segunda-feira, setembro 29

"It's been a non-stop party since I flew the coop"

Não tem jeito. A frase que vem é essa.
Nas últimas duas semanas eu não posso dizer que descansei.

Minha casa está de cabeça pra baixo, nos dois primeiros dias da semana fico me arrastando pelos lugares cansada demais até para pensar (e hoje com um resto de ressaca que não me larga!) e nos dois últimos dias já tenho planos para o final de semana propriamente dito.

Minha planta continua doente e eu estou quase desistindo de ficar pondo remédio todos os dias e caçando aqueles raios daqueles bichinhos brancos highlanders que resolveram morar nela. Estou decidida a plantar marias-sem-vergonha em todas as janelas. Elas, sim, dão flores e não me aporrinham. Mas não tenho coragem de jogar fora a pobre moribunda desfolhada.

Consegui, com a graça de Deus, terminar de ler um livro inteiro depois de semanas embananada. Tive um momento de revolta com a obrigação de ler a maioria dos livros que eu estou lendo (é um momento recorde na minha vida, são 4 ao mesmo tempo) e comecei a ler outro livro; policial, bem besta, nada filosófico.

Tive aventuras debaixo de chuva. Levei a filha para ver 5 marmanjos fantasiados dublando um desenho animado, que ela adorou e eu odiei dada a despesa desproporcional a qualquer luxo que eu tenha me dado nos últimos tempos por coisas tão ruins - já estou quase sem ódio porque ela realmente gostou do programa, mas fiquei bem assassina no dia.

Aliás, debaixo de chuva fiz um milhão de coisas, como todas as pessoas que moram na cidade, e não foi com dor que recebi o dia de sol de hoje. Não aguentava mais chuva por todos os lados, tênis e meias molhados, frio e o perigo eminente de pneumonia no ar. Pela primeira vez neste semestre deixei até de vir a aula - o que pode me custar caro, visto que os estudados não me são lá muito familiares e a prova é semana que vem, mas eu resolvi não pensar nisso, me dei esse luxo, relaxei e pedi duas cervejas do bar.

Ontem à tarde, enquanto tentava recuperar meu equilíbio e traçar uma linha reta para qualquer que fosse a direção, só me vinham à cabeça saraivadas de palavrões enfurecidos.


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Nesse meio tempo, começou o Festival do Rio.
Não que eu vá muito ao cinema físico, mas nessa época, eu me esforço.
Quando mais na vida terei oportunidade de assistir de livre e espontânea vontade a filmes russos, poloneses...?
Além do mais é muito chique circular por ali, encontrar pessoas que tentam pensar (algumas realmente o fazem) e comentar o que se viu e o que ainda se verá. Eu gosto de ser chiquezinha de vez em quando.

Além do mais, EU POSSO.

Assim sendo, meu primeiro filme deste ano da modesta listagem de 10 (3 assistidos com sucesso, 1 perdido para a ressaca dominical, 2 já comprados e 4 dependendo da boa vontade da cinéfila em se despencar de um lugar a outro correndo esbaforida), foi "Om Shanti Om".

Enquanto moça quase que informada, eu tinha alguma idéia do que era Bollywood, mas, na verdade, descobri que eu não sabia era de nada. É tudo muito melhor e muito mais legal do que eu imaginava que fosse! Fiquei fã. Quero muito outros filmes assim!

Melhor filme que eu vi no final de semana disparado!

E, enquanto cantarolo o tema do filme - que fica bem grudado na sua cabeça depois, talvez não só pelo refrão, mas devido a um clip enooooooooooooorme com ele no meio do filme - ficarei esperando ansiosa pelo meu encontro com o Dario Argento.

Eu me esforço, mas não tem jeito, meu gosto pelas coisas mambembes da vida sempre me vence.


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Mesmo que eu ainda pense, ando achando ótemo PODER fazer o que quiser...! Pusta privilégio!
Ando brincando com a liberdade com uma gula que eu não conhecia há muito tempo...
Brincando com todas as luzes, cores, sons, pessoas, dias e noites.
E só não digo que estou leve como uma pluma por motivos bastante óbvios...
A frase é certa.
E eu, exausta.
(Com um sorriso estampado de orelha a orelha.)

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