domingo, abril 25

Depois o povo não entende quando eu digo que não gosto muito das Pessoas

Já era a segunda vez que a gente saía para dar um pulo no mercado.
O dia era de um sol escaldante, mas nós íamos ficar em casa porque eu precisava monografar (toda vez que escrevo/ digo isso me sinto como uma espécie de Chica Xavier).
A segunda saída foi por conta da abelha junkie - já falei dela? Ela voltou e anda fazendo do meu café da manhã um verdadeiro inferno. Cabacommeudia!
Tinha acabado de voltar com o veneno da nossa Christiane Bee quando eu percebi: tava faltando um pedaço da minha porta.
Mais especificamente falando, meu Ba Gua.
Pra você pode parecer besteira, mas eu tenho alguns amuletinhos espalhados pela casa. Os que eu não ganho, demoro um bom tempo namorando e escolhendo. Esse era um da segunda categoria. E era um elemento decorativo que me dava uma certa segurança - ele estava lá no lugar dele para barrar todo Mal que tentasse entrar nessa casa.
Mas não hoje.
Hoje só o que está lá minha porta é a marca de que um dia ele já esteve ali.
Alguém levou embora.
Será que foi o entregador do jornal que não vai com meu focinho?
O vizinho que cospe no corredor mas que eu ainda não sei se já se mudou?
Algum outro personagem dos filmes do Polanski?
Alguém que levou pra fazer macumba?
(Ai, caramba!)
Ou só alguém que vinha passando, achou bonito e resolveu levar de lembrança?
Não sei.
Duvido que algum dia saiba.
Mas achei muito pouco civilizado.

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