sexta-feira, julho 1

Hoje era meu dia de folga.
Não por que eu ganhei, não por que eu pedi, ele simplesmente caiu no meu colo.
Como a gente aproveita um dia desses tão sonhado e dado, assim, de graça?
Vai ao cinema!
Mas no cinema não tem nada que me interesse - mentira, tem, mas só na Barra; tipo, outro lado do meu planeta.
Então, eu aluguei um filme.
Tinha planos também de fazer as unhas, que estão precisando ur-gen-te de umas alicatadas.
Também, sobrando tempo, ia me tacar na minha caverna e adiantar ou, quem sabe, terminar o livro que ando lendo.
Auspicioso pra caramba, né?
Nada, NADA, saiu conforme planejado.
A manhã, um caso perdido.
O único sucesso foi ter ido à academia.
Tá, comprei o presente da menina que vai fazer aniversário no fim de semana também - acho que a gente pode chamar isso de sucesso, ainda que eu ande a mãe mais sem imaginação da face da Terra (tenho dado basicamente o mesmo presente para todas as amiguinhas).
Paguei contas - Ah, felicidade!
Lavei meia tonelada de louça...
Depois do almoço, fui comprar roupas, pagar mais contas, comprar o presente de aniversário da minha mãe, correr atrás de uma fita métrica...
Impressionante como um bairro tão sinistro de gigante como Botafogo possa ser tão desprovido de armarinhos!
Ganhei uma bolha no pé.
É inegável que adiantei algumas coisas, resolvi outra meia dúzia, mas...
...E meu filme?
...E meu livro?
...E minhas unhas...?
Deveria estar feliz, mas estou estupidamente exausta.
E nada apaziguada culturalmente.
A vida do lar é tão punk às vezes...

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