segunda-feira, novembro 28

Tô triste. :(

quinta-feira, novembro 24

Carreira acadêmica pelo ralo.
Não passei.
Acadêmicos não curtem parábolas, estou arrasada e sem saber qual vai ser...
Um exemplo.

Além de irritada, estou naquele momento do mês em que a raiz branca já está aparecendo, que as unhas precisam de um resgate - além de estar inchada.
Aliado a isso, tem o fator trabalho pra caralho, que me faz ter uma cara de cansaço eterna e uma vontade absoluta de usar chinelos pra sempre, sempre que volto pra casa.
É meu Momento Bagulho.

Pois bem.
Surtei e resolvi por A + B que ia me comprar um presente caro.
Shampoo, condicionador, sabonete - mas, dos phynos.
Excelente!
As moças da loja fina estão super minhas amigas por que eu já estou acometida do vírus natalino - estou deveras desconfiada de que estou descontando minhas frustrações no Natal, mas isso é outra história - e já fui lá umas duas vezes, pelo menos.
Aí shopping, aproveitei para ir passando nas lojas e tendo idéias para outros presentes.
Entrei numa joalheria.

Estava de chinelos, um pouco descabelada, sem bolsa; a criança quase no mesmo nível.
Eu ia andando e a Dona Moça da Loja me rondando com cara de poucos amigos.
Olhei tudo calmamente.
E tive um prazer um tanto quanto sádico quando me virei de costas e a bolsa da loja fina ficou evidente (minhas mãos estavam nas costas o tempo todo).
Sim, me deu um prazer perverso deixar aquela mulher ver que eu usava produtos caros. Que, se eu quisesse, poderia comprar não um colar, mas certamente um pingente na joalheria. Que, o fato deu estar desarrumada nesta noite, não quer dizer que eu esteja sempre.

As pessoas têm muito, muito a aprender.
Eu tô irritada.
Dura, na seca, na TPM, trabalhando feito uma filha da puta e trancada em casa há um tempo demasiadamente longo pros meus padrões.

Aí o ex que bombardeia no fb toda vez que eu faço comentários obviamente sarcásticos e despretenciosos sobre um sujeitinho de sunga qualquer, me irrita.

Pedestre na calçada que pára pra conversar e bloqueia o caminho, leva uns 4 tiros de escopeta mental.

Carro que não bota seta gera explosões nível "Duro de Matar".

Resolvo ficar na minha.
Me recolher e guardar o Zebedeu (meu bode) para apreciação solitária.
Mas, eu tenho um quê masoquista e adoro tirar uma de "Big Brother" e ficar espiando a vida alheia.

Então, hoje de manhã, vejo que alguns amigos estavam postando uma foto duma moça musculosa pelada.
Os comentários eram todos na base do "ai, que nojo!", "credo, que coisa feia!".
E isso me irritou.
Me irritou por que as pessoas que estavam tecendo estes comentários e postando a foto legendando um "e aí, vai encarar?", eram pessoas que dizem não ter preconceito nenhum. Elas têm amigos gays e negros, olha que maravilha!
Ao mesmo tempo, algumas dessas pessoas têm o corpo todo tatuado, usam alargadores de orelha - na estética deles isso é lindo.
Assim como na estética da moça se bombar ao extremo é lindo pra ela.
Me irrita que as pessoas vejam sempre só um lado da moeda, que pensem só no que é bom e adequado à elas.
Acho hipócrita.
Acho feio.
Eu tenho alguns preconceitos, sim.
Assim como tenho algumas preferências estéticas, sim.
A mim não é agradável uma mulher extremamente musculosa - mas acho interessante e curioso observar que isso pode, sim, ser um padrão de beleza.
Tive uma vizinha de prédio que era assim, e, pra mim, ela era uma mulher muito bonita - apesar dos músculos.

Tenho preconceitos e não gosto de muitas coisas.
Mas eu assumo isso.

E, acordar com um "alô, hipocrisia!" foi de lascar.

sexta-feira, novembro 18

Pronto, fiz minha prova.
Uma prova "esquema Renata".
Senta, escreve, acaba antes de todo mundo e seja o que Deus quiser.
Com direito a parábolas.
Ainda não sei me acho um gênio por ter posto referências às rodas de pogo ou se minha carreira acadêmica foi pelo ralo com essa.
Saberemos semana que vem.

terça-feira, novembro 8

Tudo que eu quero essa semana é conseguir ler mais umas 40 páginas e chegar viva na sexta-feira. :/

domingo, novembro 6

Minha tia acabou de chegar da China e contou pra gente que os shoppings de lá (os baratos, pirata, sem grife) são tipo Avenida Central amplificado, cheio de boxes e andares um atrás do outro. Que, se você pára pra ver alguma coisa, a vendedora já acha que você VAI  levar, que se você pergunta o preço isso É certo, e que se você resolve não levar, elas ficam furiosas.
Numa dessas, ela contou que a amiga dela chegou a ser empurrada pela vendedora.
Eu disse que, se fosse eu, provavelmente ia acabar dando uma voadora numa chinesa, ela achou engraçado, folclórico.
Admiro pessoas que conseguem ser assim.
Em algum lugar de mim, admiro...
Eu ando resistente a sair de casa à noite.
Por uma série de motivos já bem elucidados na minha cabeça e que eu estou trabalhando pra resolver.

Mas aí, ontem à noite, percebi que daqui a menos de uma semana não estaria mais dormindo na cama velha.
E lembrei da sensação que tive há 7 anos atrás, quando tive que abrir mão dela.
No dia que ela foi embora temporariamente, chorei copiosamente, por que aquilo era um símbolo da enormidade das mudanças que estavam rolando na minha vida.
Quando ela voltou pra mim, foi um outro marco da enormidade de novas mudanças.
Agora ela vai embora de novo, ser substituída de vez, num novo marco.

Cancerianos não aceitam bem mudanças.
Sofrem.

Ainda que eu continue acreditando que é um móvel amaldiçoado neste exato momento, mandar ela embora é difícil.

Por que significa novas mudanças à vista.
Além do rompimento de uma relação de anos e anos e anos...
Tô me sentindo assassina da cama.

quinta-feira, novembro 3

Eu vou sentir falta de várias coisas do meu trabalho; mas, a que eu vou sentir mais falta é da Minha Amiga Aranha.

Minha Amiga Aranha só eu sei que existe.
Ela vive pacificamente ali na dobra da janela.
Todos os dias aparece pra dar um "oi" - outro dia almoçamos no mesmo horário, eu e ela.
Ela já cresceu um pouco desde que eu fui sentar no meu buraco.

E o mais legal é isso: só eu sei que ela existe.

Ela é Minha Amiga Aranha.
E eu vou super sentir saudades dela.
Um amigo que está fazendo portfólio se ofereceu para fazer umas fotos da família.
Como enquanto fotógrafa eu sou uma ótima mãe, achei uma idéia supimpa.
Aí ele me manda a seguinte mensagem:
"Que ótimo! A gente vai se divertir à beça!"
Meu lado troll teve uma vontade IMENSA de responder:
"Eu não me divirto".
Mas fiquei com pena.
Ele é legal. :P

terça-feira, novembro 1

Também quando eu era mais nova, uma pessoa me disse que, todos os dias, deveríamos agradecer pelo que ainda não tínhamos. Era uma maneira de mandar boas vibrações pro universo, e que ele responderia enviando o que estávamos agradecendo.
Eu, que acredito em quase tudo, passei anos da minha vida agradecendo por desejos não realizados.
Obviamente, isso só veio a gerar toneladas de frustações para com o universo de minha parte.
Hoje só agradeço pelo que tenho no dia que tenho e quando eu tenho.
Mas, por mais que acredite piamente estar virando uma mulher cada vez mais "dura", de vez em quando a Pollyana, que eu odeio tanto, aflora.
Ela veio, por exemplo, ao passar por uma moça na rua outro dia que chorava enquanto esperava o sinal fechar.
Minha vontade foi dizer pra ela: "Chora, não, gata. Podia ser pior".
Nem eu, nem nenhum dos outros pedestres falou coisa alguma - apenas seguimos nossos caminhos sem saber o que foi da garota que chorava.
Mesmo assim, não pude deixar de lembrar de quando agradecida por graças não alcançadas, ou de pensar "que pensamento escroto esse meu agora".

É que lembrando dessas coisas - coisas que me assaltam, coisas que eu acredito - me toquei aqui da minha loucura.

De um mês pra cá, não pude deixar de pensar como é curioso que minha vida sexual tenha caído no ostracismo logo depois de comprar um suprimento de guerra para cavalarias intensas.
Assim como, a partir do momento que ganhei o voucher para uma cama nova, que a culpa deste ostracismo é da cama velha.
Ganhei a cama ainda adolescente, na época do primeiro namorado, passaram-se mais de 15 anos e não tivemos sucesso no meio de campo amoroso - culpa de quem? Da cama.
A cama por onde passaram o primeiro, o segundo, homens que amei muito, homens que não significaram nada.
Mas lá fui eu embutir a culpa no móvel.
E cá estou, de novo, prospectando um futuro excitante e sensacional, esperando a chegada do móvel novo, virgem, desprovido de bad karma, com uma ansiedade adolescente.

Os anos passam, e eu só pioro.