sábado, dezembro 30

Penúltimo dia do ano

Aí cá estou eu vendo os últimos "ajustes" para um reveillon perfeito.
Consegui fazer as unhas sem hora marcada no penúltimo dia do ano, vou comprar lingerie nova, fazer um novo patuá, jogar na mega sena, levar criança para a rua, combinando que champanhe comprar pelo simples fato que brindar com tequila não dá - além de depender da champanhe para duas simpatias importantes.
E então eu chego em casa e dou de cara com uma vizinha chegando da praia:

- Nossa, Fulana, você foi à praia?!?
- Fui dar uma caminhada...
- Ai, eu não tenho coragem! Fico logo me imaginando dando um mergulho e saindo da água cheia de rosa pendurada na cabeça...!

A certas coisas, nem a Poliana resiste...

sexta-feira, dezembro 29

Economia Sentimental

É importante avaliar no quê e em quê você gasta seu tempo.
Com quem e a quem dá o seu amor.
A relevância das coisas.
A real importância dada e atribuída (pelos outros e por você).
Pesar suas escolhas.
O quanto vale a sua paz.

Sabedoria de botequim.
Dos ruins.
E bons.

Funciona...
Sabia...?

Férias

Tá aqui no meu Aurelião 1900 e eu criança:

Férias. [Do lat. ferias.] S. f. pl. 1. Dias em que se suspendem os trabalhos oficiais (datas patrióticas e dias santificados). 2. Certo número de dias consecutivos destinados ao descanso de funcionários, empregados, estudantes, etc., após período anual ou semestral de trabalho ou atividades. [Cf. ferias, dos v. feriar e ferir.]

Minha canção clássica do período: eu deveria estar de férias.

Fato clássico: desde que as mesmas se declararam, começaram ou coisa que o valha, para variar, não tive tempo de descansar o descanso propriamente dito.

Sim, meu ritmo de vida tem sim inúmeras vantagens.
Tenho as chamadas férias a cada seis meses.
Posso criar e estar presente na criação da minha filha, cozinhar para ela, lavar eu mesma as roupas dela, ver filmes com ela, dar beijos em profusão - realmente e literalmente curtir esta fase tão importante para ambas.

E eis um dos problemas.
Férias com criança em casa.
A casa vira um território caótico.
Especialmente se você resolve, como eu resolvi ontem, tirar um dia para ficar em casa.
Criança em casa?
Nada saudável. A mãe aqui ia ter gozos coloridos se pudesse se internar debaixo do edredom (sim, eu durmo de edredom até no verão) e passar todos os dias da sua semana "útil" mergulhada em livros. É uma das saudades que eu tenho do "antes".
Por outro lado, a mãe aqui gosta, se especializa, brinca de tentar ser supermãe - outro mito; supermãe não existe e eu tenho um milhão de falhas exatamente como a sua mãe - e fica quebrando a cabeça para fazer programas criativos, divertidos e educativos com a Pequena Furacão.
Planejo viagens, idas a lugares onde, geralmente, mães só levam seus filhos durante as férias escolares... No mínimo, fazemos pelo menos uma excursão à pracinha mais próxima.
De qualquer forma, todo este trabalho mental e físico (ah, sim! experimenta ir pruma praça superlotada com uma criança hiperativa - vulgo saudável - de dois anos, experimenta...) é cansativo.
Edificante, feliz, blábláblá, mas realmente me faz desfiar este terço a cada seis meses, me faz ter saudades do silêncio, das noites dormidas inteiras...
Tudo isso um reflexo clássico do cansaço cruel que estou sentindo agora.

Agora, hoje, neste momento.
Existiria silêncio.
Existiria sono.
Ela dorme, eu poderia dormir também.
Descansar.
(Fazem algumas noites que não durmo mais de 4 horas, mais ou menos desde o Natal. Já entrei na fase do "eu mato quem disser que sono não é acumulativo".)
Hoje, optei por ouvir meu discos novos, escrever, terminar de ler pelo menos um dos livros que ando lendo.
Provavelmente cairei dura na cama antes mesmo do Globo Repórter...

Terminar um dos livros era algo importantíssimo.
Minha pilha de "livros a ler" só faz crescer veticalmente.
Comprei mais uma bela dúzia de Natal.
Começo a me sentir algo como o Veríssimo que diz só ter espaço para ler algo inédito lá para idos de 2010...
Me peguei lendo quatro livros ao mesmo tempo...!
É um vício aflitivo.
Delicioso.
Recomendável.
Admirável.
Mas fodidamente aflitivo.
Você (eu) fica querendo ler todos aqueles e fazendo cronograma de leitura e se cobrando a leitura de não sei quantas páginas ou capítulos por dia que senão não acontecem fazem você se sentir um lixo por ter vida independente deles...

Porque eu não sou uma mulher relaxada.
Sou tensa assumida.
Do tipo que toma maracujina como se fosse suco e necas do pescoço parar de doer em momentos de tensão...

E, às vezes, eu até gostaria verdadeiramente de ser tão relaxada quanto algumas pessoas acham que eu sou...
Gostaria de poder tentar de forma eficaz.
Ando tentando.
Mas ainda não está nenhuma Brastemp o meu esforço.

A única resolução já seguida ao pé da letra é de evaporar...
Tô adorando meu tempo comigo...
Ainda que tensa e embaralhada.

Mas que eu merecia férias no Caribe com um negão me fazendo massagem enquanto eu tomo um drinque com guarda-chuvinha na beira da praia de um resort elegantérrimo, isso lá eu merecia...

Quem sabe ano que vem...?

Enquanto isso:
Você sabe o que você quer da sua vida?
Sabe o que merece?

Ando pensando tanto nisso...!
Maldito fim de ano!

Desapontamentos

...E aí ele veio...
(Ou ele ou ele ou ele...)
...Veio descobrir se já existia um outro alguém.
Se as palavras estavam sendo ditas para outras bocas.
Se os olhares - aqueles olhares, lindos - estavam sendo dados a outros olhos.
Se novas promessas estavam sendo feitas.
Se outras noites estavam sem passadas em claro.
Se já existia um novo batimento cardíaco, uma nova tremedeira nas pernas.
...Sinto desapontar.
Não existe nada ainda, não.
Ainda.
Por enquanto.
Ou não.
Existo só eu e isso já basta.
Por enquanto.
...Sinto desapontar.

Update

O Natal não doeu.
Na verdade, foi até muito bom.
Daqui a dois dias, Reveillon.
E eu não ando com vontade de contar nada pra ninguém...

Coisas para guardar - III

"Se alguém encontra alguém atravessando o campo de centeio..."
De uma frase de um poema do escritor escocês Robert Burns, nasceu o título de um dos melhores livros já escritos; "O apanhador no campo de centeio" é um livro tão bom que, depois dele, J.D.Salinger - seu autor - não publicou mais nada.
A frase se torna relevante por ser não só repetida, como bastante representativa do momento particular de vida de seu personagem principal: o "infernal" Holden Caulfield.
Mas, qual seria este momento particular de vida? E quem é este "infernal" Horlden Caulfield?
O momento particular é o momento mais particular e, geralmente, conturbado, por assim dizer, da vida de qualquer pessoa: a adolescência.
O momento em que não se é mais criança (logo, não tão engraçadinho e especial) e nem se é ainda adulto (não, você não pode fazer ainda nem um terço de tudo aquilo que almeja e ainda deve satisfações aos mais velhos, veja bem); é um adolescente - alguém que já tem alguma cota de responsabilidades, de quem se cobram coisas e atitudes, mas sem a beleza infantil (coisa, aliás, que a adolescência costuma derrubar de forma deveras cruel) e a liberdade adulta - um quase nada.
E nosso amigo Holden é um adolescente. O adolescente. Em crise, como todo adolescente que se preze.
Holden é um rapaz inteligente. Um rapaz que começa a perceber a realidade do mundo adulto - como ele funciona e as pessoas, de um modo geral, se comportam; toda a hipocrisia deste novo mundo.
Ele precisa deixar de ser criança (já tem 16 anos), mas não quer. Todos os seus atos; de ser expulso de uma série de colégios à sua doença final, passando por suas mentiras patológicas são sinais claros disso. Sinais claros de um jovem que, no fundo, é extremamente solitário e carente de atenção.
De novo, quem é este adolescente?
Nada mais que o alterego de seu autor - um senhor que não nutre lá muita simpatia pela humanidade de um modo geral e que terminou por conseguir realizar o que seu personagem tanto quer durante o livro: mora, hoje, isolado numa casa nas montanhas com apenas uma "moça" por companhia.
O detalhe da "moça" quem nos conta é uma ex-namorada, companheira ou adjetivo preferido dele, Joyce Maynard.
Joyce era uma universitária de 18 anos quando conheceu Salinger. Ela nos conta que, ao se corresponder com ele, sentia-se correspondendo com o próprio Holden e logo viu-se apaixonada por ele.
Assim é Holden. Para uma adolescente, um outro adolescente apaixonante, com problemas e questões muito semelhantes às suas, para quem você quer dar colo e fazer cafuné.
Obviamente que, já passado dos 50 anos, Salinger não era mais este adolescente, mas um senhor rígido e amargo que a dispensou, coisa de um ano depois, durante as férias familiares.
Pelo menos esta experiência lhe rendeu 100 dólares imediatos, fama como a "ex" e um livro sobre a "experiência".
Enfim, de volta ao "Apanhador...".
O livro foi escrito há 60 anos atrás e seu tema continua sendo atual, assim como sua linguagem. É muito fácil e gostoso até ler "o Holden". Mesmo que hoje em dia nós não falemos mais "infernal" a um bom filme ou situação ou pessoa, mesmo que não terminemos mais nossas frases com "ou coisa que o valha" de forma tão constante.
Por mais simples (em tese) que seja o livro; assim como deixar de ler um Machado de Assis ou um Victor Hugo; deixar de lê-lo pode vir a ser considerado falha grave na formação de caráter de qualquer um.

(RJ, 04/12/06)

quarta-feira, dezembro 27

Mais

...No papel os textos eram enormes.
Folhas de papel almaço preenchidas frente e verso.
Aqui ficou uma coisa tão minúscula, tão quase nada, que me deu até certa dor no coração...

Fatos

Fato é que os textos abaixo foram escritos com regras e limitações de espaço e tempo.
Não deu espaço para entrar muito na Macabéa e no seu batonzinho e em toda a magnitude do quanto sua não-vida me afligiu.
Não deu para entrar em todos os méritos do macacão - por isso pus aí as aspas do que já havia escrito quando vi o filme (o "remake") pela primeira vez.
Fato é que nem sempre existe espaço, tempo, criatividade e afins que façam jus ao que você realmente gostaria de ter escrito e feito, mas fez assim mesmo e escreveu assim mesmo.
Fato é que, quem gosta - e eu não vou dizer nem trabalha e nem acha que escreve bem - nunca fica plenamente satisfeito com o que escreveu.
Eu não fico.

Maio de 2006

"Aí que eu resolvi ver, finalmente, a refilmagem de "King Kong".
Não vou entrar nos méritos do Peter Jackson que parece ter um pózinho de pirlimpimpim qualquer com ele que faz qualquer filme dele ser mais bonito do que você provavelmente imaginaria, ou no fator caô que me fez pensar que qualquer pessoa humana e sem genes mutantes muito provavelmente estaria com todos os ossos do corpo esmigalhados em dois minutos de corridinha nas mãos do macacão - mas aí não ia ter filme, né?
O lance é que eu me identifiquei com o macaco.
O cara tava lá, na dele, aceitando um sacrifíciozinho de vez em quando, comendo seu bambuzinho em paz, vendo aquele puta pôr-do-sol, quando jogam lá uma galega qualquer pra ele só pra atrapalhar isso tudo. O cara se fode todo, briga com geral, corre atrás, é maltratado, acorrentado, sofre pra caramba, morre e ela nem pra se jogar atrás!
Um amigo meu disse que essa era a história mais linda de amor que ele conhecia, eu achei um terror total. Com a diferença é que a minha história ainda por cima se mistura com o "feitiço do tempo", porque isso só se repete, só se repete.
Mas dessa vez, só dessa vez, eu não vou dizer que vou me aposentar, que não quero mais, que não faço mais. Não. Dessa vez, só dessa vez, pode mandar o próximo galeguinho que eu pensei bem cá com meus botões e acho que aguento brincar disso mais uma ou duas vezes.
Depois eu volto pro drama.
Esse ano, já, minha cota de drama estourou."

Coisas para guardar - II

Um belo Conto Moderno

"King Kong". Direção: Peter Jackson.

Diretor de cinema decadente leva uma equipe a uma "ilha deserta" e inexplorada a fim de realizar seu melhor trabalho.
Neste "remake" da versão de 1940, mais uma vez, Peter Jackson mostra porque é um dos diretores mais badalados dos últimos anos. Sua direção é primorosa. Jack Black, aqui conhecido por atuar, por assim dizer, em comédias de qualidade duvidosa em tipos toscos e grossos; está quase irreconhecível no papel do cinestra sem escrúpulos e trambiqueiro Ed, que rapta sua equipe a uma ilha amaldiçoada e virgem para a filmagem de sua grande obra-prima. Naomi Watts se encaixa bem no perfil de mocinha branquinha, delicadinha e ingênua que o filme pede.
Da primorosa imaginação de Jackson, nasce todo um universo particular; desde a tal ilha em questão (que descobre-se não ser tão abandonada assim), como o personagem título do filme. Nesta versão, um ser de olhar e sentimentos humanos e humanizados.
A história que se segue é justo a descoberta de que a ilha não é abandonada e seus habitantes resolvem sacrificar a mocinha ao Grande Macaco, que acreditam ser uma espécie de Deus a ser agradado.
Cenas de realismo fantástico recheiam o filme. Muito difilmente um ser humano de verdade sobreviveria sem seqüela nenhuma às corridas dentro da mão do macacão como nossa mocinha, insetos tão gigantescos são capazes de sucitar pesadelos mortais em pessoas como esta que vos escreve, e por aí vai.
Mas convém se prender mais, por exemplo, ao desejo - à ganância - de fama e dinheiro que move o cinestra ao longo do filme, sacrificando a tripulação do navio e de sua equipe e rompendo várias barreiras morais e éticas para atingie seus objetivos.
O maior triunfo de "King Kong", porém, é ser uma das mais belas histórias de amor dos tempos modernos. O tema clássico da bela apaixonada por uma fera que possui toda sua vida revirada do avesso por causa deste amor.
Em tempos e em contos de fadas modernos, de qualquer forma, o final não é feliz, mas dá não só muito pano para manga como um belo filme.

(sem data, algum momento de 2006)

Coisas para guardar - Primeiros escritos

Uma quase não-história

"A hora da estrela", Clarice Lispector, Editora Rocco, 1998.

O livro conta a história da nordestina Macabéa, uma história que é quase uma não-história, visto que a personagem leva uma quase não-vida.
A autora tenta, através desta figura, nos fazer refletir e fazer um retrato sobre as vidas das pessoas que emigram para os grandes centros urbanos atrás de "melhores oportunidades de vida"; lida com o estereótipo de que essas pessoas se agrupam a pessoas na mesma situação e com o quanto é dura e solitária esta opção.
O caso de Macabéa, porém, é um caso aflitivo extremo. Nascida em Alagoas, criada por uma tia beata em Maceió. Depois da morte desta tia cujas "as pancadas esquecia pois esperando-se um pouco a dor termina por passar", muda-se para o Rio de Janeiro onde divide uma vaga com outras moças - que nunca lá estão - e trabalha como datilógrafa de uma firma representante de roldanas.
Macabéa é retratada como tendo "cara de tola, rosto que pedia tapa", "(...)tão jovem e já com ferrugem", de um "(...)olhar de quem tem uma asa ferida", magra, fraca, sem nenhum encanto natural.
Seus prazeres na vida são escutar a Rádio Relógio e tomar um gole de café frio antes de dormir e gostava de coca-cola e goiabada com queijo.
O que torna a personagem tão aflitiva é o fato de que ela apenas existe.
Ela não ambiciona nada, não deseja nada, nem sabe direito sentir nada. Quando muito se desculpa por existir.
Ela só passa a existir e querer quando visita uma cartomante: Madama Carlota, uma ex-cafetina "enxundiosa", que pela primeira vez lhe dará um destino.
Como não é incomum, esta personagem - que não passa de uma charlatã - lhe diz então que Macabéa conhecerá um estrangeiro riquíssimo e que com ele se casará.
Munida de um novo destino, embriagada pelo mesmo, é atropelada por uma Mercedes (cujo símbolo é uma estrela) e nem chega a se dar conta de que está morrendo até o último momento.
Desta quase não-história, fazem parte também outros personagens, seus únicos contatos com o mundo: o Senhor Raimundo Silveira, seu chefe, que a acha um poço de incopetência e burrice, mas a mantém no emprego por pena; Olímpico de Jesus, um paraibano que chega a ser seu namorado por um tempo e Glória, sua colega de trabalho.
Olímpico de Jesus é cheio de ambições, queria ser deputado pelo Estado da Paraíba, tinha um dente de ouro porque "este dente lhe dava posição na vida". A saudade de sua terra natal é o único elo que possui com Macabéa, porque na verdade achava que ela era um subproduto e acaba se apaixonando por Glória uma vez que "(...)sentiu logo que ela tinha classe".
Já Glória "(...)era um estardalhaço de existir". Branca com o pé na mulatiçe, com os cabelos oxigenados, gorducha. O total oposto de Macabéa, ainda assim "em relação a Macabéa, Glória tinha um vago senso de maternidade" e era sua colega.
Nesta trama, existe ainda a figura do Narrador; também um personagem inventado, que se intromete no que narra e é uma figura masculina a fim de não tornar o texto piegas. A única figura que acompanha toda história de Macabéa, que se apaixona e se revolta com ela e, ainda assim, naõ interaje com ela.
É impossível, ao ler o livro, que não se questione a própria vida e não se aflija, se afete de algum modo com a vida desta nordestina que existia por existir e que descobriu uma possibilidade de existênca tarde demais.

(RJ, 09/10/06)

terça-feira, dezembro 26

Deixa o ano acabar que eu volto...

Porra, brother, cadê as previsões astrológicas para 2007?
Falta menos de uma semana, preciso me preparar!!!

terça-feira, dezembro 19

Socorro!!!

"Cuidado com as paixões sem controle!
18/12 (ontem) às 23:57h a 08/01 às 18:47h
Marte em oposição à Vênus natal


Os dias que vão de 18/12 (ontem) às 23:57h até 08/01 às 18:47h podem reservar alguns conflitos de relacionamento para você, Renata. Não chegam a ser conflitos graves, e eu costumo inclusive dizer que os choques e atritos são essenciais para o desenvolvimento de qualquer relação. A questão envolve um choque de quereres e de prioridades, com uma tendência à desarmonia entre o que as partes envolvidas desejam. Na verdade, caberá a você levantar a primeira bandeira branca e fazer algumas concessões, com o fito de preservar a harmonia do relacionamento, mas isso não significa, em absoluto, que você precise se submeter completamente à vontade alheia! Na verdade, quando fazemos nossa parte, abrindo mão de algumas coisas, a tendência natural é que o outro também reconheça a necessidade de fazer concessões.

Uma coisa muito comum neste período é a famosa "troca de acusações", quando um fica jogando coisas na cara do outro. E mesmo que você não esteja se envolvendo afetivamente com alguém neste momento, este trânsito pode ser vivido com as pessoas que você mais ama, ainda que sem nenhum teor sexual.

O mais comum, quando se está namorando ou mantendo relações sexuais com alguém, é um desacordo de tesões: uma pessoa está a fim, a outra está indisposta. Para quem está envolvido em algum relacionamento, meu conselho para esta fase é: existem outras coisas pra se fazer, que não necessariamente sexo. Que tal investir, neste momento, no aspecto mais amigável do relacionamento? Pra que forçar a barra? E mais: se alguém está temporariamente indisposto, isso não significa falta de amor. Às vezes uma dor de cabeça não passa de uma dor de cabeça.

Algo que também ocorre muito neste ciclo, Renata, envolve uma tendência a paixões súbitas, mas em geral tolas e totalmente baseadas em atração física. Caso você venha a se apaixonar por alguém neste período, convém ter prudência. Será que é paixão mesmo, ou simplesmente o clima certo associado a uma necessidade física? Em geral, "grandes amores" iniciados neste período tendem a arrefecer tão logo o ciclo passa. Aproveite o momento, portanto, sem necessariamente fomentar falsas expectativas. E não deixe de usar camisinha! Tendemos a cometer atos luxuriosos em excesso neste ciclo Marte-Vênus, e muitas vezes não nos damos conta do que estamos fazendo, pois o desejo fala mais alto...

Outro ponto importante a se considerar: se um objeto lhe parece incrivelmente atraente na vitrine, que tal esperar este ciclo passar para comprar a coisa? Não é que você não possa comprar, mas estou certo que você fará uma compra melhor se esperar este ciclo passar. A tendência é a de você comprar algo por um preço maior do que o real, ou de comprar gato por lebre. Controle seus impulsos desejosos, que estão fortes demais neste período."

Sobre o Natal III - A Missão

O Natal é a festa da culpa da culpa cristã.
Por mais que a pessoa não seja exatamente cristã, sempre acaba caindo dentro desse clichê. É a época em que todos nós fazemos um certo esforço extra para sermos bons com o próximo, exalarmos felicidade e, em que, as doações e os atos assim chamados altruístas ficam em voga. Todo mundo no mundo quer praticar boas ações desesperadamente pra ver se no dia 31, na hora de pagar a derradeira conta, rola um desconto especial.

Eu não me salvo, não.
Apesar de ser uma cristã de araque - do cristianismo mesmo eu só uso das rezas - eu também padeço dessa culpa.

Eu digo que é consciência - e, em parte, até é mesmo - e separo os brinquedos velhos da Olívia para doar no Natal. Separo também no aniversário, quando sei que é certo dela ganhar brinquedos novos. E, assim, sano parte da minha culpa social/ cristã. Ainda assim, às vezes, encontro dentro da caixa de brinquedos dela coisas ainda com a etiqueta...

Faço doações também de leite e afins.

E fui, este ano, tentar ser o Papai Noel de uma das centenas de criancinhas que escrevem cartinhas ao bom velhinho e enviam pelo correio.
Vou contar que depois que me explicaram, nem foi difícil chegar ao local - que é ermo e lá longe, mas que ainda assim, na hora almoço da turba trabalhadora, um lugar aonde a moça fina aqui pôde andar despreocupada.
Eu estava um pouco preocupada porque minha prima me contou que foi ano passado e que haviam cartas de cortar o coração e que ela havia saído com mais cartas até do que pretendia - e eu não ando nada afins de sair cortando meu coração por aí, é um luxo que eu não posso ter no momento.
Quando cheguei lá, existiam duas mesas coalhadas de pessoas e cartas - essas até menos do que eu esperava.
Descobri que os Correios é ainda uma instituição amiga minha e facilitou meu serviço; as cartas traziam assinaladas o nome e a idade da criança assim como o presente pretendido.
O problema é que hoje era o último dia de "apadrinhamento", como a coisa é chamada, e só haviam sobrado nas mesas pedidos de bicicletas, video games e laptops da Xuxa. Eu vasculhei mais 200 cartas, às vezes até lendo o que estava escrito na íntegra.
Gastei três horas da minha tarde entre ida, volta e durante.
Caminhei por lugares perigosos - e não por causa dos bandidos.
E saí de lá de mãos abanando.
Bicicleta, video game e laptop não entram lá muito bem no meu orçamento altruísta.
Não antes que eu ganhe na Mega Sena - o que é uma pena, pra mim e pra eles.
Fiquei extremamente chateada.
(De verdade.)

Mas ainda sobrou para onde atirar, o que me deixa menos triste.

Nessa, ainda resolvi redestribuir um pouco de culpa.
Eu realmente não acredito que culpa seja uma coisa exclusiva de um único ser humano quando se precisam dois para que se culpe alguém de algo, mas tenho tendência a tomar todas elas para mim e só para mim como uma boa canceriana.
Eis que, neste final de ano, repensando o ano (Culpa), resolvi dividir.
Nada do que aconteceu este ano, de bom ou de ruim, foi única e exclusivamente culpa minha.
Parece idiota, mas reconhecer isso já um passo enorme.

Enquanto isso, vou eu andando por aí, sentindo uma tendência Poliana se alastrando pelo meu ser e ajudando velhinhas a atavessar ruas...

segunda-feira, dezembro 18

Horóscopo do dia

"Segunda-feira, Natal a caminho, cancerianos bem faceirinhos: a família vai se reunir, os amigos estão mais próximos... O clima é de alto-astral e você não deve se estressar se as coisas (e pessoas) ficarem um pouco atrapalhadas. Limpe a mente e use sua tradicional sensibilidade para ultrapassar as dificuldades. Você pode! "
Hum...
Humm...
Hummmmmmm...

Eu & as baratas

Tudo bem que elas vão estar vivas quando meus tetranetos forem - literalmente -mutações genéticas com cinco braços e quatro olhos, que elas sabem lutar karatê, que elas fazem parte do nicho "animal" mais bisonho da natureza; mas ainda não aprenderam que, aqui em casa, a pena de morte se deixar apreciar pelos seres humanos da casa é morte por afogamento!
Oito e meia da manhã de segunda já um horário de um dia ingrato.
Tenho um milhão de coisas para fazer - só porque o povo diz por aí que eu não trabalho e não faço nada da vida e as minhas férias começaram, mas dormir dezoito horas por dia, como é meu sonho de consumo atual, até agora xongas.
Aí, entro eu na minha cozinha para providenciar a segunda mamadeira da manhã para Madame Bebê e lá estava ela, passeando pertinho da tigela de ração do meu velhinho cada dia mais velhinho...
...Dessa vez ela não me viu, não deu tempo de preparar o karatê, e eu agora sou a feliz possuidora de uma lata de Rodox que fica estragegicamente posicionada num lugar de fácil acesso perto da porta da cozinha!
Na lata existe a instrução de borrifar e esperar a morte lenta do "bicho", eu borrifei a invasora pela cozinha toda até debaixo da geladeira.
Dessa vez, ela não volta.
Limpar as tigelas dos cães e passar pano na cozinha são apenas detalhes, babe, detalhes...
Oito e meia da manhã de uma segunda, faça-me o favor...!

domingo, dezembro 17

Cocô

(Cocô é sempre um bom assunto para papo, né?)

Então que aqui em casa agora, a parte adulta da casa anda discutindo o começo do processo "retirada de fraldas". Este processo, em mim - a Mãe, a responsável pela retirada dos dejetos, a pessoa mais e diretamente atingida - causa calafrios.

Eu passo dias inteiros na rua com a criança e tremo só de imaginar como será a hora em que eu ouvir "qué fagê cocô" no meio de um engarrafamento ou numa fila de supermercado lotado.
Por mim, ela ficava de fraldas até os 15 anos de idade.
Mas a hora sensata se aproxima.
O primeiro debate foi em torno do comprar um troninho ou um adaptador...
Troninho, cara... Troninho!
Troninho me deixou aos berros de horror por dias a fio.
Não posso nem ver um.
Imagina limpar um troninho coisa de seis vezes por dia???
Prefiro a morte!
Vou me abraçar com o conceito de que com um adaptador, a medida será muito mais eficaz já que ela estará imitando a mãe e avó em suas funções.

Aí ontem sai no jornal um lançamento fantástico da indústria literária: um livro em que um patinho deixa as fraldas e faz cocô e que tem um botão que imita uma descarga e diz "tchau cocô".
O nome do livro: "Cocô no trono".
Mamãe decidiu imediatamente que este seria o presente de Natal da Licas.
De noite, fomos ao teatro, com direito a chegar mais cedo no shopping (de-tes-to shopping, de-tes-to shopping) para passear (de-tes-to shopping). Dá para imaginar duas senhoras muito finas, entrando em livrarias igualmente finas, perguntando freneticamente se eles tinham "Cocô no trono"? Dá?

Acabei pedindo na Fnac.
Estou lamentando que no Brasil não existam adaptadores com estampas bonitinhas.

O pânico ruleia.

Talvez eu fuja de casa ou deixe ela de fraldas até os 15 anos mesmo...

sábado, dezembro 16

Sobre o Natal - II

Uma questão de Justiça.
Houve, sim, um tempo natalino muito feliz pós-infância.

Uma época em que, antes da noite de Natal, eu tive uma brilhante idéia.
Juntei meus amigos, que sempre foram minha família mais querida e que, em sua maioria, não possuíam obrigações familiares pelos mais variados motivos e ficavam tão macambúzios quanto eu no Natal, e instalei uma festa.
Instalar é é a melhor palavra neste caso.
Nós chamávamos a festa carinhosamente de "Pré-Natal", e, por anos a fio (uns cinco, se não me engano) ela aconteceu religiosamente no dia 23 de dezembro. Todos nos reuníamos, fazíamos um amigo oculto, bebíamos, comíamos...fazíamos a nossa festa de Natal.
Eu me ocupava.
Tinha como tarefas reunir todo mundo um mês antes para tirarmos o amigo oculto, o recolhimento da grana (depois de inúmeras festinhas, todas as nossas festinhas passaram a funcionar no esquema "pague antes" para evitarmos estresses futuros), a compra da decoração da casa (a casa eleita era do Felipe, meu amigo amado que casou e hoje mora na Espanha, o primeiro a debandar de nós e o suspeito de ser o grande responsável pelo nosso divórcio coletivo), a escolha, compra e preparo das comidas.
Ou seja, eu fazia a festa e trabalhava feito uma cavala.
Claro que, um ou dois, ofereciam ajuda, e, às vezes, ajudavam mesmo, mas o grosso era eu que fazia.

Lembro até hoje do primeiro "Pré-Natal"...
Felipe tinha acabado de se mudar, então foram aqui de casa pratos, garfos e afins para a casa dele. Na véspera fomos juntos ao supermercado comprar os quitutes. No dia, eu precisava ir ao Hortifruti. Fazia um calor canino e chegamos a conclusão de que o melhor seria um menu leve, light, cheio de frutinhas e quitutes leves.
Até aí excelente, né?
Mas, quando eu chegava ao prédio do Lipe, surpresa!
Acabou a luz do prédio e o cara morava na cobertura - tipo 11º andar ou algo do gênero. Foram umas três viagens de escada para levar todas as frutas e pães e enlatados e cervejas...
As cervejas!
Como é que a gente ia gelar aquilo sem luz???
E a luz? Vela.
Saí eu desabalada para comprar velas.
Uma sala, cheia de gente, a luz de velas, com cerveja quente e naquele calor, prometia ser um desastre!
Na hora de abrir a lata de atum para fazer a "que não pode faltar" pasta de atum, o moço, na época solteiro, não tinha abridor em casa. Tivemos que abrir as latas com um facão de camping e um martelo...
Hora de tomar banho.
Acabou a água também.
Imundos, exaustos, a luz de vela...
Nós demos um jeito qualquer com o lance do banho que eu não lembro agora...
Mas aí as pessoas foram chegando, a festa começando...
Parecia uma sucursal do inferno de tão quente, e nossas opções eram vinho ou cerveja quente - que nós tomamos de qualquer jeito.
Em algo de uma hora depois, a luz voltou.
A cerveja gelou, mas eu obriguei todo mundo a continuar a luz de velas porque eu tinha tido o trabalho ir comprar.
Trocamos nossos presentes, conversamos, rimos, bebemos e foi um dos melhores natais ever!

Naquela época, eu também era uma dessas pessoas que costumam namorar, então quando o 24 chegava, tínhamos a minha casa, a casa da mãe e a casa do pai dele para irmos, arrematávamos indo a casa de um amigo, que era para onde todos os amigos iam depois de suas respectivas ceias.
Nesssa época, o Natal era legal.
Havia essa coisa do sentido real dele, de ser um dia para ver as famílias e confraternizar até cair.

Este ano, me inscrevi para ajudar na ceia na casa de uma amiga. Três amigos amados, dos quais eu sinto muita, muita falta estão chegando para as festas. Já chorei horrores levando Olívia para ver o Papai Noel do Banco de Boston.

Desconfio que estou ficando mais amolecida e começando a gostar da idéia do Natal de novo...

quarta-feira, dezembro 13

Deus

Tenho certeza de que Deus tem um puta senso de humor.
E de que Ele se diverte horrores comigo.

segunda-feira, dezembro 11

Sobre o Natal - I

Não é que eu não goste.
Eu gosto.
Acho bonito tudo enfeitado.
Acho lindo quando a árvore está coalhadinha de presentes.
Adoro as comidinhas.

O problema é que, com a idade, esse gosto sofre interferências.

Primeiro a gente descobre que Papai Noel de verdade - como os pais nos contam e dizem e usam como meio de chantagem para que o Dezembro seja um mês de bondade das crianças, ainda que forçada - não existe.
A coisa mágica da Rena do Nariz Vermelho, da casinha no Pólo Norte - que, com a idade também, recebe o nome de Lapônia - onde moram a Mamãe Noel e aqueles duendes super simpáticos, a viagem de trenó pelo mundo, indo de casa em casa, presenteando todas as crianças... Tudo balela.
A idade nos faz perceber que não existe uma noite que dê para tudo isso, que os duendes não fabricam Barbies e laptops do Rebelde, que renas não voam, que não existe ninguém que vive até chegar as 75 anos para aí não morrer nunca, que nem todas as crianças do Mundo são felizes nessa data - muito pelo contrário.

Depois, com a idade, também a necessidade daquilo que a gente chama de dinheiro, e que, inegavelmente, move o mundo e a nossa vida, querendo ou não.
Então, não dá para presentear todas as pessoas que nós gostaríamos. Eu adoro quando tenho dinheiro e posso presentear todos aqueles que acho que merecem. Invariavelmente, acabo gastando todo o dinheiro que ganho de presente nessa data em presentes para os outros; a quantia usada para mim ou comigo é sempre ínfima se comparado ao que gasto com as pessoas que amo.
Mas a idade e as responsabilidades, fazem com nós tenhamos que escolher as pessoas mais queridas, o que por si só já uma coisa injusta com nós mesmos.
Eu ainda tenho agora o Fator Filha, que me faz querer poder dar tudo a Ela, por mais supérfluo que seja, mesmo sabendo que existirão outros presentes vindos de outras pessoas.
A falta do dinheiro é muito mais pesada e incômoda nesta data.

Vem a obrigação de se reunir com a família, por mais separada que a mesma seja.
E estas reuniões sempre trazem desintendimentos, discussões; pré ou pós natalinas.

A solidão pessoal toma uma dimensão aumentada à décima potência.
Ao mesmo tempo em que existe a obrigação de se sentir bem e feliz e praticamente uma rena, existe uma quê no final do ano que acaba obrigando você a pensar, repensar e rever tudo o que aconteceu durante todo o ano, e, daí, vir a se sentir realizado, fracassado, conformado - rotulado.
A saudade das pessoas que você ama verdadeiramente aumenta, a vontade de vê-las, de tê-las do seu lado, a falta que elas te fazem.
Vem a obrigação - de novo e também - de pensar nas metas que você mesmo vai criar para o ano que ainda não começou.

Você quer que tudo dê certo, quer estourar a cota de amor e carinho do ano, agradar e ser agradado; a sua busca pela felicidade plena, como ensinam que ela deve ser, acaba, no fim, atrapalhando tudo.
Suas emoções atrapalham tudo.

Algumas pessoas conseguem - viva! para elas - ser realmente felizes nessa época. Enfeitam e fazem e correm e...tudo bem.
Mas existem pessoas que não conseguem, e por não conseguirem, não suportam a existência das que conseguem no Mundo. Não compartilham o furor uterino de encarar lojas enxameadas ou inaugurações de árvores natalinas ou a simples visão de falsos Papais Noéis a cada meio quarteirão.

Eu sou uma dessas pessoas.

Natal, hoje, me deprime.
Me emputece.
Me deixa carente e eu odeio ficar carente.
Me faz pesar o ano e eu odeio pesar os anos porque fazem anos que meus anos não lá muito bons anos.

Minha terapeuta disse na última sessão que eu fiz grandes progressos este ano e que ela estava orgulhosa de mim.
Eu, por minha vez, já acho que foi um ano de fodelanças emocionais e financeiras extremas - e essas duas partes, infelizmente, são importantíssimas para o meu viver em paz.
(Digo meu porque nem todo mundo se realiza com amor, o financeiro pesou porque me limitou e me fez dar um valor que eu detesto a isso.)
Minha conquista: ter achado uma, a minha faculdade.
Ter dado o braço a torcer depois de 10 anos e ter me apaixonado por isso.

Minha filha é uma benção diária.

No mais, dores.
De homens perdidos, de amigos perdidos.

Pessoas não convidadas.

Brigas.

Irc...!

Coisas que acontecem e acontecerão bastante ainda, se eu viver mesmo os 100 anos que resolvi viver, mas que em dose maciça são enfraquecedores.

Ainda assim, me restaram amigos.
Alguns mais perto e alguns mais longe.
Me restaram amores.
Idem.

Ainda assim, eu tento passar toda a coisa lúdica e bonita que me passarm quando criança para a minha filha.
Nossa árvore é quase mágica.
Está cheia de presentes enfeitando.
Vai ter festa para Ela.
Eu canto as músicas, levei para tirar foto com Papai Noel (capítulo à parte), levei para ver o "show" dos bonecos no Itaú da Praça da Paz...

Ainda assim, quero que para ela, seja uma data tão especial quanto era para mim quando não sabia de tudo que sei hoje, quando eu não sofria tudo que sofro hoje, quando eu não pensava tudo que penso hoje.

E é bonito tentar isso, ver isso.
Estar junto com ela e ficar de olhos cheios d'água quando ela se encanta com tudo isso.
Estar junto dela, apresentando tudo isso a ela.
Querendo que ela, se tudo der certo, goste muito mais que eu disso.
Que ela seja uma daquelas pessoas que conseguem e que me fazem achar o Mundo insuportável nessa época.
Quem sabe, talvez seja possível, que eu acabe me transformando numa delas de novo...?

sábado, dezembro 9

Post de Boas Vindas

Havia um tempo em que eu tinha tempo para escrever sem parar.
Em que não escrevia tão bem.
Em que podia me abrir sem ligar para nada ou ninguém.
Em que era e exercitava a Liberdade de Expressão.

E, durante esse tempo, eu tive meu Primeiro Blog.

Aí, pensamentos e afins depois, paixões e afins depois, engravidei.
Achei por bem mudar de "casa".
Mudar de tom.
Crescer deixando para trás o que já havia passado.
Começar de novo não só na Vida.

Mas eis que, assim como a Filha, ganhei junto uma série restrições.
Também na Vida.
Fãs - por assim dizer.
Também na Vida.

Meu discursso, que jamais foi desrespeitoso - imbecil um incontável número de vezes, sim - censurado.
Minhas "vastas emoções" - censuradas.
Me senti tolhida.

Assim como a Vida - em que me falta e sobra tempo, em que luto com o tempo - que mudou muito, mas não mudou lá muito bem.

E é assim, que, às vésperas de um novo ano, buscando uma paz relativa e mudanças realmente boas, que se abre esta nova "casa".

Privado não é, mas me vejo na necessidade de tê-la.
Pelo menos esta casa...

Saúdo, então, a quem deve ser saudado - a quem eu abrirei estas "portas".
A quem admira e gosta não só da minha pessoa, como sofre de delírios como eu e acha que ler isto vale a pena.

Abrindo a Casa Nova

"Lembra daquela música? "Abra suas asas, solte suas feras. Caia na gandaia, entre nessa festa!" tg Pois é, tá tudo aí. É dia de alegria, de curtir a vida, namorar, conhecer gente nova. E se bater aquela vontade de revirar problemas e mexer no passado, feche a gaveta ligeiro e não deixe os fantasmas escaparem. Cante, dance e os males espante! "

Pertinente...