terça-feira, março 30

Desabafo

Nesse exato eu tô super me fodendo pra fazer uma merda duma matéria que tá me deprimindo último nível porque as pessoas esquecem que já fizeram o caralho da faculdade e pedem coisas impossível do mal ou não atendem pobres estudantes fodidos feito eu.
Eu também sou tímida, odeio entrevistar pessoas, tenho outras coisas pra fazer da vida e detesto algumas das perguntas que eu tenho que fazer.
Eu juro que se um dia virar jornalista de verdade eu vou atender todo mundo - talvez até os burrinhos.

segunda-feira, março 29

Primeiro Dia do Resto da Semana

Segunda-feira é aquilo: vamo lá minha filha, não respira, não pensa, corre e segue em frente.
Ontem nasceu um bebê: fiz visita virtual.
Segunda não dá.

Pensei, corri, mastiguei sanduíches sem graça, fiquei com uma puta dor nas costas, mandei matéria, resolvi voltar pra faculdade (segunda eu vou, volto, vou e volto de novo) ouvindo metal bem metalzão pra relaxar.
Foi rápido hoje.
Quase indolor.
Essa coisa de aula à noite eu detesto.
Sou assumidamente cagona - de uns 10 minutos pra cá, mundialmente.
Tipo, "não pode ter medo na hora de fazer matéria", "cara, na boa, porque vc acha que eu gosto tanto de livro? Não me bate, não me aporrinha..."; assunto pra outro post.
O que eu mais odeio, aliás, é essa coisa neurótica de guerra da vida das grandes cidades.
Tenho pavor de morrer mal matada.
Então, odeio ter aula de noite e ter que voltar sozinha pra casa pelas ruas escuras e despovoadas (de pessoas de bos estirpe, claro).

Hoje eu estava feliz, porém.
Sobrevivi a mais uma segunda-feira.
Completa.
Academia, as duas aulas, trabalho, mercado, fogão.
Serviço top de linha.
Professor ainda me liberou uma hora e tal mais cedo e eu consegui vir sentada no ônibus, antes da chuva e a tempo do seriado da tv!

Aí, alguma coisa deu errado no Mundo.

Enquanto eu esperava o sinal fechar para atravessar, parou uma patrulhinha.
Da  patrulhinha saltaram dois policiais, de arma na mão, que atravessaram a rua.
Eu recuei.
Eles abordaram dois caras do outro lado da rua, um apontando a arma de um lado e outro de outro, se os caras saíssem da frente, eles iam se atirar.
Eu recuei mais.
Os quatro, então atravessaram a rua, onde os policiais revistaram os dois rapazes.
Quando eles guardaram os revólveres, resolvi atravessar bem rapidinho e sair batida numa encarnação da Formiga Atômica jamais imaginada pelo ser humano.

No meio da minha corridinha desajeitada, comecei a perceber que o gordo que devorava um sanduíche na lanchonete da esquina, continuava limpando a boca. Que outras pessoas tinham atravessado a rua normalmente enquanto tudo isso se desenrolava. Que o povo da casa de sushi continuava se entpindo de peixe crú. Que o pagode continuava comendo solto no pé sujo da galeria.

Lembrando bem, quando eu recuei da primeira vez, um dos guardas me olhou recuando e fez uma cara feia.
Devo ter parecido tão suspeita quanto os dois rapazes.

Eu percebi que aquilo só tinha incomodado uma pessoa.
Percebi que eu que estava fora de lugar.

Eu...?

Nessas horas a cidade me entristece.
E, não sei, não, mas, terminar uma segunda-feira perfeita desse jeito me parece muito pouco auspicioso...

(Tô quase rezando pra cair o maior temporal de março até às 16h preu não ter que sair de casa pra nada amanhã.)

domingo, março 28

Dia de descanso

Nada como um chilique pra acalmar um pouco a vida.
Depois que eu reclamei, bati pé, chorei no msn e o cacete, a coisa andou um pouquinho.
Não entendi completamente esse ataque de tpm antecipado, mas foi bom.
Eu ando com um problema sério - Glória! - por passar tanto tempo sozinha sem falar com as pessoas, quando eu encontro pessoas parece que abre uma torneira e eu saio falando feito uma louca alucinada.
Tudo bem, eu sei que sempre falei bastante, mas a coisa é recorrente e progressiva.
Desconfio que O Ataque (vamos pô-lo em letras maiúsculas, fica mais apropriado) tenha sido alguma coisa do mesmo gênero, número ou grau: de tanto não sentir ou fingir que não sinto nada, abriu uma tampa aí qualquer e saiu tudo de uma vezada só.

Anyway, coisinhas estão sendo riscadas da listinha.

As semanas começam e, quando eu vejo, sexta-feira já chegou.
Assim sendo, resolvi que, além da sessão infantil, eu merecia ver um filme cheio de sangue e coisinhas bacanas ontem à noite.
"House of 1000 Corpses".
Uhu!!!
Dessa vez sessão completíssima: filme, filme comentado, entrevistas, making off, o pacote completo.
Fui dormir 3 da manhã.

Olívia me sacudiu às 7:30.
Não levantei.
Voltou 7:40 batendo palmas e anunciando que o jornal tinha chegado.
"Exatamente, tá cedo pra caramba!"
Liguei a tv pra ela.
7:49 fui gritada no banheiro.
8:19 fiquei morta de pena da criança e levantei.
Puta.
Sábado, pomba.
Sinto saudades de dormir até 3 da tarde, sabe?

Ando tão cansada, mas tão cansada, que me corpo inventou que não aceita acordar se não descansar pelo menos 8 horas.
Cravado no relógio.
Antes disso, pode cair o prédio.
Hoje, só funcionou porque alguém subiu, literalmente, nas minhas costas.
Mas isso não acontece todos os dias...

8:30 o interfone toca e era a encomenda da Travessa.
Serviço excelente, rapidinho, bacanésimo; mas, precisava entregar às 8:30 de sábado?
O garoto ainda queria que eu fosse na portaria!
Na boa...
8:30 de sábado...?
Então, quando eu me sentei com meu cafézinho e meu jornalzinho e meu cigarrinho na minha varandinha...

Toca a campainha.
A vizinha brigona lá de cima.
"Sua janela quebrou?"
Que janela, pelo amor de Deus?!?
E aí ela me contou que um bando de jovenzinhos da rua de trás chegaram mamados às 6 da manhã, começaram uma porrada maneira e que um deles tinha atirado um vaso do outro prédio, na minha janela.
Na primeira olhada, não vi nada.
Uns minutos mais tarde, vi que ela estava do lado de fora olhando e fui espiar direito.
Não é que tinha mesmo um monte de caco?
Dentro da minha casa, inclusive!
Janela quebrada não, mas caquinhos, sim.
Debate de cá, debate de lá, meu café esfriando, ai, droga, vamo lá reclamar, você tem razão, se pega aqui dentro alguma outra coisa ia ser uma merda.
Mamãe ensinou, não se joga nada na casa dos outros.
Deus (e metade do Rio de Janeiro) bem sabe que já fiz um monte de cagada bêbada, mas nunca machuquei ninguém e tem uma criança dentro de casa, né?
Lá fui eu, com criança debaixo do braço e vizinha do lado, bater na porta da síndica do prédio em questão para reclamar.
Foi um rebu!
Era porteiro, vizinha, síndica, todo mundo falando ao mesmo tempo, numa operação que durou quase uma hora - com direito a 3 passadas do meliante atirador de vasos pela portaria com cara de quem ia ter uma ressaca daquelas e com o rabo entre as pernas. Ninguém falou com ele o que era, mas eu tenho certeza de que o moleque sabia que aquela comitiva não era uma comitiva do bem.

10:40 da manhã.
Botei a primeira máquina de roupa pra lavar (foram 3 hoje) e consegui sentar para terminar de tomar meu café e ler o meu jornal em mais um sábado de descanso.

Esse fim de semana tive ataque de mãe ausente.
Além de filmes, comprei todas as comidas preferidas da minha filha, como se ela só viesse em casa uma vez por mês.
Resultado, acabei eu comendo feito uma vaca.

De tarde, fomos ao cinema ver o filme do dragão que estreou ontem.
Desconfio (ha!ha!) que eu esteja um pouco emotiva.
Chorei pra burro.

Teve hora do planeta, fim de todos os extras do filme de ontem.
E agora eu deveria estar escrevendo, pesquisando, trabalhando, vendo o filme que falta, ou até mesmo na rua com meus amiguinhos, mas o que eu vou fazer mesmo é gastar mais um tempo enorme da minha vida jogando The Sims (outro mau hábito meu) e criar uma mulher bem doida, malvada e comedora de gente pra ver se eu relaxo um pouco.

Afinal, amanhã é domingo, dia de descanso...
...E eu só tenho almoço de família, que lavar louça, que consertar monografia, trabalhar, lamber a cria, arrumar mochila...
Ou seja, nada pra fazer, né?

sábado, março 27

Minha filha me mandou um e-mail!

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bvgvbbfv vfvtf"
 
Adorei! :)

quarta-feira, março 24

Eu podia ganhar uma grana em previsões "astrológicas"...

Hoje está sendo um péssimo dia.

"Pense, Pinky, pense!"

Bateu Carência.
Enorme.
Daquelas que vem láááááááááááá do fundo do peito.

Nada a fazer a respeito.

Tem um desenho que a minha filha vê em que a menininha resolve problemas e as pessoas cantam pra ela: "Pense, Pinky, pense!".

O problema é que quando a carência bate, a Pinky não pára de pensar. Não consegue desligar a cabeça, deitar na cama e ir sonhar com alguma coisa vulgar qualquer...

Não bateu hoje, não.
Bateu ontem.
E ontem lá fui eu sonhar com ex amor...

Hoje já li um ano inteiro de matérias sobre como ser uma mulher uma mulher perfeita, já joguei, já estou com uma dor terrível no pescoço e...

"Pense, Pinky, pense!"

Amanhã vai ser um dia terrível.
A cada minuto que passa, eu sei que vou sentir um sono incrível o dia todo, que vou ser ineficaz, que meu humor vai cair ao pé...
...E que, no fim do dia, aquela cama vazia vai ser ainda mais assustadora e pouco convidativa.

segunda-feira, março 22

15 anos

Que que eu falei?
Deus é sábio.
Fim de semana super 15 aninhos - apesar deu saber por A + B que essa idade já passa longe há mais de 15...
Sexta eu fui.
Não resisti.
Amiga amada + pseudo era uma conjugação muito boa pra ser disperdiçada. E a vida é curta.
E o porre foi grande.
Altos flashbacks e a certeza de que foi a Mão Divina que me fez ir ao chão para sossegar a periquita impera.
Vou contar pra todo mundo que foi só um passo de dança.
E fico boba, como depois disso tudo, ele ainda me bota debaixo do braço, me beija na boca, me chama de linda e cuida de mim.
Tô adorando.
Sábado me arrastei pro metal.
Show incrível, boa companhia.
No taxi da volta acabei desistindo de emendar a noite com mais noite.
Fiz 3 ovos mexidos e fui dormir.
Só consegui contabilizar que o estrago - físico emocional e financeiro - seria grande depois que acordei.
Deus é sábio.
Mas podia me arranjar uma faxineira...
Hoje, num surto de estragação progressiva e lenta acordei com o joelho doendo muito.
Tô manca.
Manca, mas feliz.
E com sono.
Isso que dá voltar pros 15 anos, 15 anos depois...

sexta-feira, março 19

Não, amor...

Não, amor, hoje eu não posso.
Tenho que escrever monografia - cheia de medo de não dar certo. Tenho que arrumar a casa - tá tudo de cabeça pra baixo. Tenho que ler livro - eles estão acumulados e são necessários. Preciso fazer as unhas. Amanhã tem show de metal na Barra - não sobrou nenhum dinheiros, eu só recebo semana que vem e não quero assaltar meu cofrinho. Preciso acordar cedo pra malhar.
Sim. Tô morta de saudade.
Mas hoje eu não posso, me erra.
Nem telefona.
Vou ficar offline.
Semana que vem?
Puxa, semana que vem tem Chá das Princesas aqui em casa.
Eu sei, você nãos gosta.
Tem birita com a comadre também.
Não vai dar.
Tenta depois da Páscoa.
Me erra, mas não se perde.
Você sabe que é difícil pra mim - no sentido literal.
Sim. Tô morta de saudades.
Mas, não, amor, agora eu não posso.


Esquece tudo.
Eu fui.

Minha mãe, a esquizo.

Então, eu vim aqui hoje porque eu ando um pouco confusa.
Sabe como é, fase de crescimento, eu ando perdendo todas as roupas e sapatos bem rápido. Tipo quando fui botar aquela minha sapatilha de oncinha que eu adorava, mas era muito grande, e descobri que ela estava muito pequena e ela paertou meu pé e fez uma bolha muito eca.
Meu pé anda com esse problema, sabe? Ainda não é um número, mas também não é outro. Eu e mamãe já fomos várias vezes na loja comprar sapato pra mim, mas ou eles ficam muito folgados - eu já disse pra mamãe que eu não ligo, mas ela não deixa eu comprar sapatos muito folgados, não sei porque - ou muito apertados.
Aí ela comprou pra mim um tênis, mas esse tênis já ficou apertado também.
E a mamãe diz que eu tenho que ir de tênis pro colégio.
Aí ontem ela veio conversar comigo, que tinha pensado e visto que eu gostava mesmo das minhas molecas, que é um sapatinho que eu acho estilo e muito mais confortável que tênis. Eu ainda gosto mais delas porque consigo colocar sozinha e não tem que amarrar nem nada. E aí ela me perguntou se eu não achava que ela devia comprar uma moleca nova, aó invés do tênis, já que eu uso muito pouco tênis.
Tênis é coisa de menino, né? Tem os das Princesas e das Poderosas que eu já tive e gostava muito, mas também a mamãe dizia que não combinava com os meus vestidos - o que eu não achava - mas menina tem que usar sapato bonitinho, né? Que combina com as coisas.
Aí eu disse que sim, que ela tinha razão, que eu preferia moleca mesmo. E ela disse que ia comprar pra mim.
Eu fui pro colégio toda feliz, avisei pra ela que ia querer experimentar quando voltasse do fim de semana na casa do meu pai e tal.
Aí, quando eu cheguei em casa, no lugar da minha molequinha nova de boneca que ela disse que ia comprar tinha um tênis!
Tudo bem que ele é bem bonito e tem estrelinhas e é cheio de brilho, mas...
...Eu não entendi nada!
Dá pra me explicar?

Deus?

Verdade seja dita; eu não sei se acredito em Deus.
Nem sei se sou uma moça que a gente possa chamar de muito religiosa - eu rezo, penduro uns bagulhos, acendo outros, dou 7 pulinhos, mas não sei se isso é ser religiosa.
E acho que isso é uma discussão um tanto filosófica demais pruma sexta-feira à noite.

Mas hoje a frase que permeou meu pensamento o fim da tarde TODO foi:
"Deus é sábio".

Há uns meses atrás, eu me apaixonei perdidamente por um sujeito.
Esse sujeito, já comentado sutilmente aqui em outros posts, tinha um detalhe: gostava de funk.
Eu gosto de rock.
Do rock básico ao metal, mas sempre nessa vertente.
Alguns diriam que isso seria um problema.
A besta aqui, na época, achou que não.
Eu sempre acho que pode ser legal conhecer coisas novas, que a gente deve respeitar o gosto alheio, estar aberto a novas... experiências, digamos assim.
Mas, por coisas do destino, não chegamos a pôr à prova estas minhas teorias.

Eis que, de uns dias pra cá, um dos meus vizinhos (ah! meus vizinhos!), começou a escutar um funk - uma música (?) - bem alto e no repeat. Ele canta também. Todos os dias.
E aí eu visualizei a cena do sujeito chegando em casa, pondo "aquilo" pra tocar, cantando e dançando pela casa.
Podia ser interpretado como uma cena de felicidade - ainda mais se a gente acrescentar uma criança feliz pulando junto.
A única coisa que me veio à mente, porém, foi: "Deus é sábio".

Bem sabe Ele que eu não ia aguentar, que, em algum momento ia achar que aquilo não é vida...

Em matéria de imagem de felicidade ainda fico com o Strokes em cima da cama.

E, mais uma vez, me pego pensando na frase.
Assim como pensei nela quando não acabei morando no Méier (nada contra, mas eu tenho meus motivos), quando não casei todas as vezes que pude e em tantas outras vezes.
Se eu acredito Nele eu não sei, mas alguma coisa lá em cima, lá fora, do lado, sei lá, é sábia pra caralho.

segunda-feira, março 15

Algumas Coisas

Viu só?
Eu tinha certeza.
Essa semana foi melhor que a passou.
Foi leve, cheia de amigos, com uma tonelada de abraços filhiais, algumas cervejas e eu até consegui dormir um pouco e ir à academia 3 vezes pela primeira semana!

***************

Teve seu lado ruim, claro.
Tudo tem.
Sempre.
Descobri um acidente pela internet - modo muito escroto de se "receber" notícias.
Fiquei triste - eu não estou por perto e gostaria de estar.
Tive medo.
A cada ano, o medo que aconteça algo a alguém - e vai acontecer, porque faz parte da vida - aumenta.
Aumenta e eu não quero.

****************

Minha mãe se preocupa comigo.
Acha que eu me dou demais pras pessoas e não me dou bem por isso.
Disse que eu tenho histórico.
Tenho.
Mas eu disse que ela não deveria se preocupar.
Vai acontecer de novo - eu sei - mas, às vezes, a gente precisa fingir que não.

****************

Hoje eu perdi o show de uma banda.
Não vi os dois últimos, me roí de vontade de ir até quase o último segundo, até me render.
Resultado: chove torrencialmente, vários bairros estão sem luz, o palco desabou.
Acho que eu e eles realmente não temos um karma muito bom...
Acontece...
Algumas coisas simplesmente não foram feitas para se encontrar e acontecer.

Simples assim.

****************

Sendo assim, vamos começar uma boa semana de novo...
...Tenho muita coisa pra fazer.

terça-feira, março 9

Post Ilustrativo

Devo declarar - e resolvi ilustrar, pra deixar tudo bem mastigado e registrado - que tenho, no momento, três novas fixações brabas:

1) Obviamente, formigas:



2) Café do Cerrado. Delícia deliciosa!



3) Desengordurante.
Andei fazendo uns bifes que melecaram a minha cozinha numa escala sem precedentes, me rendi ao desengordurante e não vivo mais sem ele. Nem sem os bifes.
E ainda fiquei com minha consciência ecológica em dia porque o bichinho é verde. :)
(A foto é do desinfetante da mesma marca, meu novo amor é tão underground ainda que nem tem foto disponível na isternerd.)



Pronto.
Declarei.
Ilustrei.

O Exército Das Formigas - Outras

Às 7 da manhã, de repente, aquele povo todo, que veste o melhor vestido de cortina, senta em lugar de idoso e já começou o dia há tanto tempo quanto eu, me pareceu um exército de formiguinhas.
Todos juntos, numa massa, seguindo o mesmo caminho, passando as mesmas roletas.
Às 7 da manhã não importa se alguns esperam uma promoção para ter algum prazer, se alguns apenas executam suas funções sem nenhum prazer, se são brancos, pretos, amarelos, se dormiram bem, se não, se tem namoradas ou não, se moram com os pais ou não, se esperam grandes coisas daquele dia ou se aquele dia vai ser apenas uma coisinha comum, besta.
Não importa.
O exército e eu seguimos todos os mesmo caminho.

***************

De vez em quando a gente intui certas coisas.
A última grande e forte que eu tive foi no reveillon do ano que a Olívia nasceu. No que os fogos estouraram, eu pensei: "Esse ano vai acontecer alguma muito importante".
15, 20 dias depois, a coisa muito importante estava providenciada e continua sendo grande e importante até hoje.
Esse ano eu não tive uma grande premonição com os fogos - a bem da verdade, quando eles estouraram eu já estava lá em Marrakech, enchendo o saco de geral porque estava aqueles pipocos muito mixurucas.

O negócio começou depois.

Um pouco antes do carnaval, começou a me dar um comichão de que eu precisava enfeitar mais a casa, consertar o que estivesse quebrado (depois disso, aliás, começou um surto de quebração de coisa aqui em casa que eu penso se não terá sido proposital por parte da casa), ajeitar o que eu queria e não fazia.
Um comichão que se estenderia até a minha redonda pessoa.
Por enquanto, nada fez muito efeito ainda. Nem em mim, nem na casa.
Eu sei que preciso ter paciência (uma qualidade que me falta), que nada desses planos vão acontecer da noite para o dia.
Eu só sei que preciso fazer.
Que faz parte de algo grande e importante.

***************

Ontem, no Joaquim:

"Eu tenho uma amiga de olhos escuros e pele suave, talvez a mais bonita de todas, que põe a vida amorosa na contramão da sua elegância intrínseca. Só namora os mais lamentáveis malandros. Sofre. A cada fim de caso diz que entendeu por onde falha seu GPS sentimental e jura não pegar mais os atalhos machos que ele lhe oferece - até que na semna seguinte, no próximo bar de sexta à noite, lá está ela sendo puxada pelos cabelos. Ri sem jeito, canta junto o samba que estiver tocando na Lapa e beija a boca do cafa. Ninguém tem nada com isso. No último aniversário, eu fiz o fino. Dei de presente "A educação sentimental", de Flaubert, e deixei que a literatura fizesse efeito. Até agora, nada. Acho que ainda não leu."

Rolou uma identificação.
Não com a parte da mais bonita.
Ou com o canta o samba.
Foi uma coisa mais sobre o modus operandi, sobre o vício...
Talvez eu deva ler esse livro.

***********

Porque algumas pessoas são completamente satisfeitas com a forma que se relacionam com as outras pessoas do mundo.
Eu não sou.
Não sou satisfeita com o modo como me relaciono com o meu próprio exército de cafas.
Não sou satisfeita com o modo como me relaciono com o resto das pessoas, num geral, amigos, conhecidos, estranhos...
Tudo entremeado por doses excessivas de uma ética bastante pessoal e difícil - eu reconheço - mágoas variadas, paixões excessivas, algumas alegrias exuberantes, uma certa violência até.
Talvez eu tenha enlouquecido, sim.

**************

De repente vem a certeza absoluta de que é necessário que eu sacrifique os prazeres mundanos por algum tempo.
Preciso ler, escrever, mudar, arrumar, ajeitar - executar um turbilhão de tarefas que demandam um bocado de tempo e dinheiro.
Não vai mais ser possível beber o quadro da sala.
Vai ser imprescindível o silêncio.

*************

Às 9 da manhã, o exército das formigas é ainda mais furioso, mais volumoso, mais espaçoso.
Uma massa coesa que se autoatropela pelas escadas e vãos.
Eu costumo ter vertigens quando a observo ultrapassando a linha amarela do metrô.
Tenho medo do dia em que alguma das formigas vai cair na linha e ser cruelmente massacrada.
Às 9 da manhã, no meio delas, entre elas, como parte delas, nada disso importa.
Só segue o fluxo.

segunda-feira, março 8

"When you grow up, your heart dies"

Ontem, no Oscar.



Fiquei chorando, tipo assim, uma meia hora...

domingo, março 7

Esperando

A semana que passou não me deu só um dia ruim.
Deu todos.

Até os 45 do segundo tempo, quando eu saí de casa na esperança de me divertir, me libertar e realizar que nada daquilo que me disseram é verdade, foi uma semana catastrófica.

A sorte é que eu acredito, piamente, naquele ditado que diz:
"Depois da tempestade vem a bonança."

Se a gente não acredita, nem vale a pena viver.

Pois bem...
A noite foi ótima e as expectativas foram cumpridas.

Ontem choveu.
E eu rezei para que chovesse mesmo.
Apesar de ser dia...
...Eu precisava ficar em casa.
Só.
Precisava acordar bem, cuidar de mim e da minha casa.

Assim, hoje dormi até acabar o sono.
Tomei um café que há muito não tomava - durou duas horas.
Arrumei minha casa como há muito não arrumava - com direito a banho de desengordurante e uma enorme dor no corpo.
Ouvi música alta.
Deixei o almoço pronto.
Li, vi tv, não conversei com uma única alma - a não ser com a minha; com esta conversei bastante, bastante.
Lavei mais que chão.
Lavei a minha alma.

O último dia da semana velha - eu conto de segunda em diante - está quase no fim.
Hoje, estou mais calma, tranquila e bem disposta.
Espero pela volta da filha, pela transmissão do Oscar, pelo Novo que vem aí em breve, pela semana que começa e que, sem dúvida nenhuma, será melhor.

terça-feira, março 2

Um dia ruim

Um amigo meu diz que de vez em quando eu pareço um homenzinho.
Pois bem, hoje eu estou super homenzinho.

Tudo começou na ressaca de domingo.
Sábado foi punk, acabei bebendo mais do que até eu consigo, e, obviamente, acordei com a cabeça explodindo.
Não bastando o cabeção, topei ser punida pelos deuses e trazer uma amiguinha da Licas pra passar a tarde brincando com ela - o que configura o pior binômio da maternidade, criança + ressaca.

Ontem choveu, botafogo alaga, e a minha cabeça ainda não tinha resolvido parar de explodir - pelo contrário, evoluiu para uma baita sinusite from hell.
Ainda assim, trabalho e colégio seguiram quase normalmente.

Ainda com dor, de noite eu resolvi ligar o botão vermelho e matar aula.
Primeira aula todo mundo mata, foi minha justificativa para mim mesma.
Mesmo dormindo como há muito não dormia, meu corpo inteiro dói, configurando uma gripe certamente adquirida na chuva lá fora. Junto, começou a TPM. Ou seja, dói e retém líquidos.
Tá frio, nublado, e meu amigo mau humor baixou com força total e absoluta - metamorfoseei.
Fiquei igualzinho à homem quando fica doente: reclamona, querendo cafuné, chata, querendo namorado pra fazer sopa, xingando todos os ex-namorados que eu já tive nessa e nas outras vidas (hoje foi um dia em que pensei muito em alguns deles, depois eu explico), xingando o chefe, só pensando em dormir e ganhar na mega sena. Ainda por cima, comi feito um boi, não fui à academia, fiquei com ódio dos meus culotes e de mim mesma.
Sobrou até pra Cocó, coitadinha...
E nem a minha mãe me ligou hoje.
Ou seja...
Espero que amanhã melhore.
De verdade.