sexta-feira, junho 19

Eu & meu anjo

Então, no segundo dia, um anjo estropiado, com as roupas em farrapos e uma puta enxaqueca pediu uma audiência.
Num pranto desesperado expôs ao Chefe suas provações, pedindo penico.
Este, ouviu tudo muito atento e respondeu naquela voz de Deus dele:
- Tens razão, meu chapa. A mulher anda abusando de ti. Do serviço não vai dar pra te liberar, sacumé... Mas, faz o seguinte...
Cochichou um cochicho celestial no pé do ouvido do anjo e...
...foi assim que eu acabei quebrando um dedo do pé.

A mãe quando soube teve uma crise de riso que a levou às lágrimas - porque ela tem certeza que uma das minhas taras mais profundas é ficar engessada numa cama.
Não posso dizer que ela esteja lá tãããããão errada assim - o curativo realmente me fez babar de satisfação de tão bonito e complexo.

Duas das melhores amigas suspiraram de alívio - não estavam mais aguentando o ritmo frenético que a amiga se encontrava. Ambas concordam que as saídas são divertidas e que a companhia é pau pra toda obra, mas nenhuma das três têm mais 15 anos...

Eu?
Depois de embevecida com o curativo imobilizador, fiquei bastante injuriada.
Por um mês a proibição de sair para lugares crawdeados.
Por um mês nada de festinhas dançantes ou botecos lotados.
Por um mês nada de bater perna na rua, nada de faxina pesada (isso tem o seu lado bom. hehehe).
Fazia parte do plano ler muitos livros e ver muitos filmes, mas é completamente diferente ver muitos filmes e ler muitos livros porque é só o que voce pode fazer.

O anjo se mandou prum spa com um estoque tamanho família de aspirinas e eu estou aqui, morta de tédio, comendo, lendo, vendo, dormindo e esperando o raio do osso calcificar.

terça-feira, junho 9

Mea culpa

Tá bom, dessa vez reclamei sem razão.
Logo depois que escrevi percebi a coisa feia que eu fiz.

Fim de semana passado reclamei que queria ler e ficar quieta e não conseguia.
Nesse fim de semana, não só tem um livro "andando" como tem dois novos chegando (encomendei o livro neura da vez) e eu vou ter todo o tempo do mundo para ficar lendo quieta - ainda assim, reclamei que ninguém ia querer sair comigo.

Eu reclamo demais e tenho vontades muito conflitantes.
Praticamente uma esquizofrênica.
Desculpem.

Injuriada

Como eu já havia dito antes, esse ano o Dia dos Namorados não surtiu nenhum efeito na minha pessoa.
Só havia me lembrado dele, até ontem à noite em três ocasiões:

- Nas Lojas Americanas, de repente a Olívia me pede pra esperar enquanto ela olha atentamente uma daquelas estantes de cartões. Quando eu pergunto o quê que ela está fazendo, ela me responde: "Preciso escolher alguma coisa pra dar pro Dani...".

- Ainda na procura do presente pro 'namorado', ela pára, mais uma vez, diante de uma vitrine. No meio de milhões de corações, e camisetas e canecas onde se lê 'supernamorado(a)', eu consigo ver um mouse pad cor de rosa com os seguintes dizeres: "Penso. Por isso sou solteira.". Me senti vingada; e, se tivesse um computador que funciona, juro que comprava um pra mim.

- De novo, Olívia: "Mãe, existe dia das namoradas?".

A vida na escola nova anda movimentada. Ela é louca pelo Dani, que é o apaixonado clássico - rasga as sucatas, destrói os desenhos dela, uma loucura! - mas tem o Rodrigo, que é louco por ela - outro dia ela chegou em casa com a sandália arrebentada porque ele queria fazer massagem no pé dela e a sandália, que era uma porcaria, arrebentou - e ela esnoba. Parece familiar isso?
Eu expliquei que dia dos namorados servia pros dois e combinamos que o melhor seria ela fazer um presente no colégio para dar pro namorado que ela quisesse.
Me tremo toda de pensar nos 15 anos.

Mas, enfim, até ontem era isso.
Mas aí eu estava salvando grana, planejando nefastamente sair e chacoalhar o esqueleto e o que mais estivesse na frente durante o feriado e lembrei. Lembrei do Dia dos Namorados; onde o grosso dos meus amigos 'baladeiros de plantão' vai cumprir a etiqueta e ficar grudado na cara metade da vez, me deixando largada ao Deus dará e frustrando os meus planos...
Aí me afetou.
Aí fiquei com raivinha.
Aí deu eca.

Mas, chata do jeito que eu sou, periga conseguir arrumar companhia mesmo com os percalços da data.

segunda-feira, junho 8

Pírulas

Ainda estou bolada com um acontecimento do final de semana: pela primeira vez na história da minha "carreira" cinéfila, eu vi um filme melhor que o livro!
Eu precisava explicar isso, porque, se um dos meus dois leitores olhar ali do lado e vir que eu pus um 'zenzacional' do lado de "Crepúsculo", vai achar que eu pirei de vez e que a internação é eminente; mas eu juro: o filme é muito bom.
Claro, é um filme muito bom na medida em que a pessoa entende que é um filme sobre amor adolescente entre um vampiro e uma adolescente.
O livro, tio Stephen tem toda a razão, é muito mal escrito; e foi exatamente por isso que eu nem me animei a saber o resto da história, nem quis ir ao cinema quando o filme saiu. Mas, na sexta-feira, ele estava lá, na estante da locadora, que anda me assombrando ou com filmes que eu já vi, ou com filmes que eu não quero ver - estou numa fase aficcionada onde nada me vai me apetecer até a chegada da segunda temporada de 'Dexter' às prateleiras - só que eu ia ficar em casa com a criança, não tinha nada que pudesse prender minha atenção na tv - apesar dos 88 canais - então eu resolvi pegar o filme, porque ainda não estou preparada psicologicamente para encarar "Strippers Zumbi", por mais gore e tentador que isso possa parecer.
E então, de repente, eu me vi com um cigarro na mão, pescocinho duro, sentada ao invés de deitada, na maior adrenalina durante a batalha dos vampiros (sempre tem batalha de vampiro em filme de vampiro, ok?). E pensei: cara, esse filme é do caralho.
Bolei.
E agora, confesso, espero "Lua Nova" ansiosamente.
Talvez até leia o livro...

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Tem uma semana que eu não termino um livro.
Depois dos últimos dois, peguei "Meu nome é vermelho" para ler.
Acontece que eu estou com vontade de ler "A mulher que escreveu a bíblia" - minha mãe disse tanto que eu ia gostar de ler, que era ótimo e tal, que eu fiquei com vontade de ler; o fato dela ter perdido o livro só aumentou essa vontade.
Aí estou eu encarando a crise obssessiva e não consigo me aprofundar no Negro. Tenho um feeling de que vou gostar do livro, mas simplesmente não consigo avançar nele.
Amanhã chega outro livro que eu quero ler a coisa de um ano.
Mas desconfio que terei que ir à livraria mais próxima o mais rápido possível ou meu futuro será nebuloso.

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Porque eu ando cheia de planos.
Daqui a dois dias eu entro em férias, graçasadeus.
E fiz planos nefastos.
Vou ter que replantar minhas plantas porque todas morreram afogadas com as chuvas torrenciais do mês passado; quero arrumar mais um pouco da minha casa e comprar umas duas ou três coisinhas novas para enfeitar o barraco; quero tomar uns 3 ou 4 porres bem cabeludos; quero sair para dançar até sentir dor nos quadris de novo; quero ver filmes, filmes, muitos filmes porque tem uns dois meses que eu não vejo filmes, filmes, muitos filmes e quero ler livros, livros, muitos livros.
Quero passar tardes e mais tardes enterrada nas minhas poltronas lendo, sem nem atender o telefone.
Parecem planos nefastos o suficiente para mim.

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Eu também queria cortar os cabelos.
Passei o mês esperando a chegada da lua cheia, na crença de que se eu cortar na lua cheia consiga amanhecer com uma vasta cabeleira tal e qual a Fergie.
Mas a lua cheia fez o favor de encher justo hoje, segunda-feira, que é dia de folga dos cabeleireiros (é assim?), e agora não sei o que fazer com eles de novo.

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No mais, meu coração dói quando eu penso em todos os gastos extras que vou ter este mês e a cada vez que essse maldito celular toca. Antes, razão de alegria, hoje razão de profunda vergonha e dor.
Continuo firme no masoquismo de não mudar o toque para lembrar de não pegar mais essa porcaria quando beber e fazer valer os 3 reais mais caros da história da minha vida.

sexta-feira, junho 5

Eu pensei tanta coisa, mas tanta coisa hoje, enquanto fazia meus caminhos todos, que meu cérebro deu nó e então eu resolvi ir ao cinema.

Celular de Bêbado

Por mais que eu me cobre e jure, 8 em 10 vezes que eu tomo um pileque acabo agarrada no meu celular. Ontem, não podia ter sido diferente.
Ontem foi meu dia 05.
Dia 05 é o dia mais infeliz do meu mês, o dia em que eu pago o grosso das minhas contas. Pagar contas me deprime.
Quer dizer, fico feliz por um lado porque elas estão pagas; o que é ruim é o montante de grana que sai da conta para que elas sejam pagas.
Enfim, o dinheiro sai e eu, para me consolar, me dou o direito a ficar ébria.
E foi assim, que enquanto tinha um momento macho alfa, sentadona no sofá, assistindo a mais um capítulo emocionante de "Supernatural", com a mão enfiada dentro das calças coçando a barriga enquanto tomava uma cerveja, que meu olho bateu nele.
Rolava um tédio. Já era a segunda vez que ele me assaltava.
Hoje, eu e meus pudores não me permitem mais ligar para ninguém para conversar depois das 22h, e fui forte na minha determinação em não passar mensagens para ninguém (até deletei um telefone estratégico), então fui xeretar qualquer parada.
Resultado: acabei baixando um toque pro meu celular tosco até o fim da vida de uma música Beyoncé.
Que eu vou ter que usar, já que paguei por ele.
E que vai me fazer jurar e cobrar tudo de novo pelos próximos meses toda vez que ele tocar...

quarta-feira, junho 3



Frio pra ca$#%o...
Tô achando a menor graça...