sábado, abril 17

Back from the dead - em tese.

Ando tendo semanas absurdamente tensas.
É falta de grana, é carência afetiva, é uma porrada de trabalho pra faculdade que eu ando travada pra fazer (metade da trava Freud explica, tem um que eu realmente gostaria de adicionar uma nota de rodapé bastante chula no final, mas a boa educação me impede de fazer isso), é uma porrada de trabalho pra fazer (que não seria mal não fosse a compensação financeira tão pouco compensatória), é crise de abstinência literária... E, ainda por cima, peguei a Gripe From Hell que me pôs à nocaute por uma semana.
Eu já contei que eu fico igual a homem quando fico doente, né?
Foi um festival de reclamações, maus humores e "ninguém me ama mesmo" por aqui.
Ficar doente sozinha sucks.
Mas, depois de uma caixa inteira de comprimidos, doses cavalares de guaco, uns 20 enevelopinhos de Vic Pyrena e o desmatamento de uma floresta inteira (Ah, se as árvores soubessem, quando brotam, que seu destino final ia ser tão cruel! Devem ter sido pessoas muito nefastas em outra vida para merecerem tal destino. Se bem que eu posso ter assoado o nariz em Hitler, aí, de certa forma compensa...), a vida começa a parecer melhorzinha.
Ainda estou achando tudo uma merda, ainda existem aliens saindo do meu corpo e eu ainda estou travada nos trabalhos, mas isso irá mudar - quer eu queira ou não - depois deste post.
Aí eu não sei bem se é por causa disso, mas andei tendo uns sonhos muito loucos essa semana.

O primeiro envolvia dois exs - um, que está de partida pra morar em outro estado, aparecia no jornal com o jornalista de música avisando que ele faria um show numa certa casa cabeçuda aqui do meu bairro e lamentando a sua partida. Eu ficava feliz por ele, mas obviamente era um sonho - se bem que eu cheguei a ter lá as minhas dúvidas. Depois, eu entrava na internet e descobria que o segundo tinha tido mais um filho (lembro até do nome da pobre criança, por acaso o do meu pai - dá-lhe tio Seguimundo!), mas antes deu poder ver o rosto da parideira em questão, comecei a ouvir um barulho que eu jurava que era...
Um homem, deixando recado na minha secretária eletrônica!
Isso, obviamente, também era sonho. As únicas pessoas que ligam pro telefone fixo da minha casa definitivamente não dormem e nem dormirão e nem dormiram comigo no sentido saliente da coisa.
Olhei no relógio: 4 e 51 da manhã.
Levantei e fui olhar.
Seguindo a lógica e a realidade, aceitei que tinha sido tudo sonho mesmo.
Anotei tudo num papelzinho que eu perdi (tenho certeza que tinha mais coisa relevante) e voltei a dormir.

Aí ontem, de repente eu estava na casa do meu pai, com a minha tia, uma conversa rolava e - eu tenho horror de coisas com exoesqueleto, certo? Qualquer coisa, qualquer coisa mesmo. Não pode ter pata, antena, asa, penugem, por mim não podia nem existir esse tipo de criatura. - ela botava em cima de mim algum bicho gosmento qualquer. A coisa foi tão real, mas tão real, que eu acordei, futuquei bem os lugares que eu tava sentindo o bicho, e devo ter passado uns 20 minutos dizendo "eca, eca,eca".
Mas esse sonho talvez tenha sido influenciado pela notícia que li de que existe por aí uma sanguessuga (amazônica, claro) que gosta de morar nas narinas das pessoas.
Eca! Eca! Eca!

Mais tarde, enquanto eu dormia de novo, feliz por ter conseguido uma vez na vida dizer não e resistir à vontade de sair que me consumiu durante todo o meu dia, o telefone vibra.
4 da manhã.
4 ligações.
Resolvi não atender. Melhor. Seja forte, mulher!
Fui.

Continuo achando tudo uma merda do mesmo jeito.
Acordei brigando com os mosquitos aqui de casa e matando duas abelhas que resolveram invadir o barraco. Preciso destravar minha vida.
Daqui a duas horas o sofrimento acaba.
Por hoje.
Amanhã tem mais.
E depois de amanhã, e depois, e depois...

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