quarta-feira, setembro 12

Tchau!

Deus seja louvado!
Meu maior medo, no meio dessa minha confusão toda de livros disso, daquilo e aquilo outro, era que eu tivesse perdido a mão; entrado numa entressafra literária.
Como todo mundo sabe, eu não posso ter entressafras.
Não existe tempo suficiente para ler tudo que eu preciso ler, ainda mais com as pessoas escrevendo tão freneticamente quanto eu leio ou desejo ler.
Posso ter entressafra de trabalho - corrente no momento visto a preguiça que me assalta e o esforço quase sobrehumano que tenho feito para executá-los; posso ter entressafras emocionais - como a que também me assalta no momento em que não existe nada de masculino ocupando o lugar que sempre ocupa o nada masculino da minha vida; entressafras de esbórnia - resolvi; entressafras cerebrais de um modo geral - o intelecto anda fraco e se dobrando a pensamentos verdadeiramente imperfeitos sobre mim mesma; entressafras corporais - não ando fã do meu invólucro material; enfim, todas são permitidas; menos as literárias. Não agora.
Mas, depois de devorar um pequeno volume e entrar de sola em um grande volume, num total de mais de cento e cinquenta páginas lidas em menos de 24 horas, é com enorme alegria que agradeço e aceno de volta ao medo grande que me deixou.

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