segunda-feira, fevereiro 6

As coisas aqui andam acontecendo depressa.
Mudando e sacudindo tudo.
Comendo meu tempo - o meu.

Algumas coisas são ruins, outras vão trazer mudanças grandes.
Cancerianos odeiam mudanças grandes.

Fora o medo...

A concentração tem sido a coisa mais difícil do mundo atualmente.

E então é bonito quando eu ando na rua, desligada, tentando resolver dentro da minha cabeça todas as coisas do presente, passado, futuro e passa um velhinho...

Aqui onde eu moro existem velhinhos.

Dois são os que chamam a minha atenção.

Um deles é beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem velhinho. Magrinho, com uma corcunda que o faz olhar constantemente para o chão. E ele vai, segue por aí. Tem uma cara simpática o velhinho. Outro dia esbarrei com ele entrando em casa, tirande de dentro das calças um enorme chaveiro coalhado, que nem aqueles de carcereiro.
Esbarro nele nos restaurantes, andando na rua. É uma figura que sempre chama minha atenção pela fragilidade que ele me passa - o que me faz pensar agora que ele talvez não seja tão frágil assim, que pode existir um segredo obscuro naquela figura.

A outra é uma andarilha. Essa não tem só a cabeça curvada, mas toda a parte superior dela. Ela sai andando pelas ruas curvada tal e qual o povo que colhe arroz nas plantações da China. E ela anda. Anda. E olha. Tal e qual eu olho sempre quando ela passa.

Quando eles passam - eles e outras figuras - por alguns momentos eu paro de pensar em mudanças, em planos, em perguntas e fico a imaginar a história dessas outras pessoas que, aparentemente, quase ninguém mais presta atenção.

Assim como os miquinhos que passeiam nas árvores.
Esses me fazem pensar como a natureza é uma coisa curiosa e sempre acha uma brecha, uma rachadura para existir.

E eu paro de pensar nas mudanças, nos planos, nas perguntas - que andam comendo meu tempo e sacudindo meu mundo.

2 comentários:

Com os pés calçados. disse...

oi Renata como faço pra entrar em contato com vc? email? por favor me passa... tenho um blog gostaria que vc me dissesse oque acha... pode ser?

Gosto da tua escrita, bastante orgânica e fluída e sempre carregada de emoções. Teu parecer seria de grande apreço. beijo e fica com Deus!

Renata disse...

Obrigada pelos elogios - são sempre bem vindos.

Passei no seu blog (não sei como te chamar) e você escreve bem - não é meu tipo de texto, porém, devo ser sincera - mas escreve bem.