quarta-feira, março 21

A Barbie

Pois então...
Pouco antes do Natal, minha filha descobriu a Barbie.
Barbie: aquela boneca loura, peituda e de pernas compridas que toda garota tem pelo menos uma há décadas, e que é tão ícone de qualquer coisa que recentemente até divorciada virou.
Obviamente, eu já esperava que o "Momento Barbie" fosse acontecer em alguma hora da infância, mas não contava que fosse já.
Foi uma coisa inacreditável o primeiro contato.
A Barbie em questão era uma bailarina da prima de 3 anos.
Eu, cá com meus botões, já havia ficado muito espantada de uma menina de 3 nos ter uma.
Olívia quando viu ficou no encanto dos encantos com a boneca!
Agarrada e possessiva durante toda nossa estadia com a prima.
Pouco depois, viajamos de novo e ela, mais uma vez, encontrou uma Barbie - dessa vez de uma garotinha de 7 anos.
Novamente foi aquele encanto.
E eu comecei, então a maturar a idéia de comprar uma para ela.
Hoje em dia, existem, sim, Barbies caríssimas, mas também existem Barbies mais "populares". Eu, na verdade, achava que uma genérica já quebrava o galho e cumpria sua função.
E assim foi...
Após algum tempo de pesquisa, veio uma Barbie genérica.
Devidamente munida de mudas de roupa tão genéricas quanto ela.
E que causou grande comoção!
A frase de ordem ultimamente aqui em casa é "vou mostrar pra Luísa" - "vou mostrar pra Luísa" serve para comidas, acessórios, brinquedos, programas; para tudo - e a nova boneca entrou nessa.
O grande problema da Barbie genérica é que ela é genérica e sua composição corporal, vamos dizer assim, é absolutamente insufciente para sobreviver a uma criança de dois anos de idade. Foram dois dias de "mamãe, caiu pernas*", "mamãe, caiu braços", "conserta, por favor" em intervalos constantes de 10 minutos.
Mamãe aqui anda um pouco atabalhoada, atrapalhada e não muito paciente, como bem se sabe.
Então, mamãe aqui saiu correndo e embicou na primeira Lojas Americanas que viu pela frente e, em desespero, comprou uma Barbie original e deu mais alguns reais para a Mattel bem mais cedo do que poderia supôr.

(Ainda teve o desprazer de sacar o quanto é uma mulher desvalorizada, já que a Barbie loura era 8 reais mais cara que a morena!)

Olívia amou sua nova boneca, como não poderia deixar de ser, mas, imediatamente me olhou e perguntou: "cadê minha outra Barbie?".

...E eu achando que ia conseguir dar a volta nela...

Agora ela anda grudada com as duas, para cima e para baixo.

*Ela descobriu o plural. Não que saiba usá-lo corretamente ainda, uma vez que ela machuca seu braços ou seu pés, mas a gente chega lá! ;)

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