segunda-feira, março 2

Segunda-feira

Por si só já é uma coisa terrível.
Fora todo o trabalho que eu tenho para fazer, tudo o que eu tenho para ler, todo o esforço físico que me aguarda ante a eminência de levantar as ruínas da casa que esteve abandonada, é segunda-feira.
Mesmo sabendo que fechar as cortinas e pôr aquela paradinha de avião que tapa olho depois de horas de viagem e algumas chamadas madrugada adentro seria uma má idéia e certeza absoluta de acordar atrasada, escolhi ignorar os argumentos da razão e foi exatamente o que eu fiz.
E exatamente o que aconteceu.
Acordei atrasada, ainda cansada e com a disposição de uma entrevada.
Meu sono foi tão pesado que mais pareceu um cochilo.
Lá fora, um sol rascante, que só era bonito quando eu estava fazendo meu workshop pra clone de Alcione...

- Ai, droga! Que sol é esse?!?
- Mãe, ele tá brilhando pra dizer olá...
- Ahn?!?
- É porque a gente voltou e ele tá dizendo "olá, Olívia!", "olá, Renata!"!
- Tudo bem, mas ele podia brilhar com menos força um pouquinho, não podia...?

Nenhum comentário: