quinta-feira, dezembro 24

A Guerra das Formigas

Considerando que eu moro no primeiro andar, não posso nem reclamar dos bichos que "freqüentam" a minha casa.
Abelhinhas viciadas em inseticida, caracóis mongóis (eles voltaram!!!), lagartixões, cochonilhas, aranhinhas minúsculas, um ou outro bicho voador e o gato da vizinha.
Todos bacaninhas, matáveis com spray...
Não rola baratão, se existem ratos (e eles devem existir lá fora) não são o meu barraco que eles freqüentam...
O povo sujo e peçonhento não costuma invadir o meu espaço.
De todo esse zoológico doméstico, o único bicho que resolveu me dar no saco foram as formigas.
Elas estão aqui faz um tempo, e eu deixei elas, sabe.
Mas, de repente, elas se tornaram furiosas.

Qualquer espécie de migalha deixada na sala ou na cozinha é quase que imediatamente atacada pelas coisinhas pretas.

Lembrei que o povo da esoteria de boutique costuma dizer que isso é sinal de energia negativa numa casa, mas eu não quero nem pensar nisso, senão eu começo a surtar seriamente - e, vamos combinar que eu já sou surtada mais que o suficiente - mas ando considerando seriamente uns salamaleques extras antes do ano novo.

E então, na última semana, esqueci que estava aumentando meu karma em 200 milhões de vezes e aniquilei famílias inteiras sem dó nem piedade.
Eu e meu paninho.
Vrrrraaaaaaauuuuuuuuuuuuuu.
Morte à titia, à vovó, aos priminhos, ao S.Joãozinho da padaria!!!
Provoquei centenas de baixas de guerra.
E tive, sim, uma certa dose de prazer assassino olhando os(as) sobreviventes correndo para salvarem suas minúsculas vidinhas.

Agora estou aqui, com a idéia fixa de que, com a guerra declarada, uma hora dessas eu vou acordar com o corpo coalhado, cheinho de coisinhas pretas me atacando durante a madrugada numa vingança sangrenta.

Ou isso, ou eu volto formiga na próxima vida.

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