domingo, dezembro 30

Over canceriana.

quarta-feira, dezembro 26

Verdade seja dita: você nunca me prometeu nada.

Na verdade, já nem posso contar nos dedos as vezes que ouvi "não prometo".

Se eu embarquei - e eu embarquei - a culpa é minha e somente minha.

Mas é impossível evitar a fome que eu tenho de você, a vontade de estar do teu lado, de sentir teu gosto, ver teu sorriso.
Cada vez que eu posso ter isso, fico embriagada, é a melhor onda que tenho em anos.

Obviamente, sempre alimentei esperanças.

Você não me promete nada, mas tem tanta propriedade sobre mim, bagunça tanto tudo que eu sei, que eu tenho esperanças.
É difícil quando a gente só conhece um lado da moeda.

Na minha cabeça existem um milhão de conjecturas - a maioria delas não muito agradáveis.

Hoje me adiantei.
Disse coisas que só pretendia dizer no último dia do ano.

E é okay que não tenha havido resposta.
Respostas são boas quando a pessoa quer responder, sente o que vai responder.

Você nunca me prometeu nada.

E se eu gosto sozinha, bom, o problema é meu.

segunda-feira, dezembro 24

Odeio Natal.
Com força.

sexta-feira, dezembro 21

Agradecer?
Sim, fim de ano chegando a gente deve agradecer.
Ainda que tenha sido um ano terrível, eu queria agradecer a cada pessoa que passou pela vida nele.
Ao rapaz que não quis me namorar e quebrou meu coração, ao amor antigo tão presente, aos amigos que foram embora e nunca me procuraram, aos novos que eu fiz (ainda que não seja muito chegada a essa coisa de socializar com pessoas desconhecidas), àqueles que não via há muito tempo e voltei a ver, à todo mundo que me sacaneou.
À ele, que foi meu grande meu amigo, meu amante, a razão deu não entender muita coisa da vida.
Às amigas que ficaram, me acompanharam e entenderam todo o processo, as que não me abandonaram.
À minha filha, que cresceu, sofreu, passou por um ano tão delicado e continua a coisa mais linda que existe nesse mundo, que não perdeu sua magia.
À minha família, tão complicada, cada dia mais velha e precisando de cuidados.
Cada uma das pessoas que cruzaram meu caminho merecia um abraço.
Cada percalço me endureceu, tirou a minha magia, mas me fez ter forças e levantar pra tentar de novo e continuar tentando.
Cada abraço, cada sorriso, me amoleceu, repôs um pingo de magia e me deu forças pra levantar e continuar tentando.
Estes foram poucos e não suficientes, mas ainda assim existiram, e eu vou agradecer por cada um deles.
E esperar que o novo ano venha a me trazer mais abraços e sorrisos que este, que tenhamos ano que vem mais magia e menos lágrimas.

Aí a família começa a perguntar e você começa a pensar...
O que eu queria mesmo de Natal?
Que o Medina confirmasse o Rob Zombie e fizesse de mim uma mulher feliz e esperançosa para 2013 e uma meia dúzia de livros novos. 
Se desse pra botar no pacote um emprego e aquele sorriso, daquela pessoa, aí ia ser jackpot, sabe?

quinta-feira, dezembro 20

Mas eu queria, sabe, ainda acreditar em mágica, em coisas muito maravilhosamente mágicas.

Crescer é tão difícil.
A gente deixa de acreditar em um milhão de coisas.
Em Papai Noel, em fadas, no amor, nas amizades, num trabalho bom, numa boa vida feliz...

É por isso que eu faço questão de reforçar toda e qualquer crença na magia que a minha filha tenha.
Quero que ela acredite melhor e mais tempo do que eu.
Que o mundo pra ela seja bem cheio de pirlimpimpim pelo máximo de tempo possível.

Porque magia é uma coisa linda.
E acaba.
E faz falta na vida de uma pessoa.
Outro dia um amigo me disse que eu sou uma bundona.
E muitas vezes eu acho que sou mesmo.
As poucas pessoas que eu gosto, quando gosto mesmo, recebem meus cuidados e minha atenção - inúmeras vezes numa escala que elas jamais imaginariam fazer igualmente por mim.
Não faço esperando algo em troca, faço automaticamente; por que quero, por que gosto dessas pessoas.
Mas, no fundo, espero algo em troca, sim.
Pode parecer esquisito.
Eu sei que muito provavelmente não vou receber metade do carinho que dedico à essas pessoas de volta - coisas de canceriano, esse signo tão mal interpretado - mas não deixo de me entristecer quando acabo não recebendo nada.
Sempre que isso acontece eu juro que não vou mais fazer -  porque acredito piamente que as relações são feitas de trocas - mas antes que eu perceba, já estou fazendo de novo, e vou continuar fazendo porque fazer essas coisas me faz bem.
Eu sento, me xingo, aceito o fato de que sou uma bundona, mas nunca, jamais, serei capaz de deixar de ser, sobretudo, uma pessoa boa.
Disso eu tenho certeza.

quarta-feira, dezembro 19

Encheu meu saco esse ano já.

Não era o dia pra desabafar isso.
Cumpri com todas as minhas obrigações, fui relativamente feliz.
Mas ando matutando sobre novos rumos.

Este não está sendo um bom ano.

Perdi meus dois empregos, carreguei dois milhões de angústias, só me relacionei com caras que acabaram por firmar ainda mais as queloides do meu coração, fiz muito pouca coisa que prestasse - poucos anos foram tão ruins quanto este.

Fiquei cansada, triste, gorda.
Fui de mal à pior.

Não quero mais esse ano.

Não que eu acredite realmente que a simples mudança de calendário vá mudar alguma coisa...
Só sei que não quero mais.

Ainda assim, tenho a tranquilidade de terminar este ano do inferno em paz.
Ajudei quem pude e quando pude, mesmo quando não podia realmente, e isso me fez bem.
Corri atrás de novas coisas como nunca.

Mas agora chega.
Pra mim já deu.

segunda-feira, dezembro 17

O fato de uma pessoa não te esperar pra sempre não quer dizer que ela não te ame, quer dizer que uma hora ela cansa de amar sozinha.
E essa hora sempre, sempre chega.
Por mais que demore.

quarta-feira, dezembro 12

Eu sou que nem viciada.
Melhor dizendo, eu sou viciada.
O dependente em drogas sua, treme, só pensa em consumir mais e mais, esquece as outras coisas por conta dela. Se promete que a próxima vez vai ser a última. Sempre. E torna a usar de novo se valendo desse subterfúgio.
Minha crise de abstinência estava totalmente sob controle.
Bastou um sms e voltou tudo.
Toda a vontade aflorou e acordou meu corpo todo.
É tão grande que a combustão espontânea não me parece impossível.
E eu já me prometi, que dessa vez é a última.
Até a próxima.

quinta-feira, dezembro 6

Uma semana e meia.
Todo mundo vivo, já não tão faminta.
Parece que fazem 6 meses desde que tomei a última cerveja...