolve botar um pouco a cara no mundo, ainda que ele ande lhe desagradando numa escala cada vez maior.

Porque é pra isso que a gente veio.
Pra ter hora, mês e dia de animar a vida.

quarta-feira, março 2

"Popularidade em alta



Vênus em trigono com Lua natal
DE: 02/03 (Hoje), 5h30


ATÉ: 11/03 , 12h13


Entre os dias 02/03 (Hoje) e 11/03, o planeta Vênus no céu estará formando um aspecto harmônico à Lua do seu mapa de nascimento, Renata. Este ciclo está associado a uma idéia de popularidade, charme social, boas situações envolvendo lazer, festas, encontros e reuniões. É um excelente momento para conhecer as pessoas certas, que poderão lhe beneficiar de alguma forma no seu trabalho ou em sua vida afetiva, ou até na vida espiritual. A qualidade natural deste momento envolve um bem-estar que está associado a uma busca por tudo aquilo que é bom e belo na sua concepção das coisas. É um período conveniente para interagir, fazer-se ver, conhecer gente nova. Suas emoções estarão fluindo a contento, e as pessoas em geral estarão lhe percebendo como alguém simpático. E é justamente por esta qualidade maior de simpatia neste momento que você tenderá a conseguir as coisas sem muito esforço, valendo-se mais do sorriso e da elegância.
Num sentido geral, esta tende a ser uma excelente fase para comprar roupas novas, embelezar-se ou ao seu ambiente doméstico, estrear um novo penteado, ou mesmo um novo estilo de visual. A vaidade é uma marca deste momento, e pode ser claramente aproveitada. A beleza, apesar de não ser a coisa mais importante do mundo, não deixa de ter sua importância, afinal! Cuidar de si, sentir-se bem é a ordem do momento, Renata!"

Com o carnaval na porta - por mais que eu deteste o carnaval -  e 4 dias sem filha, não me parece de todo mau...
Fora que essa coisa de beleza e tal me deixou menos deprimida de estar enchendo a cara de colágeno. :)

terça-feira, março 1

Deletei.

Pela última vez eu deletei.
Já havia deletado umas 4 vezes do MSN, umas 10 do celular.
Em todas elas, voltei atrás.
Desta vez, let's hope que eu seja forte o suficiente.

Desde o bode dominical tomei algumas atitudes - além do delete forever.
Fechei a boca, enchi o cabelo de creme, voltei pra cadmia, comecei a tomar 3 vitaminas...
No entanto, hoje, só pensava a cada mãozada de cápsulas: "Caraca, ser velha é uma merda...".
E é mesmo.
Nem ser velha, mas ser uma jovem velha.
Continuo tendo certeza absoluta que quando eu virar uma velha velha já vou estar mais acostumada.
O que mata é o limbo, a espera, a transição.

Diz lá o meu horóscopo que em breve colherei frutos de todos os meus esforços...
Uhmpf.
Quero só ver...

segunda-feira, fevereiro 28

Tremenda dor nas costelas.
Mandei um Dorflex pra dentro e pensei cá comigo: "As coisas que eu preciso ir na rua comprar são realmente urgentes?".
Uhm...
Hoje não. São todas para amanhã.
Preciso então sair de casa agora?
Não.
Assim sendo, existem duas horas de espera até eu precisar pegar a filha no colégio.
Eu poderia trabalhar, mas...
...Meu trabalho é urgente?
O de hoje eu já acabei.
Então não.

O martelo foi batido.
Resolvi ver um filme e esperar o Dorflex bater.
Esperar...
Como eu tenho feito isso ultimamente.
PHD, brother...

domingo, fevereiro 27

Bad trip, teu nome é Renata

Quando vi o dever de casa - "Faça a linha do tempo da sua vida" - logo vi que aquilo não ia dar certo.
Para sair direito, eu, a mãe, seria obrigada a rever fotos, fuxicar o passado.
E eu odeio fuxicar o passado.
Cancerianos são rancorosos, fato.
Então, muitas coisas, apesar de resolvidas, ainda despertam emoções se você  bolir com elas.
Então, veio... Bateu a onda.
Como eu já fui mais magra, mais bonita, com um cabelo melhor...
Como eu já fui feliz, amada...
Vi pessoas que hoje não são mais minhas amigas, vi amores que hoje eu quero longe de mim pra sempre...
Lembrei de coisas que eu acreditava, fazia, pensava...
Como a vida muda, a gente cresce e definha mesmo.
Não foi bom pra mim esse dever de casa.

Assim como eu implico com aquela coisa do "aonde você imaginar estar daqui há 10 anos" - que, vamos lá, é um desperdício de imaginação, uma vez que semana que vem todos os seus planos podem levar você ribanceira abaixo ou acima - rever imagens e coisas e pessoas do passado nem sempre faz bem.

Meu cabelo está horrível.
Ando pensando o que posso fazer com ele para melhorar.
Estou gorda.
O mais gorda que já estive desde que a minha filha nasceu.
Há mais de um ano tento de todas as formas emagrecer - se engana quem diz que é só fazer dieta, a genética é uma filha da puta malvada, fora a idade - e o efeito, por enquanto, foi contrário.
Estou morta de mal amada.
TODOS, todos os meus últimos pseudorelacionamentos ou foram com pessoas que já haviam me dado um pé antes, ou não passaram do segundo, terceiro encontro.
Profissionalmente, estou estagnada e com medo deste semestre - que deveria estudar, mas, até agora, nada.

Ou seja.

E ainda fui olhar pra trás...
Desde Ofeu e Euridice a gente já devia ter aprendido que olhar pra trás não dá bom resultado.

quarta-feira, fevereiro 16

Gênio

Semana passada:


- Mãe, o que é encarar?
- Encarar é quando você fica olhando pra alguma coisa assim ó... (Encarei.)

Ontem à noite, quando percebi que teria que cozinhar:

...- É, minha filha, amanhã a mamãe vai ter que encarar o fogão...
- Você vai ficar olhando pra ele?

sexta-feira, fevereiro 4

Back to 16

"I must reverse my life
I can't live in the past
Then set my soul free"

Ele, de novo

"Sexta, 4 de fevereiro de 2011


Mercúrio entra em aquário e você vai preferir ficar quietinho dentro de você. "

Já desconfiava...

quinta-feira, fevereiro 3

No mais, tá tudo bem...

Tudo vai bem...
Primeiro dia de aulas da criança foi um sucesso.
Irmão acampado vem me fazendo companhia - ele já entendeu com todas as letras que a irmã está meio na merda e tem sido mega atencioso, hoje tive um pouco de pena de a mais velha ter sido eu e não ele; eu não fui uma boa irmã mais velha, ele é.
As contas estão em dia.
Só falta eu conseguir voltar à minha amada e velha rotina, ao "todo dia ela faz tudo sempre igual"; e estudar.
Estou inquieta, e, mesmo com as coisas indo bem, continuo infeliz.
Pondo toda minha fé e boa vontade na semana que vem e no resto do ano...

P.S - Gostei do abraço, mas não gosto de anônimos.
"Quem me ouve pode até imaginar que a minha vida é uma sucessão de casos e aventuras, o que não é verdade. A maior parte do meu tempo passo (...) fazendo serviços domésticos, indo ao supermercado (...). Relacionamentos amorosos ocupam a menor parte da minha agenda, mas duvido que alguém parasse para saber das minhas peripécias na lavanderia ou na farmácia. A minha não é uma vida de exemplos edificantes que mereçam ser contados (...). De tão banal que eu sou, meu assunto é sempre o mesmo."
Claudia Tajes

domingo, janeiro 30

...

Voltei de viagem hoje.
Outra.
A última por alguns meses, se tudo der certo.
Então aparece um muro - estávamos em Maguinhos - onde estava escrito:

O que realmente você quer para a sua vida?

Faz anos que eu não gosto muito de voltar de viagem.
Hoje, já estava não gostando quando vi essa frase.
Engraçado como a gente descobre frases "filosóficas" nos lugares mais esquisitos...

Antes de ler, já estava pensando...
Pensando nas coisas que eu tenho a fazer, resolver...
No meu coração, tão fudido, tão machucado...
E, quando eu vi a frase, pela primeira vez, não quis voltar pra casa mesmo.
Pela primeira vez, a imagem de que amanhã era segunda, da eventualidade de re-sol-ver , dis-cu-tir, chutar pra escanteio ou cair de cabeça no cimento coisas que doem - pela primeira vez, o conjunto dessa obra me fez chorar.
Pensei no meu emprego, e o quanto eu preciso melhorar isso.
No quanto fiquei chateada com o pensamento que para que eu pudesse bancar um fim de semana assim sozinha, seria preciso, no mínimo oito a dez meses de economia.
Tive um ataque de solidão.
Ainda que estivesse com a minha mãe a minha filha, a solidão pairava sobre mim, forte e densa.
Pensei na situação que, mais uma vez, eu abri para que acontecesse. No que eu deveria fazer, como podeira consertar...
Até chegar à conclusão que não tem conserto.
E que eu não sei se sou forte o suficiente para resolver sozinha.

Então eu chorei.
Quis ir embora, não ter que voltar.
Achei o mundo injusto, Deus um sacana, uma dor no peeeeeeitooooooooooo...

No meu colo Olívia dormia, do meu lado, um casal pós-adolescente discutia  se exceção tinha cedilha ou dois esses...

E, do alto da minha solidão, ninguém nem me ouviu chorar ou vai vir aqui me abraçar...

segunda-feira, janeiro 24

Já volto.

quinta-feira, janeiro 13

Do Egoísmo

Hoje foi um dia.

Um dia daqueles de criança em casa de férias, mãe tendo que cozinhar para o mês, em que a máquina de lavar quebrou de novo – como tem acontecido todos os meses desde o ano passado – transformando a cozinha num mar não exatamente muito limpo, em que o boy ia passar para pegar os cheques do hotel fazenda, em que o único livro que faltava da tão temida lista de material escolar chegou na livraria, em que entre uma e outra atividade, foi possível terminar de ler mais um livro; e que, ainda por cima, trabalhar era preciso.

Na internet pipocavam notícias nos jornais e comentários de um ou outro amigo.
Na secretária, uma mensagem do pai dizendo que ele estava bem.
O primeiro pensamento foi: “Ai, claro que está...”.
E assim seguiu mais um dia quase normal dentro desta casa.
Pouco depois das oito da noite, outro telefonema – este prontamente atendido.
O mesmo pai do recado na secretária reiterava que ele estava bem, que lá estavam todos bem, e começou a contar o que havia acontecido...
Ainda na minha pré adolescência, meu pai resolveu se mudar para o interior do estado. Mais precisamente Areal – uma cidadezinha pouco depois de Petrópolis, com duas ruas para cima e duas para baixo.
Antes de ser a casa dele, foi a casa da minha bisavó mais querida.
O lugar que na infância era mágico; na adolescência muito, muito chato para uma garota de cidade grande; na fase adulta, praticamente esquecido, uma vez que adultos correm demais, fazem coisas demais e nunca, nunca têm tempo sobrando para nada.
Ainda assim, sempre foi um lugar que “cheirava”, lembrava, era família para mim.
Um dos poucos lugares que, salvo uma ou outra alteração mínima, era imutável.
Ainda ontem pensei que estava na hora de fazer a minha visita anual a esta família.

Então hoje, pouco depois das oito da noite, soube que pontes caíram, as ruas ficaram com 1,5m de água, prédios sucumbiram, o rio subiu, a represa ameaçou ruir e a minha família que mora lá teve que deixar sua casa com a roupa do corpo.
Só então eu entendi.

Chuvas sempre houveram – e, por isso, me parecia normal que estivessem todos bem.
Telefones sempre ficaram mudos e energia sempre faltou desde que eu me entendo por gente e vou para aquela casa.
Já vi o rio encher, mas nunca, jamais, na proporção que aconteceu desta vez.
Até agora eu ainda não sei – eles ainda não sabem – como esta casa estará amanhã.
Ninguém morreu, graças a Deus.
De certa forma, sinto-me profundamente egoísta em estar pensando que meu mundo imutável não mais existe – ele vai ter que ser reconstruído e jamais será igual ao que era antes.
Sinto-me egoísta por ter usufruído tão pouco deste mundo nos últimos anos, por sentir uma tristeza que, nem de brincadeira, se compara à dos que perderam casa & família; uma tristeza que a minha família que constituiu família lá há de sentir o seu lar devastado; que eu sequer posso imaginar a magnitude.

Hoje, meu mundo mudou, de repente, pouco depois das oito da noite.
Foi tanta corrida, compromisso, pensamento, adultabilidades afins, que deixei de perceber.
E agora eu sinto muito.

sexta-feira, janeiro 7

2010...

...Foi um ano medíocre.
Fedido.
Dolorido.
Com chulé.
Daqueles que eu VOU esquecer.

(Chegou a me ocorrer até não mais escrever...)

Em virtude de todos estes sentimentos negativos em relação aos 12 meses passados, este ano vou zerar as listas agora, em Janeiro, a fim de não prolongar mais a mediocridade.

Ainda não sei bem por quê - não tive nem motivos ainda - mas ponho fé em 2011.