terça-feira, agosto 28

Sol na casa 7, lua na casa 128/08 (hoje) às 14h a 30/08 às 12h19

"Eis que a Lua torna-se cheia, formando uma oposição ao Sol, no eixo 1/7 do seu mapa astrológico, entre os dias 28/08 (hoje) às 14h e 30/08 às 12h19, Renata. Estes serão dias delicados, onde a palavra-chave é ajuste dos relacionamentos: quem sou eu e quem é o outro? Até que ponto eu vejo o outro como outra pessoa, até que ponto perco a objetividade e o vejo como um espelho de mim? Todos nós tendemos a projetar coisas de nossas almas sobre as outras pessoas, em maior ou menor grau, e em alguns momentos específicos. Convém, Renata, neste momento, você avaliar melhor se aquilo que você tanto critica ou elogia em seu próximo está realmente no outro ou se é algo seu que se encontra projetado. Este pode ser um maravilhoso momento de complementaridade, em que surge alguém com as peças que faltavam para você montar um quebra-cabeças, mas pode também ser um momento de confronto, em que dolorosamente alguém lhe enfia o dedo na ferida."

Diliça, hein...
Não sei se me tranco em casa ou cancelo essa porra de horóscopo via e-mail...
...Ainda tem a TPM!!!
Esqueci da TPM!!!
Essa coisa que a maioria dos homens acha que é só uma frescura feminina.
Como a maioria das coisas que a gente passa, eu bem queria ver um homem com TPM.
Todo inchado de líquidos retidos, com os hormônios em festa e fazendo de você uma pessoa mais insana que o normal... E os peitos? E a dor nos peitos? Aquela dor que eu não consigo decidir se é mais valia ficar sem ou com sutiã porque qualquer coisa que encosta dói. Muito.
Queria ver!!!

Pedro de Lara

http://exclusivo.terra.com.br/interna/0,,OI1858727-EI1118,00.html

Também nunca achei que o Pedro de Lara fosse real.
Vendo isso, só me lembrei de uma redação histórica de uma colega de colégio: nós devíamos escrever um texto sobre a morte de alguém famoso, ela escolheu o Pedro de Lara. Na redação, ele morria e seu enterro era seguido por milhares de fãs enlouquecidos cantando "Pedro de Lara-lá! Lá-lá-lá-lá-lá-lá! Lá-lá-lá lá-lá-lá-lá-lá-lá-la!", uma coisa tão emocionate, tão emocionate, que no Jornal Nacional, quando o Cid Moreira ia dar a notícia (naquela época ainda era ele que fazia essas coisas) também ficava super emocionado e tinha um infarto fulminante no ar!
Foi uma redação que me deu uma inveja louca, viu? Fantástico alguém bolar essa história!
Agora, o velhinho está na fila, será que vai ser assim o fim, hein?
E o Cid Moreira? Onde andará?

Certas pessoas não deveriam ser reais e acabar.
Isso e a torneirinha na mesma semana?
Não sei se vou aguentar!!!

Uhm Uhm

Vamos combinar também que sim, sim, as coisas mudaram, muitas melhoraram, mas que eu continuo merecendo algumas chineladas pela histeria.
Minha inteligência emocional continua alguma no nível infinito negativo elevado à vigésima oitava potência.

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Se bem que não posso deixar passar em branco nem pensar se não seria lá um sinal bem claro do Divino...

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Mas, às vezes, o raio do Divino inventa de bulir onde não se deve.
Que diabos tinha eu que ser atacada por essa carência absurda justo agora que tem tanta coisa acotecendo?

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E TIM Festival, hein...? R$180,00 por uns showzinhos (hohoho) é um pouco demais, né, não?

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Sei não, mas essa equação onde só rola saída de dinheiro está com alguma coisa errada...

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E procurar apartamento?
Que coisa mais cansativa!
Euzinha que nunca tinha mudado de verdade (aquilo foram só férias comparado ao que vem pela frente) não fazia a menor idéia de que fosse tão difícil conseguir um caixotinho para habitar!
Nunca fui boa de compras, verdade seja dita. Quando eu preciso de alguma coisa, geralmente sei exatamente do que preciso, saio lá e compro. Essa moda de bater perna nunca foi meu forte, muito pelo contrário.
Por um lado é muito bom que exista alguém são nessa operação. Se dependesse só de mim eu entrava, sentava e pronto. Entendo que seja melhor procurar melhor e ver alguma coisa mais bacana. Afinal, eu devo passar uns bons anos no lugar futuro, é bom que ele seja bom, não?
Mas, ficar dependurada no telefone marcando visita é um saco, corretor ligando frenético é um saco, ver um mooooonte de lugares caindo aos pedaços é um saco, anúncios vagos são um saco, restrições maternas do tipo "o prédio é grande" são um saco, acordar todos os dias com as galinhas é a morte.
Pelo meu cronograma de vida, o ideal seria realizar a tarefa de ajeitar o futuro lugar em outubro, mas algo me diz que não vai dar tempo...

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Por outro lado, a faca cantou e o russo é a leitura do lar.
Dividi de novo as leituras da rua e de casa; como esse raio desse computador ainda anda me dominando, periga eu mudar sem terminar o russo antes.

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Ainda vivo uma semana de pânico.
Tomei coragem, comprei um penico e conversei com Madame Bebê.
"Minha filhinha, você já vai fazer 3 anos, blablablá."
Mais eu do que ela, tomei coragem e me recusei terminantemente a pôr fraldas nela hoje. Fiquei me sentindo o cúmulo da malvadeza. Na rua, que era e ainda é meu grande pânico de vida, não se deu nenhum acidente (Iupi!), na escola a professora disse que ela foi de uma fineza incrível (sim, para este fim eu me aproveitei da escola sem culpa), mas em casa tivemos dois "acidentes" e nenhum uso do Penico do Terror.
Preciso ser mais paciente um pouco, porque achei que ela ficou meio insegura com o vento que bate em partes que antes não batia. Em casa ficou dependurada no meio das minhas pernas o fim da noite toda; o que é uma dificuldade quando se quer cozinhar, alimentar cães e pessoas, enfim, se movimentar pelo lar sem tropeçar.
Amigas já me disseram que a primeira semana é a pior.
Ambas sobrevivemos ao primeiro dia, então já é um lucro, certo?
Precisarei comprar mais calcinhas para ela, por certo.
E me preparar melhor psicologicamente para acidentes sólidos...

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Over expus a figura.
Tá de bom tamanho a confissão desta madrugada.
Aliás, 3 e meia da manhã, tenho que acordar 8, depois não sei porque passo o dia inteiro cansada e com sono, você sabe...?

segunda-feira, agosto 27

A torneirinha

Eu nunca achei que fosse ver aquele apartamento tão vazio.
Tão nu.
Tão pequeno.

Este, ao contrário de outros, ficou me parecendo pequeno sem todos aqueles móveis.
Eu nunca havia reparado que no banheiro tinha um arco em volta do espelho. Só reparei porque o espelho não estava mais ali.
Nunca havia reparado nas marcas no chão já sem verniz. Nas manchas de sol. Nas paredes descascadas. Nas cortinas quebradas.
Eu fiquei andando lembrando da minha infância.
Das idas à praia, quando saíamos cheias de cadeiras e barracas.
Das chegadas da praia, quando eu lavava a areia na torneira da garagem. Não tem mais torneira na garagem. Quase corri lá embaixo para lavar os pés uma última vez.
Lembrei de todas as tardes. De todas as noites.
Dos natais e feriados.

Um dia aquela foi uma casa feliz.
Não a mais feliz das casas, mas cheia de lembranças felizes.
Depois ela foi ficando triste.
Velha e esquecida que nem a dona da casa.
No fim, nenhuma das duas andava mais.

Uma morreu.
A outra foi vendida.
A uma nova senhora.
Uma nova senhora que combina tanto quanto a outra com aquele apartamento.
Uma nova senhora com novos filhos e novos netos.
Uma nova senhora que vai reformar e realegrar aquela casa.

Dessa casa novas casas virão.
E eu, que nunca tinha pensado nisso realmente, com vontade, fiquei um pouco espantada demais.
Nunca mais teremos a torneirinha da garagem.

Combinado

Vamos combinar uma coisa aqui: é okay não me amar, é okay interpretar as coisas a seu bel prazer - afinal, Deus deu ao homem essa maravilha chamada livre arbítrio - é okay mudar de idéia, até assombrar a minha ridícula existência pode ser okay, já que essa parte é um distúrbio psicológico meu e meu somente; mas atrapalhar a minha vida não pode.
Não pode!
Eu não tenho tempo pra isso!

Quando você se mandou, na verdade me fez um favor. Ao invés de fazer o que eu fazia "antigamente" - aquele belo baile de sair, beber, urrar, chorar, perder a noção e deixar qualquer um entrar - eu me fechei. Me reciclei. Falta muito ainda, mas para me curar, me afastei das pessoas que nada me acrescentavam. Aprendi a supervalorizar amigos mais antigos e amigos não-frequentes.
Inaugurei uma fase inédita na minha vida, me dedicando a trabalhar, trabalhar, trabalhar; e isso foi e vem sendo maravilhoso! Muitas coisas andam acontecendo graças a essa dedicação, a esse novo tesão. E eu trabalhei tanto, tanto, que meu tesão mesmo se transformou em sair uma vez por semana para bater papo, estar com os meus amigos. De verdade.
Fugi disso.
Neguei chance a muitas pessoas.
Muitas vezes não quis nem que chegassem muito perto.
Não deixei ninguém entrar...por uma série de óbvios motivos.
Me descobri feliz.
Feliz pra cacete sozinha!
Descobri que é um prazer imenso poder ir e vir sozinha com quem eu quero, do jeito que eu quero e na hora que eu quero. É um prazer imenso não fazer coisas porque outras pessoas querem que você faça; dizer "não"; passar um final de semana em casa lendo e escutando música sem se cobrar a obrigação de "ter que sair".
Eu cresci.
Mudei.
Hoje, me levo muito mais em conta.

Continuo uma louca de pedra. Algumas vezes, acho que até em estado terminal. Mas amansei.

E cá estava eu...
Resolvendo a vida.
A vida está sendo resolvida.
Meu tempo é tomado por seis dias de faculdade com um sem número de trabalhos trabalhosos semanais, ginástica, terapia... Tem a filha, que é linda e companheira e de uma sensibilidade terrível porque já sacou que vem mudança por aí e que, ainda por cima, se recusa terminantemente a largar as fraldas. Tem procura de emprego. Tem uma casa nova vindo por aí.
A única coisa que não estava sendo remexida e resolvida era essa.
Então você apareceu.

Eu bambeei.
Confesso.
Tive espectativas.
Confesso.
Mas na real, na real mesmo, esperanças, não tive.
Eu queria olhar, ver, falar. Na verdade, tive esperanças, sim. De que chegasse e visse que não era nada daquilo.

A semana passou lenta.
O final de semana chegou.
Você não.

E isso me a-tra-pa-lhou.

Fiquei com uma raiva imensa dessa vez.
Quem diabos você pensa que é para vir atrapalhar a minha vida tão atribulada e funcionando? Quem diabos você pensa que é para vir bambear as minhas pernas? Quem diabos você pensa que é para ir embora sem nem ter vindo de volta? Quem diabos você pensa que é?
As pessoas não devem nunca se dar mais importância do quê realmente têm, meu bem.

Não me resta a menor dúvida de você foi mais importante pra mim do que eu jamais vou ser para você. E não faz diferença. A vida é assim. Feia e injusta.

Algumas coisas não mudam e eu saí.
Dessa vez, saí.
Me enfiei numa roupa superjusta, me maquiei, saí.
Eu estava linda. Um arraso.
A intenção era justamente ver o que ainda existe lá fora.
Que o que existe lá fora me visse.
Nada aconteceu, mas que me viram, ah, isso lá viram!

Não se dê mais importância.

Assim como da outra vez, tenho certeza de que será produtivo este próximo ano.
Mas fiquemos combinados: você não pode mais atrapalhar a minha vida.
Não tem esse direito.
Nesse caso, nem livre arbítrio a respeito.

terça-feira, agosto 21

Felicidade caótica

Caos.
Correndo, correndo, correndo.
Aulas, muitas aulas.
Trabalho, muito trabalho.
Emoções coronárias variadas.
Pouco tempo.
No momento, aquela velha e boa dor na coluna e sono, muito sono.

...Enquanto isso...

A dinamização da libido21/08 (hoje) às 13h49 a 16/09 às 20h32 Marte em conjunção com Vênus natal
Entre os dias 21/08 (hoje) às 13h49 e 16/09 às 20h32, o planeta Marte estará formando um ângulo harmonioso em relação ao planeta Vênus do seu mapa astral, Renata. Este tende a ser um período particularmente positivo para o sexo, o prazer, uma fase em que você provavelmente sentirá que está irradiando um magnetismo pessoal maior, e de fato estará... Convém aproveitar o momento, circular mais, fazer-se ver, exibir-se um pouquinho não faz mal ninguém, afinal de contas. O magnetismo pessoal irradiado neste momento vai bem além da mera esfera sexual, entrando em todas as suas áreas sociais, do trabalho às amizades. As pessoas estarão percebendo em você um "tesão maior" para fazer as coisas, uma percepção de que você estará tendo mais prazer em viver a vida. E você, é claro, poderá contaminar positivamente os outros com esta qualidade, neste momento.

segunda-feira, agosto 20

Momento Paniquinho

Muitos livros pra ler, cara!!!
Muitos livros!!!
MUITOS LIVROS!!!
AAAAAAAAAAARRRRRRRRRRRRRGGGGGGGGGHHHHHHHH!!!!

domingo, agosto 19

Uia!

Sol na casa 6, lua na casa 919/08 (hoje) às 3h20 a 21/08 às 17h41
Entre os dias 19/08 (hoje) às 3h20 e 21/08 às 17h41, a Lua estará em sua fase crescente, Renata, o que pode sugerir alguma desarmonia emocional, e atos contraditórios de sua parte. Por um lado, você percebe que o momento envolve uma maior organização doméstica e profissional ou estudantil, mas por outro lado você está sentindo uma necessidade emocional de descobrir novos horizontes, expandir-se, talvez viajar ou passear. Notícias de pessoas distantes podem chegar até você neste momento, mas suas ocupações excessivas talvez não lhe permitam dar a devida atenção a estas notícias e contatos. Convém não tomar decisões muito significativas neste momento de contradições que podem não ser tão bem percebidas.

sexta-feira, agosto 17

Nirvana

Fim de aula, 3 alunos:

- Vão fazer o quê agora?
- Eu vou ali-não-sei-aonde.
- Eu vou ler.
- Ah, você é a menina dos livros!!!

Foi melhor, muito melhor, que ser eleita Miss.
Melhor apelido que eu já tive ever.

terça-feira, agosto 14

Coisas do Dia...

...A faca não cantou.
Não tive coragem.
Ao invés, lancei mão de um outro exemplar de uma das minhas espalhadas pilhas de livros a ler.
Começo a considerar se não seria uma solução comprar uma versão mais nova, revisada e diminuída da novelinha russa para acabar com esse sofrimento.

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Minhas aulas recomeçaram!
Um alento!
Eu estava louca para voltar; nem tanto pelo ambiente, que não combina em nada comigo; nem tanto pelos professores, ainda acho que professor excelente eu só tive uma até hoje (neste curso); pela minha amiguinha de faculdade, sim, que eu estava louca de saudades; mas também porque estar de férias significa trabalhar em dobro nas tarefas do lar, no fim das férias eu já fico com vontade de chorar, sentindo os neurônios mais lentos...
Assim sendo, me vesti direitinho, pus brinco e até lápis de olho - primeira semana eu vou sempre no luxo, depois é que o negócio desanda. Eu sempre chego cedo, porque Madame Bebê entra mais cedo do que eu no colégio dela, então me sentei, peguei meu livro e fiquei...
Fiquei...
Fiquei...
Depois de muito ficar, chegou uma pessoa. Perdida. Sentou e nós ficamos...
Ficamos...
Outra pessoa.
Mais tempo.
Meu celular toca, minha colega!
(Ou como diria a minha filha, minha amigas!)
Descobrimos que nosso horário ainda não estava casado (que este semestre a gente vai fazer todas as matérias iguais e juntas porque estamos apaixonadas, no sentido figurado, faz favor), mas tanto na minha sala, quanto na dela, aquele acessório que atende por professor era de artigo de luxo e em falta, veja só...
O resultado foi que passamos a tarde numa animada fofoca, matando as saudades das férias.
Eu deveria ter reclamado, ter dado umas tamancadas de início de semestre, mas ontem eu bem fiquei com preguiça, confesso... No mais, fofoca foi melhor que aula.

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E, só pra variar o repertório eu estou de dieta.
Desta vez a motivação mor é a festinha do ano, onde farei o papel de mãe da aniversariante, o que é uma coisa pirante porque esse papel na minha cabeça sempre foi de pessoas mais velhas e eu não ando me sentindo uma pessoa mais velha (exceto aos sábados). Festinha de criança conjugada com casamento de prima no final de semana seguinte aonde serei mãe da dama de honra. Esses dois papéis deixam absolutamente óbvio que as pessoas vão ficar olhando pra mim em algum momento - vão existir fotos. Fotos e milhões de docinhos nocivos, salgadinhos gordurosos!!!
Assim sendo, dieta.
Não sei se a coisa está de fato funcionando; eu virei uma fashion victim, uma adicta em linhaça dourada; mas sábado passado, minha sobremesa foi um cookie integral de soja light, o que, só por ter essa discrição, já é praticamente uma tentativa de suicídio, mas o pior, o pior mesmo, foi que eu gostei...

segunda-feira, agosto 13

Como nasce uma festinha de criança

Tudo começou quando o gênio da minha filha (porque ela é um gênio) começou a ser uma criança que pede coisas. Todas as coisas, coisas demais, qualquer coisa que ela bata o olho - como toda criança normal. E eu, do alto da minha sapiência materna - que engloba totalmente o abandono daquele conceito do "vou fazer tudo diferente" - comecei a olhar pra elazinha e dizer o famoso: "pede no seu aniversário".
A partir de então, todas as coisas do mundo ela me dizia que ia pedir no "veversário" dela. A lista está enorme! Uma coisa que se fosse escrita chegaria até o Pólo (qualquer um deles, isso é realmente irrelevante) com uma facilidade incrível. Por dia, eu ouvia a frase num barato umas dez vezes.

Então veio o meu aniversário.
Neste dia ela soprou todas as velas de todos os bolos e ainda ficou profudamente aborrecida porque era o meu aniversário e não o dela. Chegou até a brigar comigo!

Aí eu parei, pensei, elaborei uma estratégia, e, com muito tato fui sugerir a idéia de uma festa à minha mãe. Idéia dada (com justificativas!), idéia aceita e lá fui eu trabalhar.

Quando eu era da idade da Licas a vida era mais simples; as pessoas chamavam os coleguinhas em casa, passavam a tarde na cozinha assando bolo, enrolando doce, fervendo salsichinha viena e enchendo bola de gás. A mãe de uma amiga minha (até hoje, diga-se de passagem) em vez de cachorros-quente fazia sanduichinhos de carne moída, pra mim, o ponto alto da festa!
Mas hoje, vivemos num mundo moderno onde a gente paga tudo e só aparece na hora da festa para se refastelar sobre o esforço alheio.
Casas de festas, já fomos a uma bela variedade ao longo do último ano. É uma ótima escolha para pessoas que não possuem plays nos seus prédios. Algumas até possuem, mas ele é detonado e tal e coisa e preferem pagar por elas (as casas de festas). Eu sou uma mãe meio, uhmmm, não sei bem definir, o fato é que eu, particularmente, não gosto das casas de festas porque acho que as nossas crianças ainda são muito minúsculas para brinquedos tão ousados e perigosos e sinistrões. Frequentamos porque amigos são tudo no mundo e eu acho lindo que elas os tenha já tão cedo, mas não é a minha. Fora que o prejuízo total da coisa, para um dia de festa, extrapola o meu limite moral e social de gastos.
Assim sendo, lá fui eu catar algum amigo que tivesse playground, já que eu não tenho.

É uma coisa complicadíssima achar um playground!
Primeiro, você tem que achar alguém, dentre as suas intimidades, que possua esta facilidade da vida nem tão moderna assim; depois, essa pessoa tem que ser muito íntima mesmo para ter a boa vontade de ir ver se existe a possibilidade de que você (então no papel de irmã, prima, até avó do pobre morador) alugue a área de eventos - e ainda assim pode ser que você não consiga porque existem prédios que possuem a tal comodidade, mas não deixam seus moradores darem festas, que tal?
E então, enquanto as suas pessoas se movimentam, você resolve orçar o resto das coisas que você, enquanto mulher moderna, vai pagar para que alguém, que não você, execute.

Neste momento, realizei que precisava fazer uma lista de convidados para que pudesse saber a quantidade das coisas todas. Coleguinhas do colégio. 16 na turma, mais uns 4 de outras turmas e mães... com pais! Pai e mãe. Okay, eu bem sei que raramente o trio vai completo, mas quando eu vi que só do colégio iam sair algo em torno de 40 convidados, comecei a suar frio. E isso porque eu só contei criança na hora de calcular o número de lembrancinhas (40, cara, 40)! Aí tive que parar e pensar nos meus amigos, nas amigas da minha mãe, da minha tia, na família... Neste ponto da operação comecei a ter dores de cabeça e devo ter ganho mais um belo punhado de cabelos brancos; então me consolei dizendo a mim mesma que várias pessoas faltam às festinhas, porque se for a lista eu vou me estrepar de verde e amarelo.

Então foi preciso passar à dolorosa etapa de procurar um buffet com preço acessível, que me desse tudo o que eu precisava. Foi doloroso porque a minha relação com dinheiro é complicadíssima. Pra início de conversa, eu não tenho. Pra segundo de conversa, qualquer coisa que passe de dez reais eu já acho caríssimo. Passar uma tarde toda pendurada no telefone recebendo orçamentos que variavam entre 1000 e 4000 reais foi uma experiência que avacalhou com todo meu bom humor de vida. Acabei marcando uma reunião com uma senhora que me pareceu o retrato da antipatia pelo telefone, mas que me daria a fartura que uma boa mãe que não nasceu judia por enquanto precisa ter como garantia.

Chegamos no ítem animação. Porque crianças de 3 anos de idade - uma turba delas - precisa de festa com animação. Aquela coisa de ligar um sonzinho na sala já era e não existe nada mais ameaçador que uma turba de criancinhas entediadas. O must em animação nas festinhas que a gente frequenta é um composto de som aos berros (Xuxa, axé, essas coisas com x muito perigosas...) comandada por um bando de marmanjos gritando e pagando micos inacreditáveis. Meu lado indefinível cismou por "a" mais "b" que na festa da minha filha a animação ia ser adequada a idade dos convidados e da aniversariante. Musiquinha, historinha, violãozinho... Coisinha mais light. Saí catando panfletos, indicações, preços...ao mesmo tempo, achando que um violãozinho não segura essa turma, mas dadas as minhas 4 opções, escolher uma não foi tão difícil.

Tive a reunião com a moça não muito simpática - coisa que ela realmente não é, não foi impressão - e saí decidida a fechar com ela. Não me interessa a simpatia dela e sim que ela faça um serviço impecável.
Tive que ligar para duas mães do colégio pedindo uma troca de data no parto. Este ano, o dia do parto em si a mocinha vai passar na casa do pai, o que eu nem estou achando uma coisa terrível já que eu estou aqui todos os dias mesmo e que vai ser bem no dia do Tim Festival (hehe), mas aí me sobrou o dia seguinte ao parto, quando existiam duas criancinhas aniversariando também. Pedido feito, pedido atendido, foi a parte mais fácil de toda a negociação.

Só então a minha angústia com a falta de um lugar disponível para a realização do evento do ano acabou. Consegui um play. Habemus festum!
...E eu já de saco cheio dessa minha idéia, quis logo é fechar tudo, deixar tudo pronto e esquecer disso. Aparecer no dia como convidada e pronto.

Ainda assim, ainda existia a porra da lembrancinha.
Não interessa se vai ter violão, docinho, bolo, bola; tem que ter um bagulho qualquer pra criancinha sair carregando na saída da baladinha. E eu já estava legal de gastar dinheiro (mesmo que à prestação), o que me fez estabelecer um limite de gastos com essa coisa de lembrancinha, o que acabou limitando meu meio de campo. Mas, pensa comigo: multiplica aí 4 reais por quarenta. É dinheiro pra caralho em besteira! Idéia de jerico que eu fui ter de fazer festa... Resolvi que vou ao Saara comprar um monte de bolas de plástico vagabundo pras crianças quebrarem os vasos das mães e pronto.

Muito de saco cheio e mau humorada consegui organizar a bagaça.
...Então contei a novidade pra ela, que já contou pros amigos e fica ansiosa, cheia de sorrisos, esperando este dia que ainda demora mais de dois meses para acontecer...
...Então vai valer - já está valendo - muito a pena ver a felicidade dela!
Filho é foda, faz a gente ficar feliz até com os perrengues mais perrengues do mundo...

(continua)
(não acabou a saga)
(mas eu tenho que dormir)

domingo, agosto 12

Eu & Meus Livros - A Saga Continua

A saída que eu encontrei para lidar com meu recente desespero literário foi segurar um pouco a onda, não comprar mais nada e ir lendo feliz e contente os livros que já moram no meu lar.
Do lado da minha cama existe uma pilha com cerca de dez volumes para leitura.
Na sala, um carrinho com mais uma dúzia recentemente comprada.
Fora os que já moravam aqui e que eu estou descobrindo aos poucos.
Leitura nessa casa é coisa que não falta a nenhuma das moradoras.
Fui driblando meu terror por estripar o segundo volume de "Crime & Castigo" lendo outros pequenos romances, mas hoje a faca de cozinha vai cantar de novo sem falta.
Apesar disso tudo, minha lista de desejos nada secreta só vai aumentando, mas eu prometi que não ia mais comprar nada temporariamente.
Além do mais, minhas aulas começam de novo amanhã cedo - com a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, porque essa coisa de ficar de férias é deveras cansativa; ao invés de coquetéis ao sol de Acapulco com um pusta negão me fazendo massagem, acabei trabalhando cornamente em coisas do lar e da maternidade; três vivas à Comunicação Corporativa, seja lá o que for isso - e eu peguei muitas matérias e um curso para fazer aos sábados de tarde, o que quer dizer que tempo sobrando vai ser luxo e que as minhas leituras de lazer devem diminuir consideravelmente.
Amigos querem me emprestar seus livros - livros que eu cobiço, veja bem - e eu digo que não posso, que as minhas estantes já estão bem cheias. Hoje mesmo, de manhã, um amigo me perguntava se eu não queria este ou aquele livro emprestado, tentava me convencer a pegar o que eu quisesse e eu neguei: "Não, obrigada, preciso ler os livros lá de casa primeiro.".
Então eis que eu chego em casa e minha fabulosa mãezinha me comunica que vai encomendar livros novos, que eu escolhesse os que eu quisesse. Escolhi cinco. Mais cinco.
O que faz de mim uma pessoa sem palavra nenhuma que começa a se angustiar de novo com a falta de tempo de vida para ler tudo que quer e cobiça.
E eu nem sei como resolver isso. Se existe como. Existe?
Passarei a faca no russo e curtirei uma semana deveras angustiante esperando o pacotão com as novas novidades de letras da casa...

(Um saco isso de ser letrada, hein...)

sexta-feira, agosto 10

Declaro para os devidos fins...

...que eu não sou genial.
Desisti de tentar ser - almejar - ser genial.
Eu sou aquela pessoa que, no máximo estourando, vai fazer uma boa tirada na vida e ficar repetindo ela sem parar pelas mesas de bar da cidade até que as pessoas se cansem dela e começem a achar uma chata sem galochas (que galocha é uma coisa muito cafona demais até pra mim).
Deixo aos outros a genialidade.
Fico aqui muito satisfeita em observar, escolher e julgar a meu bel prazer essa dádiva alheia.

Pronto.
Escrevi.

Momento Desabafo Piegas Dispensável

Enquanto futura comunicóloga fico me sentindo um cu quando as pessoas não entendem o que eu comunico.
Tudo bem que, de uns tempos pra cá, meus comunicados são servidos em forma de longos silêncios e fins de discussão - ou a fins de evitar discussão.
Tudo bem que, o que eu comunico silenciosamente, raramente é verbalmente discutido entre as partes.
Tudo bem que, quando é, não faz a menor diferença.
As pessoas (Ah! As Pessoas!) têm em suas cabeças aquilo que bem entendem. Eu e Elas. Raramente argumentar vai fazer algum sentido ou trazer alguma mudança de opinião. No fundo, no fundo, depois de muito debate e muita dor de cabeça, elas vão ter para elas aquilo que sempre pensaram e acharam desde o princípio.
A forma silenciosa foi apenas uma etapa sadia que eu criei para poupar a grana da Aspirina e do Dormonid (conflitos me dão insônia).
Daí, tudo bem que elas não entendam mesmo nada de porra nenhuma e fiquem agarradas com as atitudes e pensamentos da persona antiga - do passado.
Hoje, me importa muito menos o que as outras pessoas pensam de mim ou sentem por mim. Houve uma época em que eu fazia de tudo para ser socialmente aceita e amada - como todos os seres humanos que se prezam fazem um dia em suas vidinhas.
Hoje, me aceitar socialmente e me sentir bem com isso tem bastado.
O que há de mal em um pouco de egoísmo?
Mundo moderno é assim mesmo, todo mundo só pensa em si, é a Festa dos Egos em Fúria!!!
Qual o problema de alimentar o meu, pobrezinho, já tão pequeno e maltratado?
É maravilhoso olhar uma confusão de desentendimentos e pensar "ai, foda-se"...!
É cômodo sumir por trás do silêncio - virar uma entidade.
É supimpa virar as costas a qualquer hora e não se submeter a situações sociais desconfortáveis só para agradar outras pessoas que não você mesmo.
A vida no exílio é um espetáculo!
...Mas aí você vê, se depara com algo que não é nada daquilo que você pretendia comunicar com o silêncio...
...Que não vai nem adiantar se você resolver retornar aos velhos hábitos argumentativos...
...Onde acaba fazendo alguma diferença o que alguém pensa e sente sobre a sua já tão afastada e tranquila pessoa...
...E aí você se sente um cu enquanto comunicadora de algo - já que algo se perdeu aí no meio.
Noves fora; não faz a menor diferença.

Eu continuo acreditando que a Humanidade atrapalha a Humanidade.
As Pessoas continuam acreditando no que elas quiserem.
Eventualmente, nos encontraremos e nos bicaremos - ambos nos sentindo cus.

...Menor diferença...

...Mesmo assim, balançeando, do jeito que está estou bem satisfeita.

quinta-feira, agosto 9

Conectada again!!!
Uahahahahaha

sexta-feira, agosto 3

Perae

Tá rolando uma escassez digital do meu lado.
Tempo & Máquina conspiram contra.
Eu volto.
Eu sempre volto.
...Até porque sobreviveremos eu e as baratas!!!
HOHOHOHOHO