Eu tenho um nó.
Um grandecíssimo nó.
Bem na minha cabeça.
Lá dentro.
Um, não.
Uns dois milhões.
Discutidos ad nauseam.
Argumentados.
Contra argumentados.
Simples, porém enormes.
Antagônicos.
Todos eles girando em torno da vida.
Minha vida.
Meus amores.
Meus.
Eus.
Meus errados.
Meus certos.
Meus desejos.
Os que nego.
Os que anseio.
Os que me faltam.
Eles me assombram.
Sempre voltam.
Sempre, sempre.
É tanto...!
Não consigo.
Hoje.
Nem discorrer.
Discursar.
Discutir.
Pensar.
Hoje.
Amarrados.
Firmes.
Juntos.
Emaranhados.
Me roubam as palavras.
O tempo.
Às vezes, a saúde.
Tudo o que eu precisava era uma caneta;
Um cabo de garfo;
Um alfinete de crochê.
Qualquer coisa que os deixassem mais froxos.
Leves.
Não encontro.
E fujo.
Corro.
Grito.
Choro.
Fujo.
Me escondo.
Do mundo.
Da vida.
Aí passa.
Aí volta.
Hoje, chega.
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