terça-feira, julho 31

4:20 da manhã.
Se juízo tivesse, não teria nem aberto os olhos.
Não estava mais acostumada a dormir cedo, mas o cansaço falou mais alto e o dia que chega - o próximo - vai ser puxado.
Deitou ao lado da coisa mais preciosa que possui, ciente que tal fato estraga ambas, mas feliz de ver como ela dormia pacificamente, segura.
Tão bonita...
Ao longo do dia perdeu-se pensando.
Pensando em seu destino, em suas escolhas, em como homens podem ser tão babacas e que sina era aquela que carregava.
Já não dormiu pensando nisso, mas, ao longo do sonho, se perdeu em sequencias de quebra-cabeças - precisava de um novo, o que tinha já não mais a satisfazia.
No meio das sequências, uma memória do passado.
A memória do passado, a urgência do futuro, a fez abrir os olhos e se perder em buscas sem fim no google, revivendo pedaços já esquecidos, já tão antigos.
Não achou o que queria, mas bolou um plano a longo prazo - que ela nem sabe se vai poder cumprir.
Perdeu-se em dores de amor alheias e não se sentiu mais tão sozinha - tinha companheiros de dor.
Se juízo tivesse, não teria nem aberto os olhos.
Não precisa de mais planos.
Precisa de ações.
Mas já tem um novo quebra-cabeças.

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