segunda-feira, junho 27

Reclamei tanto...
...E o fim de semana foi tão bom...

Aprende, Renata.

sexta-feira, junho 24

- Tô te ligando pra avisar que tá tudo engarrafado...
- Tô te esperando... O único problema é que eu já bebi metade das cervejas que eu comprei.

Não pode me deixar sozinha assim...

quinta-feira, junho 23

Tá.
Surtei.
Acordei hoje e tava lá no FB...

"Beth I hear you calling
But I can't come home right now
Cause me and the boys are playing
But we just can't find the sound


Just a few more hours
And I'll be right home to you
I think I hear them calling
Oh Beth what can I do"

Tentei fazer a fina...
Tô tentando fingir que não tô ligando...
Mas assim tá difícil, Pai.
Tá difícil...

quarta-feira, junho 22

Nem cerveja de trigo tá fazendo feliz...
Inda teve o seguinte: se a vida fosse um videogame, hoje eu teria zerado umas 20 vezes tamanha a quantidade de transeuntes que eu alvejei mentalmente.

Não, nem perder 3 quilos na primeira semana de dieta, nem ouvir várias vezes ao dia que eu sou gostosa, nada disso melhorou meu humor.

Continuo azeda.
Pensa aí, amiga, quantas vezes você antecipou a coisa?
Se depilou, pintou as unhas, os cabelos, escolheu ou comprou aquela lingerie sensacional...
Botou criança pra fora de casa, comprou a cervejinha, um estoque infindável de camisinhas...
Borrifou aquele perfume francês, ficou jóia jóinha esperando que o macho da vez penetrasse não só na sua casa como em outras partes do seu ser...
...E veio aquele telefonema - ou nem ele, em alguns casos.

Num primeiro momento, você se acabava de chorar, tomava você mesma sozinha todas as cervejas da geladeira, caindo na besteira de mandar smss coléricos, e-mails ou telefonemas de morte.
Começava a se achar o cocô da pulga do cavalo do bandido.
E dá-lhe bossa nova nos ouvidos!

Com o tempo e o costume, você foi aprendendo a fazer planos "b", pro caso de...
Não deixava de ficar triste, não deixava de sentir a última das mulheres do Planeta dos Macacos; pior! a última e que eles nem sequer queriam!
Mas, quem tem amigo ou cara de pau, tem tudo, você recorria ao plano "b" e, em alguns casos, deu até a "sorte" de encontrar um substituto pro tal macho sem coração.

Depois, além do plano "b", baixou um São Tomé que incorpora toda vez que um encontro teoricamente auspicioso é proclamado.
Você não só faz planos, como só acredita que o encontro vai de fato acontecer quando o macho da vez já está sem sapatos dentro da sua casa.

"Olha, eu desmarquei outras coisas e tudo..."

Mal ae, eu não.
Tô chata pra caralho hoje.

segunda-feira, junho 20

...Segura a onda inferno astral...
...Faltam mais de 24 horas ainda...

domingo, junho 19

"Você sabe o que é ter um amor, meu senhor?
Ter loucura por uma mulher
E depois encontrar esse amor, meu senhor,
Ao lado de um tipo qualquer?


Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
E por ele quase morrer
E depois encontrá-lo em um braço,
Que nem um pedaço do seu pode ser?


Há pessoas de nervos de aço,
Sem sangue nas veias e sem coração,
Mas não sei se passando o que eu passo
Talvez não lhes venha qualquer reação.


Eu não sei se o que trago no peito
É ciúme, é despeito, (...) ou horror.
Eu só sei é que quando a vejo
Me dá um desejo de morte ou de dor."


Sem mais por hoje,
RR.
Eu sei o que parece...
...Mas, você se dar a outra pessoa e essa pessoa apagar você sem a menor consideração, como se faz com uma guimba de cigarros, é uma coisa muito difícil de superar.
Ainda mais se forem 3 vezes seguidas (sim, é o caso).
Muda tanto a sua visão de mundo...
Traz tanta coisa feia e ruim, mas tanta, que jogar isso fora, bicho...
...É muito black metal pruma pessoa só.
Ontem teve mais um renascido das trevas via internet...
"Oi, lembrei de vc, vamos marcar um chopp, blablabla"
Me deu preguiça.
Agora, abri a janelinha e vi um outro cidadão online lá.
Um cidadão que me deu um perdido e sumiu nesse mundão grande sem porteira.
Aí, pronto, tava tão feliz, vou dormir azeda.
Foi um fim de semana ótimo, coalhado de amigos, de risadas, de boas coisas, mas ver o nome do cidadão ali me azedou.
Bateu a mágoa.
Bateu mágoa dele, do papelão.
Bateu mágoa do outro, que eu pedi tanto pra não me foder (tá bastante óbvio pra mim hoje que pedir pro cara não te foder, é praticamente suplicar que ele assim o faça).
Do outro, que... Aff!
Não tem muito jeito - quando a mágoa bate, é sempre essa santíssima trindade das profundezas do inferno que me vem à cabeça.
Os três que acordam a minha síndrome de tourette e fazem sair da minha boca e do meu coração uma enxurrada de palavrões muito da sisnistra.
Canceriano é um povo rancoroso... E eu carrego comigo a certeza absoluta de que fui boa, legal, bacana mesmo com eles - logo, não merecia o que me fizeram - então eles ainda despertam coisas desagradáveis.
Vou deletar esse palhaço, os outros já deletei faz muito tempo - em um monte de aspectos.
Falta um pouco, mas um dia, um dia eu vou conseguir não sentir mais isso.
Não acho mais saudável essa vibe de ódio aos ex-namorados que me assalta quando se trata desses 3 elementos.

sexta-feira, junho 17

É...
Curti os bons auspícios aí abaixo...
Mas aí, lê ali, "ocorrido anteriormente em maio de 2010".
Aí eu fui lá, né? Sacar como andava a vida em maio de 2010.
Vênus tinha sido subjugado, estava no limbo, só existia monografia naquela época.
Sim, preciso ur-gen-te-men-te voltar a estudar.
Já decidi pra quê, já estou vendo os livretos, a Academia que me espere que eu estou voltando, mas...
...É...
Pode ser que eu dê uma chance a Vênus esse ano...

Bons auspícios

O momento da beleza
Vênus em conjunção com Vênus natal

DE: 17/06 (Hoje) , 2h27
ATÉ: 29/06 , 9h19
Ocorrido anteriormente em: maio/2010

Atenção, Renata:
Entre os dias 17/06 (Hoje) e 29/06, você estará vivendo o seu aniversário de Vênus! Trata-se de um momento especial, em que o planeta Vênus completa um ciclo revolutivo em torno do Sol. A qualidade deste momento envolve você se perceber mais atraente, como se irradiasse mais beleza. Este também é um momento de renovação da sua vida afetiva, em que você repensará suas prioridades e seus valores no que tange às suas relações. O momento também é propício para cuidar do visual, fazer coisas que lhe dão prazer. O aniversário de Vênus é uma fase em que percebemos que merecemos prazer em nossas vidas. Usufrua!

segunda-feira, junho 13

Ai, Pai, e como faz, hein?
Fazia muito tempo que meu dinheiro não acabava dia 13...

Tô tão desoladinha que nem vou virar Santo Antonio de cabeça pra baixo hoje...
Na última reunião de condomínio, eu não estava com a menor vontade de me juntar ao povo do The Bramford.
Nêgo é chegado numa baixaria entre vizinhos e eu não ando com o menor bom humor pra isso.
Muito astutamente, compareci ao primeiro horário de convocação e escrevi lá meu voto para síndico e aumento de condomínio.
O povo da arruaça não aceitou.
Arbitrário, eu sei.
Poderia e deveria bater pé e fazer beicinho, mas deixei passar.

Pois bem, chegou aqui em casa uma carta anônima (o que é bastante ridículo uma vez que todos no prédio sabem quem escreve essas cartas - não é a primeira) choramingando e convocando todos que comparecessem na próxima reunião para não permitir o aumento etcétera e tal.
Meu pensamento:
Não aceitaram meu voto, bem feito.
A pessoa quando entra pro Mãe Solteira Futebol Clube e não tem babá, na rebarba assina o Vale Perrengue Premium.
Tudo bem, vale a pena, é legal e tal, mas bye bye qualquer mísero programinha durante a semana decidido em cima da hora.
De repente, você vira a Rainha da logística e tudo tem que ser meticulosamente planejado com uma certa antecedência. Não chega nem a ser exatamente ruim, já que a idade ruge e o pique também não continua mais o mesmo - apesar da liberdade de ir e vir fazer falta às vezes.
E junho está sendo um mês entupido de eventos sociais (graçasadeus).
Então, quando veio semana passada o e-mail que incitava uma "girls night out", imediatamente me animei toda. Liguei pro pai, pedi penico, combinei tudo.
Hoje, véspera da saidinha, as meninas começam a esmorecer.
E aí vem a parte que elas não entendem, já que não precisam de todo um rebolado pra poder ir pra rua desfilar a boniteza; por que eu fico mega chateada quando eu tenho esse trabalho todo e a coisa não acontece.
Não existe uma obrigatoriedade, a princípio, em se cumprir combinados deste porte; mas, para uma pessoa que tem poucas oportunidades de enfiar o focinho pra fora de casa no meio da semana, quando o combinado não acontece é extremamente broxante.
Num primeiro momento, armei um bico que ia daqui de casa à praia de Ipanema.
Num segundo momento, acho que, ao invés de desmarcar com meu pai, se realmente entrar água no meu chopp, resolvi que vou me enfeitar e vou sair mesmo que seja sozinha - pra ver aquele filme que eu ainda não vi, por exemplo.

sábado, junho 11

Amanhã (hoje) vai ser um loooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooongo dia...

sexta-feira, junho 10

O "Às vezes eles voltam" ainda é uma constante na minha vida.
Alguns dos meus ex são bastante queridos, outros eu deletei e ficaria imensamente grata se Deus me proporcionasse a felicidade nunca mais encontrar com eles na vida, mas, numa média, mantenho bons relacionamentos com alguns deles.
Mas, de vez em quando... Aparece um renascido das trevas, daqueles que me fazem perder a vontade de até conhecer novos espécimes do sexo masculino.
A moda não é nova, mas a prática anda em alta por aqui...

Encontrei o rapaz na rua, depois de um loooooooongo e feliz inverno (tenebroso é o que segue).
Bati um papo, fui simpática, vamos nos adicionar no Facebook e toda aquela lenga lenga...
Imediatamente começou um papinho mole, que eu fui cortando sutilmente.
O primeiro passo para mudanças é deixar de sair com eles, sair do que é confortável e já não prestou antes. Além do mais, o cara terminou meio mal comigo...

Ontem, finalmente, perguntou com todas as letras se eu não queria sair com ele.
Declinei.
Também com todas as letras disse que não estava com a menor vontade de encarar um "vale a pena ver de novo".
Aí vem: "Depois que eu te encontrei, fiquei aqui pensando que não devia ter deixado de sair com você... Era tão bom."
É. Era. Mas deixou de sair, então um abraço.
Eu cá do meu lado estou com meu saco muito cheio de ouvir isso dos meus amados ex... Como era legal, como eu sou bacana, como fulano sentiu minha falta.
Cansei de ser a mocinha que cuida deles, que dá pra eles e se apaixona por eles até eles ficarem com a bola cheia e decidirem que é hora de puxar o carrinho e ir correr atrás da primeira gostosinha que passa na frente. Que eles voltam correndo prum repeteco quando a mocinha dança, ouve esses disparates e logo leva outro pé na bunda.
Cansei de dar chance pra quem não merece.

(Fora a prepotência que TODOS eles tem de achar que eu estou SEMPRE solteira, disponível e virginal esperando por eles..)

E antes a coisa tivesse terminado por aí...
Se prolongou e virou uma enorme d.r....
Outra.
E eu não gosto de d.r.. Não quero d.r..

Fico enjoada cada vez que um deles que faz isso comigo.
Mas, por outro lado, extremamente feliz por estar conseguindo mandar, um a um, dar uma bela e longa volta bem longe de mim.
Sempre achei que nós (eu e eles) podíamos ser amigos - se eu gostei dos caras, alguma coisa eles tinham de bom (todos eles, infelizmente, me dói um pouco confessar) - mas sem d.r., sem pretensões, sem encheção do meu santo e inexistente saco.
Eis que a vida vem me ensinando que não é bem assim que a banda toca, né?
Acabou, acabou.
Melhor que fique cada um no seu quadrado mesmo...

quarta-feira, junho 8

Enquanto isso, os planos de voltar à ginástica e à dieta foram passados para a semana que vem.
Não é mais uma semana que vai me matar.
Além do mais, sábado eu vou MERECER sair pra beber com os amigos.
Ah, se vou!
Preciso aprender a dizer "não".
Fui ao Saara, comprei o chapéu de cowboy com sucesso absoluto de preço e crítica.
Aí vem a criança e diz pra mim que a mãe da melhor amiga perguntou se eu podia comprar o chapéu pra ela também.
Fiquei com pena da criança, fiquei com pena da mãe que tem outra que é de colo e tá na enrolação pós-parto/ quê que eu faço da minha vida.
Lá vou eu de novo pro Saara...

terça-feira, junho 7

Insônia Malvada!

segunda-feira, junho 6

Você sabe por A + B que a idéia não vai dar certo.
Você sabe, aliás, que É uma má idéia.
Mas é uma idéia divertida.
E ela te faz companhia.
Te deixa vaidosa.
Aí você se convence por A + B que não vai dar certo mesmo.
Que você nem merece TER essa idéia.
Você começa a cansar dela.
E, no fundo, no fundo, tem CERTEZA que nem nunca vai passar de idéia.
Você resolve desistir da idéia.
Mas aí a idéia bate na tua porta, te dá um sorriso - e, droga! porque ela tem que ser uma idéia tão bonita, caramba? - e a perna amolece um pouco.
Você QUER  a idéia.
Mesmo sabendo por A + B que ela não vai dar certo.
Que você deveria, deveria, PRECISAVA arrumar outra idéia pra tomar o lugar dela...
Raios...
Você estava tão quietinha...
E de repente, veio a festa junina do colégio.
Quer dizer, não veio ainda, mas uma semana semana antes veio a circular.
Daí pra frente é muito malabarismo.
Não era fim de semana meu, vamos negociar com o pai. Tudo certo, beleza, liberado.
Dia seguinte, outra circular. Não basta ser festa junina.
Mãe precavida que sempre fui, já existia uma caipira e um chapéu a postos para a investida que eu sabia que viria, mas, colégio... O traje exigido é uma coisa cowgirl.
A criança cresceu as pampas (graçasadeus), logo, não mais existiam saias jeans nesta casa.
Ela gosta de rosa. Nenhuma camisa xadrez também.
As botas já não cabem há milênios.
E ainda precisa de chapéu de cowboy.
Delícia, né?
Uma soma rápida me disse que eu ia morrer em uma grana séria para providenciar o figurino - mas, filho é filho, a gente faz tudo pela felicdade deles.
A saia achei, promoção Leader Magazine, show de bola.
Num lampejo de genialidade, resolvi pedir emprestada uma camisa xadrez da minha mãe.
Ficou bem bom, mas minha tia estava junto e não se conformava, assim sendo, resolver sair ela e comprar a camisa e a bota. Bagatela de 100 pratas.
A casa agradece muito.
Já passei a semana passada indócil aqui porque perdi um show que queria ter visto, porque a grana tá curta e a ginástica financeira constante.
Uma ida ao Saara resolve a questão amanhã eficientemente.
Pouco pra você? Pode até ser, mas aqui foram 5 dias de agonia.
Coisa de mãe...
Mas aí é o seguinte: quem tem tia tem tudo.

Estraguei de novo

É muita pretensão minha, muita pretensão mesmo...

sexta-feira, junho 3

Mistério no Latifúndio

Se meu pai saiu e deixou a chave em cima da estante, quem foi que trancou a porta?

quinta-feira, junho 2

E sabe do que mais?
Filho crescendo tem seu lado jóia, mas devo confessar que ando deprimida a valer com isso.
Os dentes estão caindo, mas não foi isso que fez com que constatasse meu declínio...
Foi essa coisa dela estar começando a ler, que tem sido uma facada - daquelas que nego gira a faca pra abrir mais o buraco e não dar pra consertar - no meu coração de mãe.
Óbvio que é incrível que ela esteja começando a ler e curiosa e feliz com isso.
A paixão pela leitura definitivamente vai ser um dos meus maiores presentes pra ela.
Mas é que caiu a ficha de que ela está, de fato, crescendo.
Que, daqui a pouco, não vai mais precisar de mim.
Que as noites de leitura na cabeceira da cama estão com os dias contados.
Quando eu percebi isso, deu uma tristeza tão grande...
Pra arrematar, outro dia o pai dela veio buscar ela em casa, e quando eu me levantei, ela já estava vestida, penteada e de bolsa pronta - tinha feito tudo sozinha.
A independência do filho dói.
A gente pare e cria sabendo que um dia vai ser o maior mico agarrão de mãe no colégio, que muitas portas ainda vão bater na casa e que gritos de "eu te odeio, você arruína a minha vida" ainda serão ouvidos.
Que um dia, ela vai conhecer um fulano (ou fulana) qualquer que vai quebrar o coração dela em 10mil pedaços...
Que a convicção de que quer morar comigo até a morte vai sumir rapidinho daqui a uns anos...
Mas quando o processo começa - Nossa!
Como dói, como dói, como dói...
Criar um filho é estupidamente diferente do que as pessoas dizem que é.
É difícil.
É divertido também.
Mas assim como ninguém me contou como era de verdade antes, desconfio que ninguém vá me contar como faz de agora em diante...
Ontem eu li num livro que a gente procria e depois disso não serve mais pra nada; e eu tô começando a me sentir assim.
Claro que é uma glória ver esse amadurecer, esse crescimento; mas no que ela cresce, como eu faço?
É muito bonito, mas não tem a menor graça...

quarta-feira, junho 1

Tem dias em que a gente sente que o dia vai ser difícil, né?
Que a gente SABE que ficar na cama seria a coisa mais sábia a se fazer, né?
Daonde saiu o debaixo, ainda tem muito mais dentro da cabeça - o inferno astral ainda não começou, mas...
Na falta de outra opção, a gente levanta e vai fazer o que tem que ser feito - mesmo não estando nem com uma centelha de vontade.
E aí, do alto de tudo isso, você vai dar uma espreguiçada porque hoje está tudo muito, muito chato e o sono impera na sua vida e dá um bico no estabilizador do computador, perdendo uma hora de trabalho chato.
Tem dias que a gente sabe.
Tem dias que a vida NÃO é bonita.
Exemplo de approach.Há uns quinze dias atrás resolvi ir num show de uma banda que eu gosto muito, muito, muito.
Não tinha companhia, nem dei bola e fui sozinha.
Eu parto do princípio de que a) sou solteira, logo, é isso aí, b) não nasci grudada em ninguém, c) sou de maior e vacinada. Qual é problema, né?
Quando eu pergunto, a resposta unânime é : nenhum.
No entanto, não é assim que a humanidade acaba vendo isso.
E digo humanidade justamente porque aqui eu falo tanto de homens quanto de mulheres.
Enquanto esperava o início do show, encontrei uma conhecida que ia para outro lugar e logo ouvi: "Nossa! Fez a louca e veio sozinha mesmo?!?".
Louca? Hein?
Depois disso, foi ladeira abaixo.
Porque aí começaram os homens.
Os homens tem por hábito achar que mulher que sai sozinha está querendo dar pra alguém.
Então vamos esclarecer: não é fato.
No dia em questão estava tranquilona, tinha deixado pra trás problemas, visões que chegaram a passar bem na minha frente, estava lá curtindo estar sozinha e para ver o show.
Sabia que encontraria outras pessoas (e encontrei), mas o primordial era ver o show.
E lá vem o primeiro...
"Tá sozinha?"
"Tô."
"Posso te fazer companhia?"
"Não, obrigada."
(Nota: Antes que alguém venha falar que eu reclamo que não estou sem namorado e saio rechaçando pessoas novas, vale adicionar que os caras aqui citados realmente não faziam meu tipo.)
"Mas, você está sozinha, deixa eu te fazer companhia..."
"Não obrigada, tô bem assim."
A variação da coisa era: por que você está sozinha, gata?
Seguia sempre uma feição que misturava pena com "vou te comer, ganhou pra hoje".
Ai, me libera.
A cena aconteceu umas 3 vezes pelo menos.
O primeiro passo é estimular a pessoa, sentir pena dela não tem nada a ver.
Até porque não existe nada do que ter pena. Gostar de sair sozinho é muito bacana, viu?
Eu gosto. Nem sempre, mas gosto. Vou a shows, cinema, teatro, boate...
Geralmente é na boate que a louca lá de cima pega.
As pessoas simplesmente não aceitam que você possa ir a uma boate sozinha, ficar hooooooooras dançando sozinha e achar aquilo divertido.
Faço muito, viu?
Acham logo que você é louca (já ouvi em alto e bom som, uma vez uns playboyzinhos até ficaram me cutucando o que foi altamente irritante) ou está bêbada de cair - essa última parte às vezes confere, mas nem por isso torna o ato de dançar consigo mesmo menos divertido.
Então, approach.
O olho, a conversa, a dança, eu preciso querer não ficar sozinha - e muitas vezes eu quero, sim.
Precisa melhorar...
Precisa melhorar isso aí.
O inferno astral ainda não começou......Mas, de repente, já estamos em junho.
E eu já comecei a choramingar porque perdi mais um semestre sem estudar - um total de atividade cerebral de praticamente zero, que desencadeou um movimento quero ficar na rua, odeio meu trabalho, minha vida está uma merda.
Merda, merda não está, mas às vésperas dos 34, era de se esperar que estivesse um pouquinho mais ajeitadinha.
Assim sendo, nada mais normal que eu comece a ter calafrios quanto ao meu futuro acadêmico e profissional.
Ainda que me atrapalhem, a convivência com outras pessoas, a troca de experiências (nem que seja para constatar o quanto elas são estúpidas ou me deslumbrar com umas outras duas) também tem me feito falta.
E quando a gente chega ao ponto de questionar tanto, de pensar tanto e se incomodar tanto com isso tudo, também é porque chegou num ponto que até correr atrás disso é um processo lento e doloroso. Um processo que envolve nosso valor no mundo.
Sim, meus amigos são ótimos (alguns), minha filha é uma benção de Deus (se ele existe), um pouco da minha família é bacana, não falta nada, blablabla; mas nada disso resolve a gente com a gente mesmo.
Infelizmente.
Além disso, essa coisa toda é muito bonita e bacana, mas não pode existir só isso na vida, né, não?
Definitivamente, não quero que meu epitáfio seja "mãe amorosa, bebia bem, era divertida e fazia uma comidinha show de bola".
O inferno astral ainda não começou, mas eu ando um bocado intratável.É aquele pensamento básico: não é que eu não goste do mundo - gosto - as pessoas que me atrapalham.
Não bastassem todas as crises pessoais correntes e recorrentes, existem pessoas que vem aqui bulir comigo.
Relacionamentos de um modo geral deveriam ser menos complicados.
Minha visão deles mudou bastante e muda constantemente. Quanto mais velha eu fico, menos eu curto aquilo que homem tem de achar que qualquer mau humor da sua parte tem a ver com existência deles no seu mundo. Não, cara, eu tenho outros problemas.
Menos eu curto essa coisa que eles tem de quererem ser pau amigo e depois acharem que só podem encontrar com você, falar com você, sair pra beber com você ou serem seus "amigos" se o negócio incluir sexo. Eu sei separar. Cada vez mais descubro que eles não sabem.
Aí vem a parte mais pouco legal da coisa: de repente eles resolvem ter d.r.s...
Não nego meu passado, já tive a fase d.r. aguda, assim como a Glenn Close aguda; mas hoje em dia eu evoluí, nada me irrita mais que d.r.. Ainda mais quando não existe sequer algo que possa ser classificado nos termos globais como r. A parada se resume a pura e simples pentelhação.
Sim, depois de uma pá de tempo sozinha (nem tão sozinha assim, mas sem um namorado de facto para chamar de meu e trocar minhas lâmpadas), começo a ter uma certa vontade de me relacionar de novo com o sexo oposto num patamar mais elevado; porém, falta-me paciência.
Mal tenho paciência para lidar com os homens que tem estado no meu caminho, imagina um novo!
O approach tá errado, tá tudo errado com eles, logo, comigo, também não tá essa maravilha toda...