quarta-feira, maio 19

A Revolta é salgada

Cansei de cortar cebola.
Bateu revolta.

Pra fazer dieta é preciso muita vocação - e é vocação mesmo a palavra, porque tem umas coisas que nem toda força de vontade no mundo resiste.
Como cortar cebola.
Além da vocação financeira - porque não adianta argumentar que alface é uma coisa barata, tudo que vem escrito "light" ou "orgânico" ou "integral" no rótulo, é muito mais caro que a comida das pessoas normais (Eu tava crente que ia sobrar uma boa grana esse mês já que eu estou sóbria e invicta, mas essas variedades alimentares sugaram toda e qualquer sobra que poderia haver de esperança.) - é preciso ter vocação culinária.
Eu adoro cozinhar.
Cozinho bem e a minha comida é o bicho.
Mas, a obrigação de ter cozinhar praticamente todos os dias, acaba com qualquer glamour e boa disposição.
E foi nessa que eu cansei de cortar de cebola - e seu indefectível par, o alho.
Porque vamos combinar, comida sem tempero não é comida, e eu posso até só comer leguminho refogado numa boa, mas sem tempero não!
Assim, em ordem de manter a dieta rolando numa boa e para ficar um pouco mais feliz comigo mesma, resolvi comprar um tempero pronto.
E lá fui eu fazer uma carninha moída.
Ficou cheirosa, bonita, bacana.
Na hora de comer...
Sal!
Muito sal!
A manézona aqui não leu o obs que vinha no potinho: "uma colher de chá" e mandou ver uma colher de sobremesa.
E lá fui eu cortar e cozinhar um quiabo pra ver se salvava a pobre carninha...
É preciso muita vocação, cara...

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