sexta-feira, março 23

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Essa semana não está sendo uma boa semana.
Em nenhum, ne-nhum, aspecto.
Nenhum.
Além de tudo mais, você nem pensou, nem perguntou, nem perdeu seu precioso tempo para tentar saber - eu poderia até dizer lembar, já que eu já havia lhe dito - o quê anda acontecendo.
O Motivo Principal.
Tens culhões para se dizer abandonado, quando abandonada estou eu.
Por ti.
Por ela.
Por tanta gente.
E é tudo tanto, que a lembrança me dói.
Todos os dias.
Nos últimos dias.
De ti.
Que não me quer e diz que não rejeita.
Que canta tudo quye eu posso ser e não vê.
Que me impede.
Do galego, que me assombra, diz que ama, que me espera, mas não nada nunca no mundo e por quem eu teria mudado toda uma vida.
Do amor, da felicidade, da plenitude que sentia quando estava com quem dizia não poder me amar e que hoje ama tão plenamente a outra pessoa.
De quem mentiu, deliberadamente, para mim.
De quem ainda me desperta calafrios e não me deixa pegar certas linhas de ônibus.
De quem eu ainda tenho medo de esbarrar.
De quem eu ainda não estou curada.
Precisava de ti.
Que me conhece e compreende.
Dele não me promete, que é carnal.
Dele que me protegia e preenchia.
Dos três.
Que me amam.
Que queria que aqui estivessem para me acalmar sobre aquele que amanhã pode ser bom ou acabar com com minha razão de vida.
Para segurar minha mão enquanto tenho medo, muito medo.
Para me acalentar para que eu possa descansar.
Estar pronta.
Precisava de uma fusão dos três em um.
Precisava só de ti, que vinha me ocupando e me tendo.
Precisava tanto.
E, ainda assim, não te tenho.
Não tenho a ninguém.
Só a mim.
Que ando gostando tão pouco de mim...
...E precisava tanto de ti.
Tão perdido em umbiguismos.
Tão esquecido.
Tão desleixado.
Tão pouco cuidadoso com quem te cuida tanto.
Tanto te quer.

Devia eu, estar acostumada.
Devia eu, ser tão mais forte.
Devia eu, salvar minhas lágrimas.

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