terça-feira, maio 26

Da Comunicação

Ninguém respondeu meus e-mails hoje...
Fico verdadeiramente infeliz quando isso acontece...
Recebi mais um trânsito astrológico pelo e-mail. Um a cada dia, dois, todos ao mesmo tempo, não tem como uma pessoa não ser pelo menos um pouco esquizofrência.
Dentro da minha esquizofrenia, ando com problemas pata ligar para as pessoas. Me sinto uma invasora. Acho sempre que a pessoa deve estar jantando com a família, fazendo um sexo gostoso ou lendo alguma coisa mais importante que falar comigo. Aí não ligo. Não consigo ligar.
Tenho medo de incomodar até taxista.
Se ligo, ligo uma, duas vezes, no máximo - e ainda preciso respirar fundo, tomar coragem, ver se o horário é propício, os planetas estão alinhados e o sol brilha lá fora. Depois disso, já acho que ultrapassei todos os meus limites.
Mas adoro quando me ligam.
É engraçado achar que você vai, certamente, interromper algo na vida de alguém - o que, realmente, é a função de um telefonema - mas não se incomodar em absoluto que alguém interrompa qualquer atividade sua.
Daí meu grande apego aos e-mails, aos torpedos...
São mensagens de amor (ou precisão, tesão, bronca, recado) que a pessoa espia e responde quando pode, se pode e se quiser. Obviamente, todo mundo espera uma resposta de alguma forma quando manda uma mensagem - princípio básico da comunicação - mas esta resposta, neste caso, vai vir quando a pessoa puder ser interrompida.
É mais leve.
É mais legal.
É menos invasivo.
Por mim, a minha comunicação com o mundo se dividiria numa boa entre encontros presenciais e mensagens virtuais. Estou quase conseguindo. Um dia ainda cancelo aquela bosta daquele telefone fixo. Vou ser toda torpedos, e-mails e verborragias alcóolicas...
Mas, enquanto não consigo, encerro o expediente nada acadêmico de hoje, tristonha porque ninguém me deu bola...

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