terça-feira, junho 9

Injuriada

Como eu já havia dito antes, esse ano o Dia dos Namorados não surtiu nenhum efeito na minha pessoa.
Só havia me lembrado dele, até ontem à noite em três ocasiões:

- Nas Lojas Americanas, de repente a Olívia me pede pra esperar enquanto ela olha atentamente uma daquelas estantes de cartões. Quando eu pergunto o quê que ela está fazendo, ela me responde: "Preciso escolher alguma coisa pra dar pro Dani...".

- Ainda na procura do presente pro 'namorado', ela pára, mais uma vez, diante de uma vitrine. No meio de milhões de corações, e camisetas e canecas onde se lê 'supernamorado(a)', eu consigo ver um mouse pad cor de rosa com os seguintes dizeres: "Penso. Por isso sou solteira.". Me senti vingada; e, se tivesse um computador que funciona, juro que comprava um pra mim.

- De novo, Olívia: "Mãe, existe dia das namoradas?".

A vida na escola nova anda movimentada. Ela é louca pelo Dani, que é o apaixonado clássico - rasga as sucatas, destrói os desenhos dela, uma loucura! - mas tem o Rodrigo, que é louco por ela - outro dia ela chegou em casa com a sandália arrebentada porque ele queria fazer massagem no pé dela e a sandália, que era uma porcaria, arrebentou - e ela esnoba. Parece familiar isso?
Eu expliquei que dia dos namorados servia pros dois e combinamos que o melhor seria ela fazer um presente no colégio para dar pro namorado que ela quisesse.
Me tremo toda de pensar nos 15 anos.

Mas, enfim, até ontem era isso.
Mas aí eu estava salvando grana, planejando nefastamente sair e chacoalhar o esqueleto e o que mais estivesse na frente durante o feriado e lembrei. Lembrei do Dia dos Namorados; onde o grosso dos meus amigos 'baladeiros de plantão' vai cumprir a etiqueta e ficar grudado na cara metade da vez, me deixando largada ao Deus dará e frustrando os meus planos...
Aí me afetou.
Aí fiquei com raivinha.
Aí deu eca.

Mas, chata do jeito que eu sou, periga conseguir arrumar companhia mesmo com os percalços da data.

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