quinta-feira, agosto 30


"Quinta, 30 de agosto de 2012
Um projeto de viagem pode precisar ser adiado, mas somente por uns dias. O dia pode parecer confuso, especialmente no que se refere aos projetos idealizados por você. No amor, a paixão corre solta."

Eu apostaria no exato oposto.
Viagens correm soltas, o amor pode precisar ser adiado.
Logrei êxito.
O primeiro trabalho saiu.
Up to the next.

segunda-feira, agosto 27

Esse fim de semana comentei que tinha certeza que Deus era bom de alguma forma.
Que se Ele seguisse tudo aquilo que eu já quis na vida, a vida seria bastante diferente do que é hoje.
Talvez não tão feliz como eu supunha que seria na época.

Aí hoje eu fui fuxicar o facebook de um ex.
(Sim, eu fuxico.)
Um ex daqueles - que quebrou meu coração, do qual eu nem sei bem se já me recuperei totalmente, tal a devastação que o cidadão ocasionou na minha vida.
Aí lá tinha uma moça reclamando abertamente que sobre sentimentos ele ainda tinha muito que aprender.

Fiquei triste por ela, mas feliz por mim.
Anos depois, ele também não mudou, no fim das contas.

Assim, realmente acho que alguma meta oculta Ele tem e ainda não dividiu comigo.

Os dias vão ficando assim.
Luto para acordar.
Luto para levantar.
Luto para escrever.

A cada letra digitada, impressa no papel; duzentas surgem na cabeça; mas a luta continua.

Luto para comer, ou deixar de comer.
Luto para andar.
Luto para não parar.

A poeira se acumula; a louça se acumula; a vida se acumula.

Luto para tomar banho.
Luto para pensar e parar de pensar.
Luto para dormir.

Todo dia, o dia todo, dia após dia.

Só não luto ou reluto em desperdiçar, espalhar, deixar escorrer todo o amor.

sexta-feira, agosto 24

Aí é assim.
É só a gente saber que vai ter um mês daqueles que já começa a dar defeito.
Bate angústia, carência, a cabeça faz contas absolutamente o tempo todo, a casa emerge em poeiras variadas.
Fica tudo uma beleza.

Nesse meio tempo, o relógio ruge enquanto você sofre de forma excruciante para terminar "o texto" com relativa calma.
Definitivamente, não sou fã de correr.
O mau humor já deu sua graça.
Parece que nunca mais na vida vai acabar.
Não estou bebendo, mas me prometo tomar um porre daqueles quando acabar com isso.

O não estar bebendo, por sinal, hoje foi uma dádiva.
Em outros tempos, teria metido os pés pelas mãos, como me é habitual e isso não seria bom.
No Sir!
Fiquei deveras feliz em ter sido fina.
Fiquei deveras feliz e boba adolescente porque comecei a achar lá no fundo uma coisinha... :)
(I think he likes me!)

Ainda achei tempo, olha que coisa, pra elaborar, pensar, combinar e começar a agitar o "Massacre das Bailarinas" (a festa de aniversário da minha filha).

Semana produtiva, proveitosa, com altos momentos de tremenda satisfação pessoal.
Hoje que não foi um dia bom.

Quanto mais preocupada, menos eu durmo, menos eu rendo, mais me caem os cabelos.
Mas vem coisa boa por aí.
Tem que vir.

quarta-feira, agosto 22

"Entre os dias 22/08 (Hoje) e 31/08, você estará vivendo o seu aniversário de Mercúrio! Esta é uma fase de valor singular, pois é quando o planeta Mercúrio completa um ciclo revolutivo em torno do Sol, voltando para a mesma posição em que estava no momento em que você nasceu. Este momento é traduzido como uma fase de renovação da mente, de redefinição das suas prioridades no que diz respeito a objetivos e empreitadas de curto e médio prazo. Sua mente fica poderosa nesta fase, de modo que lhe parecerá mais fácil chegar a conclusões a respeito dos problemas que você tem para resolver. O aniversário de Mercúrio é uma fase em que novas idéias transbordam, nos indicando novos caminhos."

Amém!
O trabalho de parto de um texto grande é lento e doloroso.
Muito lento.
E muito doloroso.

Mas ajuda a distrair a mente daquilo ao qual ela não pertence, não foi moldada, para estacionar.

sexta-feira, agosto 17

"Ele gosta de estar solteiro! O (signo do rapaz) é aquele tipo de pessoa que não resiste a uma boa farra e troca qualquer companhia para estar com os seus amigos. Não costuma se apaixonar fácil e gosta de manter relações sem compromisso."

Aquele momento em que você só pensa que fudeu.

terça-feira, agosto 14

E quando você não quer que a sua filha cresça mais?

E quando dinheiro passa a ser mais importante que amor pra você?
Às vezes eu tenho muito ódio de quem acha que quem é gordo o é por ser preguiçoso, que usa o biotipo como desculpa.
Essas pessoas não tem a menor idéia da merda que é fazer dieta desde a mais tenra idade, muito antes dessa coisa de "Medidinha certa" ser moda. 
Das suas amigas todas terem roupas lindinhas, que não cabem, nem nunca vão te caber porque os estilistas acham que gente gorda anda pelada, ou, no máximo se cobre. Suas roupas nunca vão tão bonitas ou estilosas quanto às delas.
Do mal que faz à autoestima de uma garota sair por aí sabendo que nada vai ficar bem nela.
Da merda que é, de tempos em tempos, ser obrigada a fechar a boca para perder em dois meses o que eles perdem em duas semanas, e, por causa disso, ter outras parte do seu corpo esteticamente comprometidas. Da fome e do mau humor que nos atacam quando isso acontece - e acontece muito.
Do quanto é ruim ver mocinhas todas lisinhas, de peitinhos em pé por aí, sabendo que você só vai ser assim a custa de muita cirurgia ou de nascer de novo.
De saber que, não importa seu intelecto, seu humor ou seu bom caráter, as moças escolhidas pelos moços dificilmente vão ser você.
Da preocupação que você tem se a sua filha também vai passar por isso - porque a idade vem e a gente aprende a aceitar melhor isso, mas sabe muito, muito bem o trauma de vida que isso é.
Sim, existem pessoas mais largas.
Sim, existem pessoas que de respirar engordam.
Mesmo que elas comam equilibradamente, se exercitem e tudo o mais.
E, sim, essas pessoas também tem sentimentos.
Talvez por conta do livro lido, mas ando com uma certa nostalgia de Copacabana.
De sentar e olhar aquelas pessoas passarem.
De cumprimentar o porteiro, a velhinha da lavanderia, as crianças na praça.

É uma felicidade poder passar 15 dias em casa.
Vou namorar Copacabana um pouco nos intervalos.
Lavar a alma nas ondas do mar, se fizer sol.

Mais pra frente talvez até aproveitar outros bairros...

sábado, agosto 11

Exercício do dia:
Pense em como seria o início da sua autobiografia, narrada em primeira pessoa.

- Eu vou ser mãe de alguém.
Olhei para o exame e não tive dúvidas. Naquele momento tomei a decisão mais egoísta de toda a minha vida.
Não pensei em dinheiro, nos outros envolvidos - pai da criança, minha família - nada.
Os números eram claros: eu não estava grávida, eu estava MUITO grávida - coisa de mais de três meses.
Na porta do laboratório tudo mudou em segundos, e, ali começou minha segunda vida.
Difícil se vestir, se maquiar para sair, quando o que você esperava era se despir, ficar de cara nua.
Mas, foi-se o tempo em que eu ficava esperando e lamentando...

quinta-feira, agosto 9

Há quem diga que o Garcia-Roza sempre faz mais do mesmo.
Eu digo, até.
Mas é um do mais do mesmo que te pega.
Há duas semanas meus companheiros fiéis são livros que, de uma forma ou de outra, abordam os conflitos do Oriente Médio, aí sem querer, talvez querendo aproveitar a vibe mais leve que me acometeu, lancei do Garcia.
Um terço do livro já foi neste fim de dia e a coisa anda a passos tão largos que vou viajar com ele e o escocês na mala com medo de que tudo se acabe antes da viagem de volta.
Queria eu fazer mais do mesmo assim, sabe...?
Um cansaço enorme.

Não deixa de ser impressionante como as coisas começam a caminhar quando a gente resolve se andar também.

A fome já não incomoda tanto - a falta do copo continua forte, mas eu tenho o consolo de poder me valer dele uma ou duas vezes por semana.
A grana continua sendo artigo de luxo, ainda que eu venha cortando cada vez mais luxos.

Mas hoje fiz uma boa entrevista, recebi abraços e sorrisos.
Desde ontem, sinto-me feliz, inundada de amor, na verdade.

Tudo que fiz hoje, não fazia há meses, e isso foi bom, ainda que - mesmo inundada - continue com um certo mau humor.

Duas bolhas no dedo mindinho do pé.
Sensação de dever cumprido por hoje.
Amanhã uma nova viagem.

As coisas caminham, eu também.
E em meio a semanas deprimidas e abandonadas, ela realiza que vai sentir saudades desta vida dupla quando ela acabar.
Que ironia...
Da última vez guardou a escova de dentes.
Por um acaso do destino, sua gaveta anda cheia de toucas, sabonetes e escovas de dentes descartáveis. A cada viagem, novos itens tomam moradia provisória.
Ele usou uma.
Ela guardou.

E guardou.

E aguardou.

O tempo passa rápido e ele ainda não voltou.
A cada dia que passa, ela acha que não vai voltar.
Diz que não vai mais puxar conversa, se oferecer, responder...
O fato é que ela é louca por ele.
E sabe que isso pode ser bem ruim.

Ela guardou a escova.

E aguardou por ele.

Dez dias se passaram desde que ela resolveu se desprender dele.
Nesse meio tempo, mensagens pipocaram.
Ela respondeu.
Como sempre, solícita, carente, faminta.

Hoje conversaram.
Ela jogou fora escova de dentes.

Mas continua aguardando...

quarta-feira, agosto 1

Existirmos: a que será que se destina?