quinta-feira, outubro 14

Por essa e outras que eu sou solteira

E então ontem estávamos fazendo aquilo tudo que a gente faz todos os dias - voltando pra casa, fim do dia, eu exausta e a criança num monólogo animadíssimo e dançante pela calçada.
Por sorte, foi uma dia em que eu estava mais ou menos arrumadinha e não tão mulambenta quanto de costume.
De repente, do meu lado, num passo rápido veio um rapaz.
Trocamos um olhar igualmente rápido e...
"Oooooiii!!! Tudo bem?"
O tal rapaz, é um rapaz bem apessoado que, num passado muito, muito distante, me proporcionou momentos bastante agradáveis; e com quem eu dei para encontrar pelas ruas de novo recentemente.
Começamos uma mini conversa bobinha, aquela coisa de vamos nos encontrar e coisa e tal e, neste momento, a criança, que presta atenção em tudo e é bem mais sagaz que a encomenda, se pendura no meu braço com força e começa a berrar:
"MAMÃE É SÓ MINHA!!! SÓ MINHA!!!"
Ao que ele responde:
"Rá! Rá! Bonitinha ela!"
Beijo, tchau, te ligo, ele atravessa.
Eu viro pra ela:
"Vem cá, qual é a tua? Vive reclamando que eu não tenho namorado e aí faz um papelão desse quando aparece um cara bonito do meu lado?!?"
"Ah, desculpa, mãe..."
E riu, riu, riu...
Ah, a maternidade!

Nenhum comentário: