quarta-feira, setembro 1

Dois amigos, dois fatos, um congresso

Um amigo:

- Mas é medo de quê? Apresentar o trabalho?
- Não, cara, é medo do avião, medo do frio, medo de me perder...
- Ih, credo! Parece eu quando vim de Barbacena... Vão ser quantos dias?
- 5...
- 5 dias, em outra cidade, sem filho, tá reclamando de quê?! Maravilha!!!
- Mas eu vou estudar o dia todo...
- Renata, seguinte: congresso tem sempre que rolar uma gazetinha. A gente finge que vai ali, falta uma mesa aqui, senão a gente fica doido. Deixa de ser boba e aproveita!

Fato.
Desde que a criança nasce, o que a mãe mais quer é uma viagem de férias sozinha. Sem diminuir filho ou coisa que o valha, mas a gente sonha quase que o tempo todo com férias em algum lugar bem longe e sem criança por perto.
Eu já fiz lá umas viagens, mas não era tão longe assim.
Dessa vez não é bem férias, mas é longe.
O lance é que quando a viagem chega, a gente não sabe muito bem o que fazer com ela e não quer largar da criança.

Outro amigo:

- Ai, mas é meio assustador...
- Renata, se fulano de tal (não vou falar o nome) pode falar não sei aonde (eu sei, vocês não vão saber), você também pode falar num congresso.

Fato.
A maior parte daquelas pessoas que eu conheci um dia, que prometiam um mundo perverso e aprontaram tudo e mais um pouco na vida, hoje são pais de família e acadêmicos que falam pra outras pessoas - eu só falo, mas um dia, quem sabe? - ensinam coisas às pessoas.
Um pouco assustador, mas é verdade...

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