quarta-feira, setembro 26

Coisas que eu queria hoje:

Dinheiro.
Um namorado.
Anfetaminas.
Uma faxineira.
Uma manicure.
Uma pauta.
Cerveja.
Dinheiro.

Adoro essa vibe TPM/ fim do mês.

Ela entra na lotérica como entra quase toda semana.
Pensa, como quase todo mundo, em tudo aquilo que os 2 Reais que carrega na mão podem vir a comprar.
Pensa no casal na Grã-Bretanha, que ela leu no jornal, ganha na loteria a cada filho feito.
Pensa que nem tem como fazer outro filho.
Não é muito o que ela quer na vida.
De um modo geral.

Ela entra na lotérica como entra quase toda semana.
Deposita seus sonhos naqueles 2 Reais.
Naquele pedaço de papel toscamente impresso.
Pensa na piada de Deus - piada mesmo.
No fundo, no fundo, ela tem fé.

Ela entra na lotérica como entra quase toda semana.
Porque ainda acredita que seus sonhos podem virar realidade.
Porque o que ela precisa é ar para respirar.
Porque é assim que gente não tão adulta vive.
Sonhando.

terça-feira, setembro 25

Terceira semana de academia.
Já odeio a esteira.
Chato pra cacete passar 40 minutos andando no mesmo lugar.
A Fátima Bernardes não ajuda em nada.
O metal ajuda, mas não salva.
Chato pra cacete.
Lá pelos 25 minutos apareceu o professor que me mandou passar por esta tortura medieval.
Me deu um sorriso, que se ele fosse candidato à alguma coisa, eu votaria.
Eu estava tão concentrada em pensar em cortar os pulsos que só consegui fazer uma mistura de careta com aceno com beijo.
Deve ter sido horrível.
Bem feito pra ele, porque esteira é chato pra cacete.

segunda-feira, setembro 24

Não quero mais 2012.

Em 2011 eu soube que ia ser um ano difícil, puxado.
E foi.
Mas, como sempre, achei que pior não podia ficar.
Ficou.

2012 começou com a promessa de muito sacrifício, cansaço.
O que eu não esperava foi o que veio junto com isso, a solidão massacrante.
Está sendo um ano de muita dor, de muitas decepções, muito maiores do que eu achava que viriam ou que podia aguentar.
Não quero mais.

2012, eu não te amo mais.

quarta-feira, setembro 12

Felicidade tá em falta, só semana que vem.
Então... Tive um sonho muito louco com uma amiga agora.
A gente tava filmando uma coisa no pavilhão de são cristóvão - longo pedaço passando por cancelas dentro de um taxi, subindo e descendo rampas atrás de uma pessoa- aí a gente ia descendo até achar um subnível bem lá no fundo escondido e abandonado. Na volta, ela comentava comigo que tinha achado aquele buraco sinistro, aí vinha um cara de jaqueta de couro que dizia que era comunista e levava você de volta. Isso com a gente pendurada de cabeça pra baixo num trilho cheio de graxa.
Tinha uma equipe enorme, eu chamava todo mundo, aí eu começava a chorar dizendo que alguém tinha que ir buscar ela. Do lado de onde a gente tava começava a funcionar uma central do Itau e nego começava procurar um comunista pra ir te tirar de lá. Eu chorando mais e mais.
Aí do nada, aparece um negão de rádio na mão trazendo ela e o cara, que era uma mulher.
Aí ela foi e deu um beijão num cabeludo loiro lá chamado Bruno.
Aí eu acordei. 

domingo, setembro 9

Ah, famílias felizes!
Quero que se explodam todas.

quinta-feira, setembro 6

Ontem tive tempo de divagar sobre como as cidades, os bairros, possuem uma biologia própria, são organismos vivos.
Um tempo que você passa longe deles e tudo já se modificou.
Lojas tomam o lugar de outras lojas, prédios diferentes se levantam, pessoas diferentes transitam.

Ontem tive tempo de pensar numa lista de coisas que tenho medo.
Um inicinho pequeno e breve já denunciou que tenho muitos, muitos medos.
Patologia séria, mas vivo com eles.
Fiquei com vontade de desenhar meus medos.

Hoje não foi um dia bom.
Tive muita dor e muita tristeza, não tive tempo.