sábado, junho 5

Um Bilhete de Volte Logo

Não me preocupo em perder pessoas.
Aprendi que é uma parte inevitável da vida.
Aprendi a aceitar isso.
Mas bem que algumas eu gostaria de ter de volta.
Só que como você acha as pessoas de novo, ainda não aprendi.

Me peguei pensando em como seria a gente sentar.
Sentar e conversar.
Como um dia a gente já conversou.
Será que você ainda ia me achar perdida?
Meio louca?
Engraçada?
Ainda teria tesão em mim?
Ou, me acharia mais centrada?
Mais careta?
Sem nenhum atrativo?
Será que ainda teria algum carinho por mim?

Hoje, sei que não tenho mais os medos que tinha.
Tenho outros, mas não tenho mais aqueles.
Dificilmente choraria no seu ombro como chorei numa tarde de sol, no meio do trânsito, ou naquela noite, sem nenhum som em volta.
Pelo menos, não pelas mesmas causas.
Hoje, choro bem menos.

Nada é mais a mesma coisa.
Nem do que passava pela minha cabeça, nem de como parece meu corpo.

E você?
Será que me entende melhor?
O que aprendeu?
O que viu por aí?

Reconheço que dei vários tropeços.
Não aprendi até hoje - também - a brincar direito essa brincadeira.
Mas, depois de tanto, tanto tempo, o que fica é falta.
Uma falta que, no início desse texto, era exclusivamente de você - ando lembrando bastante - e passou a ser de cada um que eu gostaria de achar de novo.
Às vezes, existem pessoas, que a gente simplesmente tem muita pena de ter deixado escapar pelos dedos.
Pessoas que poderiam ter sido boas pessoas para você, se você não tivesse sido simplesmente tão apaixonada, tão faminta por elas.

Se eu não quisesse tanto que fosse meu, será que ainda teria esse sorriso?
Mas, tudo o que eu posso fazer, é olhar de longe, desejar de todo meu coração, que o seu esteja sempre bem, e acenar um "volte logo", "volte sempre"...
...Que isso não chega para tudo o mais que eu talvez nunca disesse.

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