sexta-feira, dezembro 25

- O que aconteceu com a Renata, meu Deus?!?
- Foi limpar a casa e morreu de desgosto, coitada...

Tá caótica a coisa...

SMS

"Vou demorar pelo menos mais uma hora antes de sair. Me distraí brincando de rede social."

Falei que ter internet em casa ia ser um inferno...

quinta-feira, dezembro 24

Ah, e Feliz Natal.

(Pffffffffff!)

A Guerra das Formigas

Considerando que eu moro no primeiro andar, não posso nem reclamar dos bichos que "freqüentam" a minha casa.
Abelhinhas viciadas em inseticida, caracóis mongóis (eles voltaram!!!), lagartixões, cochonilhas, aranhinhas minúsculas, um ou outro bicho voador e o gato da vizinha.
Todos bacaninhas, matáveis com spray...
Não rola baratão, se existem ratos (e eles devem existir lá fora) não são o meu barraco que eles freqüentam...
O povo sujo e peçonhento não costuma invadir o meu espaço.
De todo esse zoológico doméstico, o único bicho que resolveu me dar no saco foram as formigas.
Elas estão aqui faz um tempo, e eu deixei elas, sabe.
Mas, de repente, elas se tornaram furiosas.

Qualquer espécie de migalha deixada na sala ou na cozinha é quase que imediatamente atacada pelas coisinhas pretas.

Lembrei que o povo da esoteria de boutique costuma dizer que isso é sinal de energia negativa numa casa, mas eu não quero nem pensar nisso, senão eu começo a surtar seriamente - e, vamos combinar que eu já sou surtada mais que o suficiente - mas ando considerando seriamente uns salamaleques extras antes do ano novo.

E então, na última semana, esqueci que estava aumentando meu karma em 200 milhões de vezes e aniquilei famílias inteiras sem dó nem piedade.
Eu e meu paninho.
Vrrrraaaaaaauuuuuuuuuuuuuu.
Morte à titia, à vovó, aos priminhos, ao S.Joãozinho da padaria!!!
Provoquei centenas de baixas de guerra.
E tive, sim, uma certa dose de prazer assassino olhando os(as) sobreviventes correndo para salvarem suas minúsculas vidinhas.

Agora estou aqui, com a idéia fixa de que, com a guerra declarada, uma hora dessas eu vou acordar com o corpo coalhado, cheinho de coisinhas pretas me atacando durante a madrugada numa vingança sangrenta.

Ou isso, ou eu volto formiga na próxima vida.

Filmes espantosos

No Festival do Rio esse ano, um dos filmes que eu vi era um daqueles coreanos roots em que só não esguicha sangue em cima de você porque ainda não inventaram jato de sangue cenográfico em cima da platéia. Filmaço.
A platéia, é difícil definir se por nervosismo ou se foi porque a violência se tornou o que há de mais banal, gargalhava muito. Tudo bem, a maior parte das cenas de violência era mesmo non sense, quase uma porrada pastelão, mas, ainda assim, eram cenas fortes de violência.
Em determinado momento do filme (e eu não sei se eu já comentei isso aqui, mas me foi um momento marcante), uma senhorinha grita:

"-Gente! Isso não é engraçado, não!"

A platéia retomou a gargalhada a mil.

Pois foi exatamente como essa senhorinha que eu me senti assitindo "A Mulher Invisível".
Tinha lido que era um dos melhores filmes do ano, engraçadíssimo...
...E, bem, eu ando precisando de coisas engraçadíssimas.
Okay, serei honesta, dei duas risadas.
Mas, num geral, achei o filme angustiante e tristíssimo.
No final, quem estava proferindo a frase acima era eu.

O que me leva a pensar, poxa, pessoas estirpadas e surtos psicóticos tornaram-se engraçados.
Onde nós chegamos...
...De novo, eu, espantada com a humanidade.

quarta-feira, dezembro 23

Bronca da Mamãe

Meus livros chegaram!!!

Bem a tempo da deprê de Natal!!!
Combinando com a deprê pé na bunda!!!
Na hora da deprê pós gastos de fim de ano!!!
Justo quando eu estou de férias das minhas atividades intelectualóides babacas!!!

Aí...

"Escuta aqui, ô Renata: não é pra ler um livro por dia, não ouviu?!?
Senão, não compro mais!!!"

E o pior é que eu tomo a mesma bronca sempre que chega carregamento...

terça-feira, dezembro 22

Eu Quero. Alguém baixa?

"O Flaming Lips preparou o melhor presente de Natal para os fãs da banda de Oklahoma – regravou, do começo ao fim, o disco “The dark side of the moon”, clássico de 1973 do Pink Floyd. A versão dos Lips é lançada on-line nesta terça-feira (22), para download no iTunes.

O “The dark side of the moon” dos Flaming Lips conta com participações especiais – o ex-vocalista do Black Flag Henry Rollins canta em sete das nove faixas do disco. A cantora de eletro canadense Peaches também participa, em músicas como “The great gig in the sky”. Ao lado dos convidados mais ilustres, está o Stardeath and the White Dwarfs, banda nova de Oklahoma que conta com Dennis, sobrinho de Wayne Coyne (vocalista e líder do Flaming Lips) na formação.

Em entrevista ao site Pitchfork, Wayne defende a escolha do disco do Pink Floyd para a cover de fim de ano, dizendo que o grupo é tão importante quanto os punks que rejeitaram o rock espacial da banda. “Mesmo John Lydon, que andava com aquela camiseta escrita ‘Eu odeio o Pink Floyd’, seria a primeira pessoa a admitir que no começo o Pink Floyd era bem punk”, afirma o cantor.

O Flaming Lips vai tocar o álbum na íntegra, em um show em Oklahome City na virada de 2009 para 2010. “Todos os humanos estão convidados”, diz o cartaz de divulgação. “Teremos uma bola de espelhos gigante no palco, seis metros de diâmetro”, revela Coyne. “Um dos caras que está supervisionando o trabalho dessa nova bola fez a bola de espelhos do Pink Floyd, de 1995, e ele disse que a nossa é maior. Ou seja, as bolas do Wayne são maiores que as do Pink Floyd!”, exclama o vocalista. "

sábado, dezembro 19

Bolei.

Eu vi ruguinhas.
Uma linha na testa.
Na minha tão bela e enorme testa.
Várias linhas no colo.
Meu tão belo e vasto colo.

A velhice é uma merda e é hora de pensar em trocar o joguinho de computador pelo creme anti rugas, infeliz e definitivamente.

sexta-feira, dezembro 18

"(...)All, all I can do, all I can do since you've been gone is cry
And don't you ever wonder or worry your head of what i do

Don't you know I sit around
With my head hanging down
And I wonder who's lovin' you (...)"

quinta-feira, dezembro 17

Susto do Dia

Quinta-feira é o dia em que todo o meu glamour acabou de ir pelo ralo.
As unhas gritam por uma manicure, as pernas desfilam com pontiagudos cabelos que insistem em sair pelos poros, por mais que eu os elimine religiosamente.
Já não uso mais sapatos.
Não existe mais pose nenhuma.
E então eu fui levar a criança ao seu último dia de escola antes das tão temidas férias.
O figurino era qualquer nota.
Um vestidinho bem básico, que deixa o "charminho de lavadeira" evidente, minhas havaianas que um dia já foram brancas e, exatamente por isso, são o paraíso na Terra em termos de conforto. Os cabelos, que também andam precisando de um bom corte, amarrados num coque porque eu tive preguiça de passar um pente e levar embora os nós da noite.
De quebra, a mochilinha de Hello Kitty pendurada displicentemente no ombro.
Eu ia fazendo planos.
Planos de me inscrever pela vigésima nona vez na academia e malhar feito uma louca assim que as férias da criança acabarem para queimar todas as besteiras que o fim de ano desfila na minha cara - de tentar, mais uma vez, chegar aos 40 com uma coxinha durinha, já que os 30 já passaram há dois e eu não consegui chegar lá ainda.
Planos de parar de fumar porque a criança anda me cobrando e eu quero ser uma velhinha que usa roupinhas de paetê dá docinhos coloridos para os netos antes de sair pro baile.
E aí passa um peão.
"Puxa, que pernas!"
Olhei pra baixo.
As varizes e os cabelos estavam lá.
As unhas hor-ro-sas.
O pernão.

Nessas horas, a humanidade ainda me espanta.
Muito.

quarta-feira, dezembro 16

Alguém me interdita, por favor!
Eu NÃO POSSO mais comprar presentes de Natal!!!
NÃO POSSO!!!

"O Natal já me aniquilou!"

Nos últimos dias essa tem sido a frase mais proferida pela minha pessoa.
Também...
...Como eu não ia ser aniquilada se sou perdulária, resolvi presentear uma porrada de pessoas fora do círculo obrigatório (mãe, pai, filha) e comprei praticamente um presente por dia ao longo do mês?
(Até a cachorra da minha mãe vai ter embrulho debaixo da minha árvore.)
Uma pessoa que até alguns anos atrás distribuía vales presente os quais só tinham valor simbólico, já que eu nunca chegava a comprar os presentes de fato, veio a se tornar essa pessoa enlouquecida.
Bem feito pra mim, né, não?
Vai entender...

Ah, maluco!

Auto análise é uma parada do caralho!
Dá um mau humor incrível, mas é do caralho!

Ah, as férias!!!


A profissão mais subestimada do planeta é a de mãe.
Isso, ou você já sabe, ou vai aprender quando virar uma - se for homem, não aprende nunca.
Eu estou falando por isso porque sou uma mãe com criança de férias em casa.
Fora os problemas com distração, diversão e atenção, uma pessoa na minha situação enfrenta um problema diário bastante complicadinho: a alimentação.

Ao longo do ano, confesso que esta foi uma preocupação pra lá de secundária.
Eu só precisava ter em casa o necessário para cafés da manhã e lanches da noite.
Durante o dia a criança comia na escola e nos finais de semana a gente não costuma ficar em casa olhando pro teto.
Mas aí chegaram as férias.
As primeiras férias de verdade da vida dela.
E o meu problema.

Não que eu não goste de cozinhar. Gosto.
Estou um pouco encantada até em voltar a cozinhar comidinhas gostosas.
O problema consiste em cozinhar comidinhas gostosas diarimente.
Diferentes.
Ninguém gosta ou acha engraçado ficar comendo sempre a mesma coisa todo dia, né? Eu como, mas eu sou eu e a minha filha, definitivamente, não come.
Então todo dia agora, existe - ao lado da satisfação plena em voltar a alimentar minha já não tão berrenta filha - o momento em que eu preciso me sentar e planejar o cardápio do dia seguinte.
Com variações!

Não repetir um cardápio é uma tarefa digna de artista!
Tarefa de cheff de restaurante - que, ainda assim, nem executa todos os pratos do cardápio diariamente.
Mães são artistas, são cheffs particulares.

E as crianças ainda tem a pachorra de reclamar da gente por causa disso!

terça-feira, dezembro 15

Da Série: Eu Tenho Medo de Horóscopo

Câncer (de 21/06 a 22/07)
Regente: Lua

Você quer mais independência. Tendência a evitar envolvimentos mais profundos. Cuidado, porém, para não se acomodar com a solidão ou então relacionamentos superficiais, insatisfatórios. Busque sempre a verdade, mesmo que dê trabalho.

segunda-feira, dezembro 14

Momentos do dia

Hoje eu tive dois momentos escrotos.

O primeiro foi quando eu estava voando pela rua.
Eu vinha desesperada, daquele jeito que as pessoas desesperadas voam quando tem muita pressa na vida, achando que ia morrer porque gente sedentária e tabagista morre se correr desesperada, quando Deus resolveu me dar uma forcinha e fechar um sinal preu poder respirar.
Do meu lado direito um rapaz, bem apessoado até, que começa a acenar freneticamente.
À minha esquerda uma moça, parada dura feito uma pedra e olhando fixamente pra frente, numa pose nada natural para uma pessoa que está na rua esperando o sinal fechar.
Qualquer pessoa, acaba olhando pro lado se percebe no seu raio de visão um sujeito acenando.
Ela não olhou.
E ficou óbvio que era com ela o aceno.
Ele acabou por desistir do contato e ela acabou tomando o caminho oposto ao dele.
E, nessa hora, eu me senti menos sozinha quando percebi que também existia gente no mundo que mudava caminho pra não dar encontrão e que ficava parada feito pedra pra fingir que não viu.
É feio, mas a gente faz.

15 minutos depois, já dentro do coletivo, de repente olhei a Lagoa e pensei cá comigo:

"Quer saber? Não quero. Não quero um, não quero o outro, não quero um terceiro, não quero porra nenhuma. Não quero."

E tive que me segurar pra não dizer isso em voz alta aos outros pobres passageiros.

***********

E então, depois de tanto correr e pensar e achar que eu realmente não ia segurar a onda do dia, veio o segundo momento escroto.
Me peguei pensando que este tinha sido um semestre bem fraco academicamente falando, que eu não havia tirado nenhum 10. Lembrei de um amigo que me disse que nunca tinha tirado 10 na faculdade. Eu tirei vários, viciei, virei uma CDF viciada em notas 10.
Achei bem babaca, mas exultei de felicidade quando olhei meu "boletim" hoje e descobri me haviam sido creditadas três notas 10.
Pronto, passou, fiquei feliz.
Todo o estudo todo compensou e eu já estou pronta pra me entregar pro Sidney Sheldon de novo.
De corpo e alma.

Expurgando

Eu sofri.
Sofri muito e sofri pra cacete.
Desconfio que sofrerei ainda mais e mais intensamente semestre que vem.
E, olha, não é que eu não goste de estudar, gosto. Muito.
Agradeço à Deus todos os dias por terem me ensinado a ler e escrever e ter me posto pra estudar.
E, no que eu sentei pra escrever, a coisa saiu, fluiu.
É muito drama pra quem conseguiu fechar um capítulo de monografia em apenas dois de trabalho?
É.
Mas eu sofri.
E sofri tanto que agora me deu aquela rebordosa incrível em que eu só pneso em dormir pra descansar os neurônios pra depois acordar e me pegar com um romance bem vagabundo, daqueles que eu gosto de ler pra clarear a mente...

*************

(...Enquanto isso, em algum lugar profundo e obscuro da minha mente...)

Férias!
Férias!
E vem aí um carregamento cheinho de livros novos, com direito a revitalização da minha enorme lista eterna!!!

domingo, dezembro 13

...E ainda estou sentindo uma falta sufocante de ver meus filmes e ler meus livros...
...A idéia de entrar de férias de alguma coisa nunca foi tão atraente quanto é hoje...

Da exaustão

Então eis que chega outro final de semana.
Amiguinhos, bebidinhas e mais longos dias de extenuante fodelança emocional.

Essa semana eu cometi suicídio amoroso e curti cada minuto da minha dor de cotovelo - até o determinado dia em que passeando na rua pensei cá comigo "puxa, perdeu a graça isso".

E realmente perdeu, ainda assim, o telefone constituiu uma tortura ao longo dos dias de farra.

Apesar dos amiguinhos e das bebidinhas, este não foi um bom fim de semana.

Ainda que existam trabalhos, criança, casa, grana, meu caos é meu coração; e meu coração - que manda na minha cabeça - está num estado caótico além do normal, e precisa muito de um descanso.
Um descanso que eu venho dizendo que vou dar a ele desde setembro.
Palavras que não significam mais do que palavras, uma vez que eu não cumpro as promessas que faço a mim mesma.

E assim como ontem não foi um bom dia e eu não tive uma boa noite - apesar de todos os elementos para uma boa estarem presentes - hoje, tudo me diz que não será um bom dia.

Às 10 horas da manhã alguém deixou queimar um frango e o cheiro da ave morta e esturricada tomou conta da minha casa, que nada tem a ver com isso.

Também desde às 10 horas da manhã, um vizinho escuta metal nas alturas, achando que é o próprio Ozzy reencarnado - o que não seria mal se ele não insistisse em gritar "Metaaaaaaaaaauuuuuuuuuuuuuu!!!" ocasionalmente ou realmente tivesse uma boa voz. Só o que consigo pensar é que ou a noite do cara foi muito ruim para ele acordar com tanto ódio no coração, ou muito boa - o que me deixa com uma certa pena da garota...

O dia amanheceu com sol, mas já ficou escuro e existe chuva lá fora de novo.

Não quero mais perder meu chão, amanhecer brilhando e me apagar.

A chuva torna tudo muito mais difícil e pensar que eu vou ter que ir para longe em coisa de 20 minutos e que terei uma noite de severos trabalhos forçados não é animador.

Então eis que passou outro final de semana.
Amanhã vem minha amiga segunda-feira.
De novo.
E de novo.
E de novo.

E não vai fazer diferença nenhuma o ano acabar...

terça-feira, dezembro 8

A Vida na Cidade Grande

Hoje eu estava andando na rua, pensando como meu fim de semana tinha sido bom.
Foi um daqueles finais de semana em que eu saí de casa super cedo e corri vários lugares diferentes, encontrando com várias pessoas diferentes (algumas que eu não via há anos), conversando com várias pessoas diferentes, leve, solta, sem hora pra voltar, aproveitando todas essas coisas como se não houvesse amanhã.
Foi um daqueles finais de semana que me fazem sentir plenamente viva - ainda que a cabeça rode um bocado depois e meu quadril doa um bocado.
Eu pensava em como eu sou feliz podendo ter finais de semana assim e, estava questionando toda a minha paúra de cidades grandes e das pessoas que nelas habitam, se é justo uma delas que me dá tanto prazer, quando eu lembrei.
Lembrei que eu tenho o hábito de parar em calçadas estreitas para esperar que as outras passem sem que elas nem ao menos digam obrigada, achando que eu não faço mais do que a minha obrigação, e de como isso me irrita.
Lembrei de como, mesmo ficando profundamente irritada, não consigo deixar de dar passagem para estas pessoas.
Lembrei de como as pessoas que habitam a cidade grande tem mania de tentar de atropelar porque simplesmente não conseguem pedir licença.
Lembrei de como eu tenho o hábito ou de esperar que as pessoas andem ou de pedir licença e sempre agradecer.
Lembrei de como as pessoas passam por você e distribuem altas porradas com aquelas maxi bolsas e nunca pedem desculpas, achando que você está no caminho que lhes era de direito e que o azar foi seu.
Lembrei de como os ciclistas e os entregadores de qualquer coisa dirigem nas ruas achando que estão num videogame e que você é o bonus de fim de nível, assim como os motoristas insistem em não usar a seta para avisar que vão virar uma esquina e deixando que a tarefa de adivinhar e, logo, poder ser atropelada, seja sua.
Lembrei de como quase todo mundo acha que você está fazendo um favor a ele, mesmo que você esteja gastando seu dinheiro na loja dele, comprando alguma coisa dele.
Lembrei de muito mais coisas.
Me tranquei em casa.
E comecei a esperar pelo próximo final de semana.

sábado, dezembro 5

De novo, os Astros

"Entre 05/12 (Hoje) e 29/12, o planeta Vênus estará alcançando o topo do seu mapa astral, Renata, e esta é uma fase particularmente positiva para a sua exibição social. Traduzindo: este é um momento bom para aparecer. Não apenas você perceberá uma maior disposição para uma maior auto-exposição, como também terá mais requisições para se colocar, se manifestar. Este período favorece os contatos de trabalho, e lhe coloca em situações em que possivelmente você terá vantagens profissionais, fará novos contatos. Esta posição de Vênus concede a habilidade de usar magnetismo pessoal e carisma para atrair benefícios na esfera profissional. Aproveite isso, Renata!"

...E eu que estava entrando na pilha de ficar trancada em casa...

quinta-feira, dezembro 3

Grosserias

Uma vez eu conheci um cara que tinha mania de recorrer a ditados populares em toda e qualquer conversa.
O top 10 Estados Unidos do sujeito tinha pérolas como "rapadura é doce, mas não é mole, não"; mas a preferida, campeã das campeãs, era "quer moleza? senta no pudim!".
De alguma forma, sempre me pareceu extremamente grotesca e grosseira a idéia de mandar alguém se sentar num pudim. Na minha mente, a imagem de uma pessoa se sentando numa coisa gelatinosa – obviamente de proporções gigantescas para que pudesse acomodar um enorme traseiro – em busca de alguma coisa mole é uma das imagens mais dantescas que eu consigo imaginar. E suja. E porca.
E eu hoje me lembrei disso claramente em meio a um papo sobre trabalho.
A frase cabia, mas não deixou de me passar todas estas imagens assim que brotou na minha tão prejudicada cabecinha. Eu imaginei falar, mas isso, pra mim, configurou uma monstruosa grosseria.
Muito mais grosseira que emitir frases assassinas de baixo calão.
Faz algum sentido...?

terça-feira, dezembro 1

Eu quero a minha filha de volta...
:(

Teenager inconsolável

Faz algum tempo eu venho me treinando para não ser uma mulher-monstro.
Para manter o controle. Ser racional.
Não é bonito e eu não tenho mais idade, mas já fiz muito. Estão aí os dead men walking que não me deixam mentir - e eu também não nego, acho que faz parte do aprendizado.
E em muitos casos, eu tenho tido sucesso.
Mas existe alguma coisa ali que me faz perder todo o controle.
Eu choro, eu xingo, eu ligo de porre, peço desculpa...
...E cada vez que eu choro, xingo, ligo de porre e peço desculpas me encho de chocolate, deleto o telefone, bloqueio no msn...
...E aí descubro que existem muitos ruídos na nossa comunicação...
...E essa dança não tem me deixado feliz.
Não é a mulher que eu quero ser.
Não é a relação que eu quero viver.

E então hoje fui assistir (500) Dias com ela.
Descobri que eu sou o Tom.
Cada vez que ele chorava, eu suspirava fundo na cadeira do cinema.
Descobri que eu estou na fase dos pêsames...
...E que daqui há uns meses, chega o Outono.

Ainda que nada disso me sirva de consolo no momento.

Essa Noite

Ao contrário do que eu esperava, essa noite eu dormi bem.
A filha longe, uma saudade que aperta o peito, o telefone que insiste em não tocar para que coisas não explicadas possam ser, outra prova de bambear as pernas, a preocupação com Natal vindouro...
Tudo isso me dizia que meu sono, que demorou bastante a vir, seria dos piores sonos que uma pessoa pode ter.
Mas eu dormi bem.
Tão bem, que levantei de estalo, achando que tinha perdido a hora da tal prova, para constatar que, mesmo tendo tido sonhos gostosos em apenas poucas horas, estava adianta ao relógio ainda em meia hora.
Assim como o sono, a manhã seguiu boa, tranquila.
Sem pernas bambas.
O horóscopo do jornal vem vindo horroroso nos últimos dias, o da internet elucida que estou com auto estima prejudicada e que deveria prestar mais atenção às minhas finanças do que ao maldito telefone.
Não deixa de ser um bom conselho - visto o Natal.
Joguei na Mega Sena de novo, e percebi o quanto até o padrão dos meus sonhos fez o favor de diminuir.
Nunca quis mansões, carrões... Uma casinha e muitos livros já bastava.
Hoje pensei que o que eu queria era só o suficiente para poder bancar duas coisinhas do dia a dia... Mixaria de sonho.
Percebo que meu corpo me pede algumas coisas.
Percebo que ando negando na maior parte do tempo.
Para cada coisa que eu dou a ele, são vários dias negando outras 3.
Percebo, não sem um pouco de dó, que ele vem se acostumando a isso.
Brinco de esconde esconde, bebo café demais, fumo demais, faço planos de ir ao cinema, penso que preciso começar a trabalhar, mas que queria mesmo era continuar a ler meu livro.
Às vezes leio coisas tão prazerosas que a vontade é continuar sentada dentro dos ônibus e ficar circulando a cidade por duas, três, quatro viagens...
Tudo isso porque essa noite eu dormi bem.