terça-feira, novembro 30

Bingo!

"Tenha cuidado, Renata, entre os dias 30/11 (Hoje) e 17/12, com um certo sentimento de menos-valia e com pensamentos e atitudes que lhe levam a diminuir sua auto-estima, pois nesta fase o Sol estará se opondo à Vênus do seu mapa de nascimento. Este não é um trânsito particularmente forte, mas pode estar relacionado com uma tendência a enveredar por caminhos de autocrítica excessiva, com você se colocando em situações e circunstâncias em que sentirá inadequação ou desvalorização pessoal. Reconhecendo esta tendência antecipadamente, você pode evitar se expôr. Não permita que os outros lhe diminuam, mas saiba conscientemente que se alguém faz isso, é porque você se coloca em posição de permitir tal coisa!E, mais especificamente entre os dias 30/10 e 09/12, a Vênus em trânsito também estará afligindo o seu Sol natal, Renata, reforçando mais ainda esta predisposição a se colocar em situação de rebaixamento. Outra possibilidade para este período envolve o risco de você se envolver em problemas que são de uma futilidade sem igual, ou seja, dedicar energia e bobagens. Procure avaliar criticamente para onde você direciona a sua atenção, Renata!"



(Eu ando lacônica, eu sei)

sexta-feira, novembro 26

Remake

Eu pedi.
Eu chamei.
Quase implorei - porque, felizmente eu já passei dessa fase, então fica tudo só aqui dentro da minha insana cabecinha.
Depois ele vai reclamar.
O deja vu é sinistramente sinistro e eu sinto cheiro de coisas não muito boas no ar.
Mas, eu já me enganei uma vez este mês.
Além de insana, a cabecinha está ficando confusa, fazendo nó de escoteiro.

Odeio remake.

Só Freud mesmo pra explicar por que diabos continuo fazendo.

Senta e chora

"Sol e Lua entram em ângulo harmônico entre os dias 26/11 (Hoje) e 28/11, Renata, agindo diretamente sobre as casas 10 (Sol) e 6 (Lua), o que favorece muito todas as questões práticas do seu dia-a-dia. Você se perceberá com muito mais organização por estes dias, conseguindo dar uma ordem às questões que lhe são caras e importantes. Estes são dias em que a responsabilidade chama, e você precisa dar ouvidos a estes chamados. Procure se dedicar aos seus afazeres importantes, deixando as questões românticas ou de lazer um pouco de lado por estes dias. Por várias razões, o astral está lhe dirigindo para o trabalho e a produção, seja profissional, seja estudantil."

quarta-feira, novembro 24

Hoje...

...Tudo que eu quero é agarrar meu bebê e ficar com ela junto de mim...

Ontem começou.
Primeiro, ela virou pra mim e disse que quando eu morresse ela ia poder fazer tudo o que ela quisesse - por que eu não quis deixar ela brincar no pátio do colégio debaixo de chuva.
Depois me chamou de bruxa - por que eu não quis deixar ela dormir na minha cama.

O pau comeu.

Minha mãe quando soube riu de se acabar.
Ela também já passou por isso.
Eu sei, assumo e tenho muita vergonha.

São momentos inevitáveis da vida.

Então hoje, lendo as notícias - que andam tão ruins - bateu aquele aperto no peito.
Bateu a vontade de ter ela aqui, protegida e criança e linda e sem saber das agruras do Mundo, debaixo da minha asa.
E não sair mais.
Só ficar aqui.
Com ela.
Esperando tudo de ruim passar e esperando só as boas coisas que ainda hão de vir.

terça-feira, novembro 23

Eu tenho...

Uma bolha no dedo mindinho do pé, um roxo na coxa esquerda, um nariz arranhado, um monte de roupa limpa pra guardar, louça pra lavar, trabalho pra terminar, jantar pra fazer, seriado pra ver, livro pra terminar, projeto pra escrever, que passar no mercado e 4 fantasias pra costurar.

Hoje eu trocava meu sirviço de casa, minhas ideologias e crenças pessoais facinho, facinho por um trabalho dentro de um escritório de verdade.

E o pior é que eu nem posso parafrasear o amigo que brada no MSN : "Compro horas extras pro meu dia", porque eu nem ando podendo comprar nada...

sábado, novembro 6

...E tudo o que eu queria hoje era um mísero torpedinho...
*aiai*

quinta-feira, novembro 4

Tá.
O homem-que-conserta-a-máquina não me deu cano.
Ele só chegou uma hora e meia atrasado.
E a máquina fez a vergonha de funcionar normalmente - o que configurou um desperdício absurdo de recursos, visto que eu tive que pagar a visita.
Segundo a minha mãe, a máquina estava com saudades dele e eu deveria contratar ele para vir visitar pelo menos uma vez por mês.
E ainda por cima tomei um cano do homem-que-conserta-a-máquina, que fez o favor de quebrar cheia de água e roupas dentro de novo - o que significa que terei que encarar o tanque antes que as roupas no balde apodreçam.
Um retrocesso essa coisa de lavar roupa no tanque.
Em pleno século XXI é o absurdo dos absurdos e eu faço chorando - literalmente.
E amanhã ainda tem dedetização.
Minha casa é equipada com um mecanismo ectoplásmico que desintegra as pobres baratas que fizeram a besteira de resolver vir dar uma voltinha aqui pelo meu barraco. Tipo assim, em 3 anos, apareceram 3. As duas últimas euzinha mesma afoguei em veneno. A pegadinha é que depois voltei pra buscar o cadáver e não havia cadáver algum! Elas simplesmente desaparecem.
Mesmo assim, o prédio está passando por um momento de, digamos, volta à vida depois de um longo período em coma. Parte da reabilitação é envenenar e exterminar a população de ratos e baratas que pode, e creio eu vive, lá do lado de fora.
Logo, se eu não fizer também, a possibilidade de êxodo em direção ao meu quase imaculado santuário é enorme.
Então, faremos.
Pruma pessoa que já estava arruinada por conta da micareta de aniversário filial (que, aliás, será assunto de outro post), duas despesas desta magnitude numa semana são de sentar e chorar (ainda mais quando existe a chance de... uhmmmm... coisas... no fim de semana). E eu choraria de bom grado, não fosse meu potinho cheio de moedinhas de prontidão para um assalto e o sono, o sono, o enorme sono.
Ainda não se pode dormir nesta casa.
A reabilitação parece ter tomado conta de todas as pessoas do mundo e continua caindo como uma pedra sobre a minha cansada cabeça. Me sinto como o coiote do papa léguas, que fica caindo do precipício, caindo do precipício... Cada vez que eu acho que vou conseguir dormir um pouco além das 7 da manhã, vem um peão qualquer e bate uma marreta no teto como se não houvesse amanhã ou bota alguma máquina que corta ou lava ou encera qualquer coisa para funcionar.
Minha sanidade mental está indo para a casa do c$#alho.
Ando pensando seriamente em fazer uma abordagem digna dos outro moradores aqui do The Bramford e convencê-la a fazer uma espécie de Semana Nacional Sem Obras.

E já que estamos...

...postando freneticamente...

É hoje!


Tomara que eu consiga não dormir no meio...
(Não por ser chato, mas por estar sendo um dia.)

Não me sai da cabeça hoje...

"Sempre precisei de um pouco de atenção

Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto
E desses dias tão estranhos
Fica a poeira se escondendo pelos cantos.
Este é o nosso mundo
O que é demais nunca é o bastante
E a primeira vez é sempre a última chance.
Ninguém vê onde chegamos:
Os assassinos estão livres, nós não estamos

Vamos sair - mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos estão procurando emprego
Voltamos a viver como há dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas.

Vamos lá tudo bem - eu só quero me divertir
esquecer, dessa noite ter um lugar legal pra ir
Já entregamos o alvo e artilharia
Comparamos nossas vidas
E esperamos que um dia
Nossas vidas possam se encontrar.

(...)
Não sou perfeito
Eu não esqueço
A riqueza que nós temos
Ninguém consegue perceber
E de pensar nisso tudo, eu, homem feito
Tive medo e não consegui dormir

Vamos sair - mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos estão procurando emprego
Voltamos a viver como há dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas.
Vamos lá tudo bem - eu só quero me divertir
esquecer, dessa noite ter um lugar legal pra ir
Já entregamos o alvo e artilharia
Comparamos nossas vidas
E mesmo assim, não tenho pena de ninguém. "

(E nem é uma das minhas favoritas... Porém, pertinente.)

Senhora

Não consigo me lembrar.
Faz alguns dias, tento me lembrar em que momento específico eu me transformei numa "senhora".
A lembrança mais antiga vem de um festival de rock, onde eu já tinha lá meus 27, 28 e um rapazinho de seus 17,18 vendia os refrigerantes superfaturados.
Mas não sei se foi a primeira vez.
Só o que eu sei é que hoje, eu sou uma "senhora".
Ontem, andando na rua, numa caminhada de pouco mais de dez minutos, a alcunha surgiu duas vezes ao longo do caminho.
Ela vem de um porteiro, de um transeunte desconhecido, de uma mãe com uma criança, da atendente do telemarketing, da caixa do mercado, do jornaleiro...
Vem sem permissão nenhuma, uma vez que a "senhora" aqui passa a maior parte de seu tempo não sentindo a idade que já tem.
A "senhora" entende que é um sinal de educação e respeito - segundo algumas correntes bastante deturpado, mas este não é o assunto aqui - e fica imaginando se a nova alcunha vem junto com o pacote de responsabilidades sociais que ela tem que cumprir e seguir todos os dias, já há algum tempo e até morrer ou ficar senil - o que vier primeiro.
A "senhora" entende, mas não lembra; a alcunha agora faz parte do que ela é, da pessoa dela.
Andando nas ruas todos os dias, me lembro de um livro que minha filha leu este ano, que conta a história de uma menina que sai para passear com a tia. A tia é distraída e no meio do caminho, ao invés de dar a mão à menina, dá a mão para um macaco de realejo durante o passeio, recuperando a menina ao final e sem nem perceber que havia feito alguma troca.
Lembro do livro porque quando andamos na rua, nossas mãos se pegam automaticamente; mesmo não havendo rua a atravessar, mesmo não havendo obstáculo, nada. Elas simplesmente vão se pegando e se dando e se namorando ao longo dos nossos caminhos, sejam eles quais forem.
Em muitas dessas vezes, nós sequer nos olhamos ou estamos conversando.
São as mãos. Sozinhas. Que se pegam.
E daí que eu imagino o que aconteceria se um dia minha mão pegasse uma outra mão que não a dela. Se ela pegasse outra mão que não a minha.
O medo dessa situação é o tipo de coisa que me transforma em uma "senhora".
Garotinhas não precisam se preocupar com mãos enamoradas - ou a perda delas.
À noite, todos os dias, lembro da prateleira branca da sala, onde enfileiro metodicamente, de acordo com a data de vencimento, cada uma das 8 contas que tenho que pagar mensalmente (outras 4 não me mandam boletos) e faço contas. Contas frenéticas e furiosas.
Que não deixam a minha cabeça descansar ao longo de todo o dia seguinte, e a noite, e o dia...
Garotinhas não precisam se preocupar com contas a pagar.
Semanas sim, semanas não, dias sim, dias não, vem aquela angústia no peito quando penso em tudo que preciso estudar, quando faço planos acadêmicos. Hora é angústia, hora é fome. Mas os planos não param, não descansam.
A vontade que eu tenho agora de estudar incessantemente só dá em "senhoras".
Que dizer do coração - que quer um outro tipo de amor e já não tem paciência para o que antes era satisfatório - do corpo - que já não tem a mesma elasticidade e resistência aos prazeres mundanos e alcóolicos da vida - dos desejos - tão diferentes!
Coisas de "senhora".
E na maior parte do tempo é realmente assim.
Na maior parte dos dias, minha casa é meu programa predileto e beber uma cerveja em frente à tv um prazer imenso.
Mas tem dias...
Dias em que eu me pergunto...
Dias em que não me sinto como uma "senhora".
Não sinto nada disso e meus anos diminuem pela metade.
Em que quero sair, dançar, beijar, rir, perder a consciência e a conseqüência.
Dias em que eu tento me lembrar e não consigo, em como fui me transformar nesta jovem senhora.