quinta-feira, dezembro 20

Outro dia um amigo me disse que eu sou uma bundona.
E muitas vezes eu acho que sou mesmo.
As poucas pessoas que eu gosto, quando gosto mesmo, recebem meus cuidados e minha atenção - inúmeras vezes numa escala que elas jamais imaginariam fazer igualmente por mim.
Não faço esperando algo em troca, faço automaticamente; por que quero, por que gosto dessas pessoas.
Mas, no fundo, espero algo em troca, sim.
Pode parecer esquisito.
Eu sei que muito provavelmente não vou receber metade do carinho que dedico à essas pessoas de volta - coisas de canceriano, esse signo tão mal interpretado - mas não deixo de me entristecer quando acabo não recebendo nada.
Sempre que isso acontece eu juro que não vou mais fazer -  porque acredito piamente que as relações são feitas de trocas - mas antes que eu perceba, já estou fazendo de novo, e vou continuar fazendo porque fazer essas coisas me faz bem.
Eu sento, me xingo, aceito o fato de que sou uma bundona, mas nunca, jamais, serei capaz de deixar de ser, sobretudo, uma pessoa boa.
Disso eu tenho certeza.

Nenhum comentário: