quinta-feira, janeiro 21

Nem só de merda é feita a vida...

...Existe música.
Muita música.

Uma das coisas que andam me deixando besta é a Beyoncé.
Nos filmes, nas apresentações que ela faz por fora e nos tapetes vermelhos da vida, essa moça me convenceu de que ela é fina.
É linda, é fina e tem voz, e eu cá não nego que gosto de algumas músicas dela, mas quando eu vejo os clips, fico até um pouco envergonhada por ela...
...Tão fina e posando sempre de vagabunda da classe...
Acho feio.

Mas isso era só comentário...

Na verdade, verdade mesmo, estou ressuscitando, encarnando o espírito antigo de um ex-namorado que eu tive.
Ele comprava muitos cds, e, sempre que comprava - e gostava - botava o cd para tocar como se não houvesse amanhã, vezes e vezes repetidas, até a gente ter vontade de jogar pela janela o cd e nunca mais ouvir de novo por mais que a banda/cantor fosse incrível.

Então, da minha lista de cds a comprar, fui lá eu e comprei o "Years of Refusal" do Morrissey.
E regredi.
Voltei no tempo.
Porque o cara envelhece, mas continua com aquela voz que a gente conhece e fazendo aquelas músicas que a gente ouve e nem consegue escolher qual delas melhor se aplica à dor de corno atual...

A gente cresceu ouvindo que "I was happy in the haze of a drunken hour/ But heaven knows I'm miserable now /I was looking for a job, and then I found a job/
And heaven knows I'm miserable now"
, ou que "I am human and I need to be loved/ Just like everybody else does ...", ou que...
Enfim...
A vida toda ele embalou cada um dos nossos pés na bunda, das nossas deprês, de todas as coisas adversas que atrapalham as nossas vidas.
Pelo menos a minha vida.

E tudo o que eu tinha até então para me lembrar desses momentos era uma compilação de hits devidamente roubada do tal ex-namorado.

E lá veio ele de novo.
Desta vez, encontrando uma Renata balzaca, com muito mais carga nas costas, totalmente diferente daquela que ouvia seus primeiros lamentos...
...Ainda assim, "there is no love in modern life/ I'm doing very well
it's a miracle I even made it this far",
ou "I can woo you/ I can amuse you/ but there is nothing I can do to make you mine", ou "You roll your eyes up to the skies/ Mock horrified/ But you're still here/All you need is me", e por aí vai...
...E, se no último mês eu não me livrei ainda do que já foi e não encontrei ainda o que vai vir, não posso dizer que não tenha me apaixonado, porque eu me apaixonei, e muito, e tenho ouvido essa paixão toda e cada vez que páro para escutar o que de mais faz a vida feliz: música.

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