domingo, novembro 1

Faniquito feminista

Ontem eu dei uma escapada do que foi um final de semana/ feriado bastante enfadonho e solitário e fui assistir “Distrito 9”.
Tá tudo muito bem, tudo muito bom, a cia. da minha parceira de cinema foi mais que bem vinda, várias fofoquinhas, risadas; o filme indo muito bem, aí...
...Aí o ET de repente se levanta e diz:
“Meu filho! Tenho que ir buscar meu filho!” (ou alguma coisa do gênero)
E me deu um daqueles meus revertérios interiores.
No meio do filme (quase fim, na verdade) eu comecei a realizar o quanto filmes de homem são machistas – pra mim foi uma surpresa, mas eu explico.
Voltei àquela minha idéia de quem em filmes de terror é sempre a mãe solteira que tem que se virar nas onze pra catar a criancinha dos perigos demoníacos/ fantasmagóricos. Em filmes de terror, geralmente a tal criancinha é menina.
Percebi, naquele momento, que em filmes de ação/ ficção, o caso é justamente o oposto – são pais solteiros (que podem até começar casados, mas mulher sempre dança em algum momento do filme) que tem que salvar o mundo e/ou seus filhos homens.
Existem exceções, claro.
Mas, naquele momento, essas analogias me pareceram coisas tão sexistas que chegaram a me dar uma certa raivinha dos filmes, dos clichês dos filmes e de mim, que pago pra assistir esses filmes!
Tudo bem... O De Niro já fez filme de terror em que ele pai solteiro de uma garotinha – se bem que, no caso, ele também era a assombração (arrá, estraguei o filme pra quem não viu!). O Shwaza já fez filme de ação em que ele salvava a filhinha dele.
Agora, cadê a Jolie atirando em geral pra salvar a filhinha dela? Ou o filhinho? Ou todos os seis?
Como eu ando num momento muito mulher-moderna-independente-do-século-XXI, ando bastante chegada a faniquitos feministas; e, mesmo os tendo durante o filme, muito provavelmente assistiria de novo.
E continuarei fazendo.

Um comentário:

pilgerowski disse...

E a Sarah Connors?