No Festival do Rio esse ano, um dos filmes que eu vi era um daqueles coreanos roots em que só não esguicha sangue em cima de você porque ainda não inventaram jato de sangue cenográfico em cima da platéia. Filmaço.
A platéia, é difícil definir se por nervosismo ou se foi porque a violência se tornou o que há de mais banal, gargalhava muito. Tudo bem, a maior parte das cenas de violência era mesmo non sense, quase uma porrada pastelão, mas, ainda assim, eram cenas fortes de violência.
Em determinado momento do filme (e eu não sei se eu já comentei isso aqui, mas me foi um momento marcante), uma senhorinha grita:
"-Gente! Isso não é engraçado, não!"
A platéia retomou a gargalhada a mil.
Pois foi exatamente como essa senhorinha que eu me senti assitindo "A Mulher Invisível".
Tinha lido que era um dos melhores filmes do ano, engraçadíssimo...
...E, bem, eu ando precisando de coisas engraçadíssimas.
Okay, serei honesta, dei duas risadas.
Mas, num geral, achei o filme angustiante e tristíssimo.
No final, quem estava proferindo a frase acima era eu.
O que me leva a pensar, poxa, pessoas estirpadas e surtos psicóticos tornaram-se engraçados.
Onde nós chegamos...
...De novo, eu, espantada com a humanidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário