quarta-feira, outubro 1

Ah! O Fim!

...O texto de ontem pode ser considerado uma epígrafe.
Quando eu cheguei em casa, Zôiuda estava no mesmo lugar, mas numa posição nada natural. Muito espertamente, fui verificar se ela ainda estava viva e, me esquecendo de que a super faxina quinzenal não havia tomado lugar durante o final de semana sendo trocada pelas minhas atribulações sociais, enchi os pulmões e soprei com toda a minha força em cima daquele corpinho feioso e magrelo; recebi uma densa nuvem de poeira no rosto, mas nada de madame se mover. Era fato. Tínhamos um óbito na casa.
Seu enterro não foi religioso, não foi pomposo, sequer foi digno - confesso que ela foi da pá para o saco de lixo sem nenhuma hesitaçaõ de minha parte, que estava mais compenetrada em não deixar o cadáver cair da pá, que era segura bem longe do meu corpo, do que em dar um enterro cristão à minha ex-hóspede.
Assim, agora eu também não tenho mais hóspedes ou bichinhos de novo.

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