segunda-feira, maio 25

No ônibus

Sábado à noite, a caminho da Lapa, 434.
O cobrador levava um papo animadíssimo no celular - fiquei até pensando que operadora seria, porque eu tenho pânico de conversa demorada via celular, só o que pisca na minha cabeça é o valor da conta no mês seguinte. Ele, pinta de cheiroso, cabelo com gel, correntinha no pescoço, roupa muito bem engomada; não prestava a menor atenção aos passageiros - executava o serviço quase mecanicamente - e então, eu passei a prestar atenção nele.

"- Olha, não importa se ele é trabalhador ou bandido, importa se você acha que ele vale a pena pra você."

Achei bonito.

Um comentário:

Vitor Bricio disse...

Bju pra bonita.