quarta-feira, setembro 19

Uma semana também que eu prometi me redimir pelo Rocky.
Não deu.
Mas, se os cabeçudos de plantão deixarem, domingo eu marco um gol de placa, bonito, lindo e no cinema!
(E olha que preu baixar num cinema perto da sua, ou da minha casa, o filme tem que ser uma coisa realmente imperdível.)
...E faz uma semana que eu só penso em sábado...
Pra quê mudar?
Vidas desinteressantes têm disso.

quarta-feira, setembro 12

E como pode ser apenas quarta-feira e a pessoa já estar só pensando no sábado?
Que vergonha, Renata!
Porra, o último filme que eu vi foi "Rocky Balboa"?
Fala sério...
Preciso dar um jeito nisso urgente.

Hehe

Aliás, eu continuo achando que não ando lá muito bem da cabeça.
(Relaxem, a terapeuta volta amanhã.)
Hoje eu tive a nítida impressão de que outra pessoa também encolheu.
Uma pessoa que eu nem olho, mas que, de vez em quando, dou uma espiada para lembrar como é, sabe como é?
Pois então, hoje eu achei que essa pessoa também encolheu.
Freud há de me explicar.
(Ou qualquer outro deles, isso realmente não é importante.)

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Me disseram que nada aconteceu no Mundo.

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Mas eu bem fiquei sabendo que o Gabeira socou alguém!
Isso pra mim já é alguma coisa...

Tchau!

Deus seja louvado!
Meu maior medo, no meio dessa minha confusão toda de livros disso, daquilo e aquilo outro, era que eu tivesse perdido a mão; entrado numa entressafra literária.
Como todo mundo sabe, eu não posso ter entressafras.
Não existe tempo suficiente para ler tudo que eu preciso ler, ainda mais com as pessoas escrevendo tão freneticamente quanto eu leio ou desejo ler.
Posso ter entressafra de trabalho - corrente no momento visto a preguiça que me assalta e o esforço quase sobrehumano que tenho feito para executá-los; posso ter entressafras emocionais - como a que também me assalta no momento em que não existe nada de masculino ocupando o lugar que sempre ocupa o nada masculino da minha vida; entressafras de esbórnia - resolvi; entressafras cerebrais de um modo geral - o intelecto anda fraco e se dobrando a pensamentos verdadeiramente imperfeitos sobre mim mesma; entressafras corporais - não ando fã do meu invólucro material; enfim, todas são permitidas; menos as literárias. Não agora.
Mas, depois de devorar um pequeno volume e entrar de sola em um grande volume, num total de mais de cento e cinquenta páginas lidas em menos de 24 horas, é com enorme alegria que agradeço e aceno de volta ao medo grande que me deixou.

terça-feira, setembro 11

...Menino, e não é que hoje é 11 de setembro...?
Eu nem li nada do que anda acontecendo no Mundo.
Tem alguma coisa acontecendo no Mundo...?

Síndrome de Estocolmo Literária

A vida útil do meu affair com Coraline acabou não perdurando nem até às seis da tarde. Assim que pude, me sentei e devorei o fim da sua história. Fantástica história.
Sou fã, muito fã de histórias de fadas nem tão fadas assim, pouco ortodoxos e mais sombrios. Poderia citar aqui uma meia dúzia de novos e bons contos assim, mas não é esta a intenção no início e quando desta pequena ressalva.
A vida útil do nosso affair durou pouco mais de horas, se formos pôr no papel o tempo que eu gastei para ler e me apaixonar por sua história.
Como meu afã da vez gira em torno destes contos, lá fui eu pesquisar mais um que muito me interessa.
Para minha agonia (ah!), meus escritores de cabeceira adoram escrever muitas e boas histórias, mas também adoram criar personagens magníficos e as sagas deles. Sim, sagas.
A primeira que eu acompanhei não foi realmente uma saga, foi uma novela; e aproposta era de que fosse uma novela e que causasse o que causou não só em mim como em leitores ao longo do mundo todo. Era a famosa e já cinematografada "The Green Mile". Na época, o famoso, o bom e velho escritor, Stephen King, se propôs a lançar um capítulo da novela a cada mês. Foram seis volumes, disputados a tapa no dia em que chegavam às livrarias e lidos com fome neste mesmo dia, deixando-nos todos de-ses-pe-ra-dos a esperar o que viria pelo próximo mês. Hoje, todo mundo já sabe a história e ele já é vendido num único volume. Quem não participou, dançou.
Porém, Mr.King ainda conseguiu me raptar e manter em outra história completamente diferente - não que ele não consiga me raptar e manter de um modo geral, porque sempre que eu acho que já li a maioria das coisas que ele escreveu, ele escreve mais alguma coisa ou reedita outra. E foi assim que, ano passado, sem querer, dei de cara com "A Torre Negra".
No prólogo ele conta que havia começado a escrever a história nos anos de 1970 (data exata eu não lembro nem vou pesquisar porque isto não é um artigo). Esta história, a história do Pistoleiro, já foi concebida e imaginada de forma que coubesse em sete livros (imagino que ele também tenha querido ser Proust em algum nível, bem lá no fundo), mas, que com as coisas da vida, tinha acabado só dando fim a dois volumes. Estes dois volumes, porém, tinham arrebatado seu quinhão de fãs e curiosos sobre o fim e a saga do pistoleiro Roland em busca da sua Torre Negra; e, ao longo dos anos, ele havia recebido uma centena de cartas que lhe imploravam pelo amor de Deus que terminasse de escrever a história ou contasse o final dela antes que as pessoas morressem, por exemplo.
Graças àquele sujeito sem alma que o atropelou tal e qual a enfermeira de "Misery" alguns anos atrás, o homem se viu à beira da morte e resolveu que deveria terminar a história. Satisfação de karma dele e pessoal minha que não fiquei refém tanto assim. Quando eu descobri toda esta história e comprei o primeiro volume dela, restavam apenas dois a serem lançados. A esta altura todos já se encontram confortável e apelativamente piscando para mim nas prateleiras das livrarias de todos os lugares que eu conheço. É com alegria que resolvi, então, às custas de russo ou sem russo na jogada, me encontrar com o Roland e seus amigos de novo e marcar aqui no meu "score" pessoal que já consegui chegar ao quinto calhamaço de novas aventuras.
(Neste caso, em específico, é bem por aí, cada novo volume é maior que o anterior, uma coisa deliciosa e impressionanate!)
Mais dois e o final desta saga, desta longa história de fadas sem fadas, será conhecido e terminado.
Mas eu comecei com essa coisa de sagas e histórias de fadas sem fadas porque, quando estava chegando ao fim de "Coraline", resolvi descobrir a quantas andava outra saga com a qual ando envolvida: oa livros de Abarat.
"Abarat" é um livro genial, lindo de viver. Este, foi escrito pelo Clive Barker, que eu já falei mais cedo.
(Como fica óbvio, eu tenho predileção por estes três sujeitos, que, de maneiras completamente diferentes são tidos como "Mestres do Horror", mas isso já é uma longa discussão para uma mesa de bar, por exemplo, e com uma denominação a qual eu já não sei muito bem se concordo muito.)
Dos três, eu diria que ele é o mais sombrio e violento de todos, de forma que fico muito espantada quando ele escreve algo que denuncie que tem coração e é algo parecido com um ser humano; mesmo assim, ou até por isso mesmo, sou uma leitora ávida das coisas que escreve desde que descobri seus "Livros de Sangue". Assim, descobri que havia um livro infanto-juvenil escrito por ele, o em questão "Abarat".
Abarat é uma terra, não importa, não importa, vá ler o livro; que também foi concebido para ser uma série de livros. Os cinco livros. Só que, mais uma vez, eu não sabia disso!!! Também está explicado no prólogo!!! A diferença está justamente no fato que o homem ainda está escrevendo os livros, que não existe - como não existia para os leitores do Sr. King à época do concebimento d"A Torre Negra" - nenhuma garantia de que ele os irá terminar enquanto eu viver. Ou enquanto ele viver! Imagina se o homem é atropelado por um trem e não termina? Pense na agonia de não ter a certeza de que você poderá saber tudo o que quer saber sobre este mundo encantado e assustador na hora em que bem entender...
Pois, cinco anos depois do primeiro livro, descobri que ele finalmente achou em sua agenda e sua mente ocupada espaço suficiente para lançar lá fora o segundo volume da história. Por um lado eu ganhei o alento de saber que ele não só não deixou de lado a história mágica que inventou, como ainda vendeu os direitos dela para a Disney, que, se Deus quiser, vai exercer lá alguma pressão para que ele termine logo com meu desamparo para poder lançar os filmes - o que implica na tradução e distribuição dos volumes restantes; mas, por outro lado, se o segundo só saiu cinco anos depois, a estatística atual é de que eu só vá terminar de ler os livros de Abarat por volta de 2027, se levarmos em conta os cinco anos de escrita individual mais a tradução e distribuição dos mesmos, o que quer dizer que eu terei que esperar pelo menos mais vinte anos, estando assim, com 50 e poucos anos. Belo prognóstico, não?
Se, por um lado (estou cheia de lados hoje), escapei da espera pela Torre; por outro, caí na espera pela história das restantes ilhas de Abarat. Se, por um, sofrerei com a espera, e talvez morra com histórias não terminadas; por outro, terei a esperança de poder ler as coisas que amo ler por, pelo menos, mais uns trinta anos.
Ser refém de escritores é uma coisa mesmo cheia de lados.
De qualquer forma, que bom que eu sou uma.
E viva a "Síndrome de Estocolmo"!

Do Corpo e Da Paixão

Do Corpo

Hoje eu encolhi.
Tive a clara percepção do momento em que isso aconteceu.
Estava eu, encerrando o primeiro terço do meu dia; aquele terço onde eu acordo, engulo com urgência meus dois penicos de café necessários para que meu sistema comece a funcionar em alguma potência da sua capacidade, fumo meus primeiros cigarros (hábito nojento, eu sei) enquanto os engulo, preparo a mamadeira da criança, acordo a criança com muitos beijos e cantorias, entro no cyber espaço para saber se existem mensagens relevantes à minha vida, aproveito para solucionar o(s) primeiro(s) quebra-cabeças do dia e pôr a mente para funcionar, atendo (ultimamente) os primeiros telefonemas dos chatos dos corretores, sorvo alguma coisa sólida (apesar de estar convencida que não deveria sorver nada sólido pelos próximos cinco anos), providencio coisas sólidas à minha bebê, procuro minha roupa, procuro roupa para a criança, arrumo ambas as mochilas querendo pensar que não esqueci de nada do que nos será necessário ao longo do outro terço do dia, arrumo, calço e penteio a mim e a ela, saio para ver mais um apartamento que não vai servir (dessa vez, com uma corretora que me despertou um certo urgh, pois me deixou esperando, com uma criança que estava, coitada, enfrentando uma certa luta intestinal, por longos vinte minutos na entrada do prédio), pego um longo caminho e um ônibus com duas mochilas e a criança nos braços porque já fazem pelo menos três dias que ela se recusa a fazer cocô e está começando a ficar incomodada com o fato, que não me incomoda porque tenho esperança de que essa agonia chegue ao fim durante o dia de aula dela, atravesso a mesma rua e vejo os mesmo porteiros que vejo e atravesso durante os dias chamados úteis da semana e viro a mesma esquina que viro todos os dias assim chamados úteis da semana; nesse momento, nesse exato momento da virada da esquina, foi quando eu senti.
Virei e diminuí.
De repente, o mundo ficou mais alto e eu mais baixa, as flores da janela da casa da esquina me olharam lá de cima e eu me senti como uma criança que leva no colo a irmã mais nova só de onda, tamanha a pequenez que senti naquele momento.
Diminuir e encolher são fatos fisiológicos decorrentes da vida e recorrentes com a idade, o que me impressionou foi que acontecessem com tão cedo e de forma tão anunciada e sentida.

Meu corpo anda me espantando.

Por um lado, estou deveras deprimida porque é muito cruel perceber que quando você pariu, estava mais magra do que está agora, quase três anos depois; quando o dito normal era que acontecesse ao contrário; quando você até que anda se esforçando para que aconteça ao contrário. Nada a fazer a respeito, além de se dedicar plenamente a folhas alpistes e exercícios físicos que você abomina numa totalidade, já que chorar porque realmente as roupas que você tem se recusam a ficarem boas não vai fazer com que você desidrate e perca todos os quilos extras que as ansiedades e angústias da sua vida insistem em te trazer de volta.

Por outro lado, é muito normal que as pessoas olhem para mim e digam que pareço mais nova do que realmente sou; eu, muitas vezes, me sinto mais nova do que realmente sou. Isso é bom e é um fato a se orgulhar na condição de moça que me cabe. A juventude não bate em diversas ocasiões com tudo o que eu penso hoje em dia e aprendi ao longo dos anos, muito menos com a minha disposição física de vida, que muitas vezes só pode vir a ser superada por senhorinhas de 80 anos; mas bate imensamente com muito do jeito que ainda vivo a minha vida e com toda a fragilidade que escondo das pessoas que eu tenho.

E então, eu encolho.

Dizem por aí que o corpo manda sinais às pessoas sobre o que está errado na vida delas. Acredito que o meu esteja mandando vários sinais – aliás, eu acredito em sinais de forma geral, assim como fantasmas, duendes e afins – sinais bem claros e perceptíveis, no que eu acho uma droga que a minha terapeuta esteja de férias porque eu realmente precisava de uma mãozinha extra, além dessa minha cabeça que pensa, pensa, pensa, para poder atender a eles.

De qualquer forma, foi apenas uma coisa muito, muito curiosa.

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Da Paixão

E, seguindo a lógica de que, enquanto houver o russo haverá outros livros, acabei me apaixonando de novo.
Dentro desta lógica, escolho livros finos, que possam ser mais confortavelmente carregados e rapidamente lidos, já que o russo está com um fim eminente.
Bom, nem tanto fim, nem tanto eminente, mas uma hora eu hei de acabar com ele. A história é boa, mas é que a hora em que eu me deito para ler o russo, e o russo só é lido na cama (“eu dormi com Dostoievski”), eu já estou no final das minhas baterias e acabo dormindo numa velocidade incrível, muitas vezes Rodion só consegue pensar as coisas que pensa por uma ou duas páginas; por isso o cabo desta leitura está tão demorado.
(Perceberam agora como eu me desculpo comigo mesma com uma habilidade incrível?)
Nisso, o volume escolhido desta vez foi “Coraline”, um livro que o Neil Gaiman (Amém!), escreveu para adolescentes, ou, pelo menos é assim que ele é rotulado. A mim não interessa muito, gosto de ler histórias e experiências de outro tipo que meus autores favoritos fazem a gentileza de escrever e deixar no mundo; não deixa de ser lá uma boa desculpa para dizer que eu pesquiso histórias para vir a contar a minha filha. E, realmente, de todos os livros que eu li dele, só não me apaixonei por um. Todos são muito bem escritos e lúdicos e bonitos dentro do universo sombrio deles. Pronto. Peguei, me apaixonei, de ontem para hoje já li metade do livro que deveria durar pelo menos meia semana e duvido muito que vá ter com o russo hoje à noite. Preciso saber o que vai acontecer a ela, como vai terminar esta história. Neste momento de loucura e paixão, já chego até a pensar em nomear outra filha, se um dia a tiver, o que não está em questão em absoluto neste exato momento, de Coraline, na esperança que ela herde um pouco da Coraline dele.
Que eu ia gostar era quase certo, era o esperado, mas, realmente não tinha me ocorrido que iria me apaixonar de novo por mais um livro dele. É curioso que não ocorra o quanto você ama as coisas que você ama. No caso dele, meu amor evolui para uma quase antropofagia. Se eu pudesse, comeria o Neil Gaiman para saber como ele pensa, imagina e escreve as coisas que ele pensa, imagina e escreve. Ele e o Clive Barker.
Pena que esta paixão desta vez seja tão fugaz. Amanhã Coraline estará liberta (será?) e outro livro começará. Pena que, desta vez, tenha sido um caso de apensas duas noites.

domingo, setembro 9

Pedaço da vida

Foi um feriado libertador.

Consegui alcançar meu intento de descansar de fato.
Passei horas e mais horas e mais horas na minha cama, no meu quarto, com meus travesseiros e meus livros.
Consegui terminar um livro.
Eu já contei que, finalmente, estripei o segundo volume do russo? Já, né? Radicais livres... O fato é que, como a edição é quase pré-histórica, despencando e arrematada com vários pedaços de fita durex tamanho jumbo, não dá para ficar carregando de um lado pro outro como me é de costume; também me é humanamente impossível viver do lado de fora de casa sem carregar um volume com letras e palavras; assim sendo, tive que dividir a função da leitura mais uma vez. Um livro para o mundo, um livro para o travesseiro.
Nada demais nisso, mas a leitura fica mais lenta, e eu fico muito agoniada (eu preciso de ua agonia, uma angústia na vida, né?) de ficar lendo um mesmo livro por mais que uma semana. E, apesar de pequeno, ler o livro do Padilla não foi uma tarefa das mais fáceis para esta que vos escreve. Eu comprei o livro única e exclusivamente porque assisti a palestra dele na FLIP e fiquei meio apaixonadinha - a lista aí do lado não me deixa mentir, já li várias paixões de FLIP desde então - fui lá e comprei o livro no escuro. A trama é ótima e sem ela eu não teria conseguido levar essa leitura a cabo, visto que ela é ambientada num cenário de xadrez (que eu não saco pn de pn nem tenho interesse em vir a sacar, obrigada) e guerra (que eu bem deveria, mas confesso que não tem apelo nenhum pra mim ler sobre). Foi bom me apaixonar no escuro e ler algo que geralmente, se soubesse do assunto, não leria; mas a pilha de livros novos que me espera e pisca e rebola do lado da minha cama ou do computador já estava ficando apelativa demais aos meus olhos.
A bem da verdade, eu quero mesmo é acabar a história do russo e poder ler um livro só, me apaixonar por um livro só. Enquanto isso, lá vou eu pegar muito feliz e contente mais um livro fino, mas que deve ser divinamente bem escrito.

E eu preciso me apaixonar mesmo.
Pelos meus trabalhos, que andam meio parados.
Por uma casa. A nova. A minha. A sonhada. A esperada. E tão imensamente difícil de encontrar!
Por alguém.
Por mim, sempre. Porque acho sempre que sou menos do que dizem por aí que sou. Sempre.
Por outra pessoa.
Eu ainda estava presa a uma história e as coisas que aconteceram nela. Precisava dizer coisas dela, ouvir coisas dela, de mim, botar ela pra fora e encerrar esse capítulo de vez para poder tentar de novo de verdade. Precisava ouvir o que ouvi, dizer o que disse. Agora a sensação é de alívio, como se eu fosse uma escrava liberta, mas também de tristeza. Tristeza porque estes reencontros são sempre complicados, porque foi bom e porque eu preciso me sentir especial de novo do jeito que me sentia com ele.

Eu descansei.
Me libertei.
E estava aqui, pronta, cheia de saudades e de amor pra dar a quem mais importa nesse momento. Fico podre de felicidade com o amor da minha filha, com os meus amigos, tão queridos, por perto.

É foda, é duro, cansa, dá vontade de voltar pra barriga toda hora, mas também é bom pra caralho, sabe...?
...E não é que o baiano lia o blog...?

(Pelo menos foi esta a conclusão que eu cheguei já que as ligações do inferno pararam.)

quarta-feira, setembro 5

Vingança Nervosa

Eu estou numa quinzena apolíptica.
Numa quinzena aonde é muito, muito, muito bom que eu não seja um dos personagens de "Heroes", porque se fosse, só usaria meus poderes para o Mal. Explodiria geral sem nem pensar duas vezes ou tentar ouvir as desculpas.

Então, há 3 dias atrás, começou uma nova fonte de angústia e raiva na minha já tão pouco angustiada e cheia de raiva vida (rá!rá!).
O telefone tocou. Número estranho. DDD de fora do Estado do Rio.
No primeiro dia, eu perdi duas ligações, quando chegava para atender, a chamada já estava perdida. Esperei que ligassem de novo. DDD de fora, eu só atendo meu pai e ligo, muito de vez em quando, para Araruama.
No dia seguinte (ontem), logo de manhã, já perdi mais uma chamada. Outra. Na terceira, atendi. Quando disse "alô", caiu a ligação. E isso foi se repetindo ao longo do dia em um total de mais de dez ligações. No meio do dia, descobri que DDD maldito é da Bahia.
Nada contra os Baianos, acho-os uma delícia, com algumas exceções.
Mas eu não conheço ninguém na Bahia!
Quem está me ligando?
E, assim, ininterruptamente?
Hoje já foram cinco ligações. Cada vez que aparece o maldito DDD me dá uma angústia profunda. Meu celular é uma merda, que além de ter o som baixo e não passar as fotos que tira para ninguém, não possui a opção de bloquear determinado número. Em desespero, liguei pro atendimento da operadora. O rapaz, que também falava muito baixo, o que me deixa com a dúvida se não serei que esteja ficando surda, me disse que o sistema deles também não podia bloquear a merda do baiano, que eu estava fadada a conviver com ele enquanto ele continuasse ligando.
Eu poderia ligar pro número. Tenho certeza de que o raio do baiano está me ligando sem parar para que seja eu a gastar meus parcos reaizinhos na porra da ligação quase internacional, mas aí é que está: eu não quero gastar meus parcos reaizinhos na porra de uma ligação quase internacional.
Eu sempre me achei uma pessoa insistente em termos de telefonia. Tenho esse defeito de usar e abusar da tecla "redial" quando quero falar com alguém e não tenho mais o que fazer da vida, ou me encontro em estado extremo de aflição, mas nunca achei que fosse me deparar com alguém páreo para mim. Que fosse mais insistente. E que não realizasse que eu não conheço NINGUÉM na Bahia!!!
É a Sociedade se sentindo vingada por todos os meus anos de excesso telefônico e meus nervos indo pra casa do caralho...
Fora a ligação internacional, alguém tem alguma sugestão?

terça-feira, setembro 4

Mas, hein...?

Orkut:
"Sorte de hoje: Você e sua mulher terão uma vida feliz"

...

sábado, setembro 1

Newsflash

* Essa semana acabou meu dinheiro, as pilhas do mp3, a minha caneta bic e a minha paciência. A sanidade está quase no fim.

* Hoje, lendo o jornal, descobri o nome de duas favelas que eu nem fazia a menor idéia que existissem no Rio de Janeiro e que o brasileiro bebe uma média de 5,32 litros de álcool por ano; considerando só o que eu bebi ontem, que foi quase nada, e fazendo uma média por alto mensal, desconfio que eu ando bebendo por váááááááááários brasileiros...

* Com o advento das fraldas, posso dizer que 3 semanas de alimentação a base de alpiste e mato foram pra casa do caralho, já que eu quando fico tensa, como, como, como. A semana foi bem assim: comi, fumei, comi, fumei...

* Os negão do Living Colour continuam tocando pra caralho.

* Meio deprex, mas isso passa...