terça-feira, agosto 31

Começou...

O Pânico é tão grande que as costas doem de tensão 24 horas e cada avião que passa voando por cima da minha casa me dá enjôo...
Daqui a 48 horas vou ser eu lá em cima.

Drogaquemedo.

sexta-feira, agosto 27

Sexta-feira

Primeiro a máquina de lavar quebrou.
Com água dentro.
Depois, fui visitar mais um colégio que partiu meu coração de mãe.
O segundo da semana.
Emendei bombando 3 horas e algo de pronto socorro infantil.
Agora, vou trabalhar e as costelas me doem.

E depois nêgo ainda tem a pachorra de dizer que eu reclamo demais...

Silêncio

Domingo à noite, numa rua tranquila de Copacabana, num lugar onde a associação de moradores traduz a atmosfera ao se autoproclamar oásis. Pouca luz, é uma rua quase escura. Pouca gente, é uma rua quase deserta.
Uma das principais avenidas do bairro ficou para trás, com seus carros barulhentos, suas pessoas que assam churrasquinhos nas portas dos botecos barulhentos.
Devia haver silêncio aqui.
Primeiro vem o som dos meus sapatos na calçada, depois passa uma senhora cantando uma alegre e desafinada melodia enquanto passeia com seu cachorro, um alarme soa, um outro cachorro uiva, um carro passa, o vento sopra, as chaves do chaveiro formam um conjunto de sons que me acompanham enquanto subo a rua.
Por mais que eu não diga uma palavra, cante uma música, só ande, aqui, o silêncio não existe.

Terça-feira, dentro de casa, sozinha trabalhando.
Operários martelam na obra ao lado, cantam, conversam e gritam. Aviões passam a intervalos constantes espalhando um rugido alto pelo ar. Um caminhão passa na rua lá fora chacoalhando alguma coisa, procurando uma vítima de atropelamento talvez, fazendo tremer o chão. Uma ambulância vai ou volta de um salvamento ou transferência, fazendo soar sua sirene. Nos meus fones de ouvido um pesquisador fala por horas sobre algum assunto altamente desisnteressante, levando embora com ele alguma parcela do que ainda me resta de audição.
Na minha cabeça o que se ouve é: cacofonia, cacofonia, cacofonia.
Por mais que eu não diga uma palavra, cante uma música, só ande, aqui, o silêncio não existe.


Sexta-feira, dentro de casa, quase começando o dia.
De dentro da banheira, minha gripada filha canta músicas inventadas e conversa com seus bonecos ininterruptamente. Na televisão, Pato Donald e Pateta travam algum diálogo construtivo entre um e outro intervalo com musiquinhas cruelmente altas. O porteiro passa lá fora empurrando a lixeira para, logo em seguida, se pôr a varrer a área de serviço do prédio. O telefone toca. O som dos meus dedos no teclado.
Lá fora, as ruas de botafogo me esperam com seus pedestres furiosos e apressados, uma gente que corre, corre, não olha pros lados, atropela o adversário de calçada, fala alto nos celulares.
Por mais que eu não diga uma palavra, cante uma música, só ande, aqui, o silêncio não existe.

Chego a pensar em cortar as orelhas, tal qual o pintor que tanto gostava de amarelos, mas penso que se as cortasse, dentro da minha cabeça ainda existiriam os pensamentos intermitentes e ininterruptos. O falatório e a cacofocia continuariam a existir, mesmo quando eu dormisse.

O silêncio anda sendo uma necessidade, um desejo.
O barulho de crianças num colégio, de pessoas reunidas em bares nas ruas à noite, das caixas de som poderosas de boates, de todos os lugares, me sufoca.
O silêncio é uma necessidade.

Infelizmente, aqui, o silêncio não existe.

terça-feira, agosto 24

...Eu devia estar estudando, tenho uma apresentação importante pra fazer...
...Eu devia estar lendo, dois livros rolando, outros tantos na estante, uma porrada de artigos, uma tese...
...Eu devia estar dormindo, amanhã vai ser mais um dia cheio...

...Mas cá estou ouvindo Morrissey, pensando besteira...

...All bad ideas, very bad ideas...

quarta-feira, agosto 18

Sim, nós chegamos lá!

- Mãe, eu quero um irmãozinho.
- Minha filha, pra mamãe te dar um irmãozinho blablabla...
- Eu quero um irmãozinho.
- Então, blablabla...
- Mas eu quero um irmãozinho!
- Cara, pede pro seu pai.
- Tá bom.

terça-feira, agosto 17

...E a máquina de lavar ameaçou quebrar e acabou o buscopan.
Genial.
Apavorada com a idéia de viajar.
Mais que de palestrar, medo do avião, medo do frio, medo de lugar que eu não conheço, medo, medo, medo.
Tão tensa que acordei às 2 e meia da manhã e não conseguia dormir de novo.

Por causa da viagem descapitalizei.

E ainda tem que ver colégio, providenciar fantasia, ver as últimas coisas da festa...

Prevejo outro surto para breve.

sábado, agosto 14

Estou há duas horas procrastinando, na esperança de que a casa se arrume magicamente sozinha.
4 cervejas depois e muitos joguinhos no computador, o gênio ainda não apareceu.
Serei obrigada a tomar meu banho quinzenal de x-14.

quarta-feira, agosto 11

O Surto continua...

Saí para ir ao banco.
Dei de cara na porta.
Daí, comprei ingressos para ir ao cinema, mesmo sabendo que tenho que trabalhar hoje à noite.

Entendeu?
Nem eu.

terça-feira, agosto 10

Rebelei-me

Para variar.

Ainda não cheguei direito.

Ontem, trabalhei involuntariamente, depois de encarar mais de 6 horas de caminhos até chegar na minha caótica e bagunçada casa.
Hoje, o recado, "se você quiser adiantar...".
Não quis.
Se tivessem me deixado descansar a beleza ontem como combinado, se tivessem tido alguma compaixão pela minha cansada pessoa, talvez hoje eu quisesse; mas não foi o que aconteceu.
Gastei meu dia lendo notícias, blogs, conversando muito pouco...
Respondi e-mail, mandei e-mail...
Caí de novo na carência desnecessária e nos pensamentos de museu.

Não fiz nada mais que o necessário.

Primeiro, preciso arrumar minha casa.

Ter eu compaixão por mim mesma.

Preciso chegar.

E abstrair do peão de obras que passa constantemente pela minha janela fungando feito um porco selvagem.
Uma das melhores coisas de voltar pra casa: meu café.
Que saudades eu tava do meu café!

segunda-feira, agosto 9

Voltei da Flip querendo terminar o conto dos coelhos, que estava bom.
Resolvi que ia começar a ler um livro fino, mas depois de um telefonema do trabalho, resolvi me atracar com Stephen King de novo.
Sim, ainda existem livros dele que eu não li.
Os livros dele me deixam feliz.
Tô muitos afins de cultivar e manter estados de felicidade.

Depois eu conto da viagem...

quarta-feira, agosto 4

...E faltam menos de doze horas para que eu esteja dentro do ônibus indo viajar e ainda falta pregar 4 botões, tomar banho, jantar, catar piolho na criança e terminar de trabalhar antes de tirar um cochilinho...

Eu tenho um Saco de Roupas

Não lembro se eu já falei aqui, mas se falei, vou falar de novo.
Odeio passar roupa.
Do fundo do meu útero.
Eu lavo as roupas.
Todas.
E, com uma freqüência que, segundo a minha mãe, beira o doentio.
Mas não passo.

Até algum tempo atrás, eu tirava o dia e ficava lá...
Passando a roupa acumulada...
Com dor nas costas...
Maldizendo a vida.

Há uns meses eu parei com isso.

Não passo mais.

Apiedada da minha situação, de três em três meses, minha mãe me empresta a faxineira dela para fazer o trabalho sujo (ou seria limpo?).
Do mês passado pra cá tenho pensado seriamente em contratar uma passadeira.

Mas, como as minhas idéias demoram um certo tempo morando dentro da cabeça antes de virarem realidade realizada, eu tenho um saco de roupas.
Limpas e amarfanhadas.
Num saco.

Véspera de viagem o quê acontece?
As roupas saem do saco e tomam a cama.
Preciso achar as roupas para pôr na mala.

Noite passada dormimos juntas.
Eu e as roupas.
Cada uma ocupando uma metade da cama.

Achei as roupas.
Fiz as malas.

Quem ficou, voltou pro saco.
Pro meu grande e branco saco de roupas limpas e amarfanhadas.

Preciso dar um jeito nele.

terça-feira, agosto 3

É chegada a hora de começar a me conformar no fundo do meu ser e reconhecer que, nem que eu começe um projeto "Veja Um Filme Por Dia"/ "Leia Um Livro A Cada Dois Dias", serei capaz de bater a listinha ou chegar aos pés do que ela foi ano passado.

2010: o ano em que, definitvamente, não faremos contato.

Agosto já, meu povo...
...E eu continuo nada satisfeita com ele.

segunda-feira, agosto 2

Amo Muito!!!

AMOR !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

 me: oi babe

me conta
como estao as coisas

 me: ainda ruins e caóticas, mas eu já parei de chorar.

 que ruim

 me: é. mas não pode ficar ruim pra sempre, né? uma hora passa.

 pois eh
levanta a cabeca e sacode a poeira

me: é. que jeito...?

vai se resolver
voce vai ver

me: eu sei que vai, poliana. hahahahaha
foda é enquanto não resolve
mas uma hora resolve

hahahaha
eu sou a ultima pessoa no mundo que pode ser chamada de piliana

me: eu tô achando lindo vc tentando me convencer que a vida é bonitinha.
eu sei que é.
eu gosto
só ando muito sozinha e muito cansada.
mas quinta eu já viajo, vou descansar um pouquinho
e talvez eu não passe o resto da minha vida sem dar outro beijo na boca.
é uma fase
ruim pra caralho, mas uma fase.
sei lá
tá sendo um ano muito ruim
aí uma vez por mês eu desabo
depois continuo
e vc é lindo querendo me animar. :)
te amo muito, sabia?

eu amo vc muito

 me: viu só? uma coisa boa no meio do meu dia caótico

mas isso nao eh no seu dia ... é na sua vida =)
te amo pra sempre =)

me: ídem, idem. só que "ouvir" isso no meio do dia é bom. :)

 =)
vou te dizer todo dia entao ate voce enjoar =)

me: oba! :D
Eu ia blogar, mas me deu preguiça.
Tenho dois dias para terminar uma quantidade cavalar de trabalho, arrumar as malas, acender velas pra não devolverem a Olívia do colégio amanhã nem depois, pra lavar algumas roupas, dar um jeito na casa, fazer as unhas, reservar passagem, renovar a academia...
...Para poder viajar tranquila sabendo que na volta eu só tenho que preparar uma apresentação importante, procurar colégio novo pra ela, fazer lista de festa, comprar mais roupa de frio, arrumar a casa de verdade...

Aí deu preguiça.