domingo, dezembro 30

Over canceriana.

quarta-feira, dezembro 26

Verdade seja dita: você nunca me prometeu nada.

Na verdade, já nem posso contar nos dedos as vezes que ouvi "não prometo".

Se eu embarquei - e eu embarquei - a culpa é minha e somente minha.

Mas é impossível evitar a fome que eu tenho de você, a vontade de estar do teu lado, de sentir teu gosto, ver teu sorriso.
Cada vez que eu posso ter isso, fico embriagada, é a melhor onda que tenho em anos.

Obviamente, sempre alimentei esperanças.

Você não me promete nada, mas tem tanta propriedade sobre mim, bagunça tanto tudo que eu sei, que eu tenho esperanças.
É difícil quando a gente só conhece um lado da moeda.

Na minha cabeça existem um milhão de conjecturas - a maioria delas não muito agradáveis.

Hoje me adiantei.
Disse coisas que só pretendia dizer no último dia do ano.

E é okay que não tenha havido resposta.
Respostas são boas quando a pessoa quer responder, sente o que vai responder.

Você nunca me prometeu nada.

E se eu gosto sozinha, bom, o problema é meu.

segunda-feira, dezembro 24

Odeio Natal.
Com força.

sexta-feira, dezembro 21

Agradecer?
Sim, fim de ano chegando a gente deve agradecer.
Ainda que tenha sido um ano terrível, eu queria agradecer a cada pessoa que passou pela vida nele.
Ao rapaz que não quis me namorar e quebrou meu coração, ao amor antigo tão presente, aos amigos que foram embora e nunca me procuraram, aos novos que eu fiz (ainda que não seja muito chegada a essa coisa de socializar com pessoas desconhecidas), àqueles que não via há muito tempo e voltei a ver, à todo mundo que me sacaneou.
À ele, que foi meu grande meu amigo, meu amante, a razão deu não entender muita coisa da vida.
Às amigas que ficaram, me acompanharam e entenderam todo o processo, as que não me abandonaram.
À minha filha, que cresceu, sofreu, passou por um ano tão delicado e continua a coisa mais linda que existe nesse mundo, que não perdeu sua magia.
À minha família, tão complicada, cada dia mais velha e precisando de cuidados.
Cada uma das pessoas que cruzaram meu caminho merecia um abraço.
Cada percalço me endureceu, tirou a minha magia, mas me fez ter forças e levantar pra tentar de novo e continuar tentando.
Cada abraço, cada sorriso, me amoleceu, repôs um pingo de magia e me deu forças pra levantar e continuar tentando.
Estes foram poucos e não suficientes, mas ainda assim existiram, e eu vou agradecer por cada um deles.
E esperar que o novo ano venha a me trazer mais abraços e sorrisos que este, que tenhamos ano que vem mais magia e menos lágrimas.

Aí a família começa a perguntar e você começa a pensar...
O que eu queria mesmo de Natal?
Que o Medina confirmasse o Rob Zombie e fizesse de mim uma mulher feliz e esperançosa para 2013 e uma meia dúzia de livros novos. 
Se desse pra botar no pacote um emprego e aquele sorriso, daquela pessoa, aí ia ser jackpot, sabe?

quinta-feira, dezembro 20

Mas eu queria, sabe, ainda acreditar em mágica, em coisas muito maravilhosamente mágicas.

Crescer é tão difícil.
A gente deixa de acreditar em um milhão de coisas.
Em Papai Noel, em fadas, no amor, nas amizades, num trabalho bom, numa boa vida feliz...

É por isso que eu faço questão de reforçar toda e qualquer crença na magia que a minha filha tenha.
Quero que ela acredite melhor e mais tempo do que eu.
Que o mundo pra ela seja bem cheio de pirlimpimpim pelo máximo de tempo possível.

Porque magia é uma coisa linda.
E acaba.
E faz falta na vida de uma pessoa.
Outro dia um amigo me disse que eu sou uma bundona.
E muitas vezes eu acho que sou mesmo.
As poucas pessoas que eu gosto, quando gosto mesmo, recebem meus cuidados e minha atenção - inúmeras vezes numa escala que elas jamais imaginariam fazer igualmente por mim.
Não faço esperando algo em troca, faço automaticamente; por que quero, por que gosto dessas pessoas.
Mas, no fundo, espero algo em troca, sim.
Pode parecer esquisito.
Eu sei que muito provavelmente não vou receber metade do carinho que dedico à essas pessoas de volta - coisas de canceriano, esse signo tão mal interpretado - mas não deixo de me entristecer quando acabo não recebendo nada.
Sempre que isso acontece eu juro que não vou mais fazer -  porque acredito piamente que as relações são feitas de trocas - mas antes que eu perceba, já estou fazendo de novo, e vou continuar fazendo porque fazer essas coisas me faz bem.
Eu sento, me xingo, aceito o fato de que sou uma bundona, mas nunca, jamais, serei capaz de deixar de ser, sobretudo, uma pessoa boa.
Disso eu tenho certeza.

quarta-feira, dezembro 19

Encheu meu saco esse ano já.

Não era o dia pra desabafar isso.
Cumpri com todas as minhas obrigações, fui relativamente feliz.
Mas ando matutando sobre novos rumos.

Este não está sendo um bom ano.

Perdi meus dois empregos, carreguei dois milhões de angústias, só me relacionei com caras que acabaram por firmar ainda mais as queloides do meu coração, fiz muito pouca coisa que prestasse - poucos anos foram tão ruins quanto este.

Fiquei cansada, triste, gorda.
Fui de mal à pior.

Não quero mais esse ano.

Não que eu acredite realmente que a simples mudança de calendário vá mudar alguma coisa...
Só sei que não quero mais.

Ainda assim, tenho a tranquilidade de terminar este ano do inferno em paz.
Ajudei quem pude e quando pude, mesmo quando não podia realmente, e isso me fez bem.
Corri atrás de novas coisas como nunca.

Mas agora chega.
Pra mim já deu.

segunda-feira, dezembro 17

O fato de uma pessoa não te esperar pra sempre não quer dizer que ela não te ame, quer dizer que uma hora ela cansa de amar sozinha.
E essa hora sempre, sempre chega.
Por mais que demore.

quarta-feira, dezembro 12

Eu sou que nem viciada.
Melhor dizendo, eu sou viciada.
O dependente em drogas sua, treme, só pensa em consumir mais e mais, esquece as outras coisas por conta dela. Se promete que a próxima vez vai ser a última. Sempre. E torna a usar de novo se valendo desse subterfúgio.
Minha crise de abstinência estava totalmente sob controle.
Bastou um sms e voltou tudo.
Toda a vontade aflorou e acordou meu corpo todo.
É tão grande que a combustão espontânea não me parece impossível.
E eu já me prometi, que dessa vez é a última.
Até a próxima.

quinta-feira, dezembro 6

Uma semana e meia.
Todo mundo vivo, já não tão faminta.
Parece que fazem 6 meses desde que tomei a última cerveja...

quarta-feira, novembro 28

Terceiro dia de dieta e, por enquanto, tá todo mundo vivo.
Com fome, de mau humor, mas todo mundo vivo.

terça-feira, novembro 27

Meu médico é um fanfarrão.
Descobri que o remédio que ele me passou é uma combinação entre um antitabagístico e um antialcoolismo.

Passada meia hora do susto, tô começando a meio que curtir matar 3 coelhos com uma cajadada só.
Quando fizer efeito eu conto...

quinta-feira, novembro 22

E aí a pessoa lê:

"vc é gente fina demais, tem papo bom, é divertida... vejo você como uma boa pessoa pra namorar"

Não só você, meu anjo... Perdi as contas de quantas vezes ouvi isso das pessoas.
De teorias, papos, conversas, o mundo tá cheio, mas a realidade não é essa, não é assim que acontece.
São 5 anos sem um namorado fato.
De coisinha a coisinha, investimento a investimento, dor de cotovelo a dor de cotovelo e a coisa não funciona.
Cada ano que passa, cada dia que passa...
Na atual conjuntura da situação, não é uma coisa boa de ler.
Não mesmo.

Especialmente num dia em que você quer estrangular algumas pessoas; pra variar. 

quarta-feira, novembro 21

"Renata, você é linda."

Em meio a todo o furacão emocional que já estava instalado, positivo e operante, num momento em que tudo eu me acho é nada parecido com isso; essa frase teve mais poder de desestabilizar o que já estava caótico do que se o próprio objeto de afeição a tivesse pronunciado.

Foi uma das frases mais importantes ouvidas por estes ouvidos ao longo de todo este ano.

Vinda de uma boca que já foi todo o foco do meu desejo, da minha vida, em uma outra vida há muito esquecida... Uma boca que já foi todo meu tesão, minha tristeza, tantas e tantas coisas. Uma boca que eu acredito procurar até hoje.

O resto do que a boca disse eu não guardei.
Beijei avidamente a boca, me enlacei nela e no resto dela, mas não guardei mais nenhuma sílaba, e, ao invés de me sentir deslumbrada, feliz, enfim, linda no dia seguinte, o que pairava era tristeza.

Como é importante pra mim ainda hoje que essa boca me ache linda!
Como é possível palavras que cheguem tão tarde na vida?
Como é possível que elas tenham saído dessa boca e não da boca agora desejada?
...E a pessoa desenvolve uma insônia animal por causa de um garoto que não tá nem aí pra ela...
Ó vida.

terça-feira, novembro 20

A pessoa tem que ter muito treinamento Jedi pra não pôr o carro na frente dos bois, sabe?

A vida toda eu falei o que queria, na hora que queria.
Entrei muito no cano por causa disso.
Na tentativa de não entrar dessa vez, fico aqui, fazendo pose de fina, bem resolvida - enquanto por dentro me rôo inteira.

Não nasci pra isso.
Mas dizem por aí que quem espera sempre alcança, né?

Um ano e meio dessa brincadeira já...
Agora existe a categoria "não sei, não entendo", muitas vezes tenho vontade de jogar o celular na parede, de perguntar PORQUEMEUDEUS acontecem certas coisas.
Mas, tudo bem...
Foca no resultado e vai em frente, né?

terça-feira, novembro 13

E é óbvio ululante da Silva que no dia em que você encontra aquele amigo de colégio por quem tinha uma quedinha que você estaria um trapo.

A cena mais bacana do Mundo!
Ele me viu e veio correndo lá do outro lado do mercado me dar um abraço.
O encontro foi feliz e cheio de sorrisos, uma coisa gostosa mesmo!

Mas aí, quando viram as costas, você percebe que ele continua com a mesma cara de 20 anos atrás e você, que tinha saído debaixo de chuva despretensiosamente para levar a filha à fonoaudióloga, está de Crocs, vestido de bolinha com bolsa de oncinha, uns 30 quilos mais gorda e cheia de raízes brancas na cabeça.
Você percebe que deve ter sido uma punhalada visual no amiguinho designer.

E corre pra drogaria pra comprar a tinta de cabelo.

segunda-feira, novembro 12

O que eu quero mesmo é que o ano se acabe logo.

Podia ficar aqui contando minhas desventuras com o Sr. Seu Moço que tornou a voltar e confundir as minhas calcinhas.

Podia ficar aqui contando de como é difícil perder metade do meu ser e o quanto eu ando sofrendo diariamente pra isso.

Podia ficar aqui contando como eu tô explodindo de felicidade com a possibilidade da minha banda favorita vir tocar no Brasil.

Podia ficar aqui contando como eu vou sentir saudades dos paulistas que conquistaram meu coraçãozinho.

Podia ficar aqui contando como eu ando preocupada por não ter a pauta do segundo trabalho ainda.

Podia ficar aqui contando como me corta o coração cada currículo enviado que não tem resposta.

Podia ficar aqui contando o fiasco que foi o aniversário da minha já não tão pequena filha.

Podia ficar aqui contando as pequenas vitórias do dia a dia.

Podia ficar aqui contando miséria pela minha conta bancária eternamente no vermelho.

Podia ficar aqui contando sobre os livros incríveis que ando lendo.

Podia ficar aqui contando sobre a saudade que sinto de alguns amigos e a mágoa que ando sentindo de outros.

Podia ficar aqui contando um mooooooooooooooooooooooooooooooooonte de coisas.

Mas, hoje, eu só quero que o ano acabe logo.
Que comece outro.
Que tudo que vem vindo se resolva e passe e pronto.

quarta-feira, outubro 24

Anteontem eu desenhei.
Quatro páginas, frente e verso, dobradas ao meio.
Lembrei de quando costumava passar meus dias desenhando.
Desenhos sempre tão secretos, tão cheios de sonhos e esperanças - viagens.
Tinha vários dias já que a vontade estava aqui, mas eu não sentava e botava ela pra fora.
Foi tão bom quanto costumava ser.
Ela deu amor demais a quem não merecia.
Quebrou, ficou estragada.

terça-feira, outubro 23

Tem chovido um pouco aqui e um pouco ali.
A essa altura eu já deveria ter comprado um guarda-chuva novo - o meu está moderadamente quebrado e o da criança sumiu no meio da bagunça que impera no nosso lar.
As semanas têm sido frenéticas.
Pequenas vitórias a serem comemoradas.
Uma passada de vassoura, dias de academia, um freela mixuruca que vai cobrir parte do rombo orçamental, uma meia dúzia de palavras de alguém que sequer me diz bom dia.
Lá fora raios e trovões se fazem presentes e anunciam a tempestade.
Acho bom que ela caia hoje.
Nos últimos meses a vigilância sobre a previsão do tempo é uma companheira constante.
Neste momento, um enjôo significativo toma conta do meu ser a cada avião que passa voando por cima da minha casa. Tudo que consigo pensar é como estaria eu, dentro do pássaro de ferro, se uma tempestade se fizesse anunciar.
A última viagem foi desconfortável.
Apesar de pouco balançar, do dia não estar feio, tudo o que eu queria era descer logo dali, sair de lá de dentro.
Se um trovão estourasse ao meu lado, com a força que estourou agora lá do lado de fora, talvez, provavelmente, nem os poderosos e milagrosos calmantes seriam capaz de me trazer paz de espírito.
Penso em cada uma das pessoas que têm medo como eu.
Que o que mais desejam é pisar em terra firme e ver os filhos, amantes, maridos e namorados.

Não tenho pensado em amantes, maridos e namorados.

Tenho pensado em contas correntes, trabalho e compras de mercado. Juros.

Todos subjugados pelo som ribombante que vem lá de fora e passa mais alto, cheio de outros sons, a cada vez ou outra.

sexta-feira, outubro 12

Amanhã - hoje, se a gente considerar que já deu meia noite - é Dia das Crianças.

Vai ter lanche, presente, uma série de firulas em torno da minha pequena criança.
Ela está que não se aguenta, já me arrancou um dos presentes dela.

Eu, por outro lado, não consigo ficar feliz.
Faço contas, bolo cardápios, e bem sei que não sou mais criança, mas, lá no fundo, tudo que eu queria era ganhar um presente também.
Um abraço só já me bastava.

quinta-feira, outubro 11

Ir na rua é preciso.
No caminho, carros não respeitam o sinal, pedestres não respeitam...tudo.
Uma bicicleta me dá uma cortada, um pombo quase me faz tropeçar em sua indecisão de ir ou vir, uma mãe brinca com uma criança lambuzada de sorvete, outro pombo me dá um rasante, pedestres demais no caminho.
Na loja parece véspera de Natal.
Muita gente, vendedores frenéticos que sobrem, descem, passam e não pedem licença.
Esbarro nos mostruários, começo a ficar tonta.
Minha agonia demora a passar, mas passa.
Tudo resolvido.
Não quero mais sair de casa.

terça-feira, outubro 9

É isso.
Dia de fúria.

(Re) começou quando eu lembrei da desfeita que uma das coleguinhas fez ao convite da festa de aniversário da criança ontem. Mesmo depois de uma aula de bullying por parte da minha psicanalítica mãe, não melhorou em nada a minha vontade de mandar ela dizer pra menina que ela só tinha sido convidada por educação.

Depois, soube que a escola programou um passeio pro dia da festa.
Fiquei com ódio.
Não só a menina vai perder o passeio, como pode ser que muitos coleguinhas desistam de ir por causa dele.

Aí, finalmente comprei as passagens para visitar meu irmão, depois de um mês tentando retirar as mesmas usando milhagens. Me deu vontade de ligar pro programa de milhagens e dizer que eu tinha comprado as passagens e eles podiam enfiar todas elas no cu.

Meu ex-chefe me dizendo que quando o projeto dele engatasse meu emprego estava garantido também não contribuiu em nada para o sentimento de inadequação financeira que me assola.

Aí pego um livro novo para ler e descubro que o final (trilogia) só deve sair em 2015.
Nunca mais compro uma porra duma saga literária que já não esteja totalmente publicada. Saco.

Odeio todo mundo, tá tudo errado e eu voltei a ter 15 anos.
Tem épocas em que ser adulta não é nada, nada divertido.
Tipo quando você não tem um puto no bolso, tá devendo a um monte de gente, não consegue emprego...
...E assume que está profundamente deprimida.

segunda-feira, outubro 1

...Numa outra definição, ser obrigada a virar esta página, me deu uma estranha sensação de liberdade, de poder cavar um novo começo, uma nova história, que tenha mais a ver com o que eu preciso.
E aí outro dia eu pensei como ia ser o dia em que ele arrumasse uma namorada.
Hipótese perfeitamente plausível.
Hipótese ontem confirmada.

Achei que fosse sofrer demais, demais, demais.
Triste, sim.
É o clássico da minha vida.
Mas sofrendo? Não.

Acho que ele precisa ser feliz, se dar outra chance.
Mesmo que não seja comigo, que já andava pensando em tirar meu time de campo de vez.
Por mais que a gente goste das pessoas, às vezes elas não gostam da gente do mesmo jeito; é preciso saber reconhecer quando tentar, insistir, não traz benefícios ou muda coisa alguma.
Por mais que a gente goste das pessoas, às vezes é preciso deixar elas irem embora, abrir espaço dentro da gente; se libertar de histórias que nunca vão ser resolvidas.

Eu tenho problemas com esse espaço, mas...
...

quarta-feira, setembro 26

Coisas que eu queria hoje:

Dinheiro.
Um namorado.
Anfetaminas.
Uma faxineira.
Uma manicure.
Uma pauta.
Cerveja.
Dinheiro.

Adoro essa vibe TPM/ fim do mês.

Ela entra na lotérica como entra quase toda semana.
Pensa, como quase todo mundo, em tudo aquilo que os 2 Reais que carrega na mão podem vir a comprar.
Pensa no casal na Grã-Bretanha, que ela leu no jornal, ganha na loteria a cada filho feito.
Pensa que nem tem como fazer outro filho.
Não é muito o que ela quer na vida.
De um modo geral.

Ela entra na lotérica como entra quase toda semana.
Deposita seus sonhos naqueles 2 Reais.
Naquele pedaço de papel toscamente impresso.
Pensa na piada de Deus - piada mesmo.
No fundo, no fundo, ela tem fé.

Ela entra na lotérica como entra quase toda semana.
Porque ainda acredita que seus sonhos podem virar realidade.
Porque o que ela precisa é ar para respirar.
Porque é assim que gente não tão adulta vive.
Sonhando.

terça-feira, setembro 25

Terceira semana de academia.
Já odeio a esteira.
Chato pra cacete passar 40 minutos andando no mesmo lugar.
A Fátima Bernardes não ajuda em nada.
O metal ajuda, mas não salva.
Chato pra cacete.
Lá pelos 25 minutos apareceu o professor que me mandou passar por esta tortura medieval.
Me deu um sorriso, que se ele fosse candidato à alguma coisa, eu votaria.
Eu estava tão concentrada em pensar em cortar os pulsos que só consegui fazer uma mistura de careta com aceno com beijo.
Deve ter sido horrível.
Bem feito pra ele, porque esteira é chato pra cacete.

segunda-feira, setembro 24

Não quero mais 2012.

Em 2011 eu soube que ia ser um ano difícil, puxado.
E foi.
Mas, como sempre, achei que pior não podia ficar.
Ficou.

2012 começou com a promessa de muito sacrifício, cansaço.
O que eu não esperava foi o que veio junto com isso, a solidão massacrante.
Está sendo um ano de muita dor, de muitas decepções, muito maiores do que eu achava que viriam ou que podia aguentar.
Não quero mais.

2012, eu não te amo mais.

quarta-feira, setembro 12

Felicidade tá em falta, só semana que vem.
Então... Tive um sonho muito louco com uma amiga agora.
A gente tava filmando uma coisa no pavilhão de são cristóvão - longo pedaço passando por cancelas dentro de um taxi, subindo e descendo rampas atrás de uma pessoa- aí a gente ia descendo até achar um subnível bem lá no fundo escondido e abandonado. Na volta, ela comentava comigo que tinha achado aquele buraco sinistro, aí vinha um cara de jaqueta de couro que dizia que era comunista e levava você de volta. Isso com a gente pendurada de cabeça pra baixo num trilho cheio de graxa.
Tinha uma equipe enorme, eu chamava todo mundo, aí eu começava a chorar dizendo que alguém tinha que ir buscar ela. Do lado de onde a gente tava começava a funcionar uma central do Itau e nego começava procurar um comunista pra ir te tirar de lá. Eu chorando mais e mais.
Aí do nada, aparece um negão de rádio na mão trazendo ela e o cara, que era uma mulher.
Aí ela foi e deu um beijão num cabeludo loiro lá chamado Bruno.
Aí eu acordei. 

domingo, setembro 9

Ah, famílias felizes!
Quero que se explodam todas.

quinta-feira, setembro 6

Ontem tive tempo de divagar sobre como as cidades, os bairros, possuem uma biologia própria, são organismos vivos.
Um tempo que você passa longe deles e tudo já se modificou.
Lojas tomam o lugar de outras lojas, prédios diferentes se levantam, pessoas diferentes transitam.

Ontem tive tempo de pensar numa lista de coisas que tenho medo.
Um inicinho pequeno e breve já denunciou que tenho muitos, muitos medos.
Patologia séria, mas vivo com eles.
Fiquei com vontade de desenhar meus medos.

Hoje não foi um dia bom.
Tive muita dor e muita tristeza, não tive tempo.

quinta-feira, agosto 30


"Quinta, 30 de agosto de 2012
Um projeto de viagem pode precisar ser adiado, mas somente por uns dias. O dia pode parecer confuso, especialmente no que se refere aos projetos idealizados por você. No amor, a paixão corre solta."

Eu apostaria no exato oposto.
Viagens correm soltas, o amor pode precisar ser adiado.
Logrei êxito.
O primeiro trabalho saiu.
Up to the next.

segunda-feira, agosto 27

Esse fim de semana comentei que tinha certeza que Deus era bom de alguma forma.
Que se Ele seguisse tudo aquilo que eu já quis na vida, a vida seria bastante diferente do que é hoje.
Talvez não tão feliz como eu supunha que seria na época.

Aí hoje eu fui fuxicar o facebook de um ex.
(Sim, eu fuxico.)
Um ex daqueles - que quebrou meu coração, do qual eu nem sei bem se já me recuperei totalmente, tal a devastação que o cidadão ocasionou na minha vida.
Aí lá tinha uma moça reclamando abertamente que sobre sentimentos ele ainda tinha muito que aprender.

Fiquei triste por ela, mas feliz por mim.
Anos depois, ele também não mudou, no fim das contas.

Assim, realmente acho que alguma meta oculta Ele tem e ainda não dividiu comigo.

Os dias vão ficando assim.
Luto para acordar.
Luto para levantar.
Luto para escrever.

A cada letra digitada, impressa no papel; duzentas surgem na cabeça; mas a luta continua.

Luto para comer, ou deixar de comer.
Luto para andar.
Luto para não parar.

A poeira se acumula; a louça se acumula; a vida se acumula.

Luto para tomar banho.
Luto para pensar e parar de pensar.
Luto para dormir.

Todo dia, o dia todo, dia após dia.

Só não luto ou reluto em desperdiçar, espalhar, deixar escorrer todo o amor.

sexta-feira, agosto 24

Aí é assim.
É só a gente saber que vai ter um mês daqueles que já começa a dar defeito.
Bate angústia, carência, a cabeça faz contas absolutamente o tempo todo, a casa emerge em poeiras variadas.
Fica tudo uma beleza.

Nesse meio tempo, o relógio ruge enquanto você sofre de forma excruciante para terminar "o texto" com relativa calma.
Definitivamente, não sou fã de correr.
O mau humor já deu sua graça.
Parece que nunca mais na vida vai acabar.
Não estou bebendo, mas me prometo tomar um porre daqueles quando acabar com isso.

O não estar bebendo, por sinal, hoje foi uma dádiva.
Em outros tempos, teria metido os pés pelas mãos, como me é habitual e isso não seria bom.
No Sir!
Fiquei deveras feliz em ter sido fina.
Fiquei deveras feliz e boba adolescente porque comecei a achar lá no fundo uma coisinha... :)
(I think he likes me!)

Ainda achei tempo, olha que coisa, pra elaborar, pensar, combinar e começar a agitar o "Massacre das Bailarinas" (a festa de aniversário da minha filha).

Semana produtiva, proveitosa, com altos momentos de tremenda satisfação pessoal.
Hoje que não foi um dia bom.

Quanto mais preocupada, menos eu durmo, menos eu rendo, mais me caem os cabelos.
Mas vem coisa boa por aí.
Tem que vir.

quarta-feira, agosto 22

"Entre os dias 22/08 (Hoje) e 31/08, você estará vivendo o seu aniversário de Mercúrio! Esta é uma fase de valor singular, pois é quando o planeta Mercúrio completa um ciclo revolutivo em torno do Sol, voltando para a mesma posição em que estava no momento em que você nasceu. Este momento é traduzido como uma fase de renovação da mente, de redefinição das suas prioridades no que diz respeito a objetivos e empreitadas de curto e médio prazo. Sua mente fica poderosa nesta fase, de modo que lhe parecerá mais fácil chegar a conclusões a respeito dos problemas que você tem para resolver. O aniversário de Mercúrio é uma fase em que novas idéias transbordam, nos indicando novos caminhos."

Amém!
O trabalho de parto de um texto grande é lento e doloroso.
Muito lento.
E muito doloroso.

Mas ajuda a distrair a mente daquilo ao qual ela não pertence, não foi moldada, para estacionar.

sexta-feira, agosto 17

"Ele gosta de estar solteiro! O (signo do rapaz) é aquele tipo de pessoa que não resiste a uma boa farra e troca qualquer companhia para estar com os seus amigos. Não costuma se apaixonar fácil e gosta de manter relações sem compromisso."

Aquele momento em que você só pensa que fudeu.

terça-feira, agosto 14

E quando você não quer que a sua filha cresça mais?

E quando dinheiro passa a ser mais importante que amor pra você?
Às vezes eu tenho muito ódio de quem acha que quem é gordo o é por ser preguiçoso, que usa o biotipo como desculpa.
Essas pessoas não tem a menor idéia da merda que é fazer dieta desde a mais tenra idade, muito antes dessa coisa de "Medidinha certa" ser moda. 
Das suas amigas todas terem roupas lindinhas, que não cabem, nem nunca vão te caber porque os estilistas acham que gente gorda anda pelada, ou, no máximo se cobre. Suas roupas nunca vão tão bonitas ou estilosas quanto às delas.
Do mal que faz à autoestima de uma garota sair por aí sabendo que nada vai ficar bem nela.
Da merda que é, de tempos em tempos, ser obrigada a fechar a boca para perder em dois meses o que eles perdem em duas semanas, e, por causa disso, ter outras parte do seu corpo esteticamente comprometidas. Da fome e do mau humor que nos atacam quando isso acontece - e acontece muito.
Do quanto é ruim ver mocinhas todas lisinhas, de peitinhos em pé por aí, sabendo que você só vai ser assim a custa de muita cirurgia ou de nascer de novo.
De saber que, não importa seu intelecto, seu humor ou seu bom caráter, as moças escolhidas pelos moços dificilmente vão ser você.
Da preocupação que você tem se a sua filha também vai passar por isso - porque a idade vem e a gente aprende a aceitar melhor isso, mas sabe muito, muito bem o trauma de vida que isso é.
Sim, existem pessoas mais largas.
Sim, existem pessoas que de respirar engordam.
Mesmo que elas comam equilibradamente, se exercitem e tudo o mais.
E, sim, essas pessoas também tem sentimentos.
Talvez por conta do livro lido, mas ando com uma certa nostalgia de Copacabana.
De sentar e olhar aquelas pessoas passarem.
De cumprimentar o porteiro, a velhinha da lavanderia, as crianças na praça.

É uma felicidade poder passar 15 dias em casa.
Vou namorar Copacabana um pouco nos intervalos.
Lavar a alma nas ondas do mar, se fizer sol.

Mais pra frente talvez até aproveitar outros bairros...

sábado, agosto 11

Exercício do dia:
Pense em como seria o início da sua autobiografia, narrada em primeira pessoa.

- Eu vou ser mãe de alguém.
Olhei para o exame e não tive dúvidas. Naquele momento tomei a decisão mais egoísta de toda a minha vida.
Não pensei em dinheiro, nos outros envolvidos - pai da criança, minha família - nada.
Os números eram claros: eu não estava grávida, eu estava MUITO grávida - coisa de mais de três meses.
Na porta do laboratório tudo mudou em segundos, e, ali começou minha segunda vida.
Difícil se vestir, se maquiar para sair, quando o que você esperava era se despir, ficar de cara nua.
Mas, foi-se o tempo em que eu ficava esperando e lamentando...

quinta-feira, agosto 9

Há quem diga que o Garcia-Roza sempre faz mais do mesmo.
Eu digo, até.
Mas é um do mais do mesmo que te pega.
Há duas semanas meus companheiros fiéis são livros que, de uma forma ou de outra, abordam os conflitos do Oriente Médio, aí sem querer, talvez querendo aproveitar a vibe mais leve que me acometeu, lancei do Garcia.
Um terço do livro já foi neste fim de dia e a coisa anda a passos tão largos que vou viajar com ele e o escocês na mala com medo de que tudo se acabe antes da viagem de volta.
Queria eu fazer mais do mesmo assim, sabe...?
Um cansaço enorme.

Não deixa de ser impressionante como as coisas começam a caminhar quando a gente resolve se andar também.

A fome já não incomoda tanto - a falta do copo continua forte, mas eu tenho o consolo de poder me valer dele uma ou duas vezes por semana.
A grana continua sendo artigo de luxo, ainda que eu venha cortando cada vez mais luxos.

Mas hoje fiz uma boa entrevista, recebi abraços e sorrisos.
Desde ontem, sinto-me feliz, inundada de amor, na verdade.

Tudo que fiz hoje, não fazia há meses, e isso foi bom, ainda que - mesmo inundada - continue com um certo mau humor.

Duas bolhas no dedo mindinho do pé.
Sensação de dever cumprido por hoje.
Amanhã uma nova viagem.

As coisas caminham, eu também.
E em meio a semanas deprimidas e abandonadas, ela realiza que vai sentir saudades desta vida dupla quando ela acabar.
Que ironia...
Da última vez guardou a escova de dentes.
Por um acaso do destino, sua gaveta anda cheia de toucas, sabonetes e escovas de dentes descartáveis. A cada viagem, novos itens tomam moradia provisória.
Ele usou uma.
Ela guardou.

E guardou.

E aguardou.

O tempo passa rápido e ele ainda não voltou.
A cada dia que passa, ela acha que não vai voltar.
Diz que não vai mais puxar conversa, se oferecer, responder...
O fato é que ela é louca por ele.
E sabe que isso pode ser bem ruim.

Ela guardou a escova.

E aguardou por ele.

Dez dias se passaram desde que ela resolveu se desprender dele.
Nesse meio tempo, mensagens pipocaram.
Ela respondeu.
Como sempre, solícita, carente, faminta.

Hoje conversaram.
Ela jogou fora escova de dentes.

Mas continua aguardando...

quarta-feira, agosto 1

Existirmos: a que será que se destina?

terça-feira, julho 31

Aí o dia passou, o quebra-cabeças acabou, a solidão apertou e ela só pensa que aceitaria de bom grado uma nova vida ou um bom afago.
4:20 da manhã.
Se juízo tivesse, não teria nem aberto os olhos.
Não estava mais acostumada a dormir cedo, mas o cansaço falou mais alto e o dia que chega - o próximo - vai ser puxado.
Deitou ao lado da coisa mais preciosa que possui, ciente que tal fato estraga ambas, mas feliz de ver como ela dormia pacificamente, segura.
Tão bonita...
Ao longo do dia perdeu-se pensando.
Pensando em seu destino, em suas escolhas, em como homens podem ser tão babacas e que sina era aquela que carregava.
Já não dormiu pensando nisso, mas, ao longo do sonho, se perdeu em sequencias de quebra-cabeças - precisava de um novo, o que tinha já não mais a satisfazia.
No meio das sequências, uma memória do passado.
A memória do passado, a urgência do futuro, a fez abrir os olhos e se perder em buscas sem fim no google, revivendo pedaços já esquecidos, já tão antigos.
Não achou o que queria, mas bolou um plano a longo prazo - que ela nem sabe se vai poder cumprir.
Perdeu-se em dores de amor alheias e não se sentiu mais tão sozinha - tinha companheiros de dor.
Se juízo tivesse, não teria nem aberto os olhos.
Não precisa de mais planos.
Precisa de ações.
Mas já tem um novo quebra-cabeças.

segunda-feira, julho 30

...Além disso, cheguei à conclusão hoje de que, para ser plenamente feliz, no conceito que nós imaginamos como felicidade plena - mas que eu sei que é furada, coisa e tal - só me faltam duas coisas na vida.
Duas coisas e tudo estaria o-kay.
Pleno.

É bom quando a gente descobre e assume o que quer, o que falta, o que precisa.
É uma merda realizar o trabalho que vai dar ter essas coisas.

Sorte minha ser persistente.
Acho...

quinta-feira, julho 26

Uma vibe meio "O Mundo Pós Aniversário" no ar...

domingo, julho 22

E, de repente, 35.

O mau humor demorou a vir, mas veio.
O rewind de vida demorou a vir, mas veio.
Vieram os 35.

Foi um dia frio.

Tirando os abraços dos amigos de curso, foi um dia quase interminável, bastante triste.
Não estava na minha cidade, não estava com a minha família; estava só, longe, amargando a hora da volta.

No metrô algumas lágrimas teimaram em vir.

No aeroporto, porém, eu não era a única só.
Aeroportos sábado à noite são o perfeito retrato da solidão, da urgência e da angústia de voltar para casa.
Estava lá no rapaz que se despediu de seu rapaz aos prantos, na moça que passou uma hora dividindo a vida dela comigo, me fazendo companhia - uma companhia abençoada, um exemplo de vida - nos cantores famosos e seu entourage que atendiam passantes sem jeito para depois se sentarem de cabeça baixa, nos grupos familiares que bebiam chopps supervalorizados para matar o tempo.

O mundo é lindo iluminado lá de cima, mas mais lindo ainda foi voltar, chegar em casa, soprar uma vela e receber abraços de quem importa.

Os amigos guardaram tudo para hoje.
Ele avisou que não vai.
Melhor assim.

Pensei um pouco, reclamei um pouco, deprimi um pouco, mas é isso; 35.
Não deu para gastar muito tempo pensando em tudo que não deu certo até aqui.
Até aqui, pago o preço pelas minhas escolhas de vida e não me arrependo.
E nada na vida é de graça, sem preço.

Daqui pra frente, que venham mais 35.
Não vou lamentar a velhice, a falta de grana, a falta de amor, vou celebrar aquilo que tenho, que conquistei em 35 anos e me fazem ser quem e como eu sou.

Feliz Ano Novo pra mim.

quinta-feira, julho 19

Em meio a tudo isso, comprei dois vestidos novos.
Em meio a tudo isso, decidi que seriam os dois últimos vestidos que eu vou comprar por um longo, longo tempo.
Há muito reclamo, há muito procrastino, mas já quebrei a promessa mais séria que tinha feito a mim mesma: de não voltar a ficar extremamente gorda.
Odeio dieta, odeio privações, odeio absolutamente tudo que a minha genética trouxe neste campo; mas é preciso.
Com urgência.

quarta-feira, julho 18


Ir assistir a um filme infantil, num shopping, nas férias e em dia de chuva, é uma tarefa para os fortes.
Tudo na sentença acima grita “programa de silvícola”, mas a pior, a pior parte mesmo do programa são – pasmem – os pais das criancinhas.
Aquelas pessoas lindas, que ignoram solenemente TODOS aqueles avisos que passam em áudio e vídeo no início da sessão; e ficam com os celulares ligados, explicam em alto e bom som para a sala inteira cada cena do filme para seu rebento, conversam livremente e levantam e sentam quando bem entendem.
Luz no escuro desvia a atenção, atrapalha.
Se a criança não entende, a gente explica no ouvido.
Falar ao mesmo tempo em que os personagens do filme – seja ele dublado ou legendado – gera conflito cerebral.
Desfilar na frente dos convivas definitivamente não é de bom tom.
Não podemos esquecer que prestar atenção se a sua criança não está, por ventura, chutando a cadeira da frente também não cai mal.
Regras de etiqueta e de convivência pública que 90% das pessoas, os pais, aquelas pessoas lindas, se esquecem de pôr em prática e repassar a seus rebentos.
O resultado disso tudo é a criação, numa projeção aritmética assustadora, de novas pessoas lindas e maravilhosas como eles; que só se lembram do direito alheio quando os seus próprios direitos são feridos.
(Porque eu não tenho a MENOR sombra de dúvida de que, se fossem outras pessoas fazendo com eles, paus e pedras iriam rolar facilmente.)
Por conta destas pessoas maravilhosas, pilares da educação; ir ao cinema, num shopping, nas férias e em dia de chuva, é uma tarefa para os muito, muito fortes; que saem muito, muito tristes.
(Porém extremamente orgulhosos da sua cria não fazer parte deste grupo medonho – Graças a Deus, Amém.)

segunda-feira, julho 16

Quando os dois se conheceram, ela se apaixonou.
Eles nunca tiveram nada a ver realmente um com o outro, só amigos em comum.
Ela é Madame, ele Zona Norte.
Ela é fresca, ele não está nem aí pra nada.
Ela gosta de metal, ele de rap.
Ainda assim, nasceu alguma coisa ali.

E eles namoraram brevemente.

Mas, naquela época, ele não era dela. Aí ela dançou.

Só que os anos passaram, e ele volta sempre.
Eles ainda fazem o teatrinho de fingir que não vão transar, conversam um pouco, bebem juntos, mas sempre, sempre acabam na cama.
No início o teatrinho era completo.
No início era amorzinho gostoso, hoje eles fazem sexo. Quase furioso.

Já se amaram, já se beijaram, já brigaram, já fizeram as pazes, choraram juntos e riram muito juntos.
Ela sabe que ele tem um carinho imenso por ela, uma espécie de amor diferente.
Esse amor diferente muda, se transforma, mas entra ano, sai ano ele está ali.

A história é bem simplesinha.

Moça conhece rapaz.
Moça fica com o rapaz.
Moça gosta do rapaz.
Moça chama o rapaz para sair 3 vezes, que ela não é muito chegada num amor próprio - e fica com ele de novo nesse meio tempo.
O moço não aparece.
Moça desiste do rapaz.

(Sim, a moça anda saindo com mais de um rapaz; afinal ela é solteira.)

sábado, julho 14

Primeiro fim de semana em casa sozinha em um longo, longo tempo.
Já fui abandonada por um, tomei toco do outro e todos os amigos sumiram.
Auspicioso prum sábado à noite, não?

sexta-feira, julho 13

Amar é..
...Trocar a lâmina do aparelho de barbear antes Dele chegar.
Ele vai treinar.
Diz que dá tesão e que depois f@#e feito um cavalo.
Eu lavo banheiro, faço faxina.
Nice couple.

quinta-feira, julho 12

Tem dia que acho que não valho o pão que como...
Homem é que nem biscoito; vai um, voltam 18.

Livre adaptação.

sábado, junho 23

Aí em meio ao caos de Rio + 20 a pessoa desenvolve uma convicção sangüínea de que não quer estar presente no país quando vier a Copa do Mundo.
Sentindo as delícias e dores da vida adulta, considera seriamente a possibilidade de deixar o banco feliz; pedir um empréstimo a perder de vista e ir de encontro aos desejos mais profundos de seu coração.
Aí a pessoa lembra que em 2016 tem Olimpíadas.
Que não vai dar tempo de se virar nos 30.000 para pagar o empréstimo e pedir outro.
E senta e chora.
"A Lua em Leão faz um ótimo aspecto com Urano e mobiliza suas finanças. Um convite para participar de um projeto remunerado pode ser feito a você. Mercúrio em seu signo movimenta a vida social e renova as amizades."

Deus te ouça, horóscopo, que a precisão aqui tá grande.

quinta-feira, junho 21

Há uns dias atrás eu devaneei sobre ter outro filho.

Um ato absolutamente normal, visto que a minha está crescendo a passos muitíssimos largos; mas, na atual conjuntura, talvez a coisa mais impossível de concretizar que exista no Universo.

Hoje, por outro lado, cheguei à conclusão que a maternidade pra mim não podia ter vindo em hora melhor.

Hoje, com a minha filha mais crescida, fiquei na dúvida se estava ficando muito velha ou muito mau humorada ou as duas coisas - todas as crianças pequenas me pareceram a mesma criança e eu não tenho siricoticos todas as vezes que vejo um bebezinho.
Bebezinhos, em geral, são só bebezinhos.

Depois de um tempo eu passei a desconfiar que não gosto muito de crianças.
Gosto da minha criança.
As crianças de hoje são muito precoces, mal educadas, verdadeiros projetos de tudo que eu mais detesto na humanidade (salma uma ou duas), então eu não gosto muito delas por causa de como os pais vem criando elas.

Talvez esteja velha.
Talvez mau humorada.
Talvez eu tenha só perdido a fé mesmo.

quarta-feira, junho 20

Planejando "festinha" de aniversário para suprir carência emocional em nível estantâneo.

Preciso esperar entrevista de emprego para bater martelo na data e me degladiar com a culpa materna - fazer a festa com a filha presente ou ausente - mas já começo a desconfiar que vai ser uma bela duma zona industrial só pela quantidade de ex's e futuros e eternos pretendentes.

segunda-feira, junho 18

Ele é uma coisa que demora a acontecer.

O Primeiro foi, sem exagero, O Amor da Minha Vida.
Mas eu sabia que ele não era Ele.
A gente soube que não ia durar para sempre - com toda a dor que essa sabedoria trouxe junto.

Dele pra lá, muitos aconteceram, a maioria eu achei que podia dar certo.
Podia visualizar uma espécie de futuro e aceitar essa visualização, essa idealização.

Hoje eu acho que cada uma delas teriam feito da minha vida uma coisa que eu não sei se gostaria de viver - da família extremamente católica ao chinelinho no chão na periferia.

E Ele?

Aquele cara que você acha que pode ser O Cara?

Eu aceito prêmios de consolação, aqueles que aparecem e me dão uma certa bola, mas Ele...?

Talvez pudesse ser ele.
Talvez possa ser o outro.

Mas o martelo, a certeza, em 35 anos nunca veio.
Nem Ele.
Vida profissional essa Linda, em suspenso até o fim do "feriado" carioca.

Enquanto isso, a vida emocional cada vez mais se complica.

Meu Cavaleiro apareceu, está perdido no mundo, como sempre.
Ao mesmo tempo que marca dois encontros reais comigo, que eu sei que ganho uma nova e maior importância também na vida dele, no momento que convido pro meu aniversário:
- Claro! Óbvio! Pode levar gente?
Fazendo a fina, não perguntei que tipo de gente ele iria levar, mas tive tremeliques, confesso.

Ao mesmo tempo, no meu sofá dorme aquele que nesta mesma época ano passado eu achava que pudesse ser O Cara, O Homem, Ele.
Que está aqui desde ontem, que é o primeiro cara que eu recebo em casa com a filha no mesmo ambiente, que é um gentleman, me faz rir, nos levou pra jantar e...Deus!... É abençoado por Zeus!

Tudo gira dentro da minha pequena cabeça.

quinta-feira, junho 14

Chateada com o Dia dos Namorados?

Não. Nem tanto.
De repente descobri que tem 5 anos que não tem namorado nessa data - acostumei.

Teve sim, um momento de pesar, de saudade, de falta dele, que não aparece há alguns dias...
Mas ele é novo, novidade nova, eu ainda sei tão pouquinho dele - e, otária, já apegada.
Pode ser que ele tenha namorada, que eles tenham ido viajar; pode ser que ele tenha ido viajar - mas praonde que não me disse? (Ele sempre me diz.)
Podem ter acontecido um milhão de coisas...
Fato é que ele tem feito falta...

(Num nível de zero a dez, quão carente é uma pessoa que começa achar que está começando a se apaixonar por uma pessoa que ela nunca consegue ver fisicamente de corpo presente?)

Mais preocupada estou/ estava com a falta de dinheiro.
Esse dinheiro que vai existir e nunca existe.
Com como fazer semana que vem, como pagar as contas, alimentar a criança...
Tomei até coragem para ligar pruma pessoa pedindo emprego - coragem MESMO porque eu não sei fazer essas coisas.

Me afundei num livrinho de quinta que comprei numa feirinha há uns meses atrás.
Enquanto quebrava a coluna ao meio (nem as molas ensacadas individualmente conseguem ser eficazes contra a falta de posicionamento), pensava nele e nas contas e nele e nas contas num looping insone alucinante.

Não terminei o livro ainda.
Ele não apareceu ainda.
Não sei como será a semana que vem ainda.
Mas a coluna tá bem melhor.



(Meu dedo ainda vai demorar vários meses para voltar a ficar algo próximo do normal, mas eu vou me virando...)

terça-feira, maio 29

Preciso de dinheiro, um homem, uma faxineira.
Não necessariamente nesta ordem.
E ainda aceito só umas cervejas de consolação.

segunda-feira, maio 21

Lindo demais
Coração é terra que ninguém vê

Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.

Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.

Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão

Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração. Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
foi que encontrei...

Cora Coralina

quarta-feira, maio 16

Dedo severamente machucado. Postagens suspensas até cicatrização.

sexta-feira, maio 11

Aí você faz um resumo da situação pra uma amiga que já tava meio por dentro da situação e:
"Ai, mata esse homem!"

Amor eterno. <3

Quem tem amigo, tem tudo nessa vida.
Aí a filha se apega numa criança.
Você acha a mãe maneira e convida as duas pra saírem pós festinha.
As mães se adicionam no facebook.
Aí você hiperventila por que descobre que ELE é amigo dela.
Pior, você tem CERTEZA de que ou ele já pegou, ou está se empenhando nisso.
Para o bem ou para o mal, você resolve contar pra ela.
E treme, treme, treme...
Tô eu no salão fina, fazendo as unha pra Festa de Dia das Mães de daqui a pouco e senta uma mocinha do meu lado. Olhei, olhei e perguntei se o filho dela não era da escola da Olívia. Era. Mesma turma.
Aí ela me diz que o filho está apaixonadíssimo pela Olívia, que escreveu um bilhete pra ela, citando:
"Quer casar comigo?
( ) Sim
( ) Não
... É sua última chance!"
Aí eu falei que proibi a Olívia de namorar,etc.
Ela: Mas ele não quer namorar, não! Quer casar!!!
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

Foi festa no salão.

****************************************

Que alguma coisa de boa essa semana de merda tem que ter.

****************************************

Tô quase, quase melhorando.
Um pouco pelo menos.
Vou estudar mais.
Como eu vou pagar, é uma incógnita, mas...

quinta-feira, maio 10

E, confesso, eu quero muito, mas MUITO, que a terapeuta dele coma ele no esporro.
Acho que vou ter uns 28 orgarsmos quando isso acontecer.

quarta-feira, maio 9

Não quero morrer sozinha. Não aguento mais viver, ser e fazer tudo sozinha.
E a cada desamor, são duas dúzias de lágrimas, uma dúzia de porres, mais cicatrizes no coração - esse teimoso já tão retalhado, mas tão retalhado que, a cada desamor me dá mais certeza da minha causa mortis.
Ninguém pode dizer que a vida não é emocionante - mesmo quando não parece.
Apesar do marasmo, achei que a essa altura, não tinha mais como me surpreender.
Me surpreendo a cada vôo, cada pouso me deixa mais forte em ver como eu não sou, como eu não me deixo ser escrava do medo.
Me surpreendo a cada novo velho amor, sei que ele vai voltar, sabia onde isso ia dar, mas nunca imaginei que poderia terminar algo pelo facebook.
Me surpreendo por cada lágrima derramada, já que sabia que não ia dar certo.
Me surpreendo a cada ritual tribal aprendido, a cada texto choroso que sai em consequência deles.
Me surpreendo a cada novo abraço.
Tudo isso significa que eu ainda sinto alguma coisa.
E isso significa muito.
A sensação é de estar sendo intergalaticamente burra.
Mas aí que essa sensação pode valer tanto pra mim, quanto pra ele.
Mas eu sei o que eu quero, vou pagar pela burrice.
O que eu não quero é pagar de novo pela burrice alheia.
Meu peito dói.
As lágrimas escorrem e, sim, sinto-me burra.
Mas é isso.
Não posso mais.
De novo.
Acho que em vez de escrever uma tese sobre biografias, vou escrever uma sobre como o interesse na minha pessoa morre depois que eu abro a porta e começo a mostrar interesse nos espécimes do sexo masculino.
Por que isso é um dos Grandes Mistérios da Natureza.

terça-feira, maio 8

Entre os dias 08/05 (Ontem) e 22/05, você estará vivendo o seu aniversário de Vênus! Trata-se de um momento especial, em que o planeta Vênus completa um ciclo revolutivo em torno do Sol. A qualidade deste momento envolve você se perceber mais atraente, como se irradiasse mais beleza. Este também é um momento de renovação da sua vida afetiva, em que você repensará suas prioridades e seus valores no que tange às suas relações. O momento também é propício para cuidar do visual, fazer coisas que lhe dão prazer. O aniversário de Vênus é uma fase em que percebemos que merecemos prazer em nossas vidas. Usufrua!

Bom, o Dia de Princesa já tá marcado pra sexta...
Uma tristeza que mal cabe dentro do peito...

domingo, maio 6

Nota: não se pode ter tudo na vida.

quinta-feira, maio 3

Nota: brigar com a filha é o melhor desencadeador de insônias do Universo.

quarta-feira, maio 2

Os Quartos de Hotel

Quando chegou ao quarto do hotel, lembrou-se da primeira das muitas viagens que andava fazendo ultimamente.
Naquela noite, ao tentar dormir na imensa cama de casal que lhe havia sido alugada maldisse as noites que já havia passado em claro assistindo aos programas de fantasma que tanto gostava.
Naquele quarto estranho, com um leve descascado na parede e um branco onde havia estado um quadro, tudo o que ela conseguia pensar é que teria visitas à noite.
Os programas a divertiam, as histórias de seus autores favoritos também, mas ela não fazia a menor questão de verificar se eram reais ou não.
Morria de medo de aparecer uma figura por trás de si no espelho do banheiro.
Ou descobrir algo morando nos armários.
De protagonizar aquela famosa cena onde uma força invisível puxa o lençol ou você recebe um abraço de madrugada de alguém que não deveria estar lá.
Em casa, no território que ela dominava e era mestre, nenhum desses medos a assaltava no nível que estavam chegando hoje.
Mas aquele quarto, era um quarto desconhecido.
Por mais absurdo que fosse, e apesar de seus cabelos brancos, achou mais seguro dormir com as luzes acesas.
Isso foi no primeiro quarto.

Desta vez, recebeu um quarto com três camas de solteiro.
Achou divertida a idéia de que pudesse ter companhias invisíveis. Apagou as luzes, sonhou como há muito não sonhava.

Acordou e encontrou as outras camas desarrumadas.
No mais, que Deus tenha piedade de mim quando chegar a adolescência.
Porque tem dia que filho é foda.
Se eu fosse esperta cancelava o love date de hoje.
Aquele momento do mês que os hormônios me traem.
Mas eu sou meio burrinha.

terça-feira, maio 1

Começando a ter problemas de apego.

É só um batom

É um batom.
Mas poderia, pela aparência, ser uma pequena lanterna. Daquelas que cabem no bolso, na palma da mão, que a gente usa em casos de emergência.
Dali sairia uma luzinha, não tão potente quanto a de uma grande lanterna, mas forte o suficiente para ajudar a achar o assento no escuro do cinema.
Poderia ser uma pequena lanterna, daquelas que quando acaba a bateria, você joga fora.
Made in Taiwan.
10 Reais no camelô.

É um batom.
Mas poderia ser uma pilha. De nova geração, que dura mais. Regarregável, talvez. Para sempre e sempre.
Com um novo design.
De um famoso e badalado designer.
Pela cor, público alvo feminino. Coisa do futuro.
Vida Jetsons.

É um batom.
Mas poderia ser um perfume.
Os melhores cheiros, nos menores frascos. Nunca mais cheiro de suor em jantares surpresa.
Sofisticação, madeira, flores e algo mais dentro de um pequeno frasco, vendido a um preço alto, disponível numa bolsa de mão a qualquer hora do dia ou da noite.

É um batom.
Mas poderia ser uma caixinha. Uma caixinha com formato diferente. Para guardar pílulas e pequenos brincos, quem sabe até um colar.
Para usar em viagens.
Esconder dinheiro.
Drogas ilícitas.
Caixinha prata multiuso.
Você compra, você escolhe.

É um batom.
Mas poderia ser um giz de cera.
Um giz de cera poderoso, lavável - para alegria das mães - de princesa ou Cavaleiro Jedi. Que soltasse cores e mais cores pelos papéis, pelas paredes, pelo mundo todo.

Mas é só um batom, no fim das contas.
Previsões para maio

Algumas mudanças importantes já começaram a acontecer no mês de abril e seguem adiante neste mês de maio. No entanto não foram e não serão dolorosas, pois as finalizações brotam da consciência da necessidade de encerrar um ciclo e iniciar um outro mais maduro e consistente. O importante triângulo de terra que acontece no céu envolve seus relacionamentos afetivos e parcerias comerciais, as amizades, os acordos de negócios e contratos com grandes empresas. Todos os assuntos relacionados a estes temas serão abordados em seus dias durante todo mês.

O Sol no signo de Touro se aproxima cada vez mais de Júpiter no mesmo signo e já vem mobilizando essas questões. No entanto, entre os dias 8 e 15 as energias se tornam mais poderosas e um importante acordo de negócios ou um contrato pode ser firmado.

As amizades estarão bastante presentes em sua vida no decorrer de todo mês e sua vida social ganha um novo colorido com muito movimento, diversão, festas e eventos. Alguns acontecimentos podem ser marcantes, como um encontro amoroso que pode acontecer por meio de um antigo amigo.

Vênus continua em Gêmeos durante todo mês e começa um movimento retrógrado no dia 16, o que pode ocasionar certo mal estar emocional. Atrasos e revisões podem fazer parte desse período.

Você estará mais fechado e introspectivo do que nunca, pois muitas avaliações e revisões serão feitas especialmente sobre escolhas do passado. As consequências dessas escolhas estarão bastante presentes durante este mês. No dia 20, o Sol e a Lua entram no signo de Gêmeos e marcam o início de um novo ciclo Lunar envolvendo um eclipse e essa tendência à reflexão fica ainda mais forte.

É hora também de cuidar de sua saúde, se dedicar a uma nova dieta e a um programa de exercícios moderados, pois sua energia vital diminui nesse período. Portanto, banhos energéticos, meditação e yoga, exercícios de relaxamento e respiração serão muito bem vindos durante todo mês. Aproveite também para fazer exames de rotina.



So be it.

quinta-feira, abril 26

Coisas que a gente deve aprender pra vida:

- Logo ali não existe.

- Se a gente pedir muito, vai conseguir.

É meu momento Morrissey.

Eu reclamava que nunca viajava, agora viajo quase todos os finais de semana.
Sinto falta dos meus amigos, da minha filha, da minha casa - que está de pernas pro ar.

Eu reclamava que estava sozinha.
(re) Apareceu uma pessoa. Boa, que não reclama, que obedece e quer estar comigo quando eu posso.
O problema é que agora não posso muito.

Heaven knows I'm miserable now.

E nós estamos só em abril...

quarta-feira, abril 25

Tem dias que eu tenho muita vergonha do meu porteiro...

Primeiro ele recebe a amiga que vem beber na hora do almoço, depois o digníssimo, depois recolhe 3 sacolas de garrafa de bebida do meu lixo...

terça-feira, abril 24

Detestei a nova interface do blogger, hein...
Preciso tanto, mas tanto ficar uns dias na minha casa, com meus amigos, com a minha filha, que chega a doer.
A Saga Metal Open Air, pra mim, começou cedo – é preciso contar isso antes de tudo. Dos amigos que foram aqui do Rio, fui uma das primeiras a encampar a viagem.
Não tenho costume e/ou dinheiro para ir a festivais em outros estados, mas, este ano, resolvi me dar este presente.


Comprei minhas passagens ainda em dezembro de 2011, assim como o ingresso e o pacote de traslado e hotel; e passei a acompanhar as notícias. Nesta época, ainda não existia toda a escalação de bandas, só a promessa de que seria o maior festival de heavy metal do Brasil, com a idéia de que ele se tornasse anual e pudesse ser comparado a outros que acontecem ao redor do mundo e que são sonho de consumo para a grande maioria dos headbangers que eu conheço.


Cada anúncio ao longo destes meses foi comemorado. A produção demorava em dar respostas às dúvidas que muitos tinham, mas a coisa ia tomando forma e a animação de poder estar lá aumentava.


Não havia visto a grande maioria das bandas ao vivo e a idéia de passar 3 dias enfurnada no meio disso tudo me parecia algo bem próximo do Paraíso.

Foram 4 meses de prestações e antecipações.


Dois dias antes do início do festival a coisa começou a desandar: as primeiras bandas nacionais começaram a cancelar suas participações. Em comunicados espalhados pela rede nos contavam que a produção não havia depositado o cachê, não havia enviado passagens e não atendia aos telefonemas deles.


Na véspera, de hora em hora saía mais algum comunicado semelhante. Até o final da noite eu havia contado 6 pronunciamentos. Neste dia também veio a notícia de que o Venom não mais tocar por que os vistos teriam sido enviados para a África ao invés do Brasil.


Um amigo que já estava lá contava pelo Facebook que a troca dos ingressos, que deveria ser feita a partir de quinta às 9 da manhã, não estava sendo feita. Os palcos ainda estavam sendo montados e a luz sendo instalada. O pessoal que optou por ficar no camping reclamava que entrava quem quisesse e que não havia um pingo de infraestrutura.


Num grande jornal que a produção estivera reunida com o PROCON e havia saído de lá com uma lista de ajustes a serem feitos até 13hs do dia seguinte mediante o cancelamento efetivo do festival. Um dos ajustes dizia respeito ao estúdio de tatuagem, a produção desistiu ali de instalar o mesmo. Era mais fácil.


Às 9 horas da noite, de malas prontas e tudo o mais, sentei-me na sala e comuniquei aos amigos que havia desistido da viagem por conta de todas estas notícias assustadoras. Não sentia a menor vontade de cruzar o País e receber a notícia de que o festival não ia acontecer assim que desembarcasse no aeroporto.


Por várias horas a decisão permaneceu comigo, mas vários telefonemas depois, os amigos me convenceram a ir de qualquer jeito – a viagem já estava paga mesmo, eles estavam lá, as bandas internacionais, em sua grande maioria, também. Era inimaginável para todos nós que tudo, tudo, tudo fosse de fato cancelado.


A essa altura, já sabíamos que não ia ser nada do que nos havia sido prometido, vendido e acordado, mas estávamos todos a caminho para tentar fazer acontecer.

Na sexta-feira, dia 20 de abril, dia marcado para início do festival, as notícias não paravam de chegar.


O Blind Guardian estava no meu avião, várias camisas pretas enfeitavam o aeroporto. Isso era um consolo.


Pisei em São Luis 12:30.

Pela programação divulgada, a essa hora o festival já devia ter começado há duas horas, mas nada tinha acontecido ainda.

Meus amigos estavam do lado de fora do Parque Independência há horas, debaixo do sol quente, sem banheiros e comida disponíveis, tentando obter suas pulseiras – a produção alegava atraso na confecção das mesmas, mas o problema deles foi outro. A previsão era de que nada fosse começar antes das 3 da tarde.


Por conta dos updates, não me preocupei em correr, cheguei ao Parque tarde e acabei perdendo a banda que talvez mais quisesse ver, o Orphaned Land. Mas, sim, a primeira banda começou a tocar às 3 da tarde mesmo.


A tal pulseirinha de identificação não passava de uma fita do Senhor do Bonfim com o logotipo do festival – que começou a sair logo no primeiro banho.

O Parque Independência é um lugar enoooooooooooooooooooooorme. Fica numa área pobre da cidade e é conhecido por abrigar feiras agropecuárias, festas sertanejas e afins.

O vislumbre do que poderia ser o festival ali dentro era de cortar o coração de qualquer pessoa – não só de quem estava lá.

A área do camping, como já foi amplamente divulgado, era mesmo dentro dos estábulos. Cada casinha tinha um nome fofo pintado em cima do portão “Alojamento Manowar”, “Alojamento Judas Priest”, e por aí vai... A única proteção para esta área era uma espécie de cerca de placas de metal, que era aberta na marra por quem quisesse entrar. Soubemos que lá dentro as pessoas estavam pegando água dos cochos dos cavalos e que haviam pessoas lá dentro a pão e água.

Do lado de fora existia uma quantidade enorme de casinhas, que deveriam servir de restaurantes – as prometidas churrascarias. De fato, duas serviam um picadinho de carne esquisito, mas que todos acabamos comendo e estamos em pé pra contar; outra um prato de yakisoba. Não existiam outras opções e ficamos à mercê da demanda da galera – se uma barraca tinha comida, as outras não tinham. Era como se fosse um rodízio, saía uma rodada de pratos em uma, 40 minutos depois em outra, e você comia o que tinha a R$10,00 sem poder reclamar.


Haviam outras casinhas também: os banheiros.
A maior parte deles não tinha porta nos “reservados” e também não tinha privada. Era um buraco no chão e sinta-se feliz. Descobrimos um que tinha as portas ainda, a salvação, porque ali também entrava quem quisesse – mulheres, homens... – íamos ao banheiro em grupo. As paredes coalhadas de traças, formigas e graças a Deus foi só isso que eu vi.


Apesar de terem nos dito que o patrocínio era da Budweiser, havia barraquinhas com emblema da Skol, da Bhrama... Com dinheiro, de sede ninguém morria, pelo menos.

Os primeiros seguranças foram avistados por nós somente por volta de 10 horas da noite. E, para onde eles foram, seria uma boa pergunta... Vimos aquela leva e mais nenhuma.


Os palcos estavam lindos – pra nós que estávamos de fora –agora o camarote vip deve ter despertado a ira de muita gente. A idéia era que ele fosse construído na lateral para não atrapalhar ninguém e que as bandas fossem para lá depois. Que eu saiba ou tenha visto, isso também não funcionou. O camarote existiu, mas era mais jogo ficar na platéia e banda por lá...


Neste primeiro dia, nos palcos principais, apenas 3 bandas nacionais não tocaram. A tal boate/ palco El Diablo nós achamos que nem montada foi, porque não vimos em lugar nenhum.


E assim tivemos shows incríveis. O Destruction foi maravilhoso, o Exodus me surpreendeu demais, demais da conta! O Symphony X veio com o melhor showman da noite. Megadeth foi ruim. O Mustaine parou o show diversas vezes, a voz dele não estava boa. Todos os shows foram curtos, para compensar os atrasos do dia, ainda assim, quando se olhava em volta, dava alegria no coração estar fazendo parte daquilo. O lugar não estava lotado, mas também não estava às moscas. Pelo menos metade da área de shows estava tomada por pessoas de todo o Brasil.


Um momento digno de registro neste dia foi quando o Edu Falaschi – do qual eu não sou fã, diga-se de passagem – disse que ia tocar o set list inteiro, sim, uma vez que ele estava tocando de graça. Aí vocês já entenderam o recado.


Apesar de sairmos esperançosos, no meio dos shows já havíamos recebido a notícia de que o Saxon também não ia mais tocar.


No ônibus da volta, um grupo declarou em alto e bom som estar desistindo da viagem, outro seguiu direto para delegacia – começaram os furtos, eles haviam perdido tudo.


Não sabíamos o que esperar para o dia seguinte.

Sábado foi, de longe, o dia mais tenso.


Já acordamos com a notícia que o Rock n Roll Allstars também não ia mais tocar.

Como o clima era de incerteza geral, chegamos por volta de 2 da tarde.

O Parque estava bem mais vazio que no dia anterior, mas o povo esperava pacientemente.

Nessa hora começou a chover uma das famosas chuvas maranhenses. Nos abrigamos numa tenda da Prefeitura e começou a emoção.

Em pouco tempo os celulares começaram a tocar e começamos a receber notícias de que os palcos estavam sendo desmontados e que o festival havia sido, enfim, cancelado. Do meu celular veio a informação que não veríamos mais o Anthrax, nem Glenn Hughes, que havia a probabilidade do cancelamento ser efetivo, que já haviam carros de polícia em frente ao palco e que deveríamos sair correndo dali.


Um rapaz declarou: “O sonho acabou”.


Juntei os amigos próximos e nos afastamos de perto. Precisávamos juntar o resto do grupo. Paramos no único caixa eletrônico existente no Parque – cena de Walking Dead, uma casinhola abandonada com pedaços de caixas de papelão espalhados – onde podíamos ver pessoas chegando e pessoas saindo.


Neste momento, um dos produtores resolveu fazer um pronunciamento.

Fez um Mea culpa confessando que não havia pago as bandas ou os prestadores de serviços – disse, disse e não explicou nada – mas que a gente tivesse paciência que eles precisavam de mais 2 horas para remontar o palco e fazer pelo menos alguns shows.

Sim, o palco, ao invés de 2, eles montariam de novo só um.


A tensão diminuiu um pouco e todos se puseram a esperar – de novo.

Nos refugiamos na casinha do Samu que não era no meio da muvuca, mas perto o suficiente para que pudéssemos ver ou ouvir coisas e, em turnos, fomos colher informações.

O pessoal do Samu me contou, então, que estavam mortos de vergonha. Nunca na história da cidade havia acontecido um evento tão mal ajambrado. A carne que estava chegando naquele dia quem havia mandado era a Prefeitura, que também havia cedido de graça o terreno para que o Festival acontecesse.


As pizzas que chegaram no início da tarde foi o filho de uma das enfermeiras que pediu à pizzaria que levasse para o evento porque o povo não tinha o que comer – inicialmente elas foram vendidas, mas por volta de 10 da noite, o pessoal da pizzaria abandonou o posto e pegou quem quis.


Soubemos de vários casos de assaltos, onde quem roubava era o próprio pessoal que havia sido “contratado” como apoio. Alguém levou uma facada. Celulares sumiam como água.

Aí ficamos sabendo que o produtor local tem esse mau hábito de anunciar grandes shows e desaparecer. Esse já seria o terceiro ou quarto. Que ele já havia sido preso. Que até a semana anterior o povo local sequer achava que o festival ia acontecer mesmo.


Enquanto isso, carros de polícia passavam por nós, assim como uma tropa montada a cavalo.


Então o Ácido subiu ao palco.

Por mais que houvesse desanimação geral, quem ainda estava lá foi ver. Dois outros shows se seguiram e chegavam informações de que haviam vans chegando com outras bandas.


O Korzus subiu ao palco.

Fez um discurso e um show que quase lavou a alma de quem insistia.


Aí começaram a desmontar o palco de novo.

O pessoal do merchandise foi orientado a guardar tudo correndo.

A tensão voltou a aumentar.


E o show acabou.


Ao contrário do previsto, o que se via era uma turba tristíssima, arrasada, saindo com o rabo entre as pernas.

Uma cena que, pra mim, é até difícil descrever.

Ninguém quebrou nada, gritou, armou confusão, as pessoas simplesmente foram embora.


As bandas chegaram a ir até o Parque, mas já não havia mais segurança ou estrutura que tornasse possível que elas tocassem. Em nota oficial o Blind Guardian disse que, em 25 anos de carreira nunca haviam cancelado um show, mas que não existiam condições de realizarem aquele show.


Domingo.

No saguão do hotel, todos dividíamos a frustração.

Alguns tentavam voltar mais cedo para casa, nós passamos uma lista recolhendo contatos das pessoas na intenção de entrarmos com uma ação conjunta, todos se reuniam em volta dos computadores para acompanhar as últimas notícias, um produtor mandou surrar o outro, que empurrava a responsabilidade para o outro...

Pessoas faziam o check in no nosso hotel vindos do camping, uma vez que a polícia não aconselhou que eles continuassem por lá.

A manhã passou nesse clima de luto.

À tarde fomos passear – já que não existiam muitas outras opções – e o que se via por toda a orla eram camisas pretas. Acabamos escolhendo um quiosque em que puseram Slayer para tocar por conta dos clientes que lá estavam.


Conversei com taxistas, o pessoal do hotel, do aeroporto e todos estavam tão chateados quanto nós.


Ontem, o que se via, de novo, era um aeroporto coalhado de preto.

Sim, tinha gente acampada na porta e dormindo lá dentro.


Das quarenta e tantas bandas que iam tocar, treze subiram no palco, as outras que foram ficaram por lá, atenderam os fãs, mostraram sua indignação. Tiro o chapéu para cada uma delas – que tocou ou foi e esperou até o último momento.


O bom da viagem foi ter conhecido uma porção de gente nova, de diferentes cantos do Brasil. Um pessoal que fez esforço pra ir, muitos deixando família em casa, e que foi o segurou a onda na hora de rir da própria desgraça.


O prejuízo que ficou é IMENSO.

O estado do Maranhão ficou manchado por ter sido palco disso– ainda que todos de lá que eu conheci tenham feito de tudo para ajudar.


O Brasil fica ainda mais comprometido com as bandas de fora. Se antes eles já cobravam um cachê mais elevado por conta dos riscos, agora vai ficar ainda pior. Num cenário que já é malvisto isso é muito, muito danoso.


Pelos próximos anos, acho difícil que alguém consiga sequer orquestrar um novo festival de heavy metal sem que a sombra do M.O.A. paire em cima. Muita gente comprou a idéia e deu com os burros n’água. Eu mesma fui, fiz parte, e não me envergonho por ter acreditado que podia ter dado certo. Mas vou ter ressalvas para sempre.


É surreal como tão pouca gente pode fazer mal a um número tão grande de pessoas.

Nós até tivemos sorte. Estávamos em hotel, tínhamos um grupo bem bacana, mas muita, muita gente não.


quarta-feira, abril 18

E é no momento em que, no mesmo dia, o carinha do banco te dá prioridade e a sua tia diz que está ficando agoniada, que você internaliza que TEM que emagrecer pra anteontem.
(externalizado já tinha rolado...)
E eu mal cheguei e já tenho que ir de novo...
Vai ser um ano longo...
Doloroso...
Solitário...
Nenhum projeto anda, dois meses e nada mudou mudado.
Novas pessoas aparecem - isso é a parte boa.
Novas conexões se formam, mas a principal novidade é velha, é revival, é perigosa e ao mesmo tempo consoladora.
A vida anda não muito boa, cansativa, meio sem rumo em meio a tantos e tantos rumos diferentes...

quinta-feira, abril 12

- Você escreve?
- Escrevo.
- É... Isso é coisa de gente que escreve...

terça-feira, abril 10

(...) já estivera apaixonado antes, é claro, e havia sobrevivido para contar a história. (...) E, por experiência própria, o amor sempre terminava em amargura. Sem dúvida, ele era doce por uns tempos, mas nunca durava o suficiente para justificar as conseqüências: as semanas de auto-recriminação, os meses de insônia, os anos de solidão. Sempre que um romance terminava, ele dizia a si mesmo que nunca mais cairia nas teias do amor. Decidia, então, permanecer no mar, onde se mantinha a salvo de seus próprios apetites.

Clive Barker - Galilee

sábado, março 31

Ódio mortal dos meus hormônios hoje.

(Sim, várias coisas acontecendo, menor vontade de escrever...)

sábado, março 24

Jeito, cheiro e cor de domingo...

quinta-feira, março 22

Aí você precisa MUITO de uma coisa sua que está com outra pessoa.
Você de-tes-ta incomodar e quer manter a educação – fazem já 4 meses que você pede de volta.
Você manda e-mail, manda mensagem, fala sozinha no chat, implora, briga por 3 dias seguidos...
Você SABE que a pessoa leu cada etapa da sua agonia, mas ela sequer responde um “foda-se”.
Nessas horas me dá uma vontade imensurável de nunca mai...s ajudar ninguém – já devia ter aprendido certas coisas a essa altura da vida – e uma sensação mega ruim; misto de outra gama de sensações tão grande que nem dá pra explicar...
Na minha cartilha não existe explicação pra isso tudo – não consigo entender, não consigo mesmo – por isso tanto descontentamento hoje.

quarta-feira, março 21

2 dias bons pra cada 3 ruins...

quarta-feira, março 14

Não.
Eu não aprendo.
*suspiro*

quarta-feira, março 7

No carnaval eu disse não.

Apesar das palavras, apesar do buraco no meu peito, apesar das lágrimas derramadas, apesar de estar precisando desesperadamente de carinho e dessa ilusão.
Eu disse não.

Hoje à tarde tive um sonho lindo.

Um sonho com uma pessoa que nem sabe que eu existo.
Estávamos todos felizes e tinha amor no ar.
Eu acordei.

Para coroar, que eu já quis muito voltou a procurar.

Para este diria sim.

Mesmo sabendo do buraco que tenho no peito, das lágrimas que viria a derramar, de estar precisando desesperadamente de carinho e dessa ilusão.
Eu disse sim.

Mas não vai acontecer.

E assim a vida segue...

segunda-feira, março 5

E meu primeiro dia oficial de desemprego foi uma nulidade de dar dó.
Um dia eu mereço.
Amanhã tem que organizar o resto da semana em prol da sanidade mental.
Tem gente que nasceu pra coisa.
Tem gente que não se importa em absoluto.
Tem gente que acha que voar é coisa pra passarinho.

Eu sou dessas.

E quem acha isso sempre vai ser incompreendido.

É muito difícil explicar a espécie de pavor que sinto toda vez que adentro um avião.

É uma coisa que acontece na decolagem, durante o vôo e no pouso - ou seja, não tem intervalo.

O trabalho mental tem que ser fortíssimo.
Não importa quantas vezes você repita pra si mesma que uma quantidade bizarra de aviões levantam vôo, voam e pousam todos os dias de todos os lugares do mundo; não importa que você fique esperando a sua vez de embarcar vendo centenas de pessoas chegando e saindo sãs e salvas; quando chega a sua vez, aquilo tudo parece muito, muito errado.

É que nem viajar de ônibus - você tenta se convencer - acontece que ônibus chacoalha quando tem buraco na pista e tal, ali chacoalha sem ter nada embaixo. Não tem nada embaixo!
Ou melhor, tem. Mas láááááááááááááááááááááááááááá embaixo.
Caiu, morreu.
No Ilha de Lost for you.

Tem gente que dorme, gente que passeia, gente que joga joguinho.
Você tenta ler.
Tenta dormir.
Tenta ver um seriado.
Mas aí o negócio balança, o estômago embrulha, tudo arrepia.
É uma das sensações mais desconfortáveis que existem na face da terra.
Sem brincadeira.

É tudo muito errado e pouco natural.

Maravilhoso do ponto prático da coisa, mas pouco natural.

Esse ano eu vou brincar muito de passarinho por necessidade.
E azar o meu se isso vai ser bom pra mim, né?

domingo, março 4

Deu tudo certo.

Fui.
Voltei.
Fiz amiguinhos.
Não gastei milhões.
Não me perdi.

O primeiro ensaio foi sobre a minha mãe.
A expectativa de escrever pro outro que mata.

sexta-feira, março 2

"Mercúrio começa a caminhar por Áries e sua carreira ganha um novo movimento. A partir de hoje você pode esperar por novidades no setor. Um convite interessante pode mexer com você e deixá-lo dividido."

Tenso.

quinta-feira, março 1

Acho uma grandecíssima sacanagem quando a gente encontra alguém e a vida vem e separa...

sábado, fevereiro 25

Ontem, pela primeira vez, ouvi a voz da senhorinha que me lembra a catadora de arroz.

Dessa vez quem andava era eu.
Ela estava sentada no muro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, me sorriu e pediu uma moeda.
Eu não tinha, de verdade.
Murmurei um "não tenho, querida" e continuei andando na pressa das pessoas em hora de almoço das cidades grandes.
Tive pena de não ter uma ou mais moedas comigo.
Do outro lado da rua, uma conhecida querida me acenou e mandou beijos - gosto de pensar que foi um prêmio por esse pesar.
Ela tinha uma voz doce e na rua fazia muito, muito calor.

Hoje, pela primeira vez, fui sinházinha declarada para alguém.

Mais uma caminhada e mais uma hora de almoço.
Hoje estava com uma colega de trabalho.
O restaurante que queríamos estava fechado, acendi um cigarro e, assim que nos viramos para pegarmos um outro caminho, ouvimos:
"- Sinházinha! Sinházinha!"
Apesar de provavelmente já termos vivido situações de sinházinhas, nenhuma das duas sequer cogitou a possibilidade de que os gritos nos dissessem respeito.
Eis que surge a dona da voz.
Uma senhora, de paninho na cabeça, chinelo nos pés, a sobreposição de roupas que só certas pessoas conseguem fazer e...
"-Sinházinha, acende aqui pra mim, por favor?"
...Com um toco de cigarro nas mãos.
Essas coisas acontecem rápido na vida da gente - pensei em oferecer um cigarro inteiro, em dizer que ela não precisava me chamar de sinházinha, mas apenas estendi o meu e deixei ela acender o dela.
Ambas seguimos então nossos caminhos, cada uma para um lado diferente.
Ela feliz, eu, um pouco perplexa.

Como tenho ficado quase que diariamente com alguma pequena coisa.

quinta-feira, fevereiro 23

"Quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Nesta fase, as preocupações com sua carreira ainda são grandes, mas em pouco tempo você terá mais claros os caminhos que vai percorrer. O Universo prepara uma grata surpresa para você no setor."

Horóscopo tentando me fazer dormir...

quarta-feira, fevereiro 22

Há dias.
Eu me deito, e tudo o que eu consigo pensar é no dia 02.
Se vou me achar.
Quanto vou gastar.
Se volto inteira.
Como vou explorar o que, pra mim, é um novo mundo.
Uma amiga disse que ia ser bom preu "sair da bolha".
Mas eu gosto da bolha.
Nela, eu tenho tudo sob controle.

Me deito, e ansiedade é tão gigantesca que quase me esmaga.
Ela é palpável.

Fora da cama, tenho sono, medo, um mau humor de cão selvagem.
Fora da cama, quero que chegue logo.
Que essa etapa se encerre e abra espaço para a que vem chegando.

Até hoje, no fim tudo deu certo de alguma forma.

Mas enquanto o dia não chega; enquanto os dias não passam; a ansiedade e a insônia são amigas companheiras que não me deixam.

E ainda faltam alguns bons dias.
Coisa Mais Maravilhosa do Carnaval: Pinguinha de volta em casa debaixo da minha asa.
Coisa Mais Triste do Carnaval: Começar Dieta de Novo.
(É por um bem maior, mas ai que fome!)

terça-feira, fevereiro 21

Já pintei os cabelos, as unhas, tomei banho, pulei corda, lavei roupa e louça, joguei na internet, li...
...E o tédio não acaba, não acaba.

segunda-feira, fevereiro 20

Sim, eu sou carioca.
Sim, eu odeio carnaval.

sábado, fevereiro 18

"Sábado, 18 de fevereiro de 2012

Os planos e projetos de viagens estarão presentes em sua vida a partir de agora. É hora de fazer o roteiro, comprar as passagens e se organizar definitivamente. Negócios e amizades com estrangeiros em alta."

Uhmmmmm....

terça-feira, fevereiro 14

E esse é aquele momento em que a pessoa se toca que quer mais que o mês acabe logo por que trabalhar sabendo que vai acabar dá no saco e você simplesmente não quer mais.

domingo, fevereiro 12

Agora a pouco estávamos eu, minha mãe, minha tia (duas idosas) e Olívia (uma criança) jogando peteca na Praça do Bairro Peixoto. Nos divertíamos tanto que as lágrimas caíam dos nossos olhos de tanto rir. De repente, a peteca caiu no chão. Antes que alguma de nós tivesse a oportunidade de pegar, uma senhora com duas vezes a minha largura e duas vezes a minha altura – “maluca” notória da região, segundo a minha tia – se levantou como um raio, pisou em cima da peteca e ficou nos olhando com uma raiva inacreditável.
Ela deu uma cuspida no chão, tirou lentamente o pé de cima e seguiu chutando a peteca até debaixo de um carro que estava estacionado a uma certa distância de nós. Feito isso, sem tirar os olhos de nós por um segundo, entrou no seu carro e foi embora.

Tanto pelo tamanho da pessoa, como pela fama, ficamos engessadas de bocas abertas só olhando. Olívia começou a chorar um choro de cortar em 40 qualquer o coração de qualquer pessoa que possua um. Ninguém na Praça – lotada no momento – sequer esboçou reação.

Como mãe, fiquei morta de raiva – após a perplexidade – mas não pude incorporar o chiuaua que existe em mim na certeza de que terminaria mal. Como pessoa, percebi como a vida pode ensinar coisas cruéis às pessoas quando elas menos esperam. Por que foi isso: crueldade, maldade pura; vinda do simples fato de nós estarmos mostrando abertamente uma coisa chamada felicidade.
Eu tenho pena de gente assim.



No fim, o choro parou, após promessas de uma nova peteca. Pra mim, a certeza de que podem esmagar 40 petecas, por que é pouco pra matar felicidade.

sábado, fevereiro 11

Sabe aquele dia em que você não tem vontade fazer absolutamente nada?
E que, ainda por cima, quer que a humanidade se exploda?
Então...

sexta-feira, fevereiro 10

Hora de virar as listas para 2012.
Em 2011 li menos livros, mas vi mais shows e mais filmes.
Nenhuma dessas coisas dentro do meu nível ideal a ser alcançado, mas... 2011 foi um ano.
Dos males, os menores.

quarta-feira, fevereiro 8

É tão bom, tão bom, mas tão bom quando cai na mão da gente um livro bom!

Ontem, me peguei atracada.
Rindo, ansiosa, sentindo toda uma emoção que há muito não sentia lendo uma história!
Eu vi as estradas, as árvores, as pessoas...
E lembrei!

Lembrei o tanto que eu amo livros.
Lembrei por que escolhi estudar os livros.
Por que quero viver de ler.

E é tão bom quando a gente lembra dessas coisas!
É tão bom quando a gente ama tanto uma coisa assim no mundo - ainda que seja de papel, mate várias árvores reais e venha encadernado - algo que te um prazer real, absoluto e duradouro.

*****************************

No mais, terceiro dia de espera, praticamente explodindo de ansiedade.

Ainda bem que existem livros.