quarta-feira, fevereiro 7

Acidentes

Acontecem.
São normais.
Fazem parte de uma infância bem vivida.
E, sim, geralmente podiam ter sido evitados, mas não foram.
A grande questão em torno de acidentes infantis, na verdade, é que o Mundo se une e bota a culpa na mãe.
Na pobre mãezinha que quase perde o coração pela boca quando vê aquela sanguera toda, mas tem que se controlar para conseguir lavar, aparentar calma e medir se seu bebê deve ou não ser levado voando para um hospital.
Na pobre mãezinha que fica correndo atrás da criança de remédio em punho enquanto a criança grita "na-na-ni-não" a plenos pulmões.
Na pobre mãezinha que deita com a criança nos braços depois de toda a agitação para acalmar dois corações e que acaba adormecendo junto.
Na pobre mãezinha que acorda de madrugada para tentar dar remédio à criança com febre.
Na pobre mãezinha que olha para o rostinho da filha e fica com o coração apertado, tentando se convencer de que ele vai ficar lindo e lisinho de novo.
Na pobre mãezinha que sai com sua doentinha na rua e se vê obrigada a responder perguntas e recebe de volta olhares que se fossem pedras a estraçalhariam.
Na pobre mãezinha que fica escutando esporros da família aos prantos no telefone por causa de uma situação que ela não pôde controlar.
Porque o mundo é assim.
Cheio de coisa que a gente não controla.
Assim como os acidentes.
E é uma sujeira bem das grandes pôr a culpa logo em mim como se eu estivesse felizona da minha filha estar parecendo o "scarface"...

Um comentário:

Anônimo disse...

olá! tem lógica o que me explicou pois foi precisamente numa telenovela relacionada com pescadores, barcos que eles falaram em Iemanjá! obrigado por me explicar! e já agora...as melhoras para a pequena ( sua filha ) e para o pezito! e não torça isso outra vez pk isso deve doer muito. digo isso, pela reacção das mulheres da minha familia que já sofreram entorses. eu nunca tive disso, só mesmo torcicolo no pescoço. beijos e cont. de uma boa noite! Nuno. portugal