sexta-feira, maio 29

Quebomquésextafeira!!!



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Uhuuuuuu!!!

quarta-feira, maio 27

De Vez Em Quando Ter Cérebro É Deprimente

Tá bom.
Movida pelo superego que não me deixa tirar mais zeros na vida ou deixar um projeto em suspenso, resolvi trabalhar um pouco. Achei uma tese zenzacional, com tudo que eu preciso e mais um pouco.
Evoé!
O foda é ter que fichar 130 páginas, no meio de um monte de estudantes sem um pingo de educação, com a bunda sentada numa cadeira mais dura que cimento, sem nem um cafézinho à mão ou o luxo de um cigarrinho amigo.
Dá desgosto.
Ainda mais quando a gente olha pela janela, vê aquele pusta sol brilhando lá fora e lembra que só vai sair daqui quando ele já tiver ido embora...

Restless

Como todo mundo sabe, o calendário não me dá descanso.
Todo mês tem uma data qualquer, uma coisa qualquer, que não me deixa começar a minha poupança milhonária ou comprar aquele quadro que eu bebi para a parede da minha sala.
Janeiro teve férias.
Não exatamente uma data comemorativa, mas uma data custosa, uma vez que existem viagens, programinhas culturais, cervejas... Ainda teve mudança de colégio e todo o material e uniforme novos de novo.
Não sobrou nem um realzinho pra contar a história.
Fevereiro, carnaval.
De novo, viagem. Adoro viajar, se pudesse viajava todo mês, mas viagem custa caro - ainda mais quando é viagem de mais de uma semana.
Março, páscoa.
Fui ser um gênio brilhante em prol da vida saudável (coisa que, de fato, ando tendo, no sentido alimentar, durante a semana) e troquei o ovo pelo novo filme da Barbie. Saiu mais caro. E ainda teve ovo pra professora, pra secretária...
Abril chegou com tudo!
Três feriados e um show.
Passei duas semanas comendo miojo por conta de todo esse rebuliço.
Maio.
Mais dois shows e uma bonequinha aplacadora de culpa materna.
Tudo bem que o ingresso de abril eu ganhei de mamãe e o do Dancing Dio da rádio, mas a ida ao show se configura em gasto também. Às vezes, maior que o preço do ingresso.
Então, chega junho.
Mês dos namorados.
Não sei se sou eu, que já estou bastante conformada com o fato de que Dia dos Namorados não foi uma invenção comercial feita pra mim - mesmo quando eu tinha um negócio desses, alguma coisa acontecia e o dia fatídico eu passava solteira; as pessoas têm costume de acabar no carnaval pra cair na putaria, eu tinha o costume de acabar no Dia dos Namorados - mas, este ano, não só as vitrines estão menos cheias de coraçõezinhos fofos e vermelhos, como eu não estou dando a mínima.
Claro que eu penso em descolar uma das minhas amiguinhas encalhadas e passar com elas enchendo o focinho em algum lugar remoto, falando mal de todos os homens malvados que nos deixaram na vida.
Mas, num geral, não estou dando a mínima.
Este mês, o que me move é que o semestre está quase acabando (pelo menos aqui na faculdade) e a Flip está quase chegando!
O primeiro semestre dos meus últimos anos têm isso em comum: eu sempre brigo com um professor, sempre me esforço para passar direto e sempre acaba em Flip!!!
Segunda-feira lá vou eu, amanhecer na porta da loja, com a programação em punho, para me degladiar com uma dúzia de velhinhas furiosas e enlouquecidas que vão enfrentar aquela fila monstra sentadas no chão da galeriazinha imunda de Copacabana, tão na vala quanto eu, para comprar os ingressos das mesas.
Para mim, este é pior dia da Flip, mas é um dos que dá mais charme à coisa toda.
Já comecei a fazer contagem regressiva.
As plantas vão ficar para depois da Flip, o gato vai ficar para depois da Flip, tudo agora vai esperar a Flip passar.
Flip que abre julho.
Julho que é meu aniversário.
Julho que é mês de férias.
Julho que é mês de festa junina no colégio, que vai me custar as prendas e a lavagem da roupitcha da criança na lavanderia.
E eu já tenho compromissos para setembro, outubro, dezembro...
Meio cansativo isso tudo, né, não?

O Triste Fim de Ofélia

Eu gosto de cozinha.
Gosto de cozinhar, devagar, cheirando, cortando, demorando...
Pratos elaborados demais me dão uma certa preguiça monstra, mas na maioria das vezes, posso quase afirmar que a minha comida é mais gostosa que qualquer comida que você já tenha provado.
O lance é que ainda que a minha seja a melhor comida do mundo, eu ando cansada de ter que cozinhar. Quando isso se torna uma obrigação - ou você cozinha ou morre de fome ou vive de pãozinho - o encanto da coisa se quebra bastante.
Aí tem dias em que eu me rendo à comida em pózinho.
Sou fã.
Não existe nada mais sintético, com gosto similar e bizarro, se você for analisar bem, quanto comida em pó. Mas, além de tudo isso, ela também é uma comida mágica: você mistura na água, quando muito no leite, e tchum! Pudim, macarrão com molho de alguma coisa, sopinhas - tudo brota daquela mistura bisonha!
Em coisa de 10 minutos, a sua fome será saciada por um prato quentinho e gostosinho!
Ainda tem o plus de que eu realmente gosto do sabor - e procuro esquecer que todos têm o mesmo sabor.
Eu ando sonhando com o dia em que vou poder comer "no quilo" como as velhinhas aposentadas; com o dia em que possa contar com uma cozinheira "forno e fogão" que possa deixar tudo já prontinho para que eu possa chegar e encontrar lá, certinho, quando chegar em casa...
...Enquanto isso, vivo eu, de comida de pózinho...

I VÂNT!!!

"Sun May 24, 10:32 am ET
TOKYO – In a country where ghosts are traditionally believed to hide in the loo, a Japanese company is advertising a new literary experience — a horror story printed on toilet paper.

Each roll carries several copies of a new nine-chapter novella written by Koji Suzuki, the Japanese author of the horror story "Ring," which has been made into movies in both Japan and Hollywood.

"Drop," set in a public restroom, takes up about three feet (90 centimeters) of a roll and can be read in just a few minutes, according to the manufacturer, Hayashi Paper.

The company promotes the toilet paper, which will sell for 210 yen ($2.20) a roll, as "a horror experience in the toilet."

Toilets in Japan were traditionally tucked away in a dark corner of the house due to religious beliefs. Parents would tease children that a hairy hand might pull them down into the dark pool below."

Associeted Press

terça-feira, maio 26

Da Comunicação

Ninguém respondeu meus e-mails hoje...
Fico verdadeiramente infeliz quando isso acontece...
Recebi mais um trânsito astrológico pelo e-mail. Um a cada dia, dois, todos ao mesmo tempo, não tem como uma pessoa não ser pelo menos um pouco esquizofrência.
Dentro da minha esquizofrenia, ando com problemas pata ligar para as pessoas. Me sinto uma invasora. Acho sempre que a pessoa deve estar jantando com a família, fazendo um sexo gostoso ou lendo alguma coisa mais importante que falar comigo. Aí não ligo. Não consigo ligar.
Tenho medo de incomodar até taxista.
Se ligo, ligo uma, duas vezes, no máximo - e ainda preciso respirar fundo, tomar coragem, ver se o horário é propício, os planetas estão alinhados e o sol brilha lá fora. Depois disso, já acho que ultrapassei todos os meus limites.
Mas adoro quando me ligam.
É engraçado achar que você vai, certamente, interromper algo na vida de alguém - o que, realmente, é a função de um telefonema - mas não se incomodar em absoluto que alguém interrompa qualquer atividade sua.
Daí meu grande apego aos e-mails, aos torpedos...
São mensagens de amor (ou precisão, tesão, bronca, recado) que a pessoa espia e responde quando pode, se pode e se quiser. Obviamente, todo mundo espera uma resposta de alguma forma quando manda uma mensagem - princípio básico da comunicação - mas esta resposta, neste caso, vai vir quando a pessoa puder ser interrompida.
É mais leve.
É mais legal.
É menos invasivo.
Por mim, a minha comunicação com o mundo se dividiria numa boa entre encontros presenciais e mensagens virtuais. Estou quase conseguindo. Um dia ainda cancelo aquela bosta daquele telefone fixo. Vou ser toda torpedos, e-mails e verborragias alcóolicas...
Mas, enquanto não consigo, encerro o expediente nada acadêmico de hoje, tristonha porque ninguém me deu bola...

Caos e Espera

Há duas, três semanas, a semana começa e eu só consigo pensar em quando ela vai terminar...
Vários textos esperando fichamento, e eu só penso em tomar uma cerveja...
Páginas esperando para serem escritas, e eu só penso no show de sexta-feira (essa semana)...
Duas sacolas transbordando de roupas para passar, e eu só penso no monte de homem bonito que existe no mundo e cruza o meu acidentado caminho...
Dinheiro pra ganhar, criança pra criar, plantas pra replantar, poeira para tirar, e eu só penso no oposto de tudo isso...
Na dúvida, sento, espero passar.
Não ficho, não escrevo, não passo, não ganho, não planto, não limpo - só crio.
O caos se instala e lá eu fico; pensando e esperando.

segunda-feira, maio 25

No ônibus

Sábado à noite, a caminho da Lapa, 434.
O cobrador levava um papo animadíssimo no celular - fiquei até pensando que operadora seria, porque eu tenho pânico de conversa demorada via celular, só o que pisca na minha cabeça é o valor da conta no mês seguinte. Ele, pinta de cheiroso, cabelo com gel, correntinha no pescoço, roupa muito bem engomada; não prestava a menor atenção aos passageiros - executava o serviço quase mecanicamente - e então, eu passei a prestar atenção nele.

"- Olha, não importa se ele é trabalhador ou bandido, importa se você acha que ele vale a pena pra você."

Achei bonito.

quarta-feira, maio 20

A vontade hoje era...




...mas se fosse hoje, ia dar zica...

...Não disse?

"Entre os dias 20/05 (Hoje) e 02/06, o planeta Vênus estará entrando em contato de forma harmoniosa com o planeta Mercúrio do seu mapa astral, Renata. A qualidade maior deste período envolve um melhor entendimento no que diz respeito à sua vida afetiva. Neste período, você estará mais consciente de coisas que você precisa melhorar para que as suas relações amorosas se tornem mais proveitosas. Talvez você venha a receber conselhos, toques, ou mesmo simplesmente tomar consciência das coisas que precisam ser mudadas. Mas o processo envolve também você receber alguns elogios a respeito de suas melhores qualidades nas relações. As pessoas em geral - amigos, amantes, familiares - estarão salientando suas virtudes, e falando mais delas. É legal ouvir essas coisas, mesmo quando já sabemos quais são nossas qualidades. Um melhor estímulo para a auto-estima é a marca registrada destes dias.

Outra qualidade marcante para o período, Renata, envolve você provavelmente ter idéias mais harmoniosas, percebendo em si uma tendência mais apaziguadora e razoável."

terça-feira, maio 19

I Had a Dream

Exausta, mal consegui ler meia dúzia de parágrafos do livro da vez, o corpo quando encostou no travesseiro deu aquele revertério de corpo cansado, can-sa-do.
Então eu sonhei.
Tinha uma aranha, que não era uma aranha, era uma Maria Farinha, mas era uma aranha, e ela estava lá na minha estante de livros tecendo uma teia. Eu fui fazer aquela coisa que as pessoas fazem de enfiar o dedo pra ver se a bicha pára com o serviço e então ela caiu em cima de mim; que acordei com o coração na boca, que nem a gente vê em filme e fica se perguntando "Ah, qual é! Quem acorda desse jeito?".
O medo que o sonho me deu e a adrenalina que ele me despertou, fez com que eu saísse da cama e demorasse mais três horas e um filme ruim a valer para conseguir pegar no sono de novo.
Agora fui procurar na internet:

"Sonhar com aranhas é muito desfavorável. Ver uma aranha tecer a teia representa uma armadilha preparada pelos inimigos. Ver-se preso numa teia deve-se deduzir que certas pessoas espreitam o primeiro erro que se cometa. Mas matar aranha significa libertação de um obstáculo. Comer aranha é presságio de ruína completa. Deve-se acrescentar que a aranha representa também o medo da sexualidade. Grandes e negras- é um sinal de mau agouro; traição e rivalidade; cuidado com mulheres morenas. Pequenas- sua situação financeira melhorará, com a ajuda de parentes próximos."

Como era uma aranha-carangueijo, eu fui ver se tinha carangueijo. Tinha sonho com ânus, mas não tinha com carangueijo. O mais similar era:

"ANIMAIS
Grandes - boa sorte, em tudo. Pequenos- grandes felicidades estão por acontecer. Fugir deles- você terá boas notícias, sobre assuntos comerciais e financeiros."

Então, deixa eu ver se eu entendi...
Vou ter grandes felicidades, melhorar um pouco da miséria, mas estou com medo da minha sexualidade e alguém vai arrumar algum mosquito pra vir me amolar.

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Então, às 8 da manhã, voltava eu pelo meu caminho, tinha acabado de deixar a criança no colégio e estava louca por um café e uma nesga de sol que pudesse me aquecer um pouquinho. Um pouco mais adiante, um cara, beirando os 50, sentado num degrau da rua, bem vestido, olhava com uma cara assassina pros passantes.
Quando eu passei, o semblante mudou, a voz se tornou chorosa e "moça, compra uma coca-cola pra mim?". Os tempos mudaram... Antes era um pão com manteiga, um café... Agora o cara pede coca-cola. Mesmo sendo solidária aos bebuns, nunca fiquei sentada em calçada pedindo dinheiro pras pessoas; e, mesmo que eu quisesse não poderia mesmo atender ao pedido do cara porque saí de casa sem um centavo sequer.
Quando o meu abanar de cabeça tomou lugar, veio a resposta "vai tomar no cu, sua puta!".
Meu primeiro reflexo foi de perplexidade. O segundo foi a vontade de voltar lá, olhar pra ele e "vem cá, mermão, por acaso você me conhece? Quem você acha que é pra me chamar de puta assim?". Minha filha, que não merece uma mãe morta de porrada no meio da rua e meu metro e pouco de altura, trouxeram o bom senso de volta à minha cabeça.

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Não foi a primeira vez.
Semana passada eu ouvi "eu vim de um relacionamento problemático" e perdi a cabeça.
"Vem cá, e você lá sabe como foram os meus? Me conhece o suficiente para lançar essa afirmação extremamente egoísta? Sabe você como foram os meus?".
É o tipo da afirmação que anda me tirando do sério.
Como é que as pessoas podem ser tão autocentradas assim? Assumir sempre que os problemas delas, que o passado delas, que elas são maiores e mais importantes que qualquer outra pessoa?
Não é uma competição de qual desgraça é maior, mas eu ando com muita preguiça dessa coisa individualista demais que as pessoas têm hoje em dia.
Juro que estou.

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Eu relativizo, hora bolas.

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E na parte que dos quereres, eu sou uma pessoa que realmente tem uma lista diminuta de coisas que realmente quer e serão indispensáveis à minha morte, no sentido de plena realização pessoal. E são coisas muito bobas até.
O resto é dispensável.
É consumo.
Quero, mas não preciso.
Ser amolada por terceiros ou quartos, realmente não faz parte da lista de quereres, mas é uma coisa, infelizmente, que acontece bastante quando se é vivo.
A minha sexualidade não me dá medo, mas eu ando lá analisando certos aspectos dela. São anos e anos de auto análise - final de semana passado mesmo descobri e decidi uma série de coisas que eu não quero e hoje não estou num momento ser mulher é muito bom - e ainda serão anos e mais anos até pôr todas as descobertas e decisões em prática, eu sei. É difícil perder certos (maus) hábitos...
Melhorar financeiramente, eu acho que não conheço nem uma só alma no mundo que não queira. Ajuda no que a gente quer, mas não precisa. Se bem que a casa anda precisando de várias pequenas coisas mesmo...
E pequenas felicidades?
Não só eu quero, como descobri que mereço.
Ah, se mereço!

sexta-feira, maio 15

Nikita

Apesar da semana não ter sido nem de longe das piores do ano corrente, hoje eu acordei latindo.
Não tive a menor paciência para discussões de "É sim, mãe", "Não é, filha"; na faculdade, deu de cara na porta da sala, desperdício de dinheiro de passagem e tempo ocioso; o tempo, que não decide se chove ou não, não me ajuda em nada; as pessoas mal educadas pelas ruas, metrô, ônibus que vou pegando aumentam a vontade que estou sentindo de socar, morder, gritar com outro ser humano.
Resolvo fazer compras, mas nada me apetece como deveria, não sinto a satisfação que deveria sentir diante do meu mais novo par de argolas. Penso um pouco e concluo que só pode ser a TPM - só ela é capaz de fazer emergir todo o apocalipse e a Nikita Assassina que moram dentro do meu ser.
Um porre, necessário, combinado há vários dias, merecido e planejado está para vir, mas procuro aqui, dentro de uma caneca de café, forças para voltar aos meios de transportes, as pessoas que eu quero estrangular, a fim de passar em casa e me tornar uma mulher socialmente apresentável. Hoje, excepcionalmente, eu poderia ter ido ao salão fazer as unhas pela primeira vez em alguns meses,mas a idéia de alguém me futucando não foi recebida com alegria.
Vários mosquitos rondam a minha cabeça. Penso em sair sem celular para evitar um desastre nuclear.
A esperança é que eu consiga achar a ressaca perfeita, que me alivie e deixe nikita embriagada pelos próximos 10 dias de horror...

quarta-feira, maio 13

"Mas eu sou a sua amiga mais debilóide!"
"A mais debilóide, mas a que lê mais, o que é uma combinação bastante curiosa..."

E quem vai dizer que eu não morri de orgulho de ser a débil mais letrada no meio de um monte de gente que pensa de verdade?

segunda-feira, maio 11

Sociologia Numa Hora Dessas...

Noite perfeita.
Amanhecer perfeito.
Um friiiiio na espinha...
Uma semana longa pela frente.
E tem quem queira que eu consiga pensar...

terça-feira, maio 5

Sadomasoquismo

Completamente psicótica dentro do meu novo vício, eis que veio mais um feriado. Decidi aproveitar o quarto feriado seguido da melhor maneira possível: ia me esparramada na poltrona do quarto, lendo mais um novo livro e curtindo com toda a força do meu ser a gripe que estava tentando me derrubar há duas semanas.
E, psicoticamente, passei o dia anterior ao novo feriado – que ganhei de folga de presente de uma professora malvada que não gosta de orientar monografandos – esparramada na poltrona, coberta até o pescoço, com um lencinho pendurado no nariz (cara, fumar com o lenço no nariz, além de perigoso, se mostrou uma proeza muito mais complicada do que eu achei que seria!), terminando o livro em curso para poder correr até a biblioteca e pegar outro que o pudesse substituir ao longo do feriado propriamente dito.
Meu estado quando consegui ir à rua era tão lastimável que não parava de passar pela minha cabeça que seria justo naquele dia que eu provavelmente encontraria “aquele cara”. Não foi. Mas eu também pensei bastante em atacar as pessoas à espirros se elas continuassem esbarrando em mim...
Como eu estava muito determinada (psicótica) a pegar mais um livro na brincadeira da biblioteca, ignorei a razão, os apelos dos livros que já são moradores da casa e peguei outro livro de mulherzinha da mesma autora. Achei que seria bom. Divertido.
Eu gosto. Sou entusiasta da literatura de mulherzinha, de verdade. É bom saber que eu não sou a única mulher otária, histérica, sentimentalóide e ridícula do planeta; mas é o tipo de sabedoria que só deve usada com parcimônia – em casos de falta de crença na humanidade gravíssimos.
Tudo bem, eu ando com uma falta de crença na humanidade gravíssima.
Não anda tão ruim como andava antes do primeiro livro, mas ler o segundo foi overdose. Sim, sim, todas as pessoas são sacaneadas, todo mundo termina relacionamento e encontra outra pessoa e não morre jogada às traças a não ser que queira, todo mundo é otário e sentimentalóide (até quem esconde bem); mas duas histórias onde tudo termina certinho com a mocinha nos braços de um tremendo homenzarrão (*&%$) foi demais pra mim!!!
Quando terminei o livro hoje percebi que havia exagerado, que essas coisas só podem ser lidas pela minha pessoa uma vez a cada seis meses, quatro se a barra estiver muito pesada. Ler um atrás do outro me fez vontade de voltar a ler sobre o Oriente Médio, sobre histórias de terror sanguinolento, massacres e pessoas infelizes. Nem nada do aconteceu no final de semana serviu para me consolar de que desta vez eu realmente havia passado da linha.
E com isso, foi-se a psicose.
Devolvi o livro e não peguei nenhum outro – se bem que talvez pudesse ser uma experiência sociológica interessante, saber como me comportaria ao final de um terceiro romance açucarado écati – virei as costas e fui mimbora pensando em bombas, baratas, sangue, sangue, sangue!!!
Definitivamente, meu lado mulherzinha tem um lugar muito definido em mim mesma para me fazer acreditar que tais coisas são passíveis de acontecer e eu talvez devesse me sentir mais feliz por estar viva neste mundo imenso cheio de possibilidades maravilhosas; sou muito sadomasoquista pra isso.