domingo, dezembro 17

Cocô

(Cocô é sempre um bom assunto para papo, né?)

Então que aqui em casa agora, a parte adulta da casa anda discutindo o começo do processo "retirada de fraldas". Este processo, em mim - a Mãe, a responsável pela retirada dos dejetos, a pessoa mais e diretamente atingida - causa calafrios.

Eu passo dias inteiros na rua com a criança e tremo só de imaginar como será a hora em que eu ouvir "qué fagê cocô" no meio de um engarrafamento ou numa fila de supermercado lotado.
Por mim, ela ficava de fraldas até os 15 anos de idade.
Mas a hora sensata se aproxima.
O primeiro debate foi em torno do comprar um troninho ou um adaptador...
Troninho, cara... Troninho!
Troninho me deixou aos berros de horror por dias a fio.
Não posso nem ver um.
Imagina limpar um troninho coisa de seis vezes por dia???
Prefiro a morte!
Vou me abraçar com o conceito de que com um adaptador, a medida será muito mais eficaz já que ela estará imitando a mãe e avó em suas funções.

Aí ontem sai no jornal um lançamento fantástico da indústria literária: um livro em que um patinho deixa as fraldas e faz cocô e que tem um botão que imita uma descarga e diz "tchau cocô".
O nome do livro: "Cocô no trono".
Mamãe decidiu imediatamente que este seria o presente de Natal da Licas.
De noite, fomos ao teatro, com direito a chegar mais cedo no shopping (de-tes-to shopping, de-tes-to shopping) para passear (de-tes-to shopping). Dá para imaginar duas senhoras muito finas, entrando em livrarias igualmente finas, perguntando freneticamente se eles tinham "Cocô no trono"? Dá?

Acabei pedindo na Fnac.
Estou lamentando que no Brasil não existam adaptadores com estampas bonitinhas.

O pânico ruleia.

Talvez eu fuja de casa ou deixe ela de fraldas até os 15 anos mesmo...

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